ALOYSIO VIANNA MARTINS nasceu
em Mata Grande no dia 22.10.1917.Seus pais eram Manoel Alves Martins e Adília
Vianna Martins, que geraram também Etelinda Vianna Martins. Seu Manoelzinho
nasceu no sítio Espanha, mudou-se para a cidade onde permaneceu até 1963.
Adília era de Ilha das Flores-Pe.,e faleceu com 28 anos de idade, vítima da
gripe espanhola. O pequeno Aloysio com aproximadamente quatro anos de idade,
chorou muito.
Houve o segundo matrimônio,
após alguns anos, Etelinda foi morar com a avó paterna e o menino continuou
onde estava.
A sua primeira escola foi em
casa, pois a nova esposa do seu pai Dona
Lyzete Lisboa Martins era professora e lecionava na própria residência.
Aos onze anos de idade, o seu
padrinho de batismo, Monsenhor Francisco Xavier de Macedo, então pároco de
Palmeira dos Índios, confirmou o trato que fizera com o "Compadre
Manoelzinho" e o recebeu em sua casa. Lá o Aloysio fez até a 4a. série,
tendo sido aprovado em todas as matérias com boas notas. Estava com 13 anos de idade.
Quando chegou ao Seminário de
Maceió foi novamente aprovado. A vida era dura, de modo que, de sofrimento ele
entendia muito bem. Muitos seminaristas contemporâneos desistiram e somente ele
e mais quatro colegas chegaram a se ordenar.
Na catedral Metropolitana de
Maceió, no dia 16.11.1941 tornaram-se presbíteros cinco jovens com idade média
de 24 anos cada.
Todos eles preparados no
Seminário Diocesano D. Antônio Brandão. A primeira missa do neo sacerdote foi realizada em Mata Grande
no dia 14.12.1941. Foi um acontecimento de grande significação. O coral do
seminário de Maceió compareceu para cantar e o Padre Manoel Firmino Pinheiro,
veio da Paraíba trazendo também o coral da sua Paróquia, o que gerou uma
polêmica. Então o jovem Padre combinou com os seminaristas para que o coral
paraibano cantasse e, eles cantariam o TE DEUM LAUDEMUS após a missa, e assim
foi feito. Foi uma grande festa, complementada pelas formaturas de suas irmãs
Maria Cleone e Etelinda, que também cursaram na Capital Alagoana.
No primeiro semestre de 1942,
o Pe. Aloysio foi designado para assumir a Paróquia de Piaçabuçu (Al). A
recepção foi solene. As autoridades e o povo em geral fizeram o que há de
melhor para acolher o novo pároco e a sua comitiva, composta de vários
familiares e uma celibatária de meia-idade, que seria a encarregada de
providenciar a alimentação, cuidar da casa e vestuários. O nome dela era Maria
José Vieira, cuja alcunha era MAZÉ. Trabalhava na casa de D. Maria Judite, como
doméstica, que a cedeu porque
tinha duas ajudantes. Recomendou, entretanto, que ela iria emprestada. Neste
momento a Mazé retrucou dizendo que não saia como farinha.
Mazé permaneceu com o Padre até na
casa paroquial de Mata Grande quando chegou o seu fim terreno em 23 de fevereiro na
década de 1970. D.Judite nunca reclamou o seu regresso.
O povo da cidade no início,
vendo àquele padre bem jovem e magro perguntava " e este menino vai dar
conta da paróquia?" Ele deu conta sim, deixando-os satisfeitos. A malária,
entretanto, o atingiu, enfraquecendo-o. O sr. Bispo vendo a situação, providenciou
a sua transferência.
A 2a. Paróquia foi
Sertãozinho, hoje, Major Isidoro. Lá também foi muito querido. Estava bem de
saúde, cuidando dos afazeres paroquiais, quando teve uma surpresa. D. Fernando
Gomes, Bispo Diocesano, falou-lhe que Mata Grande estava vacante e seria bom
que ele assumisse a paróquia.
Pegado de surpresa respondeu
que "nenhum profeta é bem recebido em sua terra", e que estava
gostando de Sertãozinho. O Sr. Bispo não insistiu, mas o padre ficou pensativo
e terminou aceitando.
Chegou em Mata Grande sua
terra natal, sua terceira e última paróquia em agosto de 1947, onde permaneceu
até a aposentadoria e posteriormente, passagem para a eternidade.
A minha irmã Valderez Mendonça
Bezerra, nasceu em 10.08.47 e o Padre Aloysio foi quem a batizou e foi também o
seu padrinho. Quando casei em 1967 foi ele o celebrante. Posteriormente, batizou também, algumas de minhas netas na Capela
do Almeida.
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