sábado, 4 de março de 2017

SEBASTIÃO ALVES BEZERRA - Germano













SEBASTIÃO ALVES BEZERRA - (Monsenhor)

Primo legítimo do meu pai, (Balbino Alves Bezerra) nasceu em 11.06.1907, ordenou-se em 30.11.1929 e faleceu em 08.07.1984.
Com dez anos e meses de idade foi para o Seminário de Maceió. Depois estudou em Aracaju, voltando para Maceió com 21 anos, tendo esperado dezesseis meses para que a Santa Sé dispensasse a idade canônica que era de vinte e quatro anos, para poder se ordenar.

Foi ordenado em Penedo mas a sua primeira missa foi celebrada em Mata Grande, sua cidade natal.
Foi nomeado vigário de Coruripe e diretor do jornal O APÓSTOLO durante três anos.
Em 1951 foi para a paróquia de Água Branca onde fez BODAS DE OURO no Sacerdócio, tempo inteiramente dedicado ao serviço de DEUS e do próximo. Ao falecer, deixou um grande legado de obras e construções como a casa paroquial, escola paroquial e vinte e cinco casas onde os pobres moram gratuitamente.
Exerceu por muitos anos o cargo de Diretor do Colégio Cenecista Barão de Água Branca.
Foi um grande sacerdote.

Leiam agora como o Monsenhor descreveu a sua própria biografia:

“HISTÓRICO GERAL DA VIDA DO MONSENHOR SEBASTIÃO ALVES BEZERRA

Nasci no dia 11 de junho de 1907 em Mata Grande- Al., contando então dez anos e meses de idade matriculei-me no Seminário de Maceió, sendo mentor de minha vocação sacerdotal, o então Pe. Macedo, vigário da minha Paróquia. Fomos quatro, dentro os quais dois se ordenaram e dois desistiram na caminhada em busca do sacerdócio.

Terminando o curso preparatório, deixei o Seminário de Maceió e matriculei-me no Seminário de Aracaju, de onde saí depois de dois anos, voltando a Maceió onde terminei o curso Teológico com vinte e um anos, tendo esperado dezesseis meses para que a Santa Sé dispensasse a idade canônica que era de vinte e quatro anos afim de que com vinte e dois anos e quatro meses eu pudesse me ordenar, o que aconteceu.

Minha vocação vacilou muito tendo se consolidado ao começar o curso Teológico para não vacilar. Hoje depois de minhas bodas de ouro sacerdotais, dou graças a Deus por te sido Padre e como tal dedicado ao serviço de Deus e do próximo. Nunca esqueci o ensino do modelo dos padres. – Jesus Cristo que disse pra exemplo de seus discípulos embaixadores na terra: “Eu não vim para ser servido, mas para servir.”

Depois de vacilações voltei ao Seminário de Maceió, onde fiz o restando do meu curso até chegar ao Sacerdócio de certo ajudado pelas orações de minha mãe que dizia, mesmo antes do meu nascimento, que se eu fosse homem, era para ser padre.

Por ser da Diocese de Penedo, fui ordenado naquela cidade, por Dom Jonas de Araújo Batinga. Como era de costume, passei quinze dias sem celebrar esperando para celebrar minha primeira missa em minha cidade natal – MATA GRANDE -. Concelebraram comigo os seguintes sacerdotes: Monsenhor Francisco Xavier de Macedo, meu padrinho de Crisma, escolhido por mim mesmo; Pe. Manoel Firmino Pinheiro; Pe. Fernando Soares Vieira, hoje Mons. Fernando; Pe. Moisés dos Anjos, hoje Mons. , atual vigário de Olho d Água das Flores; Pe. José Tavares e o Diácono Epitácio Rodrigues. A cerimônia foi um acontecimento raro.

Ao chegar a Penedo, o Sr. Bispo D. Jonas mandou que eu, fosse celebrar a Santa Missa de Natal em Coruripe, atendendo ao convite de Pe. Castro de Azevedo, Diretor da Usina Coruripe, cujo vigário tinha viajado a Itália para voltar, mas tendo ficado definitivamente com a família, fui nomeado vigário daquela Paróquia, onde permaneci quinze anos. Lá ficaram os frutos do meu sacerdócio vivido a começar dos meus vinte e dois anos e meses, até trinta e oito anos. 

Certo dia conversando com Pe. Américo Pita, filho da terra, isto é, Coruripe, ele me disse de chôfre: - Por que você não funda aqui uma Escola? O que logo aconteceu. Ai começou meu interesse pela instrução dos pobres e posteriormente pelos pobres em geral. Nessa Escola várias pessoas ensinavam gratuitamente, destacando-se o Prof. Manoel Cecílio de Jesus, emérito educador, por cujo Colégio sob sua direção, passaram quase todos os doutores, filhos daquela cidade, que ao foram poucos; muitos deles ocupando hoje posições de relevo na sociedade. Matemático, mesmo depois de cego, ensinava esta matéria, pedindo ao aluno que não negasse os números. 

Lá deixei construídas as seguintes obras: Escola Cônego Jacinto; Casa dos Pobres; Abrigo de Crianças Pobres “Castro Azevedo”. Devo salientar a honra daquelas famílias, que estas obras foram construídas e funcionavam as expensas do povo. O governo naquele tempo não ajudava tais obras. 

De lá saí em 1947 a convite do Sr. Bispo Dom Fernando Gomes, para exercer o paroquiato em Penedo, onde dirigi o Jornal “O Apóstolo” durante três anos. Achei o povo de Penedo dotado de excelentes qualidades sociais e religiosas.

Daí para a Paróquia de Água Branca em 1951, que em tempos anteriores era chamada por Dom Jonas “ A gema preciosa de sua Diocese”. Os novos tempos que lhe roubaram elogios tão expressivos o progresso trás muitas coisas boas, mais por outro lado deteriora outras boas coisas que os nossos antepassados nos legaram, sobretudo , no plano espiritual.

Em Água Branca reestruturei o Orfanato Nossa Senhora do Rosário, hoje Educandário, construí o grande prédio onde funciona com matrícula superior a cem alunas internas, algumas com bolsas de internamento concedidas pela FEBEM e Secretaria da Educação.

Aqui fiz as seguintes construções: A casa paroquial Escola Paroquial e vinte e cinco casas onde os pobres moram gratuitamente. Como Diretor do Colégio Cenecista Barão de Água Branca, construí o auditório que é utilizado também pela sociedade local em suas festas, reuniões, debates, Jurí, etc.
Atingindo a idade limite, aguardo confiantemente o julgamento de Deus. Construí muito e menos fiz o que hoje se chama de apostolado catequético.”








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