quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

CASEI DE NOVO - Germano



Na nossa idade, depois de meio século é bastante  salutar comemorar bodas de ouro. O ouro é o metal mais fascinante tanto pela sua beleza como também pelo seu valor. No casamento, simboliza a força do amor e a valorização da união que já está completamente sólida.

Casei com Icléa no dia 25.12.1967 vale frisar que já percorremos muitas estradas, já residimos em diversas casas em cidades diferentes, já dobramos muitas esquinas e muitas encruzilhadas, já erramos, já acertamos, já deslizamos, já nos arrependemos pelo que fizemos e também pelo que deixamos de fazer.

Particularmente eu digo:

Amar nunca é demais e eu sempre fui capaz de amar e também sei ser amado.

Hoje o meu olhar é em direção ao amor mais lindo, e nesta direção tenho aprendido a somar, a dividir e a multiplicar, às vezes, com verdadeiros “arranca rabos” que me forçaram a renunciar a muitas coisas.

Mas tudo isto faz o amor ficar mais maduro e o aconchego de mansinho vai se alojando sem predeterminar o tempo de acabar.

O caminho a dois é sempre mais sereno, pois a cumplicidade, o carinho, as lembranças que são depositadas no álbum da saudade, nos dão força e vitalidade para o enfrentamento do porvir.

Os pequenos gestos e atitudes com seus detalhes são o alimento diário que tem sustentado a nossa união.

Viver a dois me dá grande alegria e contentamento, gosto do aconchego dengoso dela, dos beijos ainda calientes, dos insinuantes olhares quando o desejo se manifesta. Amar meus amigos nunca é demais.

Estou recomeçando mais uma caminhada e recomeçando também mais um período que denomino de sexalescente (junção de sexagenário com adolescente) e assim sempre estou recomeçando e agora com as "bodas de ouro"  estou casando de novo, com novas alianças para recomeçar um novo período de casamento a exemplo da comemoração das bodas de prata, celebrada na Igreja do Menino Jesus de Praga,  onde recebemos as bênçãos do Padre Darcy Leite, de saudosa memória,  Na ocasião trocamos as alianças novas às quais usamos até o momento.                                       

VOCÊS LERAM A FRASE:  CASANDO DE NOVO?
Alguns amigos separados  perguntam como consegui permanecer casado 50 anos com a mesma mulher.

As mulheres sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela conseguiu ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo.

Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo. Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário.

Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue:

Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém aguenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade já estou em meu terceiro casamento - a única diferença é que casei sempre com a mesma mulher.

O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois das inevitáveis brigas a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher.

O segredo no fundo é renovar o casamento e não procurar um casamento novo.  De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, seduzir e ser seduzido.

Vez em quando chamo ela para dançar e depois uma nova lua de mel nos dá ânimo para a continuidade.

Faço de conta que estou de caso novo. Corto o cabelo bem aparadinho, compro roupas novas e me preparo para agrada-la como se fosse um novo casamento e as vezes a levo para lugares novos e desconhecidos. Mas tudo isso posso fazer sem que precise trocar de cônjuge.

Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensado em fazer no início do casamento.

Tenho certeza que minha filha e  meus filhos, netas e netos nos respeitarão pela nossa decisão de nos mantermos juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças.

A próxima comemoração será no centenário!




domingo, 10 de dezembro de 2017

ZUMBI DOS PALMARES - Germano




No  dia 21 de novembro do mês passado, foi comemorado na Serra da Barriga em União dos Palmares mais um ano em homenagem a Zumbi dos Palmares.

No ano de 1979 fui removido para União dos Palmares com a finalidade de instalar e trabalhar na Agência do BNB  e  presenciei uma dessas grandes manifestações na cidade, quiçá, uma das primeiras e a cidade foi tomada pelos manifestantes que, naquele tempo, não tinha a estrutura suficiente para tal mister.

No que tange a Serra da Barriga, inúmeras melhorias foram feitas, inclusive, um acesso melhor, lá no topo, novas estruturas foram implantadas e hoje tem sido um sucesso total, tanto é que já é um ponto turístico.

Sobre o  guerreiro Zumbi dos Palmares:



“Nasceu em 1655, foi o último chefe do Quilombo dos Palmares. É o símbolo da resistência negra conta a escravidão. Foi criado pelo Pe. Antônio Melo e aos 15 anos fugiu para Palmares. Lá adotou o nome Zumbi, que significa guerreiro.

Logo ascendeu ao comando militar do quilombo, governado então por Ganga Zumba.

Em 1678, renegou um acordo com as autoridades coloniais e assumiu a liderança de Palmares.

Combateu contra os portugueses por 14 anos.  Com  a destruição de Palmares em 1694, fugiu com outros sobreviventes e escondeu-se na mata. Foi morto numa emboscada em 1695. Seu corpo  foi mutilado e a cabeça enviada para Recife, onde foi exposta em praça pública par servir de exemplo. (Revista  Ir ao Povo, novembro/2004”

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

A CACHAÇA - Germano



“Antigamente, e especificamente no Nordeste brasileiro , em  Pernambuco, os escravos colocavam o caldo da Cana de açúcar em um tacho e levavam ao fogo.

Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse.

Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou. O que fazer agora? A saída que encontraram foi guardar o melaço longe das vistas do feitor.

