sexta-feira, 25 de outubro de 2013

OBRIGAÇÃO LEGAL DE UM VEREADOR - Germano


Mata Grande  (AL), 25 de outubro  de 2013.
 

Ultimamente, alguns municípios alagoanos foram beneficiados com o aumento do número de vereadores em suas Câmaras Municipais, no entanto, parece que nada mudou na forma de atuação, uma vez que, nada notamos de mudança comportamental, caracterizando na prática, a inoperância continuada, não obstante, o acréscimo supramencionado.

Vejamos em alguns artigos o que diz a  nossa Constituição Federal :

 Art. 31 – A fiscalização  do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

Face o exposto, veja o que divulgou  o conterrâneo Leonardo Gomes:

“Funções principais do Vereador:

Função Legislativa:

A Câmara, no exercício de sua função Legislativa, participa  da elaboração de leis de interesse do município.

A função legislativa é a que mais se destaca entre as funções da Câmara. Por meio das leis, os cidadãos têm seus direitos assegurados.

Além disso, as leis também, são importantes para a harmonia entre os Poderes, orientam a vida das pessoas e dirigem a administração pública.

Sabemos, por exemplo, que um Prefeito só pode fazer o que estiver permitido pelas leis, ou seja, ele não  pode fazer nada que a lei não autoriza. Por isso as normas municipais são tão importantes para o funcionamento da cidade.

 

FUNÇÃO FISCALIZADORA:

Através da função fiscalizadora, é possível ter um controle de como o Prefeito e os Secretários estão administrando o município e utilizando os recurso  públicos. A Câmara cumpre esta importante função om o auxílio do Tribunal de Contas.

Cabe aos Vereadores acompanharem  todas as ações do Executivo: realização de obras, compras de materiais, de equipamentos, contratação de funcionários, prestação de serviços, fornecimento de merenda escolar, etc.

Os Vereadores podem solicitar que o Prefeito ou qualquer Secretário  municipal compareça a Câmara para dar explicações sobre os seus atos e ainda, realizar audiências públicas”.

Recentemente, tornou-se público que alguns vereadores , si quer, residem na cidade o que leva a crer da pouca importância dispensada aos seus munícipes e da falta de  fiscalização por parte do TRE.

A população das cidades assistem inerte aos desmandos praticados pelos edis, o TER, por não ser provocado  não toma  iniciativa nenhuma para coibir.

Resta a comunidade, começar a divulgar o que se passa em sua cidade, no sentido de que as mudanças comecem a acontecer.

 

 

 

 


 

A RABECA - Germano


 
 
Barra de Santo Antonio (AL), 21 de setembro de 2013.

 

Hoje é dia de praia, um domingo de sol maravilhoso com o verde dos coqueirais e o mar azul turquesa que causa imensa alegria a qualquer vivente que os presencie, todavia, após a caminhada matinal pela Ilha da Crôa, lembrei a reportagem de Nelson da Rabeca no Globo Rural as lágrimas escaparam dos meus olhos pois me veio a mente outro ser humano, bastante parecido com seu Nelson, tanto em sua simplicidade, humildade no falar, no entanto ,um tocador anônimo, que nunca foi reconhecido em nossa cidade, falo de seu Manoel Cassimiro, este, contudo, não fabricava rabecas.

Residia no Mandacaru e lembrei que, em alguns carnavais ele acompanhava o bloco do URSO PRETO, do saudoso Joaquim de Belo e do BACALHAU de João Cajú, saindo daquele bairro e percorrendo toda a cidade tocando marchinhas e frevos em sua rabeca .

Eventualmente, quando o visitava, pedia para que ele tocasse algumas músicas e ele executava com perfeição músicas do inesquecível Rei do Baião (Luiz Gonzaga) e de outros artistas do cancioneiro popular, principalmente dos mais antigos.

Lembro também, que certa noite de São João em plena quinta feira, Seu Manoel Cassimiro e o maior seresteiro que Mata Grande já teve, “Temista” (Temístócles Guimarães) foram comemorar na Serra do Sabonete e somente retornaram ao alvorecer do sábado. Temista, cantando, com sua inconfundível voz e seu Mané Cassimiro na rabeca, até hoje não esqueci alguns versos da música cantada que visava amortecer a raiva da esposa pelas noites passadas fora , cujos versos eram mais ou menos assim:


MEU DEUS QUE HORAS SÃO ESSAS, AMOR

NÃO OUÇO O GALO CANTAR

SÓ PEÇO A DEUS QUE ME BOTE, AMOR

ONDE ANA ROSA ESTÁ.

AS ONDAS DO MAR SAGRADO, AMOR

NÃO QUEIRAM ME CONSUMIR

SÓ AGRADEÇO A DEUS, AMOR

FICAR JUNTINHO A TÍ.

 As estrofes seguintes não consegui lembrar. Segundo Icléa, a rabeca de seu Manoel Cassimiro foi doada a uma de suas netas que se a memória não falha , residia no Distrito de Santa Cruz do Deserto, município de Mata Grande - AL.