quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

O CARROSEL DE DONA MINERVINA - Germano

 


Quem não lembra da época do natal em Mata Grande, onde o carrossel de Dona Minervina chegava de Santa Cruz do Deserto, armava ali no Beco de Noca e próximo ficava a onda de Mané Pistola?

Isto ocorria nos idos anos cinquenta e sessenta, a meninada contava os cinquenta mil reis antigos que correspondia a cinquenta centavos de cruzeiros, para se  deliciar nas rodadas  do carrossel.

Um fato interessante veio a minha memória, o meu pai Balbino Alves Bezerra, homem excessivamente católico não perdia uma missa aos domingos. Naqueles tempos a missa era em latim, celebrada pelo inesquecível primo Monsenhor Aloysio Viana Martins que tinha uma dicção invejável por qualquer cristão. Eu já fui coroinha e lembro de muitas coisas que respondia com precisão: DOMINUS VOBISCUM, ET CUM ESPIRITUS TUEM e outras mais, tudo decorado previamente. O meu pai tinha um Adoremos do qual não tirava os olhos.

Em um dia trinta e um de dezembro, dia da festa da nossa Padroeira Nossa Senhora da Conceição, o carrossel rodou a noite inteira. Pela manhã a dona Minervina amarrou o carrossel com uma corda e foi dormir lá no sobrado da Rua de Cima , onde hoje é a casa de João Durval o popular Dudú.

No dia primeiro de janeiro, quando eu ia para a missa com o meu pai, os meus colegas tinham desamarrado a corda e eles mesmo empurravam o carrossel e  subiam para se deliciar sem pagar nada.

Que fiz, saí da missa de mansinho e retornei para o carrossel, uma beleza. Só que esqueci de retornar e quando me dei conta o meu pai já estava agarrado no meu braço. Me levou para a padaria, puxou o cinturão e levei aquela surra e fiquei de castigo até o meio dia em cima de uns sacos de farinha de trigo. Também foi a única que levei. 

Há anos se fala no Mata Grande Fest e eu há anos não passo um final de ano em Mata Grande. Este ano vou fazer o possível para me fazer presente, mesmo que seja nos dias finais e ver como estão as festividades mesmo sem o carrossel de dona Minervina.

domingo, 20 de dezembro de 2020

LAMPIÃO: O INGRATO NA MATA GRANDE

 LAMPIÃO: O INGRATO NA MATA GRANDE

Clerisvaldo B. Chagas, 17/18 de dezembro de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.437
Quando a família Ferreira veio para Alagoas, 1918, chegava aliviada das ações dos seus inimigos na região de Pernambuco, em que viviam. O próprio Virgolino Ferreira teve a chance de viver honestamente como empregado do coronel Juca, na Mata Grande. Mas, devido ao seu próprio instinto, resolveu fazer parte do bando de Antônio Maltilde e criar asas no bando dos Porcino.

Seu espírito guerreiro não o deixou viver totalmente com o suor do rosto. Fez incursões armadas em seu estado e foi vivendo entre o certo e o errado no lugar que o acolheu, oferecendo oportunidade de viver do trabalho e longe dos rifles adversários do Pernambuco. Vivendo em Água Branca e Mata Grande, região serrana do estado, perdeu a oportunidade de paz porque bem quis.
Já famoso em 1925, achou que podia tudo. Tanto é que após a visita que fez ao cemitério do arruado Santa Cruz do Deserto para visitar os túmulos dos pais, resolveu dar uma festa na fazenda Tanque do seu velho camarada José Crispim. Pressionado pelos irmãos Antônio e Levino para que o bando assaltasse Mata Grande, respondeu fraco que não podia por dever favores àquela gente. Quer dizer, ele mesmo reconheceu que não podia ser ingrato com os que o acolheram na adversidade. Mesmo assim resolveu atacar Mata Grande. Os fanáticos dirão que ele foi obrigado pelos irmãos, mas o chefe era ele, a força de se impor era a sua, portanto, a responsabilidade total foi dele, sim. Cedendo mais à ambição do saque e menos à vaidade do poder da força, teve a desculpa do pressionamento da irmandade.

Arrogante e azougado partiu para o ataque após receber como resposta do comércio mata-grandense ao seu bilhete, um desafio de macho: “Olha, aqui, vá dizer àquele moleque que o receberei à bala”. Como pensava que não haveria resistência, o bandido Lampião tentou invadir à cidade, mas as balas prometidas não deixaram o bando ir além das Rua Nova e Repitete. Lampião “botou o rabinho entre às pernas, bateu em retirada e foi se refugiar na fazenda Serrote Preto. É certo que ali atuou com êxito, mas isso foge ao foco da cidade Mata Grande. Sua ingratidão, truculência e ambição, não o impediram de comer bala.
Só muito depois, Mossoró repetia o feito da Mata Grande.

sábado, 12 de dezembro de 2020

O MATA-GRANDENSE - Germano

 

O MATA-GRANDENSE – Germano

“26.10.07 - Fazenda Agua Azul - Sítio Almeida - Mata Grande -Al. - Navegando no orkut, despretenciosamente cliquei a palavra blog e surgiu a possibilidade de criação de um blog. Sempre tive a vontade de criar um, porém, por não entender bem do sistema, a vontade já foi abortada no "terra e uol". Procuraremos manter atualizações sobre a nossa querida Mata Grande, inclusive, copiando notícias divulgadas anteriormente. Pedimos a todos que participem; me ajudem a manter um canal de notícias e fatos acontecidos ,sempre atraente e atualizado. Um abraço fraternal.

