sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

O LEITE - Germano






Sinceramente não sei a quem atribuir a autoria, todavia, li e copiei o texto que foi encaminhado pelo WatsApp. Achei de suma importância publicar, tanto pelo que já passei como pequeno produtor de leite em Mata Grande, como também, para alertar as autoridades competentes , pois na verdade, um pequeno curral  produtor de leite,  mantém , entre dois empregos diretos e no mínimo três indiretos, isto na propriedade rural, todavia, ser for contabilizar melhor, os dois funcionários que trabalham no carro do leite, os da casa de rações e os das indústrias produtoras de rações vamos alcançar um número bem maior.

Vale ressaltar que produzi leite por mais de quarenta anos, com lucros e prejuízos, com muitas decepções pela perda, tanto dos centavos como também dos calotes que levei dos atravessadores dão uma bela reportagem, porém quase tudo que ocorre de sacrifícios para o pequeno produtor de leite está estampado no texto  abaixo:





“A propósito da discussão sobre leite importado:

Não é só o produtor que está perdendo, vejam os pequenos municípios que têm a economia apoiada na produção.



Usando essa postagem pra passar alguns números.



Agora dirigida não somente a Prefeitos e demais no poder, mas também àqueles que dizem nos representar:

Saibam que cada 750 litros de leite produzidos no município geram renda equivalente a um salário mínimo!



Portanto pode- se afirmar que cada 750 l/dia que se aumente da produção diária (no município) estaria gerando um novo emprego, desses que essas empresas que buscam incentivos pra se instalar oferecem!



Sabiam que cada real que "cai na mão" do produtor ele o coloca no comércio ou serviços locais?



Sabiam que em muitos casos, o montante da produção é a maior fração dos recursos que entra num pequeno município?



Sabiam que a inadimplência (calote) desses produtores é a menor que existe?



Sabiam que a maior parte dos empregos no comércio e serviços em um pequeno município que tenha uma forte pecuária leiteira é gerado por essa produção?



Sabiam que um dos maiores "cancros" da atividade é o transporte, que eleva custo, e diminui a renda do produtor (pois é custo que é repassado)?



Sabiam que a conservação das estradas é de sua inteira responsabilidade?



Sabiam que muitas vezes por causa de uma pequena ponte, ou bueiro, ou por um trecho de 40 a 50 metros em más condições, toda uma estrada fica intransitável?



Sabiam que em um município que produza 50.000 L/dia, a elevação de apenas R$0,01 (um centavo) por litro a mais nos descontos com frete impede a entrada de R$15.000,00 por mês nas mãos dos produtores,  portanto, na economia local?



Sabiam que há locais onde essa diferença no frete é duas ou três vezes mais, portanto R$ 30.000,00 ou R$ 45.000,00 a menos (equivalendo 15, 30 ou 45 empregos).



Sabiam que o produto é perecível e por isso precisa chegar rápido à indústria e que quando isso não ocorre diminui- se mais ainda o valor do produto?



Sabiam que eu não entendo o desespero em trazer indústrias pra sua cidade pra gerar emprego, sendo que muitas, mas muitas vezes já há essa "indústria" instalada (que é o produtor)?



Sabiam que essa maravilha que é a agricultura (e realmente é) não gera para o município 1/6 da renda que gera "o leite"?



Sabiam que cada 200 a 300 ha de lavoura gera um único emprego?



Sabiam que o enorme montante de dinheiro da produção de grãos não entra no seu município e sim vai gerar emprego lá fora, onde se fabricam equipamentos, máquinas, defensivos, fertilizantes, etc?



Sabiam que somos muito a favor da produção de grãos no entorno da produção de leite?



Se não sabe ainda do que falo, então eu explico:

 
Eu falo que o que sustenta, alavanca o crescimento, distribui renda, gera emprego, mantém o homem dignamente no campo é a produção desse Santo produto, portanto, seja moderno, parta na frente, bote no seu discurso...e NA SUA PRÁTICA, que a inteligência agradece!”


DATAS HISTÓRICAS DE MATA GRANDE - Germano


DATAS HISTÓRICAS DE MATA GRANDE – Germano

14/01/1660 – Antonio Souto Macedo foi o primeiro proprietário junto com o capitão mor Sebastião de Sá, que se fixou na Ribeira do Canapi. Este depois doou suas terras aos Padres Jesuítas sediados em Recife-Pe.

01/02/1764 – Com a extinção da ordem dos padres jesuítas, houve a expulsão deles do Brasil e a Coroa Real vendeu as terras em leilão.         Quem arrematou foi o Capitão Mor João Carlos Dantas que não cumpriu os pagamentos pactuados, então, Cipriano da Cunha e Francisco Gomes de Sá, arremataram.

1771 – Mata Grande teve o seu primeiro povoamento quando João Gonçalves Teixeira e sua mulher Maria Luiza se instalaram em terras do Cumbe, nas Mata de Santa Cruz. Ergueram uma capela em homenagem a N.S.da Conceição e mandaram colocar uma grande cruz de madeira.

1808 – Deram o nome de Mata do Pau Grande.

1835 – Passaram a chamar de Mata Grande.

