quinta-feira, 31 de março de 2016

REDESCOBRINDO O NATAL - Germano


REDESCOBRINDO O NATAL

Brasília-DF, 27 de dezembro de 2015.

Estamos atravessando uma fase difícil  na estrutura social do País o que tem levado as discordâncias políticas que devido a falta de ética dos governantes atingem em cheio a família brasileira.

Com o advento, necessário se faz que todos  empenhem esforços no sentido de redescobrir o Natal, uma vez que é o melhor dia de agregar os integrantes familiares, haja vista a nossa cultura de se reunir para a tradicional ceia.

Para isto temos que nos despojar da ideia economicista de que “tempo é dinheiro”. O tempo parece que não existe mais entre pais e filhos, levando todos a uma corrida estressante e, como as baratas tontas que  correm sem saber para onde ir vivem a todo tempo repetindo que não têm tempo. Portanto, precisamos redescobrir a importância do saber ouvir, fitar, dialogar, abraçar fraternalmente para poder sentir as pulsações oriundas do órgão do amor.

Façamos, portanto, pelo menos da nossa ceia diária, uma  réplica da ceia natalina com os membros que habitam o mesmo teto para uma comunicação afetiva. Todos sabem que a falta do diálogo atrapalha a vida de muitas pessoas .

No intuito de alavancar as comunicações, façam uso também das redes sociais que hoje tem servido para reatar velhas amizades que reacendem o desejo de encontros no porvir.

Aqui neste momento, sentimos a alegria e prazer de estar junto a vocês, reunindo famílias oriundas de diversas regiões do País.

Por fim, agradecemos a Carlos e Izabella Carpaneda pela gentileza de proporcionar tão belo encontro.  Um abraço  fraternal a cada um dos presentes.

CALEM A BOCA NORDESTINOS! - Renan Souto


 

Calem a boca Nordestinos! – Renan Souto

 

Os nordestinos devem ficar quietos! Cale a boca, povo do Nordeste! Que coisas boas vocês têm pra oferecer ao resto do país? Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz?
Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo?
Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos… pasmem… PAULISTAS!!!

E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano. Ah! E ainda os baianos, Caetano Veloso, Gil, Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo “carioca” Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.
Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura… Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner… E Não poderia deixar de lembrar também da genial família Caymmi e suas melodias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia…
Ah! Nordestinos…
Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura? E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros á força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país? Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo?
Minha mensagem então é essa: – Calem a boca, nordestinos!
Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirar tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.
Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes.
Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte!”
Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoe, queridos irmãos nordestinos.

quarta-feira, 30 de março de 2016

POESIA SOBRE A MORTE - Elias Marculino Silva


O QUE RECITOU O MATAGRANDENSE ELIAS MARCULINO  SILVA

 

Jesus iluminando minha ideia

O meu pensamento não cai

A morte é muito ingrata

E da sua ingratidão não sai

O povo mata e vai preso

A morte mata e não vai

 

A morte anda no mundo

E do povo ela tem rixa

OH! Morte tirana e ingrata

De tí eu tenho minhas queixas

Quem és de matar tu não matas

Que és de deixar tu não deixas.

 

NOTA DO BLOG: Para quem não lembra, Elias  residia no Bomsucesso e gostava de sair com a matraca nas procissões do Senhor Morto, no domingo da Ressurreição.

segunda-feira, 28 de março de 2016

A SEMANA SANTA EM MATA GRANDE - Germano








Neste ano de 2016 atravessamos uma  Semana Santa  um pouco diferente, tendo em vista que a minha querida esposa  recebeu uma visita indesejável do mosquito transmissor da famigerada chikukunya e ficou sem condições de maiores deslocamentos, então, decidimos ficar em Maceió. Como sentiu melhoras na quarta feira,  pediu para seguirmos até Arapiraca, dormir na casa de Marcus, nosso filho, e na quinta feira seguir para a casa de Germano Enrico, onde veríamos  também os netos e demais familiares e assim aconteceu.
Logicamente, não tivemos condições de participar da “Via Sacra”  da manhã da quinta feira, comandada pelo Terço dos Homens, em direção a  Serra da Onça. No entanto, pelas fotos, teve o comparecimento de bastante fiéis, não obstante, uma grande parte da população  se encontrar na mesma situação de Icléa.
Entretanto, na Sexta Feira Santa, tive a oportunidade de ir rezar o terço no Monte Santo, junto aos irmãos que fazem parte do Terço dos Homens, que como sempre foi coordenado pelo amigo Geovanne.  Este ano tivemos a grata companhia do Pe. Sergio Augusto que em sua bênção final, pediu a todos que erguessem as mãos em direção à cidade para que todos  sob proteção da Mãe de Deus abençoassem Mata Grande. Foi um momento solene e diferente  dos anos anteriores. Todos ficaram emocionados e bastante agradecidos.
Quando terminou  tudo o Padre elogiou o Monte Santo, as serras circunvizinhas, toda a região e manifestou o desejo de também conhecer a Serra da Onça. Formamos um grupo de irmãos e o acompanhamos até a Serra. Ele ficou encantado com o que viu.
Como todos sabem a Serra da Onça , indiscutivelmente, é um dos maiores cartões postais de Mata Grande, não somente pela sua imponência como também pelo seu histórico e a nossa tradição de subir a Serra nos dias Santos e comer o característico manuê. A cada ano o número de pessoas que sobem a serra tem aumentado, fruto dos degraus construídos com a ajuda dos conterrâneos. Até em finais de semana, avista-se pessoas visitando a Serra. 
Contamos ao Padre como foi construída a Igrejinha,  mostramos a mandala bem desenhada e que não sabemos atribuir o seu real significado,  e a  pedra de mármore  , colocada pelo Capitão Antonio Rodrigues, com os seguintes dizeres:
 “MONUMENTO ERIGIDO A SANTO ANTONIO POR ANTONIO ROIZ ALBUQUERQUE. LEMBRANÇA POR ELLE DEIXADA  A SUA FAMÍLIA E A SUA TERRA NATAL. SETEMBRO.07.1923”.
 
Das demais celebrações religiosas, pelo motivo acima, não tivemos condições de acompanhar, salvo no domingo da ressurreição, onde assistimos a missa celebrada pelo Pe. Sergio e à noite, pelo Pe. Gilberto, onde o coral entoou o Hino da Aleluia que emocionou a todos. Cantamos com entusiasmo. "Alegrai-vos Oh Maria, Cessai vossa amarga dor. Glorioso Ressuscita. Jesus Nosso Redentor".