 

Este foi o início deste blog e como ele surgiu. O nosso pensamento era voltado para o engrandecimento cultural dos nossos conterrâneos o qual, de história gravada, há somente o livro MONOGRAFIA DO MUNICÍPIO DE MATA GRANDE  editado por Djalma Mendonça, que ainda hoje serve de parâmetros  quando se deseja escrever algo sobre a memória do município.

O blog foi criado e não obstante favorecer ganhos financeiros, nunca aceitamos  estes tipos de benesses, mesmo  porque não temos ideia sobre valores e finalidades.

Mas o que nos leva a divulgar este texto é a marca dos  160.000 (cento e sessenta mil) acessos a esta página. Sabemos que eles se distribuem nos mais variados municípios do território brasileiro  e ainda, que temos leitores  que  habitam em Portugal, Estados Unidos,  Bélgica, França, além de outros que no momento não recordo.

Mais uma coisa,  me deixou feliz, o acesso 160.000 foi do meu  genro Cesar Pessoa de Melo. Faço o registro porque me encontro em Brasília, na casa dele e foi justamente ele que me colocou nas redes sociais a partir do Orkut, depois no Facebook, e-mails etc. e esta felicidade me faz pensar que levo também felicidade a tantos lares dos amigos e amigas.

Portanto, agradecemos a cada um dos nossos leitores e deixamos o blog à disposição.  O nosso e-mail de contato é germanoalves@terra.com.br e também o Facebook onde mantemos uma página com o nome MATAGRANDENSES e já consta com quase cinco mil  membros.

Por fim, nos regozijamos em poder como mata-grandense compartilhar com os nossos conterrâneos e amigos (as) o pouco que aprendemos, procurando  ainda deixar gravado para as gerações atuais e futuras um pouco da  memória do nosso município.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

UM ANO ATÍPICO - Germano

 


 

Hoje, aos nove dias do mês de dezembro acordei  em Brasília,  repetindo  o que sempre faço quando  tenho a oportunidade,  visitar a minha filha, netas, genro e seus familiares e amigos. Daí, surgiu a ideia de  dissertar um pouco do que foi  o ano de 2020, o qual classifico de um ano totalmente atípico.

Recordando os meses de janeiro e fevereiro onde  as confraternizações prosseguiram sem anormalidades. Pude pensar em adquirir um carro  novo , uma vez que a minha ”xebrequinha“ já estava com sete anos de uso e prestes  a precisar de pneus novos, até aí tudo bem.

Chegou o mês de março exatamente no dia  catorze, nos deslocamos para Mata Grande – Al., a fim de participar das comemorações alusivas ao aniversário de uma querida Comadre, onde tudo foi normal, reencontramos os familiares e amigos com prazer e alegria.

Pensávamos em retornar a Maceió no início da semana seguinte, todavia, no dia  dezoito de março se comemora a festa de emancipação política da cidade, com desfiles estudantis e outras solenidades. Resolvemos ficar. Porém  exatamente no dia dezessete de março, eis que aparece o famigerado COVID-19 que mudou não somente os meus planos, mas os planos do mundo. Começou pelo Prefeito que mandou suspender todas as atividades programadas para o dia dezoito. Feito isto, resolvi permanecer em Mata Grande, esperando a onda passar.

E assim se passaram oito meses, passei a cultivar  hortas caseiras e outras atividades inerentes a vida rural. É tanto que dizia aos amigos : estou em isolamento rural. Mas como de tudo sempre há uma válvula de escape permitida por Deus. Eis que no mês de setembro, passei a ter mais uma profissão: a de escritor. Outra atipicidade ocorrida no ano.

No decorrer destes meses tivemos um inverno atípico, muitas chuvas, muitas lavouras e muitos pastos para os rebanhos o que nos dava esperanças de desenvolvimento para todos os  trabalhadores que lidam com agropecuária.

Chega o mês de novembro e com ele o dia quinze, dia da eleição. Ah!  Dias antes houve uma convenção política e o meu filho foi escolhido para participar da chapa majoritária como candidato a  Vice-Prefeito, outra surpresa atípica. Como ia dizendo, foram eleitos todos os candidatos em quem votei. Fui então, possuído de forte emoção, por isso,  fui comemorar as vitórias com os  meus conterrâneos. Abraços, muita cerveja com prazer e alegria, me fizeram esquecer da máscara e aconteceu que o pestilento chinês, que vivia me rondando, aproveitou a oportunidade e me ferrou. Outro caso atípico.

