segunda-feira, 2 de outubro de 2017

MATA GRANDE RURALISTA - Germano







A nossa cidade é essencialmente dependente da economia rural e nada mais justo que se criar um tópico específico para àqueles que fazem parte direta ou indiretamente das coisas do sítio. Aqui vamos tentar divulgar atos e fatos da zona rural do município, suas dificuldades e necessidades,  expressando as nossas alegrias, decepções, esperanças e reivindicações, quem sabe, assim, poderemos chegar aos poderes constituídos, já que os nossos representantes não se dignam, nem ao menos, procurar saber se estamos bem, na verdadeira acepção da palavra.

Senão vejamos:



                                                   Crédito de Zezinho de Laura.

 - ENGENHOS DE RAPADURA: Em  1970 - Existiam 38 (trinta e oito) engenhos funcionando normalmente.
Em 1992 -  quando  voltei para Mata Grande a trabalho, foi efetuado um novo levantamento e existiam 18(dezoito) engenhos, alguns funcionando normalmente e um deles fabricava também um boa  cachaça.
No ano 2007 – Existiam apenas 08 (oito) engenhos funcionando precariamente.
Em 2017 – somente   três engenhos funcionam e um precariamente. 

TENDÊNCIA - Mata Grande passa a ser a cidade do "já teve engenho" como tantas outras indústrias que "já teve".

OBSERVAÇÕES - A rapadura e o mel dos nossos engenhos têm sabor inigualável, se comparados com as produzidas no Ceará e Pernambuco. No Sítio Almeida, onde resido, existiam 08 engenhos, alcancei 04 (quatro) funcionando e hoje existe apenas um que funciona às quintas-feiras e precariamente, utilizando até açúcar, para produzir seus produtos.

SUGESTÃO - Que o Prefeito ou algum dos onze vereadores, convoquem uma reunião com os atuais senhores de engenhos e representantes das casas bancárias oficiais, com a finalidade  de saber quais são as suas reais necessidades e supri-las; visualizando que, um engenho funcionando, proporciona empregos diretos a mais ou menos 10 (dez) chefes de família, afora os indiretos e trabalhadores braçais que são utilizados para o plantio e tratos culturais da cana de açúcar. Isto tem um retorno econômico de grande valia para o município.






CURRAIS DE GADO QUE PRODUZEM LEITE: Nestes são empregados diretamente pelo menos duas pessoas e movimentam a pecuária da região,   no entanto, os produtores rurais vivem à revelia com pouca assistência técnica dos poderes constituídos.

O Estado de Alagoas chegou a extinguir à EMATER, passando os produtores a ter dificuldades até na comercialização dos produtos. Posteriormente, criaram a ADEAL que aumentou a carga tributária dos fazendeiros, todavia, conseguiu livrar o  Estado da febre aftosa. Os poderes constituídos não  dispensam a devida atenção a pecuária leiteira, um  segmento que gera a melhor e mais eficiente renda familiar atualmente. É constrangedor o produtor rural entregar um litro de leite por R$ 0,75 e quando chega a Capital comprar um litro de leite na padaria por R$ 4,20.

MATA GRANDE  já foi um dos maiores produtores de feijão, milho e algodão do alto sertão alagoano, afora, frutas e verduras, que exportava para as cidades circunvizinhas. Hoje é um típico importador desses produtos. É bem verdade que as secas que assolam toda a região tem dificultado a produção, todavia, o incentivo a plantação de árvores frutíferas principalmente na região serrana,  torna-se necessária para que as futuras gerações possam dispor desses produtos de inigualável sabor.

SUGESTÃO: A implantação de um canteiro de produção de mudas de frutas para a venda ou mesmo distribuição gratuita aos sitiantes com a finalidade de incentivar a produção no porvir.





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