quarta-feira, 12 de julho de 2023

OS AVÓS – Germano

 

Estamos vivenciando mais um mês de julho, mês dedicado aos avós e bisavós, sendo o dia 26 de julho o dia propriamente dito.

A escolha de 26 de Julho para celebrar o dia dos avós possui origem bíblica. A data foi instituída pelo Papa Paulo VI, no século XX, para homenagear os pais de Maria, mãe de Jesus, chamados Ana e Joaquim.

Temos, eu e Icléa, a felicidade de ter dois netos que aniversariam neste mês. Marcus Barbosa Gonçalves, aniversariando hoje (12.07.) e Luis Enrico Alves Barbosa (14.07), dezesseis e quinze anos, respectivamente.

Aprendi a dizer que os netos são a sobremesa dos avós. E isto é verdade: Somos avós de quatro netas e três netos e estamos ansiosos que venham os bis. Aos netos e netas dedico este texto, face ao amor recíproco que perdura ao longo dos últimos anos.

 

Ninguém faz aos netos tanto bem, como a presença dos avós.

Os avós curtem os netos desde a tenra idade sem preocupação de educar, pois esta tarefa é dos pais.

Ainda bem que os netos sabem diferenciar esta responsabilidade, daí, a relação ser sempre cercada de muito amor e respeito.

É certo que muitos pais costumam passar partes dessas responsabilidades para os avós, devido ao trabalho que executam fora de casa. Isto faz com que os conflitos de gerações apareçam, uma vez que os pais atuais não pensam como nós da antiga.

O Papa Francisco disse que:

“Os avós são a sabedoria da família, de um povo. Um povo que não escuta os avós é um povo que morre.”

 

 

 

 

quinta-feira, 6 de julho de 2023

AS CHUVAS – Germano

 


Estamos nos aproximando de mais um período invernoso aqui em nosso seco nordeste.

A chuva  é a precipitação de água no estado líquido com muitas gotas que resulta  das gotas líquidas ou sólidas da água das nuvens sobre a superfície da Terra.

Durante o fenômeno da precipitação, gotas pequenas crescem por difusão de vapor de água. A seguir, elas podem crescer por captura de gotas menores que se encontram em sua trajetória de queda, ou por outros fenômenos. Quando duas pequenas gotas d'água se unem e com isto formam somente uma gota, que possui dimensões maiores, dizemos que ocorreu um fenômeno denominado coalescência.

No nordeste aguardamos a chegada das chuvas no dia dezenove de março de cada ano para que se plante o milho que vai estar bom de assar na fogueira do São João.  Com as mudanças climáticas as chuvas passaram a ser mais escassas, é tanto que nos últimos anos ela chega para invernar nos meses de maio em diante.

Nem toda chuva atinge a superfície: algumas evaporam-se enquanto ainda estão a cair, num fenômeno que recebe o nome de virga e que acontece principalmente em locais ou períodos de ar seco.

 

A chuva tem papel importante no ciclo hidrológico, e pode alterar a sensação térmica do ambiente. A pluviosidade é, geralmente, medida com um instrumento denominado pluviômetro. Ele pode medir e constatar  nas últimas 24 horas quantos milímetros de chuva caíram em um determinado período.

O chuvisco, também conhecido como garoa em partes do Brasil, é um tipo de precipitação que se caracteriza por ter um tamanho de gota de água pequeno (geralmente menor que 0,5 mm de diâmetro), dando a impressão de que as gotas flutuam no ar em vez de caírem. O chuvisco origina-se de nuvens relativamente baixas e de pouco desenvolvimento vertical, como as nuvens estratiformes.

O granizo é a precipitação  sob a forma de pedras de gelo. Conhecido em algumas regiões também como saraiva, pois as pedras são pequenas e arredondadas.

A saraiva também é a precipitação sob a  forma de pequenas pedras arredondadas. É a forma de precipitação que consiste na queda de pedaços irregulares de gelo, comumente chamados de pedras de granizo. Essas pedras, na Terra, são compostas por água no estado sólido e medem entre 5 e 200 mm de diâmetro, sendo as pedras maiores provenientes de tempestades mais severas.

É possível, dentro da maioria das tempestades, o granizo ser produzido pelas nuvens cumulo nimbus.