18/03/1837 -Foi elevada à categoria de vila.

04/05/1846 – Foi extinta a categoria de vila.

08/06/1852 – Foi elevada novamente a categoria de vila com o nome de Mata Grande.

30/04/1860 -Foi anexada  a comarca de Penedo com o nome de Paulo Afonso.

05/06/1902 - Foi elevada à condição de cidade com o nome de Paulo Afonso.

25/05/1929 – Passou a se chamar definitivamente de Mata Grande, face a criação do município de Água Branca.


sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

AS IGREJAS DE MATA GRANDE - Germano




A do Sítio São José-

Construída recentemente pela comunidade local e ajuda de alguns amigos. A sua construção deveu-se a um sonho de Benedito Henrique Souza,  avô dos atuais amigos Carlinhos e Ademir que me deram estas informações e foram os dois que ficaram a frente na construção, inclusive trabalhando como pedreiro e servente juntamente a outros habitantes da região como Zezinho Felix, Nivaldo e tantos outros amigos  que colaboraram  inclusive com dinheiro.

O local foi doado por Manoel Henrique, filho de Benedito que se sentiu honrado em concretizar o sonho do pai.

Toda a mão de obra foi colaboração dos amigos com diárias pagas ou mesmo de assistência.

Hoje: As missas são celebradas uma vez por mês onde se realizam batizados.

Todos os anos há a festa do Padroeiro São José, sendo que são três dias de festividades com novenas, leilões, sempre, com a participação de zabumbeiros.

Dona Glorinha, avó de Ademir foi quem doou a imagem do Santo Padroeiro.

Recentemente houve um leilão e doei um garrote para o término dos trabalhos da Igreja.




quinta-feira, 8 de novembro de 2018

AS ÁRVORES - Germano


AS ÁRVORES – Germano

O dia 21 de setembro é dedicado a árvore, normalmente, as escolas incentivam os alunos, plantando árvores e ensinando para a sua conservação. Não obstante ser de fundamental importância para a própria sobrevivência, como também para a dos animais e, primordialmente, para os seres humanos, esses, são os grandes responsáveis pela sua dizimação, uma vez que, a cada 10 (dez) segundos mil árvores são derrubadas em todo o planeta. Aonde chegaremos no futuro só o Criador sabe, pois, alguns países buscam constantemente pela sua reposição.

Os seres humanos, realmente, vêm se preocupando com isso e se assim não fizessem abreviaria em muito a desertificação da terra, coisa que já acontece em muitas partes. Aqui no Brasil temos como exemplo partes do nordeste onde já se verifica muitas regiões parcialmente desertificadas.

As árvores dão frutos comestíveis para alimento dos insetos, peixes, animais das mais variadas espécies e também para o humanos, enfim, são “nossas irmãs com raízes” segundo disse o Papa Francisco.

Além do mais, as árvores são responsáveis por grande parte da oxigenação da terra, não é à toa que dizem que a Amazônia é  o pulmão da terra.

Algumas trovas colhidas:



A natureza protesta

Sempre que alguém a maltrata.

-Se matas uma floresta,

Vem o deserto e te mata! (A.A.de Assis )



O orvalho, do céu liberto,

De uma flor se fez amante

E em regaço entreaberto

Pôs um límpido brilhante. (Amarylis Scholeenbach).

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

VALHA-ME, PROFESSOR! - Walter Medeiros


Valha-me, Professor!

--- Walter Medeiros – waltermedeiros@supercabo.com.br

A perfeição da Natureza vai fazendo a vida fluir de tal forma que nos tira certas coisas e pessoas, para depois percebermos o valor de cada uma delas, exercitando sentimentos os mais diversos, preferencialmente bons sentimentos. Os maus sentimentos, é preferível evitar, esquecer, deixar de lado, nem que seja para comprovar o que os pesquisadores estão descobrindo com tanto trabalho, ou seja, que sentimentos ruins geram ou acentuam enfermidades no corpo. Então, melhor fazer por onde ser cada vez mais saudável.

Nessa perfeição da natureza vêm algumas situações que poderíamos ver e sentir como perdas, mas que findam sendo transformadas em saudade, boas lembranças, afetos raros e inesquecíveis, levados pelo tempo, e que vez por outra afloram na memória e no bater mais acelerado do coração. Um grande exemplo é a saudade da professorinha, da professorona, de todos os mestres que nos ajudaram a viver, seja qual tenha sido a vida que escolhemos viver, sejam quais tenham sido os caminhos que optamos por trilhar.

No Dia do Professor, chega-me uma tempestade de recordações desse tipo. A lembrança da minha primeira professora, Dona Josefina Canuto, no Grupo Escolar Professor Demócrito Gracindo, em Mata Grande – AL. Mulher dedicada e entusiasmada, que até hoje tenho a felicidade de reencontrar, mesmo que para isto demore muitos anos. Lembro da sua figura magra, saia azul, blusa branca de mangas compridas, rosto belo, um anjo entre as crianças. Por muitos anos tive diante de mim o colorido de alguns livros que ganhei porque dei algumas respostas sobre as coisas do aprendizado. Como lembro de Dona Helena, que muito me ajudou a aprender Matemática, pelo menos naquela ocasião, pois tem coisas dessa matéria que até hoje não aprendi.

