Nos idos meses do ano 1924
foram encerradas as atividades do cemitério velho e no bairro do Mandacaru foi
inaugurado o novo cemitério de Mata Grande, bastante fora da cidade naquela
época. A origem do nome nunca soube, todavia, havia muitos pés de mandacaru na
região.
A Rua Nova (Atual 5 de Julho)
terminava na subida da rua que ia para a Fonte de Cima, tinha, no entanto,
algumas casas próxima do local chamado “Baixinha” onde hoje fica a casa de João
de Aurora.
A fonte da Baixinha ainda continua fornecendo água para os
habitantes da região. Mais adiante, tinha o armazém de Zé Paulo, grande
comerciante de cereais radicado em Santa Cruz do Deserto, local onde aos
domingos sempre havia um sanfoneiro tocando forrós para alegria de todos
que dançavam.
Existia também, uma grande mercearia pertencente ao primo MANOEL
ALVES BEZERRA (Conhecido como Manoel Tributino), hoje nome de uma rua e logo abaixo morava Manoel
Pistola, este dono da “onda” que animava as festas natalinas da cidade e depois,
Luiz de Helena, Antonio Quebra Queixo,
além de outras pessoas que no momento não
recordo.
Ao término das casas tinha uma
grande ladeira que dava em um riacho chamado “LAVA PÉ”, cuja origem
do nome deveu-se ao povo que vinha para a feira, principalmente as
mulheres que, normalmente, vinham com os calçados na mão, lavavam os pés e
adentravam na cidade. O local também era “mal-assombrado” devido a uma
cruz de beira de estrada que foi fincada pelo falecimento de alguém.
Hoje,
existe uma ponte que dá acesso a cidade.
É também o entroncamento das rodovias asfaltadas que seguem para Inhapi e Água
Branca, via Santa Cruz do Deserto. No local , o Pe. Sizo construiu uma grande estátua de Santa Terezinha do
Menino Jesus, abençoando os que visitam a cidade.
Nos idos de 1959 a cidade por
esforço pessoal do grande prefeito Gentil Albuquerque Malta, foi contemplada
com energia da CHESF e o Bairro foi escolhido para a
implantação da estação abaixadora, o que gerou empregos federais diretos e construção de
várias residências, ensejando o seu desenvolvimento. Lembro que na parte de
cima havia também algumas residências, inclusive a do Cego Vicente, um dos
maiores pedintes da época. Logo depois a casa de Quinca Pistola e um engenho pertencente aos
familiares de David Gomes de Sá. Na época, a região era considerada como zona rural,
hoje zona urbana, tendo em vista que, chácaras, posto de combustível,
restaurante e várias residências já ultrapassam as fronteiras da antiga propriedade.
Há alguns anos o Prefeito
Hélio Brandão inaugurou um santuário dedicado a Virgem dos Pobres, local
muito frequentado e de onde sai a procissão em direção a Fazenda Boa Sombra,
promovida pelo meu estimado Compadre e amigo Francisco Barbosa da Silva
(Chiquinho Barbosa) tio da minha esposa, que anualmente, no dia 12 de outubro
manda celebrar uma missa para pagar uma promessa por uma graça alcançada.
O bairro hoje conta com casas
de dois e três pisos, restaurante, mercadinhos e não existem mais terrenos
baldios, o bairro hoje está bastante desenvolvido.
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