No dia seguinte encontraram o melado azedo e fermentado. Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo.

Resultado: o azedo do melaço antigo era álcool que aos poucos foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente.

Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome “PINGA”.

Quando a “PINGA” batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia muito, por isso deram o nome da “ÁGUA ARDENTE”.

Caindo em seus rostos escorrendo até a boca os escravos perceberam que, com a tal goteira ficavam alegres e com vontade de dançar.

 E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo.

(História contada no Museu do Homem do Nordeste).”

Portanto, meu amigo leitor não basta beber, tem que conhecer e cachaceiro bem informado passa a ter outro nível pois um “PINGUNÇO”  culto é mais respeitado.

Na cidade de Mata Grande é consumida semanalmente uma quantidade de cachaça que achei melhor chamar de "incontável".

Nos antigos carnavais, gostava de tomar uma dose da cachaça GERMANA e depois um copo de cerveja, após a terceira ou quarta dose, estava no ponto para imitar os escravos, dançar e pular sem me cansar.

A cachaça tomou conta do mundo, hoje vemos nas prateleiras dos supermercados, garrafas bem mais caras que determinadas marcas de uísque.

A cidade de Salinas em Minas Gerais, tomou a dianteira em cachaças de qualidade. Aqui em Alagoas temos boas marcas que, com tira gosto de caju, se torna irresistível.

E para completar que tal relembrar uma das melhores músicas carnavalescas:
“Você pensa que cachaça é água.
Cachaça não é água não.
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão...”


Maceió (AL), 01/12/2017.

sábado, 18 de novembro de 2017

LAGOA DE SEU JARI - Remi Bastos





Lagoa do Seu Jari
No caminho do Galo Assanhado
Onde vivi um passado
Que os anos guardaram pra mim.

Nos baixios da Serra da Onça
A velha e inesquecível lagoa
Velada pela garoa
Nas ternas manhãs de abril.

Quanta saudade eu sinto
Daqueles tempos dourados,
Dos belos dias sonhados
Que se foram e não voltam mais.

Lagoa do Seu Jari
Eu era criança, não te esqueci
A tuas beleza, contudo, enalteci,
Nas vezes em que te visitava.

O velho mulunguzeiro
Que habitava em tua margem
Onde os meninos de coragem
Lançavam-se as tuas águas.

O tempo passou, eu cresci,
Minha lagoa querida
Recreio da minha vida
E dos amigos que eu tive.

Hoje distante no tempo
Fecho os olhos e te vejo
Em teu feliz lugarejo
No aconchego da Mata Grande.

Espero um dia te ver
E recordar o passado
Chora feliz ao teu lado
Lagoa do Seu Jari.

Remi Bastos
Aracaju, 17.09.2016.


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terça-feira, 14 de novembro de 2017

A TRANSPOSIÇÃO


A transposição, um engodo, por Rubens Vaz da Costa



Na área denominada Polígono das Secas, no Nordeste, ocorrem secas imprevisíveis de periodicidade variável. Quando se abate uma seca sobre o Polígono, a pluviosidade não é suficiente para atender às necessidades das pessoas e dos rebanhos, ao desenvolvimento e frutificação das lavouras e a formar estoques de água necessários até próxima estação chuvosa. Instala-se uma crise de emprego, com os agricultores sem trabalho suficiente e, em seguida, uma crise de produção pela frustração de colheitas. Torna-se necessária ajuda assistencial aos pequenos lavradores e seus familiares.

Depois da seca de 1877, que causou milhares de mortes, o Governo buscou meios para resolver o problema. Em 1909 foi criada a Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (IFOCS) que realizou importante trabalho de pesquisa, de construção de estradas de rodagem e carroçáveis para facilitar o acesso às vítimas das secas, bem como de açudes para armazenar água, que atendessem às necessidades das pessoas, dos animais e da agricultura.

Na década de 1950, o Governo federal adotou uma nova política para o Nordeste. A construção da usina hidrelétrica de Paulo Afonso, a criação da Sudene e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), a transformação da Ifocs em Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) entre outras, constituiriam elenco de medidas voltadas para o desenvolvimento econômico da região. Na Mensagem 363 ao Congresso Nacional propondo a criação do BNB, e definindo a nova política que substituiu a “solução hídrica” por um programa de desenvolvimento regional o Presidente Vargas afirmou: “A política federal, no sentido de defender das secas as vastas regiões do Nordeste e do Leste Setentrional, a elas sujeitas periodicamente, e de integrar tais regiões na economia moderna, requer uma revisão, com o aperfeiçoamento quando não a superação dos métodos tradicionais.

O próprio título de “obras contra as secas” expressa uma limitação, focalizando o problema sobretudo pelo ângulo de obras de engenharia. É tempo de, à luz de experiência passada e da moderna técnica de planejamento regional, imprimir ao estudo e solução do problema uma definida diretriz econômico-social”.