Vivenciando os primeiros dez dias do ano, em plena recuperação  do COVID 19 estou agradecendo a Deus pelas  surpresas do ano. Agradecer também, a Drª. Bertine Malta que tratou de mim lá em Maceió, a Drª. Geovanna Lea Barbosa de Mendonça Pessoa de Melo que trata de mim onde quer que eu esteja. A  minha esposa pela dedicação e amor dispendido e ainda a todos os amigos que diretamente me enviaram mensagens.

Se Deus nos permitir, vamos nos despedir do ano 2020 em nossa terra natal, sob o manto protetor da nossa Excelsa Padroeira, Nossa Senhora da Conceição.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

A POLITICA EM MATA GRANDE – Germano

 





É comum se ouvir a frase: “Detesto política”. Ora, como se pode destinar ódio a um elemento presente em todas as relações cotidianas e inerentes ao ser humano. 

Para Aristóteles, “o homem por natureza, é um animal político”, uma vez que, por definição, é a ciência que dá organização a cidade em sentido restrito e também em sentido amplo, a todas as atividades de quem se interessa pelo público. Portanto, vê-se uma confusão entre política e politicagem. Esta sim, nefasta por proteger interesses meramente pessoais.

É compreensível, diante desta confusão somada a atos recentes da nossa história, que as pessoas queiram se abster de discussões políticas, porém, esta prática, fortalece a politicagem, pois não há oxigenação na política, daí, a importância de cidadãos participativos.

Este ano tivemos uma eleição totalmente atípica, sabemos que ao longo dos tempos as forças poderosas que se acham dominantes, que brigam entre si, mas que, quando não dominam o município com patrimonialismo, se unem para a tomada do poder, tiveram este ano, um matuto da encruzilhada e um catingueiro do sítio São José, que enfrentaram três oposições fortes e saíram vitoriosos.

Erivaldo Mandú e Marcus Vinicius Barbosa de Mendonça, enfrentaram com galhardia a todos os ataques e sempre procuraram esclarecer a população os objetivos que tinham em mente para a continuidade de uma administração inteiramente voltada para o desenvolvimento do município, divulgando os projetos a serem realizados na próxima gestão.

 

Rogamos ao Onipotente que os ilumine para que consigam juntos concretizar ao longo da gestão todos  os projetos que idealizaram.

 

 

 

 

 

 

sábado, 7 de novembro de 2020

O AMOR DOS PAIS COM OS FILHOS - Germano

 

 

O amor dos pais para com os filhos, começa na escolha do nome. Temos que ter o cuidado e não escolher um nome do qual o filho venha a se envergonhar no futuro.

Existem inúmeras maneiras de demonstrar amor pelos filhos e a principal delas é a educação. Costumamos dizer que a educação se inicia no berço. Depois vem a transição da infância para a adolescência que exige dos pais várias mudanças. Alguns pais costumam manter os filhos no mesmo conforto dado na infância e isto é um erro e deve ser evitado, por que na fase de adolescência e de adulto o filho se acomoda.

Segundo o IBGE hoje em dia muitos filhos dos 24 aos 35 anos continuam morando na casa dos pais, alguns por que não estudaram nem quererem trabalhar. Daí os pais devem agir para prepara-los para serem independentes e andar com as próprias pernas.

Com muito amor deve ensina-los a ter paciência e se esforçar para conseguir o que ele deseja. Para isto, procurar um emprego que lhe traga alguma renda extra.

É certo que quando o filho entra na Faculdade sempre aparecem estágios que lhe trarão experiências profissionais. Nesta fase sempre há uma mudança de comportamento, entretanto, com amor, o casal deve dialogar para decidir o modo como irão incentivar o filho a encarar suas responsabilidades. Caso contrário, podem provocar conflitos. Se a mãe ou o pai ajudar o filho mais do que deve, o jovem pode começar a se aproveitar da situação.

Através da comunicação o casal e os filhos falam abertamente sobre os seus pensamentos e sentimentos e os pais, principalmente, devem prestar muita atenção ao que eles dizem e tentar ao máximo, disciplina-los para que saibam distinguir na vida o que é certo e o que  é errado.

Na verdade, com muito amor o casal vai entendendo que nas diversas fases da vida o filho vai mudando de comportamento, então, com equilíbrio e coerência, o filho disciplinado aceita melhor as orientações para corrigir algum erro cometido.

Lógico que o casal deve ter bons valores, como honestidade, ética e seriedade para ser o exemplo para os filhos. Os bons valores são como uma bússola que orienta os filhos a decidirem qual o caminho a seguir.

É triste ver um pai que não corrige o filho que erra, naturalmente ele sofrerá, na escola ou mesmo na sociedade em que viverá, pois, os colegas da escola não vão tolerar estes erros e muito pouco a comunidade. A não correção no momento  devido poderá o tornar um fracassado no porvir.

Nenhum ser humano é perfeito, apesar de sermos feitos a imagem e semelhança de Cristo, pois com o tempo, nós mesmos acrescentamos nossas imperfeições as nossas personalidades.


