segunda-feira, 29 de março de 2021

 


ZEZÉ SULINO. Barbeiro em Mata Grande. - Ubireval Alencar.

 

Ele - José Rijo de Moraes, tinha um avô de nome Ursulino, lá pras bandas da Encruzilhada, que é a chegada a Mata Grande via Canapi. Daí o apelidaram carinhosamente de Zezé Sulino.

Mérito que lhe deu fama pela beleza do rapaz jovem. E estreando na barbearia de Zé Sabino, famoso na cidade.

 

Logo aos dezesseis anos dá seus primeiros passos e os repete em alguns pontos da cidade nos sábados.

Durante a semana cultiva a agricultura e pecuária,e a essa altura a bela Antenora Alencar lhe cai nas graças e com ela casa-se, vindo a ter oito filhos: José Carlos, João Jorge, Lourenço, Ediesval, Rosa Maria, Rosilda, Renilse e Quitéria Rejane.

 

ZEZE era filho de João Sulino e d. Olímpia. Montaria por toda vida seu abrigo no sítio Santa Luzia onde filhos e netos ouviriam proezas de viagem e acolhimento paternal.

Na viuvez, alongou suas reminiscências da bela Antenora e as dividia com os netos como capítulos de uma novela .

 

Um dia, aquele belo Zezé se despede dos filhos e netos, deixando consumada sua trajetória, lutas e realizações.

A filha Rosilda junto com o marido, mantém um Buffet de buchada e outros aperitivos em fins de semana, lá na Serra. A filha Rosa Maria é dedicada à Educação e esmerada professora no município.

(dados históricos coligidos junto à filha Rosa Maria Alencar)

 


sábado, 20 de março de 2021

AS IGREJAS DE MATA GRANDE - Germano

 



AS IGREJAS DE MATA GRANDE - Da série de divulgações hoje em homenagem a São José, vamos divulgar a Capela da Igreja de São José Operário no Sítio São José. Brasília-Df., 19/03/21.

 


Construída recentemente pela comunidade local e ajuda de alguns amigos. A sua construção deveu-se a um sonho de Benedito Henrique Souza, avô dos atuais amigos Carlinhos e Ademir que me deram estas informações e foram os responsáveis pela construção, inclusive trabalhando como pedreiro e servente juntamente a outros habitantes da região como Zezinho Felix, Nivaldo e tantos outros amigos  que colaboraram,  inclusive com ajuda financeira.

O local foi doado por Manoel Henrique, filho de Benedito que se sentiu honrado em concretizar o sonho do pai.

Toda a mão de obra foi colaboração dos amigos, alguns como já frisei, com os trabalhos braçais, outros, pagando diárias de pedreiros ou serventes para a edificação da obra.

Hoje, as missas são celebradas uma vez por mês onde se realizam batizados.

Todos os anos há a festa do Padroeiro São José, sendo que há três dias de festividades com novenas, leilões, sempre, com a participação de zabumbeiros. Sempre que estou em Mata Grande, gosto de participar das festividades.

Dona Glorinha, avó de Ademir foi quem doou o Santo Padroeiro.

 

 

 

 


sexta-feira, 19 de março de 2021

VENERANDA - FEITIÇO DE UMA NOITE - Ubireval Alencar

 

VENERANDA - FEITIÇO DE UMA NOITE.

 

Conhecida devotada serviçal da casa de seu Odilon e d. Elza. Pós período longo da padaria de seu Panta (Pantaleão), seu Odilon dominaria por anos o monopólio de pães, bolachas. A essa altura, as belas moças de d.Elza já começavam estudos em Maceió, com a construção da casa lá na praça das Graças, no Prado.

 

VENERANDA se tornara pau pra toda obra em Mata Grande: cozinhar, lavar e passar. Mas a beleza lhe tinha faltado na face nesses anos todos. Só era avistada em passagens rápidas pelas calçadas, sempre correndo com afazeres domésticos. Mas a fertilidade da mente adulta é descomunal. Não se sabe se a ideia partiu da turma de Luiz Dentista, se do grupo viciado nas calçada da Prefeitura. O certo ou a conversa se espalhou que aconselharam Veneranda a tomar banho à noite e usar bastante pó.

