DELMIRO GOUVEIA – Germano
No dia dez deste mês fez um século da morte do
grande empresário e desbravador do sertão alagoano, o legendário Delmiro
Augusto da Cruz Gouveia, nascido em
Sobral, Estado do Ceará. Delmiro
mudou-se para Recife e negociava com peles de animais e posteriormente,
convidado pelo conterrâneo Euclides Malta, então Governador do Estado de
Alagoas, mudou-se para o sertão, onde fundou a fábrica de tecidos , cujo local
chamado primeiro de Pedra, posteriormente,
passou a cidade e hoje leva o seu
nome.
Conheci Pedra e a fábrica nos
idos dos anos cinquenta. Lembro que já tinha água encanada na casa do Tio
Miduca (José Barbosa de Mendonça). O interessante é que colocava-se uma
mangueira em uma torneira e com a boca puxávamos um pouco de água que aos
poucos começava a correr para uma grande bacia de alumínio, daí,
abastecíamos as várias vasilhas e um
tanque. Era água inatura do Rio São Francisco, coisa inédita naquela época.
Lembro que o apito da fábrica, que iniciou suas atividades em janeiro de 1913, marcava o horário em que um contingente de funcionários adentravam e saiam para a mudança de
turma bem como, das moradas da vila, construídas para abrigar alguns funcionários.
A minha mãe dizia que um dia um automóvel chegou a Mata Grande e foi uma grande festa. Era o carro do industrial que passeava pelas ruas da cidade causando grande admiração. Era o primeiro a aparecer pela cidade. Delmiro construiu uma estrada que passava por Mata Grande e seguia para Santana do Ipanema até Palmeira dos Índios. Foi também o homem que primeiro plantou palma forrageira nos sertões alagoanos. Era portando um empreendedor de grande monta em vários segmentos administrativos.
A minha mãe dizia que um dia um automóvel chegou a Mata Grande e foi uma grande festa. Era o carro do industrial que passeava pelas ruas da cidade causando grande admiração. Era o primeiro a aparecer pela cidade. Delmiro construiu uma estrada que passava por Mata Grande e seguia para Santana do Ipanema até Palmeira dos Índios. Foi também o homem que primeiro plantou palma forrageira nos sertões alagoanos. Era portando um empreendedor de grande monta em vários segmentos administrativos.
Todavia, devido a toda esta capacidade, passou a ser alvo da
concorrência desleal e quando lia jornais foi assassinado por três
sicários que foram devidamente presos e condenados, assim conta a
história até então conhecida.
Para a minha surpresa, soube agora que os homens condenados
eram inocentes e que foram injustamente acusados pela Polícia Militar Alagoana que pela repercussão
do crime, que tomou as manchetes internacionais tinha que conseguir culpados e
os achou, a custa de muita tortura. Um
dos verdadeiros culpados, José Gomes de Sá, na hora da morte, perante
autoridades, confessou a
responsabilidade do crime. Agiu juntamente com José Rodrigues um grande fazendeiro
do município de Piranhas, do Estado de Alagoas.
Mudar a data de funcionamento da fábrica. Creio que queria dizer 1913 e não 2013.
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