Depois fui estudar na Escola Rural Professor Manoel Dantas, na Av. Prudente de Morais, vizinho ao Senai. Que belas lembranças da professora Dione, ensinando a desenhar e a usar técnicas fascinantes com naquim, onde colocava meus barcos e as ondas dos meus mares. Ano seguinte, lá estava eu no Grupo Áurea Barros, onde hoje funciona o Sindicado dos Professores. Ali já tive meu primeiro contato com a caneta esferográfica, cujo perfume era extasiante e onde já tive certa vez de levar aquele famoso recado de que no dia seguinte só entraria acompanhado da mãe. Ano seguinte, o Grupo Escolar Professor Calazans Pinheiro, da saudosa professora Dirce.

Tive a sorte de alcançar um livro que tinha tudo que precisávamos para fazer o Exame de Admissão ao Ginásio. Fui manter profundo contato com ele no Externato Saturnino, em 1966. Fui aluno da professora Maria das Neves, de Dona Ione Paiva e do saudoso professor José Saturnino de Paiva. Além de tudo que aprendi ali, nos livros e fora deles, com a disciplina bem imposta, o estímulo à leitura, ao ver nosso professor carregando e lendo revistas e jornais. Jamais esquecerei o momento em que ele estava no alpendre e, quando eu ia passando, do alto da sua idade e sabedoria, me disse - como se eu fosse um interlocutor à altura dos acontecimentos: “A guerra pode acabar hoje”. Referia-se aos conflitos do Oriente Médio. Nessa pequena frase de cinco palavras, ele na verdade me deu uma grande aula, pois dali corri atento para saber a que se referia, esperando ter condições de dialogar com o mestre.

No ano seguinte, lá estava eu inaugurando a Escola Industrial Federal do Rio Grande do Norte, na Av. Salgado Filho, depois de ter sido aprovado na prova de ingresso realizada na antiga Escola Industrial de Natal, da Av. Rio Branco. Ah! Quantos mestres encontrei ali: Mirian Coeli, Eulício Farias de Lacerda, Expedita Medeiros, Anaíde Dantas, Vilma Leiros, Názaro, Nivaldo, Natanael, Fátima, Severino, Inalda, Mitsi, Renè e Perigoso. Até os inspetores eram educadores e respeitados, como os professores Laércio, Adilson e Aércio.

A trajetória continuaria no Instituto Padre Miguelinho, onde cursei o Científico de Engenharia, aprendendo com os professores Agamenon, Damião Pita e Maria Tereza, entre outros; e na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, onde cursei Direito. Foram tantos professores, tantas lições, tantos gestos, que dão a dimensão do magistério. Uma legião de sonhadores que nos ajudam a compreender o mundo e nos levam também a sonhar. Como o professor Edgar Barbosa, a mostrar a força que podíamos ter mesmo nas situações mais adversas; e Varella Barca, que além de ensinar tomava a frente e lutava junto por melhores dias para o Brasil.

Neste 15 de Outubro homenageio a todos os Professores, a quem cabe responsabilidade tão grande na humanidade. Em meio a tudo isso, como que atraído pelo quadro negro, pelo giz, pelas aulas que mais me interessavam, lembro que construí um mundo em meio ao que o compositor/poeta sonhava, com festa trabalho e pão. Findei casando com uma professora – Graça, cuja trajetória construiu o mundo melhor de muitas crianças, hoje com mais idade. E esse mundo fascinante da Pedagogia continuará me rondando, pois agora a nossa filha Mônica é professora também. Mas a festa deste dia é de todos: professores e alunos. Feliz dia do Professor!

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Na foto, a professora Josefina e eu.


domingo, 14 de outubro de 2018

ESTÁDIO REI PELÉ - Germano


Crédito de Lauthenay.



ESTÁDIO REI PELÉ – Germano

Assisti e participei da construção do estádio  me deslocando de Mata Grande  para marcar as cartelas dos bingos. Sentávamos nos toros  dos coqueiros ou mesmo no chão e tudo era  muito divertido.

Assisti e participei de vários clássicos do  meu glorioso CSA com o CRB aos domingos à tarde ou mesmo à noite e muitas vezes com outros times. Assisti também a jogos da nossa seleção, todavia, a última vez que tinha marcado presença foi em 1988 quando colocaram cadeiras de ferro. Após o jogo um torcedor revoltado arrancou uma cadeira e jogou lá de cima da arquibancada, graças a Deus não atingiu ninguém, porém, como estava com o meu filho Germaninho, pensei, que poderia estar passando naquele local e sermos atingidos, daí, nunca mais fui ao Estádio.

No dia 09.06.2018, após trinta anos o meu filho Germaninho, já adulto, me convida a ir com ele assistir ao clássico   CSAxCRB, não pestanejei, aceitei o convite e fomos. O jogo terminou sem que houvesse gols, porém, muitas coisas mudaram e me chamaram a atenção. 
Encontramos Pedro Henrique, Diogo, Betinho e tomamos algumas cervejas devido no estádio ser proibido a venda de bebidas. Ao entrarmos vários policiais corrigindo aos torcedores da mesma forma dispensada aos marginais o que é bastante constrangedor. Graças a Deus o conterrâneo Betinho, não deixou que eu passasse pelo constrangimento, pelo que, penhoradamente agradeci.