 

Seu Odilon ficava solitário à noite, e a tão dedicada secretária deveria cativar o patrão. Até então ninguém conhecia ou se falava de um namoro, casamento ou filhos da Veneranda. Abelhudos eram demasiados e com certeza acompanharam esta evolução. Tal não foi o espanto quando seu Odilon ao sair à noite da padaria e já encontra sua cuidadora esbranquiçada de pó. Aturdido com toda aquela pantomina, retruca o patrão: - Que é que é isso Veneranda? E a ingênua e pura senhora de quase sessenta anos lhe diz: "Na rua mandaram pra eu ficar cheirosa e bonita". Não é crendice nem imaginação popular.

 

Na terra onde surgiram Pereirinha, Zé Grilo, Zé Doidinho, tudo é possível e memorável. Ainda vejo a Madrinha Raquel, assim chamada, tão pequena e encurvada, subindo a rua de Cima com a trouxa de roupas pra passar. Dona Dolorosa e suas filhas carregadas de costuras na Rua da Cruz. Na Rua de Cima, Janjão debruçado à janela, e as bonitas moças de Feitosa e d. Nazaré Macedo enfeitavam as manhãs, e às noites havia o estridente toque das zabumbas.

Eram novenas em dezembro. O som dos tecladistas já afinava no clube Paz e Amor. Era um Natal. Era um Ano Novo.

 

DIA DO GLORIOSO SÃO JOSÉ - Germano

 

Estamos atravessando mais uma época de grande seca em Mata Grande.  Há mais ou menos quatro décadas o inverno era rigoroso com muitas chuvas, período onde o frio era intenso e a neblina com chuviscos não deixavam o sol aparecer por oito ou dez dias e, uma das vezes, passamos dezesseis dias e noites sem o direito de ver o sol. 

A chuva que anunciava um bom ano já aparecia no dia dezenove de março, dia do glorioso São José, então, se plantava milho para assar na fogueira do São João. O período invernoso começava em maio e prosseguia até o mês de julho. Os agricultores tinham a certeza de uma boa safra, onde todos colhiam e existia fartura de água, cereais e pastagens.

Acontece que, ultimamente, não tem chovido no dia de São José, tampouco, no mês de maio e em junho as chuvas são poucas e regionalizadas dentro do nosso município. Na região serrana sempre há pancadas de chuvas tornando verde toda à vegetação. Nas outras regiões, o prenúncio de uma seca verde é a consequência do famoso EL NINO. Vamos orar para que São José este ano modifique o quadro, já que o La Nina está  bastante favorável.

Às vezes fico a imaginar o quanto o Nordeste é sofrido. O quanto o nosso sertão alagoano tem sido afetado.  Ao longo dos últimos quarenta anos já enfrentamos várias secas e a que mais afetou foi esta, dado a diminuição das vertentes de água, uma vez que, até os riachos perenes secaram totalmente e as cacimbas, na maioria, a água não dá si quer para saciar a sede dos animais que conseguiram sobreviver ao período de escassez das chuvas.

 

Existem os prejuízos que estamos acostumados a suportar, todavia, meios de transporte de água e ração tornam o criatório oneroso demais para os pecuaristas. A única vantagem é que ninguém é obrigado a deixar suas residências.

Na outra extremidade do Brasil as enchentes modificam o modo de vida dos habitantes forçando a necessidade dos habitantes abandonarem suas casas com todos os móveis e utensílios, muitas vezes adquiridos, com juros exorbitantes e prestações mensais.  São obrigados a viver em abrigos ou casas dos familiares. Recentemente, ouvi o depoimento de um morador, lamentando que havia perdido tudo da casa, somente o cachorro se salvou.

Creio, por isto, que a seca no Nordeste, não obstante os enormes prejuízos que causa, ainda se torna melhor do que as enchentes do sul e sudeste do Brasil.