A ideia da transposição de água dos rios Tocantins e São Francisco é antiga. O primeiro projeto foi apresentado pelo engenheiro José Reinaldo Carneiro Tavares, então diretor-geral do Departamento Nacional de Obras de Saneamento e depois governador do Maranhão, previa a transposição de 300 metros cúbicos por segundo de água do São Francisco para as bacias ao norte do rio. Na qualidade de presidente da Chesf, me opus tenazmente ao projeto cuja execução reduziria a geração de eletricidade em 1000 MW, o equivalente à potência da usina de Sobradinho. A ideia foi arquivada, mas ressuscitou anos depois, com o governador Aluísio Alves, do Rio Grande do Norte, por inspiração do embaixador aposentado Vilar de Queiroz. Ficou no limbo até ser resgatada e aprovada pelo presidente Lula.

O projeto atual, de dimensões bem menores, tem objetivo semelhante ao anterior. Prevê a retirada de 26 metros cúbicos por segundo, o que não criaria problema sério para a geração de eletricidade pela Chesf. Mas quando a usina de Sobradinho estiver “cheia, e somente nesta situação, o volume captado será ampliado para até 127 metros cúbicos por segundo”. É aqui que está o engodo. As tomadas de água, canais, estações elevadoras, lagos de retenção terão que ser construídos com capacidade para o total de 127m3/s; 80% do projeto ficariam ociosos durante os períodos secos do rio! Séries históricas mostram a periodicidade do rio. Período seco 1932-1941, período úmido 1942-1950, período seco 1953-1956, período alterado 1960-1970, período seco 1971-1977 e mais recentemente período seco 2001-2004. O Conselho da Bacia Hidrológica do Rio São Francisco vetou a segunda parte do projeto, aprovando apenas a primeira, com a restrição de que a água transposta seja utilizada apenas para “consumo humano e dessedentação animal”.

Mas que acontecerá quando voltar um período seco e o sistema já puder bombear o máximo de 127m3/s e os agricultores e outros empresários tiverem feito investimentos em suas propriedades, no aumento dos rebanhos, no comércio e na indústria? O Governo não resistirá à pressão deles e a dos políticos, todos insistindo para que seja mantido o fluxo de 127m3/s. Fica evidente o engodo de apresentar uma proposta aparentemente palatável quando na realidade o bombeamento de 127m3/s será permanente e não transitório, comprometendo seriamente a capacidade geradora da Chesf, agravada pelo alto consumo de eletricidade das estações elevatórias de água, aumentando as importações de energia cara do Norte.

Estaremos voltando à solução hídrica dos primórdios do século passado? As empreiteiras e os escritórios de projeto aplaudem. Nós, contribuintes, pagaremos o pato.
* Economista.

Publicado originalmente em Folha de Pernambuco, 26/09/2005


quinta-feira, 9 de novembro de 2017

A VERDADE SOBRE A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL



A VERDADE SOBRE A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL



O Contato foi adicionado











Por fins didáticos, o episódio de 7 de setembro de 1822, às margens do riacho Ipiranga, ficou preservado na memória da maioria dos brasileiros apenas pela imagem do quadro do pintor Pedro Américo, pintado bem anos após, e ao celebrado grito “Independência ou Morte”. Mas os fatos não são tão simples assim, e quem quiser saber mais poderá recorrer aos bons livros de história.



A declaração de Independência foi antecipada por entendimentos e desentendimentos, em que a Maçonaria teve destacada atuação. Já em 1821, fundara-se no Brasil uma loja maçônica, que se desdobrou em mais duas, constituindo as três um Corpo Maçônico, denominado Grande Oriente do Brasil.



A fundação do Grande Oriente visou fundamentalmente à permanência do príncipe Pedro no Brasil, enquanto a Coroa portuguesa exigia que ele voltasse a Portugal “para concluir e aprimorar seus estudos”. A decisão tomada no Dia do Fico foi a primeira atitude pública relevante do jovem filho de D. João VI. Para José Maurício Guimarães, autor de “Grande Loja Maçônica de Minas Gerais – História, Fundamentos e Formação”, especialmente no ano de 1822, a história do Grande Oriente se confunde com a História do Brasil; tanto que, em 2 de agosto, D. Pedro foi iniciado na Loja “Comércio e Artes”, recebendo o nome histórico de Guatimozim e, somente em 35 dias, viu-se exaltado, elevado e conduzido ao grau Rosa-Cruz.

Em depoimento atribuído ao padre Belchior, “mal D. Pedro apeara da besta, ordenara ao seu ajudante de ordens que fosse às pressas ao ourives Lessa e mandasse fazer um dístico em ouro, com as palavras “Independência ou Morte”, para ser colocado no braço por um laço de fita verde e amarela”.



Como são as coisas! O belo corcel do quadro de Pedro Américo não era cavalo, mas uma besta, como aliás conta Assis Cintra. Mas havia mais como observa José Maurício. O verde “das matas”, o amarelo “do ouro”, o azul “do céu” são apenas interpretações poéticas: o verde é a cor da Casa de Bragança, herdeira de Avis, a que pertencia Pedro, enquanto o amarelo correspondia à Casa dos Habsburgos, a de origem da princesa Leopoldina, esposa do príncipe regente.

Somente em 4 de outubro Pedro foi instalado – isto é, tomou posse – como Grão-Mestre do Grande Oriente. No dia 12, foi aclamado Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil, uma espécie de referendo maçom ao 7 de setembro. Disse, entretanto, que se orgulhava do título conferido por um “povo leal e generoso”, mas não podia aceitá-lo como lhe fora oferecido. Escreveu ao pai: “O Brasil não precisa de proteção de ninguém, protege-se a si mesmo. Aceito, porém, o título de Defensor Perpétuo e juro mostrar-me digno dele enquanto uma gota de sangue correr nas minhas veias”.