O jogo iniciou, ficamos no meio da torcida do CSA, para minha surpresa, não vi nenhum rádio de pilha por perto o que achei uma mudança de hábito, no entanto, palavras de baixo calão eram gritadas por homens e mulheres contra pessoas que, acredito, sejam jogadores, administradores ou mesmo o juiz e seus assessores.

Ao sairmos do estádio, nova surpresa, alguém jogou pedras em alguns torcedores do CSA que estavam próximo, então, tivemos que nos abrigar. Isto gerou o deslocamento de policiais a pé, em viaturas ou montados a cavalo. Mais um fato constrangedor para quem vai assistir a um clássico e não brigas.

Outra coisa que me chamou a atenção foi o abandono em que se encontram alguns setores do estádio. No mês do seu aniversário, nada melhor que uma pequena manutenção para depois cantarmos os parabéns com bolo e guaraná.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

SABER OUVIR É UMA ARTE - Germano





Poucas são as pessoas que praticam essa arte. Normalmente, gostam de falar e não poucas vezes atrapalham quem está falando, não pela falta de educação e sim, pelo simples ato de querer sempre falar.


Sabemos que existem muitos cursos de oratória, todavia nunca se ouviu falar em um curso de escuta. Hoje em  dia  com o  advento da internet as famílias têm o hábito de não mais conversar, gerando uma multidão carente de serem escutadas,  haja vista, terem os seus assuntos a externarem ou mesmo para um bom bate papo cotidiano. 


Por esta razão, sempre  escute o teu amigo ou mesmo uma pessoa em uma caminhada ou em uma das calçadas por onde estiver andando.


Em muitas casas , nas horas das refeições existe o costume de se ligar a televisão, isso também faz com que os familiares  se omitam de conversar, ficam todos escutando o que diz a televisão, todavia, é mais uma forma  que contraria a arte de ouvir as queixas, orientações ou mesmo fatos corriqueiros do trabalho ou da vida social, uma vez que todos permanecem calados.


segunda-feira, 10 de setembro de 2018

DOMINGOS FERNANDES CALABAR - Germano






Quando estudei no Ginásio Felix Moreno, nos  anos sessenta a matéria HISTÓRIA DO BRASIL, era ditada pelo saudoso Professor Dr. Luiz Luna Torres e naqueles anos  já questionávamos se Calabar era ou não um traidor, tínhamos os debates, todavia a história predominava pois era a oficial.

Já depois de casado, conhecendo as cidades do litoral norte do Estado de Alagoas  que ficaram sob o domínio dos holandeses, pude observar que eles eram bem organizados e   os prédios que deixaram implantados tinham algo de diferente, assim como, o desenvolvimento da região .

Pesquisando na internet li o abaixo que copiei e colei:

 

“(Militar brasileiro que lutou ao lado dos holandeses)
1600-1635, Porto Calvo, Alagoas


Domingos Fernandes Calabar, militar brasileiro, nasceu e morreu em Porto Calvo, Alagoas. Foi educado por jesuítas, prosperou e se tornou senhor de terras e engenhos de açúcar. Entre 1630 e abril de 1632, participou da luta contra os holandeses sob as ordens de Matias de Albuquerque. Em 1632, passou para o lado do invasor por considerar o domínio holandês mais benéfico para o Brasil que o jugo português – e Portugal, na época, estava sob domínio espanhol. Grande conhecedor do terreno, sua colaboração foi de grande valia para a penetração holandesa, mas, em 1635, o governador pernambucano conseguiu render as forças holandesas. Julgado sumariamente, foi considerado traidor e enforcado por ordem de Matias de Albuquerque.” (Net Saber-Biografias).

No dia 23/07/2018 assisti na TV que a população da cidade de Porto Calvo resolveu colocar Calabar no banco dos réus e formalizaram um julgamento cuja sentença tira dele a pecha de traidor.

O povo sabe o quanto é difícil mudar uma história de vários séculos, todavia, doravante, a história tem que mudar e Calabar não será mais reconhecido como um traidor da pátria e sim como um herói, tomando assento a Zumbi dos Palmares, Ganga Zumba e Tiradentes.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

A LIDERANÇA - Germano




Segundo o dicionário de Augusto Miranda o termo quer dizer: Função de líder; Forma de dominação baseada no prestígio pessoal e aceita pelos dirigidos. É um substantivo feminino.

A Bíblia Sagrada nos ensina em Mateus 23 que não devemos chamar ninguém de mestre, pois Mestre somente o Altíssimo, alí se aprende, os que se exaltam serão humilhados todavia, não resta dúvidas de que somos  sempre comandados, normalmente dominados  por pessoas de prestígio e que exercem quaisquer tipos de liderança.