 

 

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

O IBGE EM MATA GRANDE - Germano

 

O IBGE – Germano

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística tinha a sua Agência em Mata Grande, o que gerava mais um emprego federal na cidade.

O seu maior estatístico era o grande pensador e historiador José Bernardino Correia, homem de rara inteligência. Deixou vários escritos sobre o nosso município. Após a sua passagem por esta vida, um dos seus descendentes levou grande parte dos cadernos para São Paulo. Juntos dariam um bom livro.

 

O último agente estatístico em nossa cidade foi Serafim Araújo. Ainda jovem e cheio de presepadas, era conhecido como “O Cão de Tacaratú”. Depois contraiu matrimônio com a mata-grandense Maria Edeltrudes Villar. Hoje aposentados residem em Recife – Pernambuco.

 

 Infelizmente, não sei por que a nossa cidade tem que conviver com o slogan que criei:   "MATA GRANDE : A TERRA DO JÁ TEVE”.     Já tivemos inúmeras autarquias federais e estaduais funcionando normalmente na cidade e acredito que, devido a incompetência, falta de amor a terra, descaso no trato da coisa ou mesmo pela moeda de troca por votos dos nossos antigos administradores e políticos do legislativo foram, paulatinamente transferidas para outras cidades, principalmente Delmiro Gouveia, o que deixou por volta de cinquenta vagas de empregos diretos e de residentes na sede do município. Imagine a quantidade de empregos indiretos.

O IBGE, tinha uma biblioteca invejável o que facilitava as pesquisas estudantis e mantinha atualizada todas as produções industriais, comerciais e agropecuárias do município.

 

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

ELEIÇÕES - Germano

 

Existem eleições nas mais variadas formas visando a escolha de um gestor capacitado, quer nas Associações, quer nos condomínios ou mesmo nos bairros ou nos sítios que são devidamente organizados.

No Brasil, de dois em dois anos temos as eleições para a escolha do Presidente da República, Governadores, Senadores, Deputados Federais e Estaduais; de igual forma, nos municípios, existem eleições para a escolha do Prefeito e Vereadores.

Todas são muito importantes, principalmente a que escolhe o gestor máximo do Brasil, sem no entanto esquecer, que não perde a importância a eleição para a escolha do Prefeito, pois os municípios são a base de tudo que acontece para a grandeza dele e também do Estado, daí, a necessidade de se escolher bem  em quem se  deve votar.

Neste ano a eleição visa a escolha do Chefe Máximo Municipal, portanto, o escolhido deverá ter o seu programa de governo, que não deve ter as costumeiras promessas encantatórias que tantas lamúrias causam no porvir.

Deve ainda o escolhido, ter noções de ética e seriedade no trato da coisa pública. O candidato ao cargo de gestor, tem que apresentar um plano de governo bem fundamentado, observando as reais condições financeiras do município e que possa ser cobrado pela comunidade nos anos subsequentes.

Uma boa dica é observar como o candidato administra a sua casa, a sua família, a sua propriedade rural, se for possuidor, seus negócios, o zelo pelo seu automóvel e ainda, a forma respeitosa com que trata os seus eleitores e adversários.

Portanto, é necessário que os eleitores sejam participativos nessa escolha, fazendo uma análise do perfil de cada candidato ao cargo, verificando o seu jeito de ser, as suas atitudes e sobretudo, as suas propostas de governo que vão direcionar os trabalhos no porvir.

 

terça-feira, 20 de outubro de 2020

AMBIÇÃO - Germano

 

Segundo o dicionário de Augusto Miranda, é um substantivo masculino e significa: Desejo veemente de poder, de gloria, riqueza, etc; aspiração imoderada, pretensão, cobiça.

Ora, o ser humano dominado pela ambição passa a ser um perigo diante dos demais que o rodeiam, quer no desejo do poder e glória, quer pela riqueza, uma vez que pela aspiração imoderada, passa a tomar coisas do vizinho, de membros da família e se houver oportunidade até da comunidade a que pertence.

Quando apresenta pretensões políticas, perde totalmente a noção de ética e seriedade e passa a ser contraventor da lei, quer comprando votos quer desviando recursos do erário público para alimentar o seu bel prazer de ambição pelo poder.

Não podemos esquecer que existem candidatos que não estudaram o suficiente para ser um gestor, nunca trabalharam, viveram sempre às expensas dos Órgãos Públicos e por isto são destituídos de quaisquer planos beneficentes para uma comunidade.

Existem também famílias que se perpetuam no poder e administram os Órgãos Públicos de que se tornam gestores com excesso de patrimonialismo.

Não raras vezes, a ambição deixa o ambicioso se dominar pela inveja, fazendo com que perda a consciência e passe a desprezar o que seja ético e sério, uma vez que a aspiração imoderada pelo poder, pela gloria e pela riqueza deixa-o sem alcançar que existem pessoas em sua volta que necessitam da sua visão como gestor. Quem assim procede, pratica atos que prejudicam grande parte da comunidade em seu redor por muitos e muitos anos, o mais recente exemplo tivemos com alguns antigos gestores federais.