Era um momento decisivo, porque a maçonaria estava dividida entre o grupo maçônico monarquista de José Bonifácio e o grupo maçônico republicano de Gonçalves Ledo. Constituía o ponto nevrálgico da história maçônica brasileira a grande encruzilhada: a maçonaria republicana levantando-se contra a maçonaria monarquista, disputando espaços nos vindouros tempos da nação nascente.




sexta-feira, 3 de novembro de 2017

A AUTENTICIDADE - Germano




Augusto Miranda assegura que a palavra quer dizer “qualidade do que é autêntico e autêntico  é um adjetivo que significa: Veraz, verdadeiro, certo, genuíno, legalizado”

Mario Sergio Cortella, autor de Pensar Bem nos Faz Bem, da Editora Vozes disse: “Três coisas podem mostrar o que um homem é: sua taça quando transborda, sua bolsa quando está cheia e a sua ira”. Isto é, quando uma pessoa de fato demostra o seu verdadeiro caráter.

Quando a taça transborda é, quando a pessoa bebe e fica um pouco acima do que seria aceitável na sua irracionalidade, o álcool o perturba de alguma maneira. Há pessoas que dizem que, quando bebem, ficam fora de si. Não é verdade, algumas ficam dentro de si, por aí é que elas se mostram como realmente são.

A segunda coisa é quando a bolsa está cheia, quando a pessoas tem recurso, tem dinheiro, nota-se o que ela realmente faz com o que tem. Se partilha, se pratica a fraternidade ou se é muito egoísta.

E por último quando ela manifesta sua ira”.

A ira, quando não bem policiada, faz com que os arrependimentos pelas ações tomadas sejam por demais tardias, provocando grandes perdas para o irado e seus familiares.
Maceió - Al., 03 de novembro de 2017.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

RUAS DE MATA GRANDE-Germano










RUA EUSTÁQUIO MALTA - Provavelmente esta é a rua mais antiga da nossa cidade. No local onde hoje fica o prédio dos Correios existia uma cruz que originou o nome como ainda hoje é conhecida: A RUA DA CRUZ.

Segundo o jornalista Djalma Mendonça o proprietário João Gonçalves erigiu, logo abaixo de sua residência uma capelinha de taipa, ao lado esquerdo do atual prédio do Grupo Escolar Demócrito Gracindo, que, como era de praxe servia também de cemitério, erguendo em frente, grande cruz de madeira, feita do tronco de uma enorme Massarandubeira ali existente.

Dessa árvore de gigantesco porte, herdou o arraial, o nome de Mata do Pau Grande e a capelinha de Nossa Senhora da Conceição, a sua padroeira atual, esculpida em Penedo, por encomenda de João Gonçalves.

O nome dado a Rua da Cruz, que apesar do tempo lhe conserva a tradição popular, vem deste fato. 

Na Rua da Cruz residiram importantes homens que fizeram a história de Mata Grande, inclusive alguns prefeitos (Gentil Albuquerque Malta e Antonio Barbosa da Silva, há décadas passadas) além de Deputados Estaduais como Antonino Malta, Eraldo Malta Brandão e Luiz Gonzaga Malta Gaia.

Esta Rua também foi palco do início de um grande tiroteio entre forças políticas da época de 1950, onde faleceram Eustáquio Malta, os filhos Ubaldo Malta e Sônia Malta e ainda um cidadão chamado Napoleão, afora inúmeros feridos, pois o tiroteio começou às oito  horas e durou por mais de três horas e meia.



A farmácia mais antiga do Estado de Alagoas, que pertencia ao farmacêutico Dalvino Alencar e seu irmão Virgílio Alencar, ali também tinha endereço certo até tempos atrás.

Atualmente, muitos órgãos importantes  ainda funcionam nela  como a Câmara Municipal, a residência dos pais do ex prefeito, Grupo Escolar Demócrito Gracindo, Banco do Nordeste do Brasil S/A., Empresa Brasileira de Correios, Posto de Jairo Malta, Casa Veterinária do meu amigo Luiz Celso, afora outros comerciantes e familiares.
Maceió (AL), 02 de novembro de 2017.



A OBESIDADE - Germano.





Entre as doenças do mundo moderno   a obesidade hoje em dia é um  grande problema de saúde pois tras muitas preocupações   para os cardiacos, face o acumulo de gordura no sangue,  tendo em vista que, aumenta a ocorrência de várias doenças, como diabetes do tipo 2 e apneia do sono.

O tratamento da obesidade é sempre necessário e torna  importante o consumo de  baixas calorias além   de uma boa dieta com exercícios fisicos. Agora, quando isto não resolve e tampouco os remédios prescritos, somente a aplicação de uma banda gástrica ou a cirurgia bariatríca pode reduzir a vontade de se alimentar.


Para isto é necessário ir ao médico, que após os exames faz o diagnóstico. Uma pessoa é considerada obesa quando o indice de massa corporal ultapassa 30 kg/m2.