Sua formação requer ambientes de forte movimento para cima da atmosfera da tempestade (semelhante aos furacões) e baixa altura do nível de congelamento. É mais frequente a formação ocorrer no interior dos continentes, dentro de latitudes médias da Terra, confinando-se a altitudes mais elevadas dentro dos trópicos.

Existem métodos para detectar tempestades de granizo usando imagens de satélites e radares meteorológicos. O granizo geralmente cai em maior velocidade à medida que cresce em tamanho, embora fatores complicadores, como a fusão, o atrito com o ar, o vento e interação com a chuva e outras pedras possam retardar sua descida pela atmosfera da Terra. Avisos de tempo severo são emitidos quando atingem um tamanho prejudicial, pois podem causar danos graves a construções, automóveis e, mais comumente, à agricultura.

Qualquer tempestade que produz granizo que atinge o solo é considerada como uma tempestade de granizo

Pedras maiores que 2 cm são geralmente consideradas grandes o suficiente para causarem danos. Institutos como o Serviço Meteorológico do Canadá emitem avisos de tempestade severa quando o granizo tem um tamanho maior ou igual a esse, enquanto que o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos faz alertas com 2,5 cm. Outros países têm limiares diferentes de acordo com a sensibilidade local para salvar, por exemplo, áreas de cultivo de uva, que podem ser adversamente afetadas por pedras menores.

O granizo se forma em grandes nuvens de tempestade, particularmente naquelas com correntes ascendentes e intensas, com alto conteúdo de água líquida, grande extensão vertical, gotas de água de grande porte e onde uma boa parte da camada de nuvem tenha temperatura abaixo de 0 °C. Estes tipos de fortes correntes de ar ascendente podem também indicar a presença de um tornado.

Tempestades severas com granizo podem apresentar uma coloração verde.

Como ocorre em uma precipitação de qualquer nuvem cumulo imbus, o granizo começa como gotas de água. Com a ascensão dessas gotas e a temperatura abaixo de zero, a água se congela quando entra em contato com os chamados núcleos de condensação. A parte transversal de uma pedra de grande dimensão tem uma estrutura parecida com uma cebola. Isso significa que o granizo é feito de camadas espessas e translúcidas, alternadas com camadas mais finas, brancas e opacas. Ele é submetido a múltiplas descidas e subidas, caindo em uma zona de umidade e re-congelando quando é elevado. Pensava-se que este movimento para cima e para baixo era o responsável pelas camadas sucessivas da pedra, mas uma nova pesquisa, feita com base na teoria e estudo de campo, mostrou que isso nem sempre ocorre.

O vento das tempestades, oriundo do movimento vertical do ar, cuja velocidade pode chegar aos 180 km/h, sopra o granizo na nuvem, onde ele sobe em áreas onde a concentração de umidade e de gotículas de água super-resfriadas é bastante variada. A taxa de crescimento do granizo muda de acordo com a variação da umidade e da quantidade de gotículas resfriadas que ele encontra. A taxa de acréscimo dessas gotículas é outro fator que interfere no desenvolvimento da pedra. Quando o granizo se move para uma área com alta concentração de gotículas de água, ele adquire uma camada translúcida. Caso o movimento do granizo ocorra em uma área onde haja mais vapor de água disponível, a pedra adquire uma camada de gelo branco e opaco.

Além disso, a velocidade da queda do granizo depende de sua massa e da posição na corrente ascendente da nuvem. Isso é o que determina as diferentes espessuras das camadas da pedra. A taxa de acumulação de gotículas de água super-resfriada depende das velocidades relativas entre essas gotículas e o granizo em si. Isto implica que, geralmente, as pedras maiores do granizo se formam a alguma distância do movimento ascendente mais forte do ar, onde podem passar mais tempo crescendo. À medida que o granizo cresce, libera calor latente, que mantém o seu exterior em uma fase líquida. Como ele passa  por um crescimento úmido, a camada externa torna-se pegajosa, ou mais adesiva, de modo que uma pedra pode crescer pela colisão com outras pedras menores, formando uma ainda maior, com uma forma irregular. 

O granizo continuará subindo na tempestade até a sua massa não poder mais ser suportada pelo movimento ascendente do ar. Isso pode levar pelo menos 30 minutos, dependendo da força desse movimento na tempestade, cujo topo está geralmente acima de 10 km de altura. Em seguida, a pedra cai em direção ao chão, continuando a crescer, com base nesses mesmos processos, até que ela deixa a nuvem. A partir daí o granizo começa a derreter, uma vez que passa por uma região da atmosfera onde a temperatura está acima da de congelamento.