 

 

 

 

terça-feira, 13 de outubro de 2020

AGÊNCIA DOS CORREIOS EM MATA GRANDE - Germano

 







Esta semana passei em frente ao Prédio dos Correios em Mata Grande e fiquei surpreso com um aviso pregado na porta:

“Atendimento somente as terças e quintas feiras de 8 às 12 horas.”

Pelo que pensei, será mais um Órgão Federal que vai fazer parte do slogan que criei:

“MATA GRANDE  - A TERRA DO JÁ TEVE”.

Ora, a nossa cidade recebeu a Agência Postal no ano de 1844, daí os empregos federais diretos foram criados e que permanecem até hoje.

Todavia, os funcionários efetivos que trabalhavam no prédio, residiam na cidade, mas sempre com um efetivo de três ou quatro funcionários.

Se a memória não me falha, posso citar: seu Zé de Pedrinho, Seu Raimundo Fagundes, meu hoje compadre Manoel Emilson Fagundes de Moraes, o primo Manoel Iran Vilar Malta, um cidadão de Penedo chamado Pacheco, Milton Malta de Oliveira e creio que outros. É bem verdade que em períodos diferentes.

Hoje o funcionário encarregado reside em Delmiro Gouveia, portanto, é lá que ele gasta parte do seu salário e Mata Grande mais uma vez fica sem empregados federais residentes.

Então, paulatinamente, a empresa está acostumando a população matagrandense a ficar sem os seus serviços e para retirar a Agência daqui, a exemplo dos outros Órgãos Federais, é num piscar de olhos.

Cumpre aos gestores, diligenciar para que isto não aconteça, procurando os diretores no Estado, para mostrar que estão preocupados, pois depois de fazerem a remoção para Delmiro Gouveia, nada vai adiantar. Lembrem do BNB, se não fosse aquela grande manifestação ele não existiria mais em Mata Grande, assim como foi feito com o Banco do Brasil, S/A.  Podemos ainda citar: IBGE, COLETORIA FEDERAL , ESTAÇÃO BAIXADORA DA CHESF e SERVIÇOS DE METEOROLOGIA a nível Federal e se for enumerar os Estaduais,  perdemos a Coletoria Estadual e recentemente a Coordenação Regional de Ensino.

 

 

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

DEUS ABENÇÕE VOCÊ – Pe. Roger Araujo

 

 

Hoje, estamos acompanhando o papel de intercessor que Abraão, o justo, exerce diante de Deus para poder salvar Sodoma e Gomorra da destruição. Deus não destrói nada, mas o mal por si só destrói todas as coisas.

 

A injustiça, a iniquidade, a perversidade, vão ruindo e destruindo toda a sociedade e todos os valores. O mal por si só tem um poder destrutivo enorme.
Olhe como estão destruindo nossas casas, nossas famílias, nossos lares, estão destruindo o nosso país, o mundo em que estamos vivendo dia após dia. Não é a mão de Deus que desce para destruir, a mão de Deus é a mão que salva, mas para que a salvação de Deus salve, para que ela aconteça, Ele precisa encontrar almas justas, corretas, almas que vivam de forma honesta e verdadeiramente justa.


Abraão tentou encontrar cinquenta, quarenta, trinta, dez justos. Eu digo a você que apenas um justo é capaz de salvar o mundo. O justo Jesus expiou o pecado de toda a humanidade, mas o justo Jesus precisa encontrar em nós também pessoas justas, honestas, corretas, porque só assim podemos salvar o meio onde estamos.


A perversidade, a maldade, as injustiças crescem cada vez mais no nosso meio, e até pessoas boas que cresceram conhecendo a verdade, facilmente se deixam corromper pela maldade do mundo.

O nosso papel é sermos intercessores, rogarmos pelo mundo, pela nossa casa, pela nossa família.

A maldade entra de uma forma tão ardilosa no coração do homem que vai aos poucos corroendo um pensamento, um sentimento, mas ninguém se denomina pessoa má, qualquer um de nós corremos sérios riscos de sermos contaminados pela injustiça do mundo.


Injustiça é, acima de tudo, não viver uma vida reta e correta. Injustiça é se deixar dominar pelo sentimento que norteia o mundo de maldade, de egoísmo e de se levar pelos próprios interesses.

O injusto é aquele que pensa em si e não pensa nos outros; injusto é aquele que quer que o mundo gire em torno de si e não em torno de Deus que é justo e Pai para todos

.
A injustiça assume várias vertentes da crueldade, da maldade, da perversidade, da iniquidade e vai tomando conta de vários espaços no trabalho, na família, na escola e na sociedade que estamos.


O nosso papel é sermos intercessores, rogarmos pelo mundo, pela nossa casa, pela nossa família, mas acima de tudo cuidarmos para sermos verdadeiramente justos porque os justos salvam o mundo.


Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

 

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

PERSONAGENS FOLCLÓRICOS - Germano

 


 

PEREIRINHA - Quem não se lembra de Pereirinha. Nunca soube o seu nome verdadeiro. Chegou em Mata Grande, não sei de onde. Aqui ele viveu e morreu. Era doente mental. Sempre dizia que ia embora desse lugar, porque tinha doidos demais e citava:  Socorro, Zé Doido, Vavá e tantos outros, menos ele.


Lembro que quando namorava a minha esposa, ele era o tangedor de gado do meu sogro, Otacílio Barbosa.  Certa noite, estávamos namorando na  sala, ele entrou na casa e disse: Mas pai “Austacilio como é que o senhor tem uma filha bonita, reboculosa e deixa namorar com um abjeto desses. Esse abjeto não preusta”.

Depois tornou-se mais ameno comigo.


Quando saí de Mata Grande para trabalhar em  Sergipe ele insistiu em ir conosco levar a mudança. Ao chegar em Pão de Açúcar ele não quis atravessar o Rio  São Francisco, alegando que se a balsa desse um "catabiu" ele poderia cair e não sabia nadar. 

Tentei deixa-lo no Hotel para que quando o caminhão voltasse, leva-lo de volta a Mata Grande. Ele caiu em prantos dizendo que um amigo nunca deixa outro na estrada. Aí tive uma ideia. Fiz ele subir no caminhão e agarrar-se as cordas. Se a balsa desse um solavanco ele não cairia na água, da mesma forma da estrada, com o carro em velocidade, ele agarrado as cordas não cairia. Ele aí perdeu o medo da travessia, subiu no caminhão e deu um show na cidade de Gararu.
Depois eu soube que Pereirinha faleceu de uma queda.

0

Não ajudou

 

 

 

 

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

AUTENTICIDADE – Germano

 

 

Autêntico: o dicionário define esse nome como um adjetivo e significa:  veraz; verdadeiro; certo; genuíno; legalizado.

Ora, autêntico é o homem que ensina o que sabe e pratica o que ensina. Aquele que usa o ditado popular: “Faça o que digo e não faça o que eu faço” desvirtua-se totalmente do verdadeiro sentido da palavra.

Uma pessoa que usa um auto falante para prometer coisas que não vai cumprir perde a lisura, perde a autenticidade e aos olhos dos outros vira um hipócrita dotado de uma boa dosagem de cinismo.

Estamos atualmente, vivenciando uma fase onde a maioria dos seres humanos pregam uma coisa e praticam outra. Mudam de pensamento e ações com intervalos muito pequenos e o pior, os bajuladores o aplaudem com o mesmo cinismo.

Com a falta de autenticidade, o homem, naturalmente adquire um meio de prevaricar, permitindo ser corrompido e assim, a característica de ser um opositor sistemático vai dando lugar a um ser que busca imerecidamente o bem estar pessoal e familiar.

Famílias inteiras mudam de pensamento e autenticidade buscando a permanência de ajudas oriundas de Órgãos públicos e assim, corrompidos, vão sempre divergindo, ora assegurando verdades, ora desmentindo o que disse há poucos dias. Isto não é autêntico.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

A ENVELHESCÊNCIA - Germano

 Sempre que temos oportunidade, comentamos sobre a adolescência (fase de preparação da juventude para entrar na fase adulta).

 Prosseguindo a trajetória da vida, estudamos, trabalhamos, casamos e nos aposentamos, antes das novas leis, com menos de sessenta anos. Então dizia-se, fulano está velho, sexagenário. 

Sem se conformar, criou-se a fase dos sexalescentes, ( mistura de sexagenário com adolescente) nesta fase, uma preparação para enfrentar com galhardia o início do que se chama velhice. 

Ainda sem se conformar e sem a ficha cair, vamos passar a pensar na ENVELHESCÊNCIA. 

Não resta a menor dúvida que será a última etapa da nossa existência. Nela vamos nos preparar, ainda com o pensamento na primeira fase,  visando ultrapassar a barreira dos noventa.

Hoje para a nossa surpresa, recebemos da colega Margarida Leão a mensagem abaixo, cujo autor é desconhecido, na qual, nos enquadramos e acredito que muitos que vão ler me darão razão.


"Se observamos com cuidado, podemos detectar a aparição de uma nova faixa social que não existia antes: pessoas que hoje têm entre sessenta e oitenta anos.

A esse grupo pertence uma geração que expulsou da terminologia a palavra envelhecer, porque simplesmente não tem em seus planos atuais a possibilidade de fazê-lo.

É uma verdadeira novidade demográfica, semelhante ao surgimento da adolescência; na época, que também era uma nova faixa social, que surgiu em meados do século XX para dar identidade a uma massa de crianças desabrochando, em corpos adultos, que não sabiam, até então, para onde ir ou como se vestir.

Este novo grupo humano, que hoje tem cerca de sessenta, setenta ou 80 anos, levou uma vida razoavelmente satisfatória.

São homens e mulheres independentes que trabalharam durante muito tempo e conseguiram mudar o significado sombrio que tanta literatura latino-americana deu por décadas ao conceito de trabalho.