“A obesidade é uma das principais causas de morte evitáveis em todo o mundo, com taxas de prevalência cada vez maiores em adultos e em crianças. É considerada pelas autoridades um dos mais graves problemas de saúde pública do século XXI.  Em grande parte do mundo contemporâneo, particularmente na sociedade ocidental, a obesidade é alvo de estigma social, embora ao longo da História tenha sido vista como símbolo de riqueza e fertilidade, perspetiva que ainda se mantém em algumas partes do mundo.


Doenças futuras

O sobrepeso, segundo os especialistas, pode não ser o responsável direto pelas doenças do coração, mas ao longo do tempo pode prejudicar a saúde ao elevar a pressão sanguínea e o nível de glicose. Para os pesquisadores, o estudo pode servir como um lembrete de que o controle de peso é importante para evitar complicações futuras.

“Não existe mais esse conceito de obesidade saudável. Nosso estudo mostra que pessoas com excesso de peso e que podem ser consideradas ‘saudáveis’ podem não ter desenvolvido um perfil metabólico desfavorável, mas isso virá mais tarde.”, disse Ionna Tzoulaki, da Imperial College London, à BBC News.”

 Maceió-Al,02 de novembro de 2017.

sábado, 28 de outubro de 2017

PENTECOSTES - Germano


PENTECOSTES – Germano





Este ano a celebração de Pentecostes caiu no dia 04 de Junho e por incrível que possa parecer participamos das celebrações quando visitamos a  Terra Santa. Foi a nossa primeira viagem internacional. Saímos de Maceió  em automóvel  para Recife e lá embarcamos no avião com destino a Lisboa, Istambul, Telavive; de ônibus para Nazaré/Jerusalém/Assis/ Roma e depois retornamos pelas mesmas vias.




Pentecostes é uma das celebrações mais importantes  do cristianismo que comemora o seu nascimento, desde a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos, que passaram a  ter  coragem de anunciar a beleza do Evangelho, que  proporcionando a mudança de toda a história da humanidade depois da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Depois de Pentecostes e principalmente  no século passado houve o surgimento das primeiras Igrejas Pentecostais e também o nascimento da Renovação Carismática.


Em Nazaré visitamos os locais onde Cristo viveu grande parte da sua vida e em Jerusalém assistimos a celebração de Pentecostes.  Verdadeiras multidões, de vários lugares e várias  religiões se reuniram em diversos dias e lugares para a grande festa.





Em Roma participamos do Jubileu da Oração Carismática onde uma multidão de aproximadamente  cem mil pessoas de várias partes do mundo assistiram e participaram, inclusive com a presença do Papa Francisco.

Maceió - Al., 28 de outubro de 2017.




A PREGUIÇA - Germano




A preguiça pode ser interpretada como aversão ao trabalho  bem como negligência, morosidade e lentidão, mas por incrível que possa parecer é também uma fonte de criatividade pois se o homem não tivesse preguiça nunca teria inventado a roda. Existem várias sátiras com pessoas que são naturalmente preguiçosas.

Lembro de um cidadão matagrandense que se chamava Chico, era essensialmente um preguiçoso e certa vez ouvi ele contando a seguinte história:

“ Um homem vivia  deitado na rede da sala de estar e nunca saia com os amigos. Uma vez um dos amigos sonhou com uma botija com moedas de ouro e por não ter coragem chamou  outro amigo para ajudar. Ao desenterrar o pote de barro, dentro  tinha  muitos maribondos. Eles vedaram o pote e resolveram jogar embaixo da rede do preguiçoso por uma janela existente, pensando em faze-lo levantar da rede e sair correndo.  E  assim fizeram e correram. Quando pote  quebrou , dele sairam várias moedas de ouro. O preguiçoso então chamou a mulher e disse: Venha querida apanhar estas moedas espalhadas na sala.”

Outro dia li a história da tartaruga que com a sua morosidade vive de oitenta a cem anos, já o coelho que é arisco, não passa dos quinze anos. Não resta dúvidas de que, pessoas que não correm tem mais tendências para engordar, já aquelas que correm diariamente , possuem uma resistência, todavia, por acelerarem demais as batidas cardíacas são mais  suscetíveis aos rápidos desaparecimentos .

Como um observador da vida, acho que o meio termo é o melhor caminho, não aceitar a preguiça que naturalmente provoca a obesidade e tampouco o excesso que provoca repentinas doenças.

 Maceió (AL), 28/10/2017.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

O FREVO - Germano






Desde os tempos de adolescente que a cultura matagrandense se assemelha em muito a dos pernambucanos e o frevo sempre fez parte dos nossos carnavais. Quem não lembra da música Vassourinha que esquenta qualquer salão?

Os antigos carnavais matagrandenses marcaram época, tanto os de rua, como também os de clube. Houve períodos em que a política nos dividia. Eram dois blocos de rua e duas festas de salões. Havia uma preocupação enorme para não passar um bloco pelo outro na mesma rua.
Sobre o frevo,  leia o que escreveu Lula Gonzaga:
O frevo é uma das danças mais vivas do folclore brasileiro. Seu berço é o Estado de Pernambuco. Originário das marchas e polcas. Tanto é tocado e dançado nas ruas como nos salões.