 

 

 

quarta-feira, 17 de março de 2021

PENSE POSITIVO – Germano

 

Nos dias atuais, chegamos ao ponto de ficar desanimados com a maioria das notícias diárias. É quase tudo sobre corrupção, violência, vacinas que não são suficientes, políticos que não cumprem a contento as suas obrigações, uma mídia tendenciosa e uma constante preocupação com a implantação de um regime comunista no Brasil, tornando-se um turbilhão de notícias desagradáveis.

Não obstante tantos fatos lamentáveis, existe algo que se denomina esperança e, esta sim, deve ser constantemente lembrada e não deve fenecer, pois existem tantas coisas boas que podem acontecer no porvir.

Existem inúmeras pessoas que tendem a ser produtivas e procuram sempre ajudar ao próximo; um montão de artistas produzindo coisas elogiáveis e boas de se apreciar; trabalhadores incansáveis salvando vidas nos hospitais e procurando melhorar a saúde dos doentes.

Então, o bom é pensar positivo, recordando dos bons momentos vividos, pois o negativismo incute muitas chateações que podem ser evitadas.

Resta aos brasileiros nestes momentos difíceis, acreditar que o bem tem força sobre o mal e esta força está dentro de cada um. Portanto, evitar ler e ouvir notícias ruins é uma solução para não ficar desalentado. Pensar positivo, ler bons livros, ouvir músicas, amar e ser feliz é o que desejamos a todos!

terça-feira, 16 de março de 2021

COMO SER POLÍTICO SEM SER POLÍTICO – Germano


Antes de ingressar no Banco do Nordeste do Brasil, S/A., na Agência em Mata Grande, trabalhei na Associação Rural de Mata Grande, cujo Presidente era o saudoso Deputado Estadual Eraldo Malta Brandão, homem público, foi prefeito e deputado por várias legislaturas. Nesta época já convivi com a política  local.

Após o ingresso no  BNB, nos idos de 1965 fui, pelas normas internas do Banco proibido de exercer quaisquer atividades políticas, salvo votar.

Assim permaneci por longos anos. Casei e na família da esposa já existiam vereadores eleitos, posteriormente, um Prefeito eleito, o saudoso Antônio Barbosa da Silva, já homenageado neste blog e ainda, o sogro Otacílio Barbosa da Silva que também  foi vereador. Lembro que certa vez o meu cunhado colocou uma propaganda eleitoral do meu sogro no meu carro e eu tive que pedir para retirar a fim de não sofrer represálias. Era a regra imposta e eu dizia ser apolítico.

Após a aposentadoria não tinha mais que dar satisfações ao BNB, então, fui Presidente de diretórios municipais de partidos políticos , ajudei a eleger vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais e também Presidentes da  República, mas, assumindo a responsabilidade de ser um homem político.

Ultimamente trabalhei para eleger o Prefeito Erivaldo Mandu, o Vice-Prefeito Marcus Vinicius Barbosa de Mendonça, que é meu filho e para vereadora a minha Comadre Juliana Brandão e espero assim, continuar sendo um homem político sem exercer cargos políticos, embora já tenha sido Secretário de Agricultura do município de Mata Grande.

 

Este é mais um desabafo, pois sou político assumido e para os que se dizem apolíticos, queiram ler  o texto abaixo, escrito por Ana Vitória Weruque e passem a fazer alguma coisa. É muito prático dizer que é apolítico e não fazer nada.

 

“COMO SER POLÍTICO SEM SER POLÍTICO:

 

Muitas pessoas creem ser necessário ser filiado a um determinado partido para atuar politicamente. Não, não é preciso.

Atuar politicamente é ser integrado à sociedade a qual se pertence.

Ao participar dos grupos de fé e política das paróquias, questionar a atuação de seu representante eleito nas três esferas de poder, seja municipal, estadual e federal. Seguir os políticos eleitos nas redes  sociais e fiscalizar efetivamente as suas ações e se comprometer com as decisões políticas do município estado e pais.

Adote um político, siga-o e mande correspondências eletrônicas pedindo prestações de contas de sua atuação política.

Você será  certamente um político sem ser político partidário.

