Nasceu em Mata Grande, no
Sítio Gato do Rosário no dia 08/01/1922, filho de João Barbosa da Silva e Júlia
Vieira Lucas. Iniciou sua carreira como agricultor, sendo leiteiro e depois
vendedor de tecidos na loja de Pedro Ferreira Vilar (Seu Vida), após casar,
passou a ser sócio e depois dono da loja de Santa Cruz do Deserto, ingressando
posteriormente no ramo de cereais e político.
O seu pai, JOÃO BARBOSA DA
SILVA , nasceu no dia 20.04.1892 em Brejão – Bom Conselho – PE., era filho de
Francisco Barbosa da Silva e Maria Felismina, sendo João Barbosa, descendente
de uma família que veio da Alemanha e se radicalizou em Pernambuco. João
Barbosa chegou em Mata Grande por volta de 1910 e casou com Júlia Vieira Lucas,
nascida em 16.01.1899, ela, filha de Manoel Lucas do Nascimento e Perciliana
Vieira Brandão.
Tiveram nove filhos (José,
Maria, ANTONIO, Natalício, Otacílio (meu sogro, grande fazendeiro , comerciante
que, também, foi vereador), Luzinete, Pedro, Manoel e Francisco Barbosa da
Silva, formando daí a grande família BARBOSA de Mata Grande, cujos
descendentes, incluindo, netos, bisnetos, tetranetos, genros, noras e outros
agregados ultrapassam e casa das quinhentas pessoas que hoje se dividem entre
Maceió , São Paulo, Recife, Belo Horizonte e outras localidades.
Voltando a Antonio Barbosa da
Silva, casou com Rosalva Vieira Brandão
(Dalva Brandão) constituindo uma família de treze filhos ( João Airton, José
Adauto, José Ivaldo, Ivone, Maria de Lourdes, Ivan, Francisco, Aparecida,
Antonio Roberto, Adeilton, Fátima, Mariza e Gláucio.
Antonio Barbosa foi um dos
maiores fazendeiros do município, comprou a fazenda Curral de Fora, por
recomendação de Seu Vida, trazendo na época um belo exemplar de touro da raça
nelore. Foi também, grande comerciante, tendo a sua base no distrito de Santa
Cruz do Deserto, onde, desde 1954 passou a ser autoridade, quer como subdelegado
distrital, quer como vereador, onde se elegeu por diversas vezes; foi candidato a vice-prefeito do então candidato
Luiz Celso Malta Brandão e, por volta de 1969 foi eleito prefeito de Mata
Grande, apoiado pelo oposicionista Cristiniano Fortes Nunes onde governou de
1970 a 1973 , contra a oligarquia da família Malta. Era um homem destemido,
porém, pacato e respeitador, não registrando fatos que desabonassem a sua
conduta de cidadão.
Um dos seus maiores feitos,
foi iniciar a educação dos filhos em Campina Grande e Maceió, onde alguns
conseguiram o diploma de nível superior (Maria de Lourdes, Francisco, Roberto e
Aparecida). Construiu, quando prefeito, o primeiro matadouro público de Mata
Grande, abriu novas ruas na cidade , afora, algumas escolas municipais.
Tinha uma grande capacidade de
liderança e junto com o pai mantinham a família sempre unida, defendiam sempre
o interesse coletivo. Às quintas-feiras da Semana Santa tradicionalmente
realizava um almoço no Sítio Gato do Rosário, onde morava João Barbosa. Com a
presença de todos da família e uma enorme quantidade de convidados, após o
almoço, as questiúnculas familiares eram sanadas e todas as mágoas, perdoadas e
esquecidas.
João Barbosa e Júlia, Antonio
Barbosa e Dalva, faleceram em Maceió, porém os sepultamentos ocorreram em Mata
Grande, após o que, as inimizades entre os membros da família não foram
devidamente sanadas, ocorrendo um fato político inusitado. A família Barbosa
que chegou a ter cinco candidatos a vereador em uma mesma eleição e conseguiu
eleger três, hoje se encontra sem nenhum representante na Câmara.
Antonio Barbosa. Um dos sete homens de seu João Barbosa.
ResponderExcluirDestemido e muito cordial com todos.
Notabilizou-se não só por ter gerido o Município de Mata Grande e ter saído sem ranhuras como Prefeito.Dono de uma prole com tantos filhos aquinhoados com a dom musical,salientaram-se Ivone, José Adauto, Beto Barbosa.
Não havia diferença entre a Administração pública e o entra-e-sai de sua residência na rua da Cruz. A todos acolhia,seja na extensa mesa de refeições seja no exercicio do bem público. A mesma face, as mesmas roupas e o eterno chapéu protegendo-o das chispas de um ou outro descontente.
Conhecia seus limites e via nos louros dos filhos se formando a compensação de realizações familiares. Vi poucas vezes Dona Dalva num gerenciamento de casa, negócios e secretária de tantos carentes que a sua porta batiam. João (o da intimidade conhecido carinhosamente como João Tostão), não mais anda baleando rolinhas pelos sitios da redondeza. Adauto e Ivone silenciaram as serestas de Mata Grande.