sexta-feira, 15 de maio de 2020

RELAÇÕES DE AMIZADES - Germano



Como nordestino e sertanejo do alto sertão alagoano, tenho tido várias experiências ao longo da minha existência, tanto no campo da profissão de bancário como também na de agropecuarista.


A pandemia  que ora enfrentamos nos dá tempo para pensarmos em várias fases da vida e uma reflexão  sobre as mudanças das relações de amizades levaram o meu pensamento a devanear. 


É certo que estamos vivenciando uma época em que  elas estão mais  fugazes. Antigamente as amizades tinham outros valores. A palavra amigo era reservada para àqueles mais próximos e eram poucos os  que a mereciam, procurava-se  logo se tornarem Compadres, hoje em dia todos são amigos, e a palavra tornou-se de uma  vulgaridade  tamanha que substituiu naturalmente as palavras colegas, companheiros , camaradas, o que  é lamentável.


É bem verdade que o ser humano valoriza  amizades antigas  pois são estáveis, entre aspas, uma vez que as dúvidas sempre campeiam em virtude da sensibilidade que assola o ser humano atualmente.


Quando exerci a função de Gerente de Agência Bancária, aprendi que o cliente é amigo do gerente e quem está ali sentado e atendendo passa a ser o amigo do período da gestão.

Como agropecuarista, até que a coisa é mais sincera, ainda existem os amigos que exercem a consideração que permanece ao longo dos anos.


Já os amigos de bar e outros que surgem no decorrer da vida, estes são os mais fugazes, basta uma pequena divergência política ou dos filhos para a briga começar e o afastamento é incontestável, isso sem falar naqueles que se afastam e você fica  sem saber a que motivo atribuir.


Portanto, neste período em que a pandemia do Covid-19 nos obriga a  se tornar caseiros, nada melhor do que repensar as nossas atitudes tempestivas.


quinta-feira, 14 de maio de 2020

SÃO JOSÉ OPERÁRIO - Germano


“A Igreja, providencialmente, nesta data civil, marcada muitas vezes, por conflitos e revoltas sociais, cristianizou esta festa, isso na presença de mais de 200 mil pessoas na Praça de São Pedro, as quais gritavam alegremente: “Viva Cristo trabalhador, vivam os trabalhadores, viva o Papa!” O Papa, em 1955, deu aos trabalhadores um protetor e modelo: São José, o operário de Nazaré.



O santíssimo São José, protetor da Igreja Universalmente, assumiu este compromisso de não deixar que nenhum trabalhador de fé – do campo, indústria, autônomo ou não, mulher ou homem – esqueça-se de que ao seu lado estão Jesus e Maria.



A Igreja, nesta festa do trabalho, autorizada pelo Papa Pio XII, deu um lindo parecer sobre todo esforço humano que gera, dá a luz e faz crescer obras produzidas pelo homem: “Queremos reafirmar, em forma solene, a dignidade do trabalho a fim de que inspire na vida social as leis da equitativa repartição de direitos e deveres.”

São José, que na Bíblia é reconhecido como um homem justo, é quem revela com sua vida que o Deus que trabalha sem cessar na santificação de Suas obras, é o mais desejoso de trabalhos santificados: “Seja qual for o vosso trabalho, fazei-o de boa vontade, como para o Senhor, e não para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a herança como recompensa.”



Mas esta data, marca também o dia primeiro de maio como o dia do trabalho, ou dia do trabalhador que é comemorada internacionalmente porque teve a sua origem devido uma campanha empreendida pelos trabalhadores dos Estados Unidos da América, para a redução da jornada do horário de trabalho para oito horas. Vários protestos e manifestações e greves tiveram um saldo de muitas mortes. Posteriormente, na França houve também iguais manifestações com o mesmo objetivo, mas no final conseguiram, daí, São José Operário, ficou no calendário litúrgico como o Santo padroeiro dos trabalhadores.






domingo, 10 de maio de 2020

O DIA DAS MÃES DE 2020 - Germano


Hoje é o dia das mães, a data comemorativa surgiu nos Estados Unidos no dia 12 de maio de 1907, para homenagear a todas as mães vivas e falecidas e teve grande adesão do povo americano.No ano de 1913 o Congresso oficializou a data, estabelecendo o segundo domingo do mês de maio para esta grande comemoração.



Quem criou o Dia das Mães foi a americana Ann Jarvis como uma forma de homenagear sua mãe, O trabalho de Anna Jarvis fez com que um memorial em homenagem a ela fosse realizado em maio de 1908, esse foi o primeiro Dia das Mães.



A popularização dessa data nos Estados Unidos, foi posteriormente aceita pela maioria dos países, inclusive no Brasil que passou a comemorar a partir do dia 12 de maio de 1918. Os historiadores falam que a primeira celebração do tipo aconteceu aqui em 12 de maio de 1918, na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.



