sexta-feira, 17 de abril de 2015

GENTIL DE ALBUQUERQUE MALTA - Germano


GENTIL DE ALBUQUERQUE MALTA – Germano


Seu Gentil assim ficou conhecido o homem que foi um dos inesquecíveis prefeitos de Mata Grande. Ainda hoje se fala nele como um dos que mais trabalharam pelo engrandecimento da região, cujo município era o maior do Estado pois abrangia Canapi e Inhapi.

Quando prefeito, trouxe a energia elétrica de Paulo Afonso nos idos de 1959, onde no bairro do Mandacarú foi construída pela  CHESF  uma  sub estação  abaixadora que de lá foi sangrada para o  município de Inajá-Pe. Posteriormente, Canapi e Inhapi em Alagoas. Gerava dois empregos diretos para a cidade, afora os indiretos. Infelizmente com o tempo  deixaram acabar e hoje existe uma sub estação no município  de Inhapi-Al.

Outra grande obra, foi a  famosa fonte do Cumbe , no tempo em que foi prefeito, ao custo de muito sacrifício, devido a enorme vazão de água, conseguiu erguer com pedras as paredes e edificou uma casinha de proteção que ainda hoje permanece da mesma forma, salvo alguns melhoramentos efetivados pelo Prefeito Hélio Brandão que construiu ao lado uma enorme caixa d’água que abastece os sítios Placa de Guilé, Simiana e Capim Açú , tudo isso por gravidade, o que foi um trabalho elogiável devido ao baixos custos.

Foi um grande comerciante de tecidos e até pouco tempo se falava na esquina de seu Gentil que posteriormente se tornou um grande  fazendeiro, onde fundou a comunidade hoje denominada  CARIÉ, município de Canapi (AL),  na época pertencia ao município  de Mata Grande. Lá ele construiu um posto de combustível e a sede da fazenda, pois o local era propício, haja vista o entroncamento da BR- 423  que liga Garanhuns-Pe.,  à Paulo Afonso-BA., e  a BR 316  que sai de Maceió em direção a Inajá –Pe., passando pela avenida central de Canapi-Al.

Era casado com D. Arabela Mendonça, prima da minha mãe Luiza Vilar de Mendonça e tiveram vários filhos: Itamar, Mareval, Rubens, Roberto e Gentila Ruth,esta, foi minha professora e hoje, grande escritora que lançará um livro sobre a região , dando ênfase a genealogia das famílias MENDONÇA e ALENCAR, que são tradicionais em Mata Grande, englobando, logicamente, as demais famílias cujos descendentes hoje são incontáveis.

 

terça-feira, 14 de abril de 2015

EVOLUÇÃO SOCIAL? - Joelder Pinheiro


Evolução Social?

 

Uma reflexão sobre o homem contemporâneo

 

            Por Seminarista Joelder Pinheiro Correia de Oliveira

 

Muitos teóricos e pensadores afirmam que a sociedade tem passado por um processo constante de evolução e, consequentemente, o homem, ao mesmo tempo sujeito e objeto, vem sofrendo com as constantes mudanças. Supondo que se trate de uma evolução social, façamos uma reflexão do homem contemporâneo, ou seja, do homem atual, sob três correntes que vêm influenciando-o cotidianamente: relativismo, subjetivismo e individualismo.

            Para muitos, um grande “avanço social” se deu com o relativismo, isto é, não se concebe mais verdades universais e absolutas, tudo se reduz ao próprio indivíduo situado num tempo, espaço e circunstâncias específicas de sua realidade, atingindo negativamente a ética e a moral que perdem seus fundamentos sólidos.

Dissera o Papa Bento XVI que vivemos a ditadura do relativismo, ora, sem verdades absolutas, sem solidez ética e moral, o ser humano é incapaz de encontrar fundamentos para uma construção coerente de seu próprio existir no tempo e nas situações concretas de sua história. Essa ditadura é tão pujante que atinge as várias áreas da sociedade e suas implicações têm sido introjetadas pela mídia nas pessoas, ora de modo dissimulado, ora descaradamente, de tal modo que bases sociais como família, religião, são tratadas como meros conceitos que podem ser mudados com o tempo e receberem uma nova roupagem a “gosto do freguês”, e o pior, a cada dia que se passa essa nova visão de “família”, religião e etc., tem se tornado natural, não gera mais estranheza, isso é grave.

            Em continuidade, o subjetivismo reafirma a autonomia e imposição do ser racional como delimitador e fonte de suas próprias verdades; o subjetivismo decreta a morte de verdades objetivas e instaura, com o relativismo, o nascimento de um homem que se apresenta esplendoroso, magnífico, como um belo edifício, mas construído sobre areia movediça.