Vejam o que diz Robson Santarém: “ Estou cada vez mais convicto de que se não trabalharmos arduamente na formação do caráter, de nada valerão as melhores habilidades e conhecimentos que alguém possa ter. Ainda vivemos muito preocupados em proporcionar acesso e condições de desenvolvimento, de habilidades e conhecimentos  que possibilitem aos profissionais serem bem sucedidos em suas carreiras.

Isso é  muito importante;  o sucesso, porém, está na atitude! Se quisermos um mundo melhor, antes de tudo precisamos despertar e expandir a nossa consciência para a importância dos valores em nossa vida. O que fez , faz e fará sempre a diferença é o caráter, a começar  pelas lideranças. Para ser um excelente líder é preciso ser um excelente ser humano!”

O exercício da liderança não é para qualquer um, existe o líder nato e o que se impõe pelo poder que exerce, mas, um bom líder faz com que as pessoas  comuns  façam coisas incomuns.

Uma sociedade, uma cidade ou mesmo uma pequena  aldeia em plena atividade sempre precisa de um líder, que pode ser um  dos mais idosos,  ou um mais experiente ou mesmo um  aclamado por votação.

Normalmente esse líder precisa ter caráter e capacidade suficiente para escolher os melhores caminhos para que possa atingir os objetivos desejados pelos comandados. Sem ter essa capacidade ninguém consegue alcançar ou se aproximar da plenitude desejada. Sem ela não se pode exercer a liderança.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

O FRIO E O COBERTOR - Walter Medeiros








O frio e o cobertor

--- Walter Medeiros


No pé da serra da onça
Senti frio encantador
Dos pingos, da enxurrada,
Aguaceiro, que esplendor!
E no cantinho do quarto
Achei aconchego farto
No mais quente cobertor.


Era o melhor cobertor,
Com aquele grosso na beira,
Que meu pai comprou na feira
Num grande gesto de amor;
Lutava contra a goteira
Que molhava a vida inteira
O chão que ele arrumou.


Na serra só tem quentura
Se a chuva não aparece,
Pois quando a noite desce
E chega a hora de louvor,
O frio vem com a prece
O novo dia amanhece
Com frio orvalho na flor.


quinta-feira, 2 de agosto de 2018

LEMBRANÇAS EM VERSOS - Walter Medeiros





Lembranças em versos

--- Walter Medeiros

Uma cidade, uma vida, um livro. É a reflexão que faço da viagem que fizemos agora em julho, por uma parte do nordeste, e que teve um momento mais marcante que as belezas das praias de Aracaju, Maceió, Recife, João Pessoa e Natal. Um momento no Teatro Deodoro, belo monumento da cultura alagoana, onde encontramos, de surpresa, amigos de infância e da vida toda. Amigos que nos envolvem em versos, em prosa, em recordações, saudade. Saudade do tempo em que moramos tão longe, no alto sertão de Alagoas.


A tarde caía em Maceió, quando Graça e eu fomos chegando ao Foyer do teatro, mais belamente chamado de Café da Linda. Junto à porta que dá para a praça, duas mulheres sentadas, que recebem nossos cumprimentos. E esboçam curiosidade. Queriam saber se eu era de Mata Grande. Então disse que morei lá, vizinho a Germano. Foi o suficiente para uma delas apresentar-se como irmã do ex-vizinho. Era Helena Mendonça. Aquela mesma mulher magra que há muitas décadas brincava, passeava e estudava com a minha irmã Clemilda. Vieram, então, todas as recordações possíveis, inclusive do cheiro de pão assado com manteiga. O pão que chegava quentinho da padaria de Seu Balbino, pai de Helena, Valdeci, Valderez, Germano e Hidelbrando.


Pelo outro lado chegou a vizinha do outro lado, Márcia. A neta de seu Zé Lúcio, professora, lutadora, o maior motivo para estarmos ali. Era o lançamento do seu livro de poemas “Lembranças, apenas...”. Belo livro, que autografou carinhosamente para nós, para Wellington, Clemilda e todos os que compareceram ao belo evento. Uma noite de muitas emoções, marcada por reencontros, histórias, amizades, lembranças, quantas lembranças, das coisas de Mata Grande! A cidade que resolveu dar a mim o título de Cidadão Honorário, em 2012, em outra noite alagoana de muita felicidade.


O livro de Márcia faz a gente viajar a cada canto de Mata Grande, sentir cada emoção dos tipos matagrandenses, passar por tantas épocas que fizeram a bela cidade que hoje tem muita coisa marcante, inclusive o ponto mais alto de Alagoas. Ela transmite muitas emoções fortes, ao transformar em versos aquele dia a dia da feira, dos carros de boi, dos sítios, das serras, dos amigos, dos parentes, da saudade. Versos dedicados ao seu marido, Manuca, a seus filhos e netos. E aos seus pais e avós, que tanto abrilhantam aquelas páginas. Versos que nos trazem tão forte nostalgia, como aqueles do poema “Agendas antigas...”, falando sobre telefones de “Amigos antigos ausentes, dividiram o espaço / Com as agências de viagens, as farmácias...” _/ “Apenas nomes deixados pelo tempo”.

Belo livro. Belos poemas. Belas lembranças. Nova saudade, Márcia!


segunda-feira, 16 de julho de 2018

O INVERNO EM MATA GRANDE – Germano







                                         Vista parcial da cidade, vendo-se ao fundo o Santuário.
                                          Crédito de Nilma Villar.