Há inúmeros clubes, troças e blocos que disputam a hegemonia desta dança popular, onde se observam ricos efeitos de uma coreografia espontânea e criativa. Vem da expressão errônea do verbo “ferver”.  “Eu frevo todo quando ouço esta música”.

Dentre os grupos folclóricos que desfilam no carnaval pernambucano, encontrasse “Vassourinhas”, “ Galo da Madrugada”, “Cachorro do Homem Miúdo”, “ Pão Duro”, “ Banhistas do Pina” e “Batatas de São José”. No dia 14 de setembro comemora-se o Dia do Frevo.

Maceió -Al., 25 de outubro de 2017,

domingo, 22 de outubro de 2017

MATA GRANDE SEM BANCOS - Germano




Estamos vivenciando hoje mais um momento que por certo marcará a história no futuro.

Sabemos que Mata Grande sempre vivenciou tiroteios cerrados   no entanto eram motivados por brigas familiares e, quando provocadas por pessoas estranhas, os matagrandenses se uniam  em defesa do seu território , leiam o episódio de quando Lampião resolveu invadir Mata Grande.


Desde o tempo do império a história dá conta desta União. Assim, para a melhoria da cidade foi construído o prédio da Cadeia Pública que o Estado de Alagoas  usou por décadas consecutivas e no tempo da manutenção o entregou ao mais completo abandono. Vejam leitores amigos, foi  ai que começamos a ficar inseguros e desunidos. 


Os bancos do Brasil e Nordeste estão firmes em suas decisões de fechar definitivamente as suas agências na cidade  alegando a falta de segurança.  Pelas últimas notícias, ainda carentes de verificação, o BB já transferiu a numeração daqui para  a Unidade de Delmiro Gouveia, portanto, já está há mais de um ano sem funcionar e o BNB já transferiu o  Gerente Geral e alguns empréstimos de relevância.  Isto por certo, causará sérios prejuízos e então, haverá argumentos suficientes, para fechar definitivamente a agência sob a alegação de ser deficitária. 


Não restam dúvidas que a falta de segurança é verdade, a cidade dispõe de três policiais militares que ficam incapacitados de atender a contento a fiscalização de mais de cinquenta quilômetros que é a extensão do território do município. Com um  grande distrito como Santa Cruz do Deserto e vários povoados  espalhados em vários pontos,  os militares não podem dar atendimento adequado, afinal, somos mais de vinte e cinco mil habitantes, a segunda maior do alto sertão alagoano. Imagine  ir do Caldeirão ou Terra Nova a  Pau Ferro na Serra do Exu ou mesmo  até ao Poço Branco.


Apela-se portanto, aos Senhores Deputados e ao Prefeito que tem acesso direto ao  Governador Renan Filho para que em caráter emergencial supra com material humano a segurança pública do município para que   se possa também exigir dos Bancos a reabertura das Agência, já que a alegação de insegurança estaria devidamente sanada.






RELEMBRANDO DELMIRO GOUVEIA - Germano



DELMIRO GOUVEIA – Germano

No dia dez deste mês fez um século da morte do grande empresário e desbravador do sertão alagoano, o legendário Delmiro Augusto da Cruz Gouveia,  nascido em Sobral, Estado do Ceará.  Delmiro mudou-se para Recife e negociava com peles de animais e posteriormente, convidado pelo conterrâneo Euclides Malta, então Governador do Estado de Alagoas, mudou-se para o sertão, onde fundou a fábrica de tecidos , cujo local chamado primeiro de Pedra, posteriormente,  passou a  cidade e hoje leva o seu nome.

Conheci Pedra e a fábrica nos idos dos anos cinquenta. Lembro que já tinha água encanada na casa do Tio Miduca (José Barbosa de Mendonça). O interessante é que colocava-se uma mangueira em uma torneira e com a boca puxávamos um pouco de água que aos poucos começava a correr para uma grande bacia de alumínio, daí, abastecíamos  as várias vasilhas e um tanque. Era água inatura do Rio São Francisco, coisa inédita naquela época.

Lembro que o apito da fábrica, que iniciou suas atividades  em janeiro de 1913, marcava o horário em que um contingente de funcionários  adentravam e saiam para a mudança de turma bem como, das moradas da vila, construídas para abrigar alguns funcionários. 

A minha mãe dizia que um dia um automóvel chegou a Mata Grande e foi uma grande festa. Era o carro do industrial que passeava pelas ruas da cidade causando grande admiração. Era o primeiro a aparecer pela cidade. Delmiro construiu uma estrada que passava por Mata Grande e seguia para Santana do Ipanema até Palmeira dos Índios. Foi também o homem que  primeiro plantou palma forrageira nos sertões alagoanos. Era portando um empreendedor de grande monta em vários segmentos administrativos.

Todavia, devido a  toda esta capacidade, passou a ser alvo da concorrência desleal e quando lia jornais foi assassinado por três sicários que foram devidamente presos e condenados, assim conta a história até então conhecida.