O memorável Presidente Getúlio Vargas,  emitiu o Decreto n. 21.366 de 05 de maio de 1932 sancionando o Dia das Mães, para ser festejado também no segundo domingo de maio e hoje é uma das datas comemorativas mais importantes no Brasil , pois é o dia para se comemorar as virtudes e sentimentos do maior amor existente no coração de uma mulher, o amor materno.

Quem tiver a sua mãe ainda viva, não deixe de prestar a sua homenagem e quem como eu , cuja mãe já está no Paraíso Celestial, resta a oração e a saudade.

É bem verdade que muitos empecilhos afastam os filhos das mães, dificultando a homenagem pessoalmente, alguns devido a necessidade de trabalhar o que motiva distâncias quilométricas, todavia, este ano tem um terrível vírus rondando os humanos que, vai dificultar a homenagem com um beijo e um abraço na mãe querida.









 

sexta-feira, 8 de maio de 2020

SOBRE OS FELIZES... - Alcides




Existem pessoas admiráveis andando em passos firmes sobre a face da Terra. Grandes homens, grandes mulheres, sujeitos exemplares que superam toda desesperança. Tenho a sorte de conhecer vários deles, de ter muitos como amigos e costumo observar suas ações com dedicada atenção. Tento compreender como conseguem levar a vida de maneira tão superior à maioria, busco onde está o mistério, tento ler seus gestos e aprendo muito com eles.

De tanto observar, consegui descobrir alguns pontos em comum entre todos e o que mais me impressiona é que são felizes. A felicidade, essa meta por vezes impossível, é parte deles, está intrínseco. Vivem um dia após o outro desfrutando de uma alegria genuína, leve, discreta, plantada na alma como uma árvore de raízes que força nenhuma consegue arrancar.

Dos felizes que conheço, nenhum leva uma vida perfeita. Não são famosos. Nenhum é milionário, alguns vivem com muito pouco, inclusive. Nenhum tem saúde impecável, ou uma família sem problemas. Todos enfrentam e enfrentaram dissabores de várias ordens. Mas continuam discretamente felizes.

O primeiro hábito que eles têm em comum é a generosidade. Mais que isso: eles têm prazer em ajudar, dividir, doar. Ajudam com um sorriso imenso no rosto, com desejo verdadeiro e sentem-se bem o suficiente para nunca relembrar ou cobrar o que foi feito e jamais pedir algo em troca.

Os felizes costumam oferecer ajuda antes que se peça. Ficam inquietos com a dor do outro, querem colaborar de alguma maneira. São sensíveis e identificam as necessidades alheias mesmo antes de receber qualquer pedido. Os felizes, sobretudo, doam o próprio tempo, suas horas de vida, às vezes dividem o que têm, mesmo quando é muito pouco.

Eu também observo os infelizes e já fiz a contraprova: eles costumam ser egoístas. Negam qualquer pequeno favor. Reagem com irritação ao mínimo pedido. Quando fazem, não perdem a oportunidade de relembrar, quase cobram medalhas e passam o recibo. Não gostam de ter a rotina perturbada por solicitações dos outros. Se fazem uma bondade qualquer, calculam o benefício próprio e seguem assim, infelizes. Cada vez mais.



O segundo hábito notável dos felizes é a capacidade de explodir de alegria com o êxito dos outros. Os felizes vibram tanto com o sorriso alheio que parece um contágio. Eles costumam dizer: estou tão contente como se fosse comigo. Talvez seja um segredo de felicidade, até porque os infelizes fazem o contrário. Tratam rapidamente de encontrar um defeito no júbilo do outro, ou de ignorar a boa nova que acabaram de ouvir. E seguem infelizes.



O terceiro hábito dos felizes é saber aceitar. Principalmente aceitar o outro, com todas as suas imperfeições. Sabem ouvir sem julgar. Sabem opinar sem diminuir e sabem a hora de calar. Sobretudo, sabem rir do jeito de ser de seus amigos. Sorrir é uma forma sublime de dizer: amo você e todas as suas pequenas loucuras.



Escrevo essa crônica, grato e emocionado, relembrando o rosto dos homens e mulheres sublimes que passaram e que estão na minha vida, entoando seus nomes com a devoção de quem reza. Ainda não sou um dos felizes, mas sigo tentando. Sigo buscando aprender com eles a acender a luz genuína e perene de alegria na alma. Sigamos os felizes, pois eles sabem o caminho...



Desejo uma vida repleta de sabedoria para que ela nos conduza à verdadeira felicidade, que na maioria das vezes está muito perto mas que muitas vezes não conseguimos reconhecer.