            O subjetivismo relegou o homem à sua própria sorte, e por mais que isso aparente ser bom, mesmo que se mostre com uma fachada de independência e liberdade, sem um norte – verdade, ética, moral – o homem está condenado a ser um andarilho errante que não sabe de onde vem nem para onde vai; que olha para o passado e o vê como o acaso dos dias vividos, e olha para o futuro sem nada enxergar, não tem esperança no alvorecer de um novo tempo. Para que ele vai ter esperança? Por que vai se alegrar com as glórias do passado? Nada de concreto motiva o homem, ele não tem razões pelas quais lutar, sonhar, só lhe resta ele mesmo e suas “pseudos verdades” subjetivas.

            À fachada do relativismo e do subjetivismo está, como supradito, uma suposta independência e liberdade em relação a tudo, entretanto, está mais que comprovado, máxime atualmente, que o homem foi fadado ao individualismo. O que importa não é mais o coletivo, a sociedade, mas o indivíduo. O homem não é mais um “animal político”, como afirmara Aristóteles, ele é um ser isolado, apático ao grupo social; ele não se enxerga mais com os seus semelhantes, tornou-se um “bestia sui generis” (o animal singularizado, particularizado, único em seu gênero) dentro da própria espécie racional.

            A sociedade deveria ser o lugar da fraternidade, da completude, da mútua ajuda, só existe sociedade porque o homem necessita dos demais, ele não sabe tudo, não faz tudo, então, o que falta em um o outro completa; essa é a natureza e a gêneses da sociedade. Com o individualismo houve a crescente disseminação de uma “solidão solitária”, ou seja, uma solidão que não provoca encontro com ninguém, nem consigo mesmo. Daí a depressão ter sido considerada a doença do século, as pessoas se sentem vazias, não encontram mais motivações para suas vidas, adentraram numa profunda perda de compaixão umas pelas outras, os afetos e a sexualidade caíram no descaso e tornaram-se coisas utilizadas unicamente para prazer próprio, individual.

            Concluindo, é triste constatar que estamos vivenciando uma involução social; mesmo diante de tantas descobertas científicas, de tanta tecnologia, de tantas facilidades para o desenvolvimento e crescimento da sociedade, constatamos na prática das grandes metrópoles, e se difunde às demais cidades interioranas, que a cada dia que se passa o homem se torna menos humano, no sentido da perda de convicções, motivações, certezas e esperanças, o que gera o gritante egoísmo, as desigualdades, o isolamento, a falta de fé.

 

sábado, 11 de abril de 2015

A SEMANA SANTA DE 2015 EM MATA GRANDE - Germano






























A SEMANA SANTA DE 2015 EM MATA GRANDE – Germano
 

Dia da mentira, primeiro de abril, às 15h30min eu e Icléa saímos de Maceió em direção à Mata Grande, com a finalidade de participarmos das orações da Semana Santa.  A viagem foi tranquila, jantamos em Santana do Ipanema e por volta das nove horas chegamos à nossa casa.
Na quinta feira pela manhã me desloquei  a  uma rua do Colosso onde nos concentramos aguardando a chegada do nosso Coordenador Giovanni. Iniciamos a Via Sacra em direção a Serra da Onça com a participação de  setenta e duas pessoas  entre crianças e adultos com idades de cinco a setenta e oito anos. Tudo corria tranquilamente quando foi avistado um cidadão que escorregou e quase cai no precipício. Homens corajosos que participavam da Via Sacra fizeram  duas correntes, um segurando na perna do outro até que alcançaram o cidadão que estava preso em uns arbustos e o trouxeram são e salvo para o pé  da grande pedra.
Ao concluirmos a Via Sacra, fotografamos  algumas barracas armadas  para a venda de vinhos, água mineral , doces e outras guloseimas.
Na Sexta  Feira Santa nos concentramos em frente a casa paroquial de onde saímos com a via sacra em direção ao Monte Santo. Este ano somente umas trinta e poucas pessoas participaram. Ao chegarmos ao majestoso cruzeiro, rezamos o terço que já se tornou uma tradição. À tarde participamos das cerimônias religiosas e a procissão do Senhor Morto.
No sábado à noite houve a tradicional malhação do Judas, onde os motociclistas desfilaram pelas ruas da cidade com suas buzinas estridentes e depois, mais cerimônias religiosas e a procissão da ressurreição onde o hino  ALEGRAI-VOS OH! MARIA foi cantado com muito entusiasmo.
No domingo assistimos à missa e  partimos para visitar alguns amigos.