Assim, uma trajetória única na tempestade já é suficiente para explicar a estrutura das camadas do granizo. O único caso em que podem existir trajetórias múltiplas é em tempestades multicelulares, onde o granizo pode ser expulso do topo de uma nuvem "mãe" e ser capturado pela corrente ascendente de uma "filha" mais intensa. Este, porém, é um caso excepcional.

Todas são tipos de chuva, que contribuem para abastecer os aquíferos, os lençóis freáticos, os rios e até os oceanos.

NOTA DO BLOG:

Textos copiados da internet.

quarta-feira, 5 de julho de 2023

A RUA NOVA – Remi Bastos

 





Foi esta Rua Nova na inesquecível Mata Grande que todos os finais de semana, quando papai retornava de sua lida nos sítios e povoados, eu tinha a missão de levar o animal que ele montava ao cercado vizinho ao antigo cemitério.

Às 17:30h, devido as serras que cobiçavam Mata Grande, os dias pareciam ser mais curtos. No horário que eu conduzia o animal ao cercado, as estrelas eram visíveis no céu. As corujas sobre o muro do sepulcrário refletiam a luz dos seus olhos, justamente, na direção da cancela. Nesse momento, rápido, eu puxava o cabresto do animal, fechava a cancela e voltava correndo pelo caminho ladeado por cercas de labirinto (avelós). Às vezes me enrolava na corda que servia de cabresto, me desequilibrava indo de encontro ao chão umedecido.

Quando chegava em casa com o rosto pincelado de lama, minha mãe ao ver aquele mateo mirim, perguntava penalizada, o que foi isso meu filho? A minha resposta era: foi a coruja no muro do cemitério olhando pra mim com aqueles olhos de fogo. São histórias como esta que vivi nos meus 12 anos de idade e que se renovam cada vez que a saudade me visita.

Eu sempre digo, que saí de Mata Grande, mas Mata Grande nunca saiu de mim. (Remi Bastos).

sábado, 1 de julho de 2023

GINÁSIO FÉLIX MORENO – Germano

 







 

Foi o local aonde encontrei a melhor escola entre as quais já estudei. Serviu de base para que encontrasse durante a lide o aprimoramento da minha fase cultural. A sua fundação ocorreu no dia 25.07.1959 e pertencia a CNEG (Campanha Nacional de Educandários Gratuitos).

Vale ressaltar a brilhante ideia dos brasileiros da época. Em Mata Grande, os jovens, após o período primário tinham que se deslocar para outras cidades afim de dar continuidade aos estudos; quando chegou a minha vez de sair, eis que inauguraram o Ginásio.

Graças a ele, ainda cursando o terceiro ano, me submeti a um concurso do Banco do Nordeste do Brasil, S/A., passei.   No banco formei a minha trajetória profissional de bancário a partir do mês de setembro do ano  1965.

O nome do Ginásio foi em homenagem ao médico mata-grandense DR. FELIX MORENO BRANDÃO.

“Feliz Moreno, nasceu em Mata Grande em 26 de novembro de 1825, iniciando os seus estudos médicos na Faculdade de Medicina da Bahia, onde sustentou tese e colou grau em 18 de dezembro de 1858.

Fez a campanha do Paraguai onde chegou ao posto de Major, por merecimento. Montou no Chaco, por ordem de Caxias, um hospital de sangue, obtendo, por seus relevantes serviços prestados à Pátria, as medalhas de Cristo e de São Bento de Aviz.

Era pai do renomado historiador alagoano, professor Francisco Henrique Moreno  Brandão.

Faleceu em 24 de agosto de 1878.”

(Monografia do Município de Mata Grande) Djalma Mendonça.

O primeiro Diretor  do Ginásio foi o também médico,  doutor  Orlando de Souza Ferraz, que deixou o nome gravado na história da nossa terra, tanto como Diretor como também na sua área profissional, atendendo a todos com carinho e dedicação.

Na gestão do prefeito Fernando Lou, mudaram o nome do Ginásio para Monsenhor Aloysio Vianna Martins, onde houve algumas desastrosas reformas, obrigando o atual prefeito  Erivaldo Mandu a demolir totalmente o prédio e erigir um novo, muito moderno e já com ares de faculdade.