 (Ana Vitoria Weruke).”

sábado, 13 de março de 2021

O AMOR – Germano


As relações conjugais   tem altos e baixos, com tempos felizes e outros nem tanto. Acredita- se que as relações são para sempre. Mas o tempo e a falta de investimento podem corroer o amor que o casal possui. No início dos relacionamentos se dá o melhor em todos os sentidos... físico social e emocional.

Porem com o  tempo, por causa do nascimento dos filhos, da rotina e das atividades é natural haver diminuição da intensidade e valorização que se dá ao amor e, sem prever ,   se introduz sentimentos    e pensamentos que podem minar a relação.

Nem sempre as coisas ocorrem como se planeja,  os sentimentos que um dia foram intensos podem se dissipar e dar lugar a certeza de que aquela relação já não traz felicidades. É preciso ser maduro ou madura e parar de culpar o outro. Por exemplo, assumir seus próprios sentimentos se realmente se deseja ser feliz. É preciso assumir a relação.  Amar é um ato de coragem, de dedicação ao outro, de renúncia. Quem ama cuida.

Nestes tempos de pandemia, onde a obrigatoriedade de se ficar em casa tem sido uma constante, os ânimos se exaltam, as discussões se tornam mais acirradas e o que se divulga sempre é o aumento dos divórcios nos cartórios, o que é lamentável.

sexta-feira, 12 de março de 2021

PANGEIA - Germano

 

PANGEIA – Germano

Manuseando casualmente um caça-palavras, encontrei este nome PANGEIA, achei um tanto estranho e fui pesquisar o significado. Fiquei surpreendido e como se trata de cultura, resolvi publicar, para conhecimento de quem como eu, desconhecia o assunto.

"A pangeia existiu há  cerca de 200 milhões de anos, a Terra era formada por um continente único, exatamente a pangeia. Essa teoria foi apresentado ao mundo no início do século XX pelo meteorologista alemão Alfred Wegener.

Como prova indicou fosseis de animais encontrados na África e no Brasil com as mesmas características, que teriam vivido em ambiente e clima idênticos e cujas espécies jamais teriam sido capazes de atravessar o oceano Atlântico.

Além disso o recorte da costa africana encaixava  com perfeição ao da América. A comunidade científica só aceitou tal explicação em 1960.

A separação da Pangeia acontece bem lentamente, por meio dos movimentos tectônicos que provocaram rachaduras à deriva continental.

A princípio houve uma divisão em duas partes, da qual surgiram  Laurásia e Gondwana. Aos poucos a configuração  da superfície terrestre foi tomando a forma que temos hoje."

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 1 de março de 2021

CASAMENTO – Germano


Sobre o casamento,  dizem que é um substantivo masculino que significa a união  entre  duas pessoas com legitimação acordada de conformidade com os ditames das leis atuais.

Ora, não é somente sexos diferentes, são costumes, educação, família e maneiras diferentes que passam a viver sob um mesmo teto. As dificuldades de acomodações são as mais variadas possíveis e até a forma do amor varia entre as pessoas.

A tão balada felicidade, devido as necessidades  torna-se inalcançável, pois sempre  há objetivos a serem delineados. O amor por sua vez, sofre os revezes impostos pela convivência a dois através dos anos.  Alguns ficam a perguntar se  ela  existe e se dura para sempre.

Na realidade não  se tem assertivas, pois depende de cada casal, tanto na forma do tratamento mútuo, como também dos usos e costumes que passam a compartilhar conscientemente na vida conjugal, uma vez que, dependem da forma como foram criados e também dos interesses recíprocos.

Hoje em dia, os trabalhos profissionais de ambos, fazem com que o distanciamento seja frequente e necessita de muita atenção na preservação do amor, que naturalmente, obscurece os defeitos do consorte, mantendo assim viva a disposição de amar sempre o outro em quaisquer dificuldades que normalmente surgem no decorrer dos anos.

 

No casamento, os nubentes  se comprometem a viverem juntos para sempre, no entanto, assim como a felicidade e o amor, esse comprometimento precisa ser regado diuturnamente, para  a  permanente inovação dos laços afetivos.