domingo, 26 de janeiro de 2020

A TRISTEZA – Germano






Segundo  Augusto Miranda, tristeza  é “ um substantivo feminino. Qualidade ou estado de triste; falta de alegria; consternação; aspecto revelador de mágoa ou aflição; melancolia; doença das culturas vegetais, também chamada murcha, em geral ocasionada por fungos.


Como se  lê acima, são muitas as variantes da tristeza, todavia de cada  uma delas  pode-se tirar algo de positivo, como por exemplo , um alerta de que o ser humano que está triste tem algo a ser identificado, examinado e posteriormente, se procura uma solução. Não resta dúvidas de que  uma decepção que pode ser amorosa, faz a pessoa ficar triste, esta tem que ser alertada para procurar  ajuda , pois na maioria dos casos depende unicamente dela.


Todo ser humano, no decorrer da sua existência, tem períodos em que  a tristeza, chega de mansinho, vai se aninhando e poderá se tornar em depressão. Para evitar  é preciso não deixar faltar a alegria, esta sim, traz a felicidade, que por sua vez nem sempre  é duradoura.


Pensando bem, é possível ser feliz, existem inúmeras pessoas que são felizes mesmo sem serem abastadas de saúde e recursos financeiros. São pessoas que não deixam que as mazelas  que surgem na sua estrada saiam vitoriosas,  pois  buscam incessantemente  a euforia, afastando a melancolia dando sempre lugar a esperança que nunca deve perecer.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

SER FELIZ


Ser feliz

Muitas vezes nos deparamos com pessoas que no nosso ponto de vista têm tudo para estarem de bem com a vida e serem felizes. Têm dinheiro, amor, saúde e vida tranquila.
Acontece que falta para elas a valorização de pequenas coisas.


A felicidade pode ser encontrada em pequenos atos quotidianos, como preparar uma sobremesa diferente, perceber uma orquídea brotando num vaso, receber uma boa noticia ansiosamente esperada, olhar uma linda paisagem banhada pelo sol ou com a chuva caindo trazendo vida para as folhas e flores. Um programa com amigos queridos também nos traz muito prazer, assim como o sucesso de um filho ou neto.


Ao recarregarmos nossas energias num mar tépido ou numa cachoeira geladinha podemos nos encontrar no auge da felicidade.
Conhecer pessoas de bom astral e lugares diferentes também é tudo de bom!


Poder num dia ensolarado de verão tomar um sorvete ou acompanhar o voo de uma borboleta colorida, nos remete à infância e a épocas felizes de nossas vidas.


Ouvir boa música, assistir a um bom filme comendo pipoca, dar um passeio apreciando uma linda paisagem, quer coisa melhor?


Cada vez mais sendo feliz acredito em Deus, que nos proporcionou a vida e tudo de bom que ela nos traz. Toma conta dando um sentimento de gratidão e um desejo de apreciar e valorizar mais ainda as pequenas coisas.


Ser sempre positivo e bem humorado, encarando o lado bom da vida, acreditando que devemos aproveitar cada dia de maneira absoluta.


Acredito que o insolúvel de hoje poderá ser resolvido amanhã, não valendo a pena sofrer por antecipação.


Brigar para ser dono da verdade e culpar os outros pelos nossos erros, remoer supostas injustiças na infância, também faz mal para a saúde e para a pele.
Não briguemos para ter razão e sim para sermos felizes e valorizemos o bem maior , a vida!



NOTA: Desconheço a autoria.


segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

ENTÃO ERA UM NATAL - Ubireval Alencar


"Então era um Natal"


A gurizada moderna não mais encontrará no salão da Prefeitura Deusdete e Alba de Joaquim Sabino abrindo as tardes de domingo dançante. Aulas imperdíveis de passos, ritmo e prazer pela dança.


Onde andam as duas únicas motocicletas da idade, a de Seu Mané Cumbá e a de Seu Manelito Albuquerque? Jamais imaginaríamos no futuro o estrondoso escape das Ferrari de hoje. E Seu Manelito atravessando a rua de baixo até o Fomento ecoava em toda vizinhança.


Então era um Natal.


Falta o repertório da cotovia da rua da Cruz que mais tarde traria os enfileirados patativas ., irmãos Barbosa. Sangue e pendor pelas serestas.


Era um prazer assistir à janela a compostura e elegância da D. Helena Brandão . Tão discreta.
As irmãs de Ouro, D. Diva e D. Jacira primavam na indumentária de Ano Novo e dia seguinte na procissão as exibiam ao público da Serra.
Virgílio Alencar impoluto e de terno branco à passagem da procissão de N Senhora.


Era um Natal e um Ano Novo.

 

A linda Moça do casarão da rua Cruz tomava lugar na procissão do dia 1o em frente à sua casa... E um seminarista espigado de batina inquietava todo percurso da sua religiosidade.
Josefina Canuto, a moça do Pároco de Aldeia, sempre perfeita na sua dignidade. E Seu Oldrado também perfeito na sua ondulação lombar.


Padre e depois Monsenhor Aloysio Martins sempre diplomático e cortês nas procissões. Chispava nas conversas durante a missa. Júlio Verissimo assistia da calçada à passagem dos amigos de longa data.


O Bar de Noca e de Dinô pediam licença aos fregueses no dia 1o da procissão .


Mata Grande e sua interminável documentação pitoresca e humanizada .

N.B. Quem chega à Mata Grande hoje encontrará PALITO, aos 90a com livro de registro de todos que nasceram, duraram e se foram da cidade ou para a Cidade Eterna. Figura ímpar, lúcido e testemunha dos grandes amores e maiores tragédias. Na Política e na vida corriqueira. Um Patrimônio vivo. Fácil de se reconhecer: o eterno bigode que lhe dá autoridade de Barão do Bonsucesso

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

UM BUSTO PARA TEMÍSTOCLES - Ubireval Alencar


UM BUSTO PARA TEMISTOCLES

Temístocles e seus matizes de seresta. Boêmio das cantorias da madrugada em Mata Grande.

 
Passava as manhãs em vigilância ao armazém, onde Júlio Verissimo e Zequinha contabilizavam as sacas de feijão, milho, algodão e farinha.

 
Temístocles adormecia as tardes por sobre sacas ou onde um remanso o fizesse abastecer-se para a noite de boemia. Pinga era seu aperitivo pós janta, um cigarro de palha derreado no beiço.

 
E se achegavam os compadres de copo, de cantoria, um violão dava os tons da seresta interminável. Varavam a madrugada indormida. Cantigas ao sabor das dores passadas, músicas dramáticas de Vicente Celestino a Nelson Gonçalves. As madrugadas de seresta exigiram um BUSTO para Temístocles.