Vista parcial da cidade, vendo-se ao fundo o Santuário.
Crédito de Nilma Villar.
Sítio Almeida, na Zona Rural.
Foto do Sitio Almeida sem chuvas.
Nasci e me criei em Mata Grande,
sabendo que o inverno, para nós, significa tempo de chuva, muito frio e
intensa neblina. Seu início normalmente era no mês de maio e terminava em dias
do mês de agosto. No ano de 1966 em pleno mês de maio choveu 935 milímetros e
passamos 16 dias e 16 noites sem ter direito a ver a luz do sol. O plantio de
milho, feijão, algodão era intenso, principalmente o feijão, onde vários comerciantes exportavam o produto para outros estados.
Passados alguns anos, o
inverno foi retardando para o mês de junho ou julho e terminava em dias de
agosto, impedindo o plantio das lavouras.
Hoje, para minha surpresa vi
na televisão que o inverno para algumas regiões, principalmente sudeste e centro
oeste , inverno é tempo de secas, com incêndios, cujas queimadas causam grandes
prejuízos. Até uma bituca de cigarro que os motoristas incautos jogam pelas
janelas dos carros causam grandes incêndios.
Ora, nos últimos anos os
invernos matagrandenses tem diminuído bastante, tivemos recentemente uma seca
de mais de seis anos. Não obstante as terras permanecerem verdes na zona
serrana do município a zona da caatinga sofre e muito com a escassez de chuvas.
O que preocupa são as mudanças
climáticas, estamos em pleno inverno, não existem as chuvas que proporcionem a
aração da terra. Provavelmente teremos mais uma seca verde e quiçá, no porvir, não
vamos ter o desprazer de ser também alvos de grandes incêndios em plena época
invernosa.
A movimentação por carros
pipas já é uma preocupação governamental. Sinal que o El Nino volta a rondar o
nordeste brasileiro. Agora, como se explica tantas chuvas no litoral a partir
do Estado da Paraíba. Realmente, teremos que nos adaptar a novas mudanças
climáticas em nossa região.
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