                                                 Sítio Almeida, na Zona Rural.
                                                    Foto do Sitio Almeida sem chuvas. 



Nasci e me criei em Mata Grande, sabendo que o inverno,  para nós, significa tempo de chuva, muito frio e intensa neblina. Seu início normalmente era no mês de maio e terminava em dias do mês de agosto. No ano de 1966 em pleno mês de maio choveu 935 milímetros e passamos 16 dias e 16 noites sem ter direito a ver a luz do sol. O plantio de milho, feijão, algodão era intenso, principalmente o feijão, onde  vários comerciantes  exportavam o produto para outros estados.

Passados alguns anos, o inverno foi retardando para o mês de junho ou julho e terminava em dias de agosto, impedindo o plantio das lavouras.

Hoje, para minha surpresa vi na televisão que o inverno para algumas regiões, principalmente sudeste e centro oeste , inverno é tempo de secas, com incêndios, cujas queimadas causam grandes prejuízos. Até uma bituca de cigarro que os motoristas incautos jogam pelas janelas dos carros causam grandes incêndios.

Ora, nos últimos anos os invernos matagrandenses tem diminuído bastante, tivemos recentemente uma seca de mais de seis anos. Não obstante as terras permanecerem verdes na zona serrana do município a zona da caatinga sofre e muito com a escassez de chuvas.

O que preocupa são as mudanças climáticas, estamos em pleno inverno, não existem as chuvas que proporcionem a aração da terra. Provavelmente teremos mais uma seca verde e quiçá, no porvir, não vamos ter o desprazer de ser também alvos de grandes incêndios em plena época invernosa.

A movimentação por carros pipas já é uma preocupação governamental. Sinal que o El Nino volta a rondar o nordeste brasileiro. Agora, como se explica tantas chuvas no litoral a partir do Estado da Paraíba. Realmente, teremos que nos adaptar a novas mudanças climáticas em nossa região.






sábado, 7 de julho de 2018

O CISP EM MATA GRANDE - Germano




                                            Foto do CISP recém inaugurado.




Sempre que vou a Mata Grande, procuro fazer uma visita a Agência do Banco do Nordeste, para rever o lugar onde trabalhei e também aos funcionários, com os quais mantenho boas amizades.  Depois do último assalto a Agência, em maio no ano passado, alguns negócios foram transferidos para a Unidade de Delmiro Gouveia.

Certa terça-feira, ao adentrar na Agência a Comadre Nalvinha me disse que a Direção do Banco condicionou a reforma do prédio a criação de um CISP (Centro Integrado de Segurança Pública) em Mata Grande. Ficou evidenciado que era a quarta tentativa de fechar a Agência, então, no dia seguinte, dia da sessão da Câmara  vesti o paletó e me dirigi a  Câmara Municipal para pedir apoio. O Presidente , Vereador Rodolfo Izidoro, por sinal, genro da Comadre, foi acessível a ideia e após a reunião de praxe, abriu uma sessão branca, onde pude falar e explanar o  assunto.


                              Foto  da reunião na Câmara

O Presidente então nomeou uma Comissão sob  a coordenação de Simone Malta (ex-funcionária do BB), banco que já havia fechado as portas na cidade. Para que planejássemos algumas providências,  o Presidente colocou a nossa disposição, a  Sala da Câmara para as nossas reuniões. Imediatamente, marcou-se uma para a quinta feira à noite e outra para sexta feira. Após essas reuniões a equipe optou por uma manifestação na terça feira seguinte. 


                                      Foto da manifestação passando pela rua principal.

A manifestação foi efetuada onde todo o comércio local e as escolas, fecharam as portas e liberaram os funcionários e alunos para participarem da manifestação, coisa nunca vista pelas ruas da cidade, pois contou com a  participação da população, inclusive dos políticos, do Sindicato dos Bancários, Cut, Sindicato dos Trabalhadores etc.



Foto da hora que discursei.

                             Foto após a manifestação.

Após isto,  vários integrantes da equipe, foram as rádios dar entrevistas sobre o assunto, participaram de reuniões com o Secretário de Segurança Publica , Ministro Max Beltrão, Deputado Federal Nivaldo Albuquerque, afora uma participação na Assembleia Legislativa do Estado promovida pelo Deputado Marcos Medeiros.







Para concretizar a indignação da equipe, foi programada uma Audiência Pública pela Câmara Municipal no Mercado Público da cidade, onde compareceram várias autoridades, representantes de Órgãos Públicos, o Deputado Antonio Albuquerque e mais de quinhentas pessoas da cidade. Nesta ocasião várias reivindicações foram catalogadas e enviadas aos gestores estaduais.





O CISP foi prometido e no dia 03.07.18 finalmente foi inaugurado pelo Governador do Estado com a presença do Senador Renan Calheiros,  dos  Deputados Estaduais Antonio Albuquerque e Ronaldo Medeiros , Vice Governador e vários  Secretários de Estado sendo que o Secretário de Segurança Publica foi o mais citado.