Longe dos tristes escritórios, muitos deles procuraram e encontraram, há muito tempo, a atividade que mais gostavam e na qual ganham a vida.

Supostamente é por isso que eles se sentem plenos; alguns nem sonham em se aposentar.

Aqueles que já se aposentaram desfrutam plenamente de seus dias, sem medo do ócio ou solidão, crescem internamente. Eles desfrutam do tempo livre, porque depois de anos de trabalho, criação dos filhos, carências, esforços e eventos fortuitos, vale bem a pena contemplar o mar, a serra e o céu.

Mas algumas coisas já sabemos que, por exemplo, não são pessoas paradas no tempo; pessoas de cinquenta, sessenta ou setenta, homens e mulheres, operam o computador como se tivessem feito isso durante toda a vida.

Eles escrevem e veem os filhos que estão longe e até esquecem o antigo telefone para entrar em contato com seus amigos para os quais escrevem e-mails ou mandam Whats App.


Hoje, pessoas de 60, 70 ou 80 anos, como é seu costume, estão lançando uma idade que AINDA NÃO TEM NOME. Antes, os que tinham essa idade, eram velhos e hoje não são mais... hoje estão física e intelectualmente plenos, lembram-se da sua juventude , mas sem nostalgia, porque a juventude também é cheia de quedas e nostalgias e eles bem sabem disso.

Hoje, as pessoas de 60, 70 e 80 anos celebram o Sol todas as manhãs e sorriem para si mesmas com muita frequência ... Elas fazem planos para suas próprias vidas, não com as vidas dos demais.

Talvez, por algum motivo secreto que apenas os do século XXI conheçam e saberão, a juventude é carregada internamente.

A diferença entre uma criança e um adulto é, simplesmente, o preço de seus brinquedos.

 

*Nota: Por favor, não guarde, passe adiante, sei que você tem uma juventude acumulada , não importa se são 60 s 70 s 80 ou mais ...*

Curtir

Comentar (Como não quis comentar divulguei no meu blog)-Germano.




domingo, 30 de agosto de 2020

PALITO - INVENTÁRIO DE MATA GRANDE - Ubireval Alencar

 "PALITO" - INVENTÁRIO DE MATA GRANDE

Ah Bonsucesso e portal de entrada para os que chegavam desde o século passado a Mata Grande.
Caminhões, ônibus precários mas utilíssimos, vinham com toda poeira das estradas de piçarra pedregosa.
Quando não, via placa de Guilé, se achegavam pela ladeira do Cumbre, passando pelos riachos que serpenteavam a bela propriedade do fazendeiro António Cândido. Com uma singularidade: ostentava um dente de ouro. Sua propriedade é um remanso de gado, carneiros, guinés, que mais embelezavam as lindas moças em formação. Se em tempo invernoso, campos e pastagens naquele verdor admirável.
Lá, do Bonsucesso, um simples mas não rude homem, de inteligência e memória privilegiadas, acordava atento a quem chegava de fora. Em portas de bares, em volta da escadaria da Prefeitura, no turbilhão da feira de sábado alastrando-se até o antigo Açougue, PALITO circulava, com anotação das retinas, apossando-se do Inventário da Cidade, pessoas, fatos e acontecimentos de toda ordem.
"PALITO" na verdade é o fenomenal Luís Pereira da Silva, hoje com 96 anos de muita lucidez e finesse. Casado com d. Benedita Nunes, pais de Manuel e Geraldo Pereira Nunes.
No seu testamento familiar se incluem uma nora escritora, Marcia Machado Nunes (filha do conhecido porque muito simpático MOCINHO da Rua Nova), e belo neto nas sendas eclesiais - sacerdote recém ordenado, Pe. Márcio Manoel, hoje fazendo Doutorado na Universidade Gregoriana Romana, em Roma.
"PALITO" até hoje desce com seu guarda-chuva e Chapéu Centenário. Pára na fonte João Lalau onde potes e ancoretas se entulham, ouvindo nascimentos ou mortes nas serras, diatribes políticas daqui, dali, margeia o Grupo Demócrito Gracindo e hoje também o Colégio Estadual.
O Posto de Ze Maria é sua segunda parada. Lá tem notícia da briga na Boa Sombra, e que o Cônego Aloysio Martins não mais está entre os vivos.
Chega à Loja do Merinho, onde o assunto é quem foi nomeado pra Prefeitura, quem ficou sem cargo esperado.
Antes da Loja de Luís Brandão, havia um Bar improvisado do Ismar Malta. Não era um Bar ipsis litteris , mas uma agremiação em que se juntavam fofoqueiros e pabulistas de toda ordem. Só não metiam a língua nas coisas da Igreja, mas a piada rodava solta sobre tudo e sobre todos. Imperdível para os bons da pinga e da cerveja.
Moças pudicas apressavam o passo ali na frente.
E chega ao Bar de Noca. Aí germina o celeiro dos inveterados Ze de Bené, pai de Creuza de Ze Maria, Temístocles, Virgílio Alencar, Dr Luís Luna Torres, POPÓ, Levi, Ze de Doro e mais um cem números em rotatividade.
Que Grêmio Literário e político girava nas falas, alguns discursos, raras impreciosidades morais. E o melhor deles: com qualquer dos forasteiros que ali circulasse, eles dividiam seu caldo de Cultura, irmanados. Negro era "neguinho" mesmo, branco era "doce de leite". E ninguem se sentia ofendido ou menosprezado como essa pandemia de hoje de preconceitos e melindres bobos.
Esse passeio com a gente de Mata Grande foi o Flash deste ilustre, vivo e altaneiro "PALITO". Seu bigode à moda mexicana encobre a timidez natural. Mas os olhos são computadores de última geração - Testamento e Inventário de Mata Grande.


