A nossa cidade é
essencialmente dependente da economia rural e nada mais justo que se criar um
tópico específico para àqueles que fazem parte direta ou indiretamente das coisas
do sítio. Aqui vamos tentar divulgar atos e fatos da zona rural do município,
suas dificuldades e necessidades,
expressando as nossas alegrias, decepções, esperanças e reivindicações,
quem sabe, assim, poderemos chegar aos poderes constituídos, já que os nossos
representantes não se dignam, nem ao menos, procurar saber se estamos bem, na
verdadeira acepção da palavra.
- ENGENHOS DE RAPADURA:
Em 1970 - Existiam 38 (trinta e oito) engenhos funcionando normalmente.
Em 1992 - quando
voltei para Mata Grande a trabalho, foi efetuado um novo levantamento e
existiam 18(dezoito) engenhos, alguns funcionando normalmente e um deles
fabricava também um boa cachaça.
No ano 2007 – Existiam apenas
08 (oito) engenhos funcionando precariamente.
Em 2017 – somente três engenhos funcionam e um precariamente.
TENDÊNCIA - Mata Grande passa
a ser a cidade do "já teve engenho" como tantas outras indústrias que
"já teve".
OBSERVAÇÕES - A rapadura e o
mel dos nossos engenhos têm sabor inigualável, se comparados com as produzidas
no Ceará e Pernambuco. No Sítio Almeida, onde resido, existiam 08 engenhos,
alcancei 04 (quatro) funcionando e hoje existe apenas um que funciona às
quintas-feiras e precariamente, utilizando até açúcar, para produzir seus
produtos.
SUGESTÃO - Que o Prefeito ou
algum dos onze vereadores, convoquem uma reunião com os atuais senhores de
engenhos e representantes das casas bancárias oficiais, com a finalidade
de saber quais são as suas reais necessidades e supri-las; visualizando
que, um engenho funcionando, proporciona empregos diretos a mais ou menos 10
(dez) chefes de família, afora os indiretos e trabalhadores braçais que são
utilizados para o plantio e tratos culturais da cana de açúcar. Isto tem um
retorno econômico de grande valia para o município.
CURRAIS DE GADO QUE PRODUZEM
LEITE: Nestes são empregados diretamente pelo menos duas pessoas e movimentam a
pecuária da região, no entanto, os produtores rurais vivem à
revelia com pouca assistência técnica dos poderes constituídos.
O Estado de
Alagoas chegou a extinguir à EMATER, passando os produtores a ter dificuldades
até na comercialização dos produtos. Posteriormente, criaram a ADEAL que
aumentou a carga tributária dos fazendeiros, todavia, conseguiu livrar o
Estado da febre aftosa. Os poderes constituídos não dispensam a devida
atenção a pecuária leiteira, um segmento que gera a melhor e mais
eficiente renda familiar atualmente. É constrangedor o produtor rural entregar
um litro de leite por R$ 0,75 e quando chega a Capital comprar um litro de
leite na padaria por R$ 4,20.
MATA GRANDE já foi um
dos maiores produtores de feijão, milho e algodão do alto sertão alagoano,
afora, frutas e verduras, que exportava para as cidades circunvizinhas. Hoje é
um típico importador desses produtos. É bem verdade que as secas que assolam
toda a região tem dificultado a produção, todavia, o incentivo a plantação
de árvores frutíferas principalmente na região serrana, torna-se
necessária para que as futuras gerações possam dispor desses produtos de
inigualável sabor.
SUGESTÃO: A implantação de um
canteiro de produção de mudas de frutas para a venda ou mesmo distribuição
gratuita aos sitiantes com a finalidade de incentivar a produção no porvir.
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