sexta-feira, 22 de setembro de 2017

ANTONIO BARBOSA DA SILVA - Germano


Nasceu em Mata Grande, no Sítio Gato do Rosário no dia 08/01/1922, filho de João Barbosa da Silva e Júlia Vieira Lucas. Iniciou sua carreira como agricultor, sendo leiteiro e depois vendedor de tecidos na loja de Pedro Ferreira Vilar (Seu Vida), após casar, passou a ser sócio e depois dono da loja de Santa Cruz do Deserto, ingressando posteriormente no ramo de cereais e político.

O seu pai, JOÃO BARBOSA DA SILVA , nasceu no dia 20.04.1892 em Brejão – Bom Conselho – PE., era filho de Francisco Barbosa da Silva e Maria Felismina, sendo João Barbosa, descendente de uma família que veio da Alemanha e se radicalizou em Pernambuco. João Barbosa chegou em Mata Grande por volta de 1910 e casou com Júlia Vieira Lucas, nascida em 16.01.1899, ela, filha de Manoel Lucas do Nascimento e Perciliana Vieira Brandão.

Tiveram nove filhos (José, Maria, ANTONIO, Natalício, Otacílio (meu sogro, grande fazendeiro , comerciante que, também, foi vereador), Luzinete, Pedro, Manoel e Francisco Barbosa da Silva, formando daí a grande família BARBOSA de Mata Grande, cujos descendentes, incluindo, netos, bisnetos, tetranetos, genros, noras e outros agregados ultrapassam e casa das quinhentas pessoas que hoje se dividem entre Maceió , São Paulo, Recife, Belo Horizonte e outras localidades.

Voltando a Antonio Barbosa da Silva, casou  com Rosalva Vieira Brandão (Dalva Brandão) constituindo uma família de treze filhos ( João Airton, José Adauto, José Ivaldo, Ivone, Maria de Lourdes, Ivan, Francisco, Aparecida, Antonio Roberto, Adeilton, Fátima, Mariza  e Gláucio.

Antonio Barbosa foi um dos maiores fazendeiros do município, comprou a fazenda Curral de Fora, por recomendação de Seu Vida, trazendo na época um belo exemplar de touro da raça nelore. Foi também, grande comerciante, tendo a sua base no distrito de Santa Cruz do Deserto, onde, desde 1954 passou a ser autoridade, quer como subdelegado distrital, quer como vereador, onde se elegeu por diversas vezes; foi  candidato a vice-prefeito do então candidato Luiz Celso Malta Brandão e, por volta de 1969 foi eleito prefeito de Mata Grande, apoiado pelo oposicionista Cristiniano Fortes Nunes onde governou de 1970 a 1973 , contra a oligarquia da família Malta. Era um homem destemido, porém, pacato e respeitador, não registrando fatos que desabonassem a sua conduta de cidadão.

Um dos seus maiores feitos, foi iniciar a educação dos filhos em Campina Grande e Maceió, onde alguns conseguiram o diploma de nível superior (Maria de Lourdes, Francisco, Roberto e Aparecida). Construiu, quando prefeito, o primeiro matadouro público de Mata Grande, abriu novas ruas na cidade , afora, algumas escolas municipais.

Tinha uma grande capacidade de liderança e junto com o pai mantinham a família sempre unida, defendiam sempre o interesse coletivo. Às quintas-feiras da Semana Santa tradicionalmente realizava um almoço no Sítio Gato do Rosário, onde morava João Barbosa. Com a presença de todos da família e uma enorme quantidade de convidados, após o almoço, as questiúnculas familiares eram sanadas e todas as mágoas, perdoadas e esquecidas.

João Barbosa e Júlia, Antonio Barbosa e Dalva, faleceram em Maceió, porém os sepultamentos ocorreram em Mata Grande, após o que, as inimizades entre os membros da família não foram devidamente sanadas, ocorrendo um fato político inusitado. A família Barbosa que chegou a ter cinco candidatos a vereador em uma mesma eleição e conseguiu eleger três, hoje se encontra sem nenhum representante na Câmara.










Um comentário:

  1. Antonio Barbosa. Um dos sete homens de seu João Barbosa.
    Destemido e muito cordial com todos.
    Notabilizou-se não só por ter gerido o Município de Mata Grande e ter saído sem ranhuras como Prefeito.Dono de uma prole com tantos filhos aquinhoados com a dom musical,salientaram-se Ivone, José Adauto, Beto Barbosa.

    Não havia diferença entre a Administração pública e o entra-e-sai de sua residência na rua da Cruz. A todos acolhia,seja na extensa mesa de refeições seja no exercicio do bem público. A mesma face, as mesmas roupas e o eterno chapéu protegendo-o das chispas de um ou outro descontente.

    Conhecia seus limites e via nos louros dos filhos se formando a compensação de realizações familiares. Vi poucas vezes Dona Dalva num gerenciamento de casa, negócios e secretária de tantos carentes que a sua porta batiam. João (o da intimidade conhecido carinhosamente como João Tostão), não mais anda baleando rolinhas pelos sitios da redondeza. Adauto e Ivone silenciaram as serestas de Mata Grande.

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