quinta-feira, 27 de agosto de 2020

O SILÊNCIO DE DONA YOLANDA - Ubireval Alencar




O SILÊNCIO DE DONA YOLANDA.
(Uma homenagem póstuma a Ismar Malta)
Eram os idos de 1960. Vicejava na Mata Grande aquela safra de belos homens e lindas mulheres.
Sr. Rodrigues, comerciante vizinho à Prefeitura e a Pompilio Gomes, até idade maior se mantinha com elegância na Loja de fazendas, decorada com bonitas gaiolas de passarinhos. Era seu ritual diário, sagrado, devoção que depois teve continuidade com as filhas Esmeralda, Izanete , Icleia.

Que safra boa de mulheres lindas. D. Iza já tinha sido levada por Luís Gaia.

Dos homens de seu Rodrigues, ISMAR sobressaia-se tal como um Brad Pitt da época. Bonito por natureza e espalhafatoso. Era sua natureza mexer, troçar com tudo que avistasse.

Só acompanhei o início da mudança - um homem apaixonado por uma das belas de seu Euclides, o então COLETOR de tributos da época. Lá da Rua de cima.
A moça linda e recatada de seu Euclides, Yolanda, cedera aos galanteios do estriônico Ismar.

Eu rumei para internato e universidades e não mais tive conhecimento do desenrolar das famílias.
Ficou na memória uma espécie de claustro em que se metera a moça encantadora. Comentava-se que o ciúme de Ismar não permitiria que Yolanda ficasse à soleira da porta. Vida de apaixonados interioranos.

Tiveram seis filhos, mais de uma dezena de netos, e agora a saudade volta a habitar o coração da Mulher, um dia ENCANTADA pela vida.

ISMAR rumou para a eternidade. D. YOLANDA contabilizará nos filhos e netos sua dignidade de esposa, mãe e em perpétuo recolhimento, assim como o fizera em dias de juventude de grande beleza.









quarta-feira, 26 de agosto de 2020

O MELHOR CONSELHO DE UM PAI

 

O MELHOR CONSELHO DE UM PAI 

 

Um jovem recém casado estava sentado num sofá num dia quente e úmido, bebericando chá gelado durante uma visita à casa do seu pai.

Enquanto conversavam sobre a vida, o casamento, as responsabilidades, as obrigações e deveres da pessoa adulta, o pai remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo, quando lançou um olhar claro e sóbrio para o seu filho e disse:

Nunca se esqueça de seus amigos!

Serão mais importantes na medida em que você envelhecer. Independentemente do quanto você ame sua família, os filhos que porventura venham a ter, você sempre precisará de amigos.

Lembre-se de, ocasionalmente, ir a lugares com eles; divirta-se na companhia deles; telefone de vez em quando...


Que estranho conselho - pensou o jovem. Acabo de ingressar no mundo dos casados. Sou adulto. Com certeza minha esposa e minha família serão tudo o que necessito para dar sentido à minha vida!

Contudo, ele seguiu o conselho de seu pai. Manteve contato com seus amigos e sempre procurava fazer novas amizades. 


À medida em que os anos se passavam, ele foi compreendendo que seu pai sabia do que falava. 
À medida em que o tempo e a natureza realizavam suas mudanças e mistérios sobre o homem, os amigos sempre foram baluartes em sua  vida.

Passados mais de 50 anos, eis o que o jovem aprendeu:


   O Tempo passa.
   A vida acontece.
   A distância separa...
   As crianças crescem.
   Os empregos vão e veem.
   O amor se transforma em afeto.
   As pessoas não fazem o que deveriam fazer.
   O coração para sem avisar.
   Os pais morrem.
   Os colegas esquecem os favores.
   As carreiras terminam. 

Mas os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo nem quantos quilômetros tenham afastado vocês.

Um AMIGO nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando você de braços abertos, abençoando sua vida!


Quando iniciamos esta aventura chamada VIDA, não sabemos das incríveis alegrias e tristezas que experimentaremos à frente, nem temos boa noção do quanto precisamos uns dos outros...
Mas, ao chegarmos ao fim da vida, já sabemos muito bem o quanto cada um foi importante para nós!


Remeta este texto a todos os amigos que ajudam a dar sentido à sua vida...

 

NOTA DO BLOG: Desconheço o autor.