sexta-feira, 23 de setembro de 2022

AS ESTAÇÕES – Germano

 


                    Uma flor de açucena cheirosa do meu jardim

Mais um mês de setembro, mais um mês em que adentramos na estação das flores, que segue do  dia 22 de setembro até o dia 21 de dezembro.

O ano é dividido em quatro estações: Verão, Outono, Inverno e Primavera, sendo que, a primavera, é sem sombras de dúvidas a estação onde as flores aparecem com mais intensidade, dando um colorido especial as paisagens dos campos e também nas ruas das cidades.

No Brasil existem diferenças devido a extensão territorial, é tanto que em nosso amado nordeste, praticamente, só notamos mais as estações do verão e a do inverno. Porém a primavera chama a atenção justamente pela floração das árvores, haja vista que no inverno o frio interfere no desenvolvimento das flores.

Por isto, a primavera é uma das estações mais esperadas, não só pela floração, como também pela mudança da temperatura, pelo aumento das ventanias e pelas belíssimas auroras vislumbradas durante o nascer do sol.

Até os animais sentem a mudança, pois saem das tocas, tanto para se aquecer como também para se reproduzir.

No alto sertão alagoano, costumamos dizer que no mês de agosto, quando normalmente cessam as chuvas do inverno, as cobras aparecem com abundância, daí temos que aguçar os sentidos quando andamos a pé nas estradas da zona rural.

Barra de Santo Antônio – Al., 23 de setembro de 2022.

 

 

 

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

DIA DA INDEPENDÊNCIA – Germano

 



 

Por ocasião do último dia sete de setembro, participei da manifestação ocorrida na capital do Estado. Uma multidão enorme acompanhando os vários trios elétricos. Um desfile de motos, tratores, cavaleiros, caminhões e vários automóveis abrilhantaram o evento.

 

Para surpresa geral surgiu no mar uma onda de jet-ski com seus pilotos desfilando  no mar dando um verdadeiro espetáculo à parte, tornando a manifestação por terra, ar e mar. Ficou muito bonita.

Mas uma coisa me chamou a atenção,  avistei uma conterrânea participando e relembrei o tempo em que ela, bem mocinha encantou a todos, como baliza, em um desfile estudantil em Mata Grande.

Consequentemente fiz uma análise de como as coisas mudaram. Antes, no dia sete de setembro haviam os desfiles militares e os desfiles estudantis, onde garbosamente desfilávamos para o encanto da população. Algumas vezes desfilei em Água Branca, Olho D’Água das Flores e em Inajá no vizinho estado de Pernambuco.

Um ano atípico este 2022, a coisa com tendências políticas transformaram o evento e naturalmente aceitamos e participamos sem se dar conta das mudanças transformadoras do futuro.

 

Barra de Santo Antônio -Al., 08 de setembro de 2022.


sábado, 10 de setembro de 2022

SOBRE OS FELIZES... - Alcides


Existem pessoas admiráveis andando em passos firmes sobre a face da Terra. Grandes homens, grandes mulheres, sujeitos exemplares que superam toda desesperança. Tenho a sorte de conhecer vários deles, de ter muitos como amigos e costumo observar suas ações com dedicada atenção. Tento compreender como conseguem levar a vida de maneira tão superior à maioria, busco onde está o mistério, tento ler seus gestos e aprendo muito com eles.

 

De tanto observar, consegui descobrir alguns pontos em comum entre todos e o que mais me impressiona é que são felizes. A felicidade, essa meta por vezes impossível, é parte deles, está intrínseco. Vivem um dia após o outro desfrutando de uma alegria genuína, leve, discreta, plantada na alma como uma árvore de raízes que força nenhuma consegue arrancar.

 

Dos felizes que conheço, nenhum leva uma vida perfeita. Não são famosos. Nenhum é milionário, alguns vivem com muito pouco, inclusive. Nenhum tem saúde impecável, ou uma família sem problemas. Todos enfrentam e enfrentaram dissabores de várias ordens. Mas continuam discretamente felizes.

 

O primeiro hábito que eles têm em comum é a generosidade. Mais que isso: eles têm prazer em ajudar, dividir, doar. Ajudam com um sorriso imenso no rosto, com desejo verdadeiro e sentem-se bem o suficiente para nunca relembrar ou cobrar o que foi feito e jamais pedir algo em troca.

 

Os felizes costumam oferecer ajuda antes que se peça. Ficam inquietos com a dor do outro, querem colaborar de alguma maneira. São sensíveis e identificam as necessidades alheias mesmo antes de receber qualquer pedido. Os felizes, sobretudo, doam o próprio tempo, suas horas de vida, às vezes dividem o que têm, mesmo quando é muito pouco.

 

Eu também observo os infelizes e já fiz a contraprova: eles costumam ser egoístas. Negam qualquer pequeno favor. Reagem com irritação ao mínimo pedido. Quando fazem, não perdem a oportunidade de relembrar, quase cobram medalhas e passam o recibo. Não gostam de ter a rotina perturbada por solicitações dos outros. Se fazem uma bondade qualquer, calculam o benefício próprio e seguem assim, infelizes. Cada vez mais.

 

O segundo hábito notável dos felizes é a capacidade de explodir de alegria com o êxito dos outros. Os felizes vibram tanto com o sorriso alheio que parece um contágio. Eles costumam dizer: estou tão contente como se fosse comigo. Talvez seja um segredo de felicidade, até porque os infelizes fazem o contrário. Tratam rapidamente de encontrar um defeito no júbilo do outro, ou de ignorar a boa nova que acabaram de ouvir. E seguem infelizes.

 

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

A AMARGURA - Germano


 

Segundo Augusto Miranda, Amargura é um substantivo feminino que quer dizer, sabor amargo, angustia, dor, tristeza, aflição, acrimônia, azedume.

Já falamos sobre alguns desses nomes, todavia, é sempre salutar relembrar que o sofrimento de um homem amargurado, causa piedade. E quando sentimos piedade de um ser humano é por que a coisa para ele está fora de controle.

Mario Sergio Cortella, um escritor de renome assim falou sobre o tema:

“Existem pessoas que ficam felizes com a obra realizada, mesmo que cada etapa tenha sido árdua, tenha demandado um trabalho imenso. Elas não ficam felizes o tempo todo durante a execução, mas sabem que o resultado vai lhes felicitar porque ali elas têm fertilidade.

Olhar a obra concluída faz florescer a sensação de felicidade. Mas é um lampejo. Dá orgulho, mas não deve dar soberba. E o que nos felicita muitas vezes é o orgulho da autoria, seja do livro,  do prato, do desenho, da pessoa, da educação dos filhos.

Há pessoas que bloqueiam a passagem desses momentos em que é possível ser feliz. E essa é uma das questões mais sérias da vida.

Tem gente que vive numa amargura tão grande que se habitua e, mais do que isso se compraz na amargura.”

Portanto, meus caros leitores, elevar o pensamento para o Alto e agradecer sempre pelas realizações pessoais concretizadas ao longo da vida. Não importa que sejam pequenas, mas que promovam a felicidade pelo esforço dispendido.