Para a minha surpresa,  soube agora que os homens  condenados  eram inocentes e que foram injustamente acusados pela  Polícia Militar Alagoana que pela repercussão do crime, que tomou as manchetes internacionais tinha que conseguir culpados e os achou, a custa de muita  tortura. Um dos verdadeiros culpados, José Gomes de Sá, na hora da morte, perante autoridades,  confessou a responsabilidade do crime. Agiu juntamente com José Rodrigues um grande fazendeiro do município de Piranhas, do Estado de Alagoas.








sábado, 21 de outubro de 2017

O BAIRRO DO MANDACARU - Germano





Nos idos meses do ano 1924 foram encerradas as atividades do cemitério velho e no bairro do Mandacaru foi inaugurado o novo cemitério de Mata Grande, bastante fora da cidade naquela época. A origem do nome nunca soube, todavia, havia muitos pés de mandacaru na região.

A Rua Nova (Atual 5 de Julho) terminava na subida da rua que ia para a Fonte de Cima, tinha, no entanto, algumas casas próxima do local chamado “Baixinha” onde hoje fica a casa de João de Aurora.
A fonte da Baixinha ainda continua fornecendo água para os habitantes da região. Mais adiante, tinha o armazém de Zé Paulo, grande comerciante de cereais radicado em Santa Cruz do Deserto, local onde aos domingos sempre havia um sanfoneiro tocando forrós para alegria de todos que dançavam.
Existia também, uma grande mercearia pertencente ao primo MANOEL ALVES BEZERRA (Conhecido como Manoel Tributino), hoje nome de uma rua e logo abaixo morava Manoel Pistola, este dono da “onda” que animava as festas natalinas da cidade e depois, Luiz de Helena,  Antonio Quebra Queixo, além de  outras pessoas que no momento não recordo.

Ao término das casas tinha uma grande ladeira que dava em um riacho chamado   “LAVA PÉ”, cuja origem do nome deveu-se ao povo que vinha para a feira, principalmente as mulheres que, normalmente, vinham com os calçados na mão, lavavam os pés e adentravam na cidade. O local também era “mal-assombrado” devido a uma cruz de beira de estrada que foi fincada pelo falecimento de alguém.
Hoje,  existe uma ponte que dá acesso a cidade. É também o entroncamento das rodovias asfaltadas que seguem para Inhapi e Água Branca, via Santa Cruz do Deserto. No local , o Pe. Sizo construiu uma grande  estátua de Santa Terezinha do Menino Jesus, abençoando os que visitam a cidade.

Nos idos de 1959 a cidade por esforço pessoal do grande prefeito Gentil Albuquerque Malta, foi contemplada com energia da CHESF e o Bairro foi escolhido para a implantação da estação abaixadora, o que gerou empregos federais diretos e construção de várias residências, ensejando o seu desenvolvimento. Lembro que na parte de cima havia também algumas residências, inclusive a do Cego Vicente, um dos maiores pedintes da época. Logo depois  a casa de Quinca Pistola e um engenho pertencente aos familiares de David Gomes de Sá. Na época,  a região era considerada como zona rural, hoje zona urbana, tendo em vista que, chácaras, posto de combustível, restaurante e várias residências já ultrapassam as fronteiras da antiga propriedade.

Há alguns anos o Prefeito Hélio Brandão inaugurou um santuário dedicado a Virgem dos Pobres, local muito frequentado e de onde sai a procissão em direção a Fazenda Boa Sombra, promovida pelo meu estimado Compadre e amigo Francisco Barbosa da Silva (Chiquinho Barbosa) tio da minha esposa, que anualmente, no dia 12 de outubro manda celebrar uma missa para pagar uma promessa por uma graça alcançada.

O bairro hoje conta com casas de dois e três pisos, restaurante, mercadinhos e não existem mais terrenos baldios, o bairro hoje está bastante desenvolvido.
























SABEDORIA INDIGENA



É SEMPRE BOM RELEMBRAR O CÓDIGO DA SABEDORIA INDÍGENA:

 1. Levante com o Sol para orar. Ore sozinho. Ore com frequência. O Grande Espírito o escutará, se você ao menos, falar.

 2. Seja tolerante com aqueles que estão perdidos no caminho. A ignorância, o convencimento, a raiva, o ciúme e a avareza, originam-se de uma alma perdida. Ore para que eles encontrem o caminho do Grande Espírito.

 3. Procure conhecer-se, por si mesmo. Não permita que outros façam seu caminho por você. É sua estrada, e somente sua. Outros podem andar ao seu lado, mas ninguém pode andar por você.

 4. Trate os convidados em seu lar com muita consideração. Sirva-os o melhor alimento, a melhor cama e trate-os com respeito e honra.

 5. Não tome o que não é seu. Seja de uma pessoa, da comunidade, da natureza, ou da cultura. Se não lhe foi dado, não é seu.

 6. Respeite todas as coisas que foram colocadas sobre a Terra. Sejam elas pessoas, plantas ou animais.

 7. Respeite os pensamentos, desejos e palavras das pessoas. Nunca interrompa os outros nem ridicularize, nem rudemente os imite. Permita a cada pessoa o direito da expressão pessoal.

 8. Nunca fale dos outros de uma maneira má. A energia negativa que você colocar para fora no universo, voltará multiplicada a você.

 9. Todas as pessoas cometem erros. E todos os erros podem ser perdoados.

 10. Pensamentos maus causam doenças da mente, do corpo e do espírito. Pratique o otimismo.

 11. A natureza não é para nós, ela é uma parte de nós. Toda a natureza faz parte da nossa família Terrenal.

 12. As crianças são as sementes do nosso futuro. Plante amor nos seus corações e ague com sabedoria e lições da vida. Quando forem crescidos, dê-lhes espaço para que cresçam.

