– ALOYSIO VIANNA MARTINS -
Nasceu em Mata Grande no dia 22.10.1917 e faleceu em 16.03.2004.Seus pais eram Manoel Alves Martins e Adília Vianna Martins, que geraram também Etelinda Vianna Martins.Seu Manoelzinho nasceu no sítio Espanha, mudou-se para a cidade onde permaneceu até 1963. Adília era de Ilha das Flores-Pe.,e faleceu com 28 anos de idade, vítima da gripe espanhola.
O pequeno Aloysio com aproximadamente quatro anos de idade, chorou muito.Houve o segundo matrimônio, após alguns anos, Etelinda foi morar com a avó paterna e o menino continuou onde estava.
A sua primeira escola foi em casa, pois a segunda esposa do seu pai Dona Lyzete Lisboa Martins era profesora e lecionava na própria residência.
Aos onze anos de idade,o seu padrinho de batismo, Monsenhor Francisco Xavier de Macedo, então pároco de Palmeira dos Indios, confirmou o trato que fizera com o "compadre Manoelzinho" e o recebeu em sua casa. Lá o Aloysio fez até a 4a. série, tendo sido aprovado em todas as matérias com boas notas.Estava com 13 anos de idade.
Quando chegou ao Seminário de Maceió foi novamente aprovado.A vida era dura, de modo que, de sofrimento ele entendia muito bem. Muitos seminaristas contemporâneos desistiram e somente ele e mais quatro colegas chegaram a se ordenar.
Na catedral Metropolitada de Maceió,no dia 16.11.1941 tornaram-se présbíteros cinco jovens com idade média de 24 anos cada.Todos eles preparados no Seminário Diocesano D. Antonio Brandão.
A primeira missa neo-sacerdotal foi realizada em Mata Grande no dia 14.12.1941. Foi um acontecimento de grande significação. O coral do seminário de Maceió, compareceu para cantar e o Padre Manoel Firmino Pinheiro, veio da Paraíba trazendo também o coral da sua Paróquia, o que gerou uma polêmica.
Então o jovem Padre combinou com os seminaristas para que o coral paraibano cantasse e, eles cantariam o TE DEUM LAUDEMUS após a missa, e assim foi feito.Foi uma grande festa, complementada pelas formaturas de suas irmãs Maria Cleone e Etelinda, que também cursaram na Capital Alagoana.
No primeiro semestre de 1942, o Pe. Aloysio foi designado para assumir a Paróquia de Piaçabuçu (Al). A recepção foi solene.As autoridades e o povo em geral fizeram o que há de melhor para acolher o novo pároco e a sua comitiva,composta de vários familiares e uma celibatária de meia-idade, que seria a encarregada de providenciar a alimentação, cuidar da casa e vestuários. O nome dela era Maria José Vieira, cuja alcunha era MASÉ. Trabalhava na casa de D. Maria Judite, como doméstica, a cedeu porque tinha duas ajudantes. Recomendou, entretanto, que ela iria emprestada. Neste momento a Masé retrucou dizendo que não saia como farinha. Masé permaneceu com o Padre na casa paroquial de Mata Gande até o seu fim terreno em 23 de fevereiro na década de 1970. D.Judite nunca reclamou o seu regresso.
O povo da cidade no início, vendo àquele padre bem jovem e magro perguntava " e este menino vai dar conta da paróquia?" Ele deu conta sim, deixando-os satisfeitos. A malária, entretanto, o atingiu, enfraquecendo-o. O sr. Bispo vendo a situação, providenciou a sua transferência.
A 2a. Paróquia foi Sertãozinho, hoje, Major Izidoro. Lá também foi muito querido. Estava bem de saúde, cuidando dos afazeres paroquiais, quando teve uma surprêsa. D. Fernando Gomes, Bispo Diocesano, falou-lhe que Mata Grande estava vacante e seria bom que ele assumisse a paróquia. Pegado de surpresa respondeu que "nenhum profeta é bem recebido em sua terra", e que estava gostando de Sertãozinho. O Sr. Bispo não insistiu, mas o padre ficou pensativo e terminou aceitando.
Chegou em Mata Grande sua terra natal, sua terceira e última paróquia em agosto de 1947, onde permaneceu até a aposentadoria e posteriormente, passagem para a eternidade. Foi um dedicado servo a serviço da causa que abraçou.
Como Pároco em Mata Grande manteve as tradições que ainda hoje nos trazem gratas recordações como a missa em latim, a procissão de primeiro de janeiro, a da aleluia,onde todos cantavam em plena madrugada o "Glorioso... Ressusita... Jesus Nosso Redentor"... afora outras.Existiam pessoas que trabalhavam em sua casa com denominações que não esquecemos como Maria do Céu, Maria das Neves , Mazé etc.
A minha irmã Valderez Mendonça Bezerra, nasceu em 10.08.47 e o Padre Aloysio foi quem a batizou e foi também o seu padrinho. Foi também professor de Latim, quando estudei no Ginásio Felix Moreno, sempre evitou a política partidária fazendo com que todos frequentassem a Igreja.
Dados levantados pela estudante Liedja.
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