sexta-feira, 17 de agosto de 2018

A LIDERANÇA - Germano




Segundo o dicionário de Augusto Miranda o termo quer dizer: Função de líder; Forma de dominação baseada no prestígio pessoal e aceita pelos dirigidos. É um substantivo feminino.

A Bíblia Sagrada nos ensina em Mateus 23 que não devemos chamar ninguém de mestre, pois Mestre somente o Altíssimo, alí se aprende, os que se exaltam serão humilhados todavia, não resta dúvidas de que somos  sempre comandados, normalmente dominados  por pessoas de prestígio e que exercem quaisquer tipos de liderança.

Vejam o que diz Robson Santarém: “ Estou cada vez mais convicto de que se não trabalharmos arduamente na formação do caráter, de nada valerão as melhores habilidades e conhecimentos que alguém possa ter. Ainda vivemos muito preocupados em proporcionar acesso e condições de desenvolvimento, de habilidades e conhecimentos  que possibilitem aos profissionais serem bem sucedidos em suas carreiras.

Isso é  muito importante;  o sucesso, porém, está na atitude! Se quisermos um mundo melhor, antes de tudo precisamos despertar e expandir a nossa consciência para a importância dos valores em nossa vida. O que fez , faz e fará sempre a diferença é o caráter, a começar  pelas lideranças. Para ser um excelente líder é preciso ser um excelente ser humano!”

O exercício da liderança não é para qualquer um, existe o líder nato e o que se impõe pelo poder que exerce, mas, um bom líder faz com que as pessoas  comuns  façam coisas incomuns.

Uma sociedade, uma cidade ou mesmo uma pequena  aldeia em plena atividade sempre precisa de um líder, que pode ser um  dos mais idosos,  ou um mais experiente ou mesmo um  aclamado por votação.

Normalmente esse líder precisa ter caráter e capacidade suficiente para escolher os melhores caminhos para que possa atingir os objetivos desejados pelos comandados. Sem ter essa capacidade ninguém consegue alcançar ou se aproximar da plenitude desejada. Sem ela não se pode exercer a liderança.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

O FRIO E O COBERTOR - Walter Medeiros








O frio e o cobertor

--- Walter Medeiros


No pé da serra da onça
Senti frio encantador
Dos pingos, da enxurrada,
Aguaceiro, que esplendor!
E no cantinho do quarto
Achei aconchego farto
No mais quente cobertor.


Era o melhor cobertor,
Com aquele grosso na beira,
Que meu pai comprou na feira
Num grande gesto de amor;
Lutava contra a goteira
Que molhava a vida inteira
O chão que ele arrumou.


Na serra só tem quentura
Se a chuva não aparece,
Pois quando a noite desce
E chega a hora de louvor,
O frio vem com a prece
O novo dia amanhece
Com frio orvalho na flor.


quinta-feira, 2 de agosto de 2018

LEMBRANÇAS EM VERSOS - Walter Medeiros





Lembranças em versos

--- Walter Medeiros

Uma cidade, uma vida, um livro. É a reflexão que faço da viagem que fizemos agora em julho, por uma parte do nordeste, e que teve um momento mais marcante que as belezas das praias de Aracaju, Maceió, Recife, João Pessoa e Natal. Um momento no Teatro Deodoro, belo monumento da cultura alagoana, onde encontramos, de surpresa, amigos de infância e da vida toda. Amigos que nos envolvem em versos, em prosa, em recordações, saudade. Saudade do tempo em que moramos tão longe, no alto sertão de Alagoas.


A tarde caía em Maceió, quando Graça e eu fomos chegando ao Foyer do teatro, mais belamente chamado de Café da Linda. Junto à porta que dá para a praça, duas mulheres sentadas, que recebem nossos cumprimentos. E esboçam curiosidade. Queriam saber se eu era de Mata Grande. Então disse que morei lá, vizinho a Germano. Foi o suficiente para uma delas apresentar-se como irmã do ex-vizinho. Era Helena Mendonça. Aquela mesma mulher magra que há muitas décadas brincava, passeava e estudava com a minha irmã Clemilda. Vieram, então, todas as recordações possíveis, inclusive do cheiro de pão assado com manteiga. O pão que chegava quentinho da padaria de Seu Balbino, pai de Helena, Valdeci, Valderez, Germano e Hidelbrando.


Pelo outro lado chegou a vizinha do outro lado, Márcia. A neta de seu Zé Lúcio, professora, lutadora, o maior motivo para estarmos ali. Era o lançamento do seu livro de poemas “Lembranças, apenas...”. Belo livro, que autografou carinhosamente para nós, para Wellington, Clemilda e todos os que compareceram ao belo evento. Uma noite de muitas emoções, marcada por reencontros, histórias, amizades, lembranças, quantas lembranças, das coisas de Mata Grande! A cidade que resolveu dar a mim o título de Cidadão Honorário, em 2012, em outra noite alagoana de muita felicidade.


O livro de Márcia faz a gente viajar a cada canto de Mata Grande, sentir cada emoção dos tipos matagrandenses, passar por tantas épocas que fizeram a bela cidade que hoje tem muita coisa marcante, inclusive o ponto mais alto de Alagoas. Ela transmite muitas emoções fortes, ao transformar em versos aquele dia a dia da feira, dos carros de boi, dos sítios, das serras, dos amigos, dos parentes, da saudade. Versos dedicados ao seu marido, Manuca, a seus filhos e netos. E aos seus pais e avós, que tanto abrilhantam aquelas páginas. Versos que nos trazem tão forte nostalgia, como aqueles do poema “Agendas antigas...”, falando sobre telefones de “Amigos antigos ausentes, dividiram o espaço / Com as agências de viagens, as farmácias...” _/ “Apenas nomes deixados pelo tempo”.

Belo livro. Belos poemas. Belas lembranças. Nova saudade, Márcia!