O Deputado Antonio Albuquerque fez um excelente pronunciamento, o Governador  do Estado  também e, no decorrer de suas palavras entregou ao  Prefeito  Erivaldo Mandu um trator e uma ambulância para o município e uma ambulância e duas viaturas para o CISP, afora um veículo para a Polícia Civil.

Prosseguindo o seu discurso prometeu o recapeamento da AL 140 até a cidade de Inhapi ,a ligação do sertão alagoano ao sertão pernambucano, asfaltando o acesso até a Placa de Guilé e ainda, a recuperação da Cadeia Pública  de Mata Grande, no que foi bastante aplaudido.



segunda-feira, 2 de julho de 2018

ERA ASSIM NO NORDESTE - Ubiratan Mendes





ERA ASSIM NO NORDESTE – Ubiratan Mendes

"Foi no dia 25 de Maio de 1925. Lampião e Sua Cabroeira Invadem e Toma de Assalto o Palacete da Senhora Joana de Siqueira Torres. Viúva do Barão Acú-Torres: Dona Joana Conhecida Como a Baronesa de Água Branca (Alagoas)...

Como ainda não dispunha de recursos que pudessem sustentar seu pessoal, Lampião mandou pedir certa quantia em dinheiro à Dona Joana Vieira de Siqueira Torres, baronesa de Água Branca, para a compra de provisões. Feita a colaboração, ela jamais seria incomodada novamente, nem por ele nem por qualquer um outro do cangaço; teria mandado dizer-lhe.

A Senhora de Água Branca – município ao qual pertencia a Vila de Piranhas – entretanto, não atendeu ao seu pedido e, pior: mandou um recado desaforado pelo mesmo portador endereçado àquele que tentou extorquir de suas posses: “Diga a seu chefe que o dinheiro que tenho é para compra de munição com a qual pretendo arrancar-lhe a cabeça”. Depois, para se prevenir, pediu ao Governo da Província que mandasse reforçar a guarda de seu território com uma força policial mais equipada de homens e armas.

Ao ouvir do mensageiro o recado da Baronesa, Lampião virou-se numa fera bravia, com vontade de esganar. E logo quis dar o troco: mandou comprar algumas redes e as preparou segundo os costumes locais de carregar mortos, onde um madeiro é colocado de um punho a outro, sendo carregado nos ombros por dois homens robustos. Preparou tudo com esmerado cuidado, seus homens vestindo-se como pessoas comuns do lugar, com roupas simples e chapéu de palha, descalços, ou arrastando sandálias leco-leco. Fuzis, punhais e cartucheiras eram carregados no lugar onde deviam estar os mortos, enrolados em panos untados com groselha para aparentar sangue, dentro das ditas redes.

Dirigiram-se esses à porta da delegacia de polícia e, aos berros, um dos cabras, disfarçado, gritou para o soldado de plantão: “acuda, praça! Mande gente lá para as bandas do povoado da Várzea, que a cabroeira de Lampião está acabando com tudo ali; mataram estes daqui e ainda há mais gente morta aos montes. Ande depressa, homem de Deus!” O despreparado soldado chamou imediatamente o corneteiro, que tocou reunir. Foi o momento propício para a execução do plano de Lampião: as armas foram retirados das redes e empunhadas contra o pelotão policial, que já estava perfilado, pronto para sair à procura dos bandidos.

Aí, enquanto a polícia era rendida, outra parte do grupo já havia entrado na cidade e agia no saque à casa da Baronesa. Irreverente, Lampião foi até ela e, fitando-a com severidade, soltou o vozeirão: - Então, Senhora Baronesa, vai arrancar-me a cabeça agora? Venha, vamos dá um volta pela cidade para que vosmecê e todos daqui saibam qui cum o capitão Virgulino não se brinca nem se manda recado desaforado”. E fez a respeitável senhora, dona de notório prestígio público, segurar seu braço e andar assim com ele desfilando pela cidade. – (este foi o primeiro de um sem-número de assaltos cometidos pelo bando de Lampião. Aconteceu em 28/06/1922, poucos dias depois que tinha assumido o comando do grupo de Sinhô Pereira, jovem ainda, aos 25 anos de idade)."

NOTA: Texto e foto copiado do Facebook.




terça-feira, 12 de junho de 2018

O BRASIL - Germano




Eita pedaço de terra boa chamada Brasil, nome devido  ao pau-brasil, madeira nobre  existente em abundância neste vasto torrão, hoje quase dizimada pelos heroicos brasileiros. A história que estudamos contava que os portugueses nos descobriram em 1500 , quando na verdade, outros povos já haviam passado por aqui , inclusive, era habitado pelos índios, os  primeiros e  verdadeiros  donos.

É verdade que Pero Vaz de Caminha foi quem fez a primeira carta documental sobre a terra, enaltecendo-a pelas belezas naturais e da forma como viviam os habitantes, sem plantar e sem criar nada, mas, na carta ele pede ao rei D. Manuel I que solte o seu genro, que tinha roubado uma igreja. Vejam os senhores que "a coisa"  começou em 1.500 e vem aumentando consideravelmente, chegando ao ponto em que estamos.