 13. Evite machucar os corações das pessoas. O veneno da dor causada a outros, retornará a você.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

VIVENCIANDO MAIS UMA CRISE - Germano




Particularmente, vivencio constantemente algumas crises, delas reputo de amargar, como a da era Collorida, quando perdi valores depositados em poupança e, ultimamente, a da era do príncipe das privatizações, quando tive cinquenta por cento da aposentadoria surrupiada.

O Brasil vive também as suas crises, sabe-se que Portugal, para reconhecer a nossa independência, repassou a dívida que tinha junto a Inglaterra e assim, o Brasil já nasceu devendo e devendo muito.

A famigerada inflação que corrói a nossa economia, era motivada pela dívida assumida junto ao FMI, o Ministro da Fazenda já gostava dessas três letrinhas, em seguida, passaram a atribuir a crise ao aumento do preço do barril do petróleo, alegações que ficaram esquecidas, por terem sido sanadas durante o governo Lula.

Mas a crise continua, brasileiros abastados que não são tão patriotas, aplicam seus recursos no estrangeiro, exemplo seguido por alguns dos nossos representantes políticos que, acobertados pelas Leis que eles criam, cometem muitas corrupções que sugam bilhões dos recursos que poderiam ser destinados a melhoria do bem-estar dos brasileiros.

Ah! Por falar em corrupção, ela agora é a principal causa da crise que se abate sobre o território nacional. A desvalorização dos profissionais da educação ao longo do tempo faz com que os brasileiros assimilem com naturalidade que a esperteza é melhor que a ética e a seriedade.

E a crise continua afetando fortemente a economia brasileira. Causava estranheza as notícias dadas de que algumas nações estavam em crise e o Brasil estava muito bem.  Ora, tudo ilusão. Estamos vivenciando uma grande crise, desta feita provocada pela crise de ética.  Muitos gestores não assimilaram o que é ética, solidariedade e seriedade no trato da coisa pública, administrando com patrimonialismo, disputando os cargos com ganância e praticando todos os tipos de arbitrariedades, inclusive, no seio familiar, onde membros até se agridem publicamente.

Entretanto, fica a pergunta. Como acabar com a crise?

No meu modo de pensar, acho que um trabalho sério em todos os setores econômicos e políticos, visando a recuperação dos princípios fundamentais religiosos e familiares para a geração de líderes natos, que não aceitem a esperteza, a ausência de ética e seriedade, podem no futuro resolver parte da crise.




segunda-feira, 9 de outubro de 2017

LAMPIÃO EM MATA GRANDE - Germano




Na realidade, quando o pai de Virgulino saiu de Floresta em Pernambuco com a família face as intrigas com  os Saturninos,  foram residir no Sítio Engenho, município de Mata Grande, onde foi assassinado. Virgulino chegou a trabalhar para o empresário Delmiro Gouveia comprando peles. Após a morte do pai, foi que se tornou cangaceiro.  Como cangaceiro  certa tarde resolveu atacar Mata Grande mas, não obteve êxito. Veja matéria já divulgada neste blog no dia 17.07.2017 com o título  RELEMBRANDO LAMPIÃO.



Quinta feira, dia 05.10.2017 após a Audiência Pública realizada em Mata Grande, encontrei o amigo Elias Lima e pedi que me levasse a residência do Senhor Renato de Né Vermelho para que pudesse encomendar duas cancelas. Renato reside nas caatingas próximo a Serra do Parafuso e de lá fiz um convite a Elias. Vamos ao local onde houve  o cerrado tiroteio de Lampião com as volantes?

Elias tinha me contado a história quando subimos a Serra do Parafuso há alguns meses, mais ou menos assim:

“Que os mais velhos diziam que Lampião estava na casa de um coiteiro e a polícia da Paraíba  soube e atacou de surpresa. A polícia de Pernambuco que estava  na região ouvindo os tiros aproximou- se e começou a atirar. Lampião, estrategista, ateou fogo a caatinga e bateu em retirada porque tinha sido atingido por um tiro. Com a fumaça os soldados  das volantes continuaram atirando uns contra os outros e o final foi que morreram mais de dez pessoas e foram sepultadas lá no sítio Serrote Preto”.

Estivemos no local, conforme as fotos abaixo e como nunca tinha ouvido falar neste  embate entre o bando de Lampião e as forças militares, resolvi pesquisar e a história existe , é mais ou menos assim:  “às  13 horas do dia 21.02.1925 lá no Serrote Preto, as tropas paraibanas em junção com a volante de Pernambuco cercaram o grupo de Lampião  que estava jogando baralho.  Os cangaceiros pressentiram a tropa e de dentro de casa atiraram com segurança, derrotando a tropa da Paraíba. Cessado o fogo estavam mortos oito  soldados e vários feridos e Lampião perdeu três cabras e saiu com dez feridos. A cidade de Mata Grande assistiu consternada a chegada de muitos feridos  em redes. A força pernambucana perdeu dois soldados e saiu com diversos feridos e abandonou parte do armamento na luta. O próprio Lampião  saiu ferido”.