Os reis que comandaram dispensam comentários, posteriormente foram destronados pelos marechais iniciando a velha república que por não ter dado tão certo fez com que períodos de ebulição política provocassem  o suicídio de um Presidente da República em 1954.

Passados alguns anos a esquerda brasileira, sob a batuta de Fidel Castro e Nikita Kruchevt , alimentaram a ideia de tornar o Brasil em um país comunista, não bastasse a intentona comunista da Coluna Prestes.

Em 1964 o exército brasileiro assume o comando do País e após o mandato de cinco generais houve a promulgação da Carta Magna de 1988 existente até o presente. Ocorre que a coisa que começou em 1500, paulatinamente , vem evoluindo e após  alguns vice-presidentes assumirem o comando, houve quem prevaricasse no trato da coisa pública, cuja evolução subiu a níveis alarmantes, fazendo com que parte da população, atualmente, passe a exigir o retorno dos militares ao poder.
Eita pedaço de terra boa chamada Brasil. Li muito a frase:
Brasil, ame-o ou deixe-o.


quarta-feira, 6 de junho de 2018

O CINE LUZ - Germano



O CINE LUZ  - Germano

Nos idos anos de 1959 o então Prefeito da cidade Gentil Albuquerque Malta, a custa de muito sacrifício, trouxe para Mata Grande a energia da CHESF. Ora, naqueles anos o rigoroso inverno das serras matagrandenses beiravam os onze graus e os tratores rasgavam as entranhas das terras com extremas dificuldades, para a subidas dos pesados caminhões com os postes e demais acessórios.
O senhor João Malta Filho, conhecido como  “Seu Jari”, optou em instalar o primeiro cinema permanente na cidade,situado na Rua Afonso de Carvalho, local cedido pelo então Deputado Antonino Albuquerque Malta, em frente ao prédio do antigo Fomento Agrícola, justamente onde funciona do Bar de Evilásio,  hoje conhecido como Paz e Amor Clube.
Seu Jari lançava os filmes na Sexta Feira, Sábado e Domingo e reprisava nos dias seguintes, na quarta feira outro lançamento que era reprisado na quita feira. Toda a programação era feito através de auto falante, com músicas inesquecíveis de Anísio Silva, Onéssimo Gomes e outros cantores da época. O curioso era a bondade de seu Jari para com alguns assíduos frequentadores, principalmente para estudantes, que, quando não dispunham de dinheiro, ficavam sentados em um toro de madeira em frente ao Fomento, após iniciada a sessão, ele convidava para entrar de graça.
Posteriormente, seu Jari adquiriu algumas casas na Rua Ubaldo Malta e mudou o CINE LUZ para a artéria principal da cidade, em pleno comércio. A noite era uma animação total, as moças ficavam desfilando de um lado para outro e os rapazes ficavam a admira-las e dali surgiram muitos namoros, que esquentavam no escurinho do cinema após o início dos filmes e posteriormente casamentos duradouros foram realizados. No local hoje funciona uma sorveteria.
Devido as melhores condições do novo prédio, vez por outra aparecia cantores famosos para se apresentarem, alguns ficaram gravados na memória, como Waldik Soriano, Roberto Becker, Luiz Gonzaga e outros que lotavam as acomodações daquela casa de espetáculos.
Hoje resta a saudade dos bons momentos vividos e muitos matagrandenses tem histórias importantes e indeléveis sobre o Cine Luz.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

NOSSAS BODAS DE OURO - Germano


BODAS DE OURO – Germano

No dia 25 de dezembro de 2017 eu e Icléa completamos cinquenta anos de casados. A data foi em homenagem ao nascimento do meu sogro Otacílio Barbosa da Silva, tempos depois nasceu a minha linda neta Luiza, passando a data a ter inúmeras comemorações em nossas vidas.

Então resolvemos comemorar o aniversário da nossa união e do nascimento da Luiza. Há vinte e cinco anos tínhamos comemorado as Bodas de Prata, mas como o ouro é um dos metais de grande valor, significou para nós a nobreza da nossa união ao longo dos anos.

Como de praxe, voltamos a Igreja para renovar as promessas do dia do casamento. Optamos pela Igreja de Nossa Senhora da Rosa Mística e o Padre Marcio Roberto nos acolheu com toda dedicação, já que contamos com a frequência normal da missa e o comparecimento de alguns amigos mais próximos além dos nossos familiares. Na missa trocamos as alianças e renovamos as promessas do casamento.

Como a missa foi ao entardecer nos deslocamos para a festa do novo casamento.   

Casar de novo foi emocionante mais uma vez,(leiam o CASEI DE NOVO) que escrevi em 28.12.17 me senti o noivo mais alegre e contente que se possa imaginar. E o beijo? Há o beijo foi o mais arrebatador que já dei, pois a noiva achou que exagerei mas, exagero mesmo foi na hora da dança, pois agora tinha a filha e as netas para dançar a valsa e aí tive que me desdobrar para alcançar os passos das jovens criaturas.

Tivemos direito a parabéns, a bolo regado a bons refrigerantes e a grandes manifestações de amor e alegria.

Me senti o noivo mais alegre e resta somente agradecer a Deus pela Sua infinita bondade.