“Antigamente,
e especificamente no Nordeste brasileiro , em Pernambuco, os escravos colocavam o caldo da Cana de açúcar em um tacho e
levavam ao fogo.
Não
podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse.
Porém
um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos
simplesmente pararam e o melado desandou. O que fazer agora? A saída que
encontraram foi guardar o melaço longe das vistas do feitor.
No dia
seguinte encontraram o melado azedo e fermentado. Não pensaram duas vezes e misturaram
o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo.
Resultado:
o azedo do melaço antigo era álcool que aos poucos foi evaporando e formou no
teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente.
Era a
cachaça já formada que pingava. Daí o nome “PINGA”.
Quando
a “PINGA” batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia
muito, por isso deram o nome da “ÁGUA ARDENTE”.
Caindo
em seus rostos escorrendo até a boca os escravos perceberam que, com a tal
goteira ficavam alegres e com vontade de dançar.
E sempre que queriam ficar alegres repetiam o
processo.
(História
contada no Museu do Homem do Nordeste).”
Portanto,
meu amigo leitor não basta beber, tem que conhecer e cachaceiro bem informado
passa a ter outro nível pois um “PINGUNÇO” culto é mais respeitado.
Na cidade de Mata Grande é consumida semanalmente uma quantidade de cachaça que achei melhor chamar de "incontável".
Nos antigos carnavais, gostava de tomar uma dose da cachaça GERMANA e depois um copo de cerveja, após a terceira ou quarta dose, estava no ponto para imitar os escravos, dançar e pular sem me cansar.
Nos antigos carnavais, gostava de tomar uma dose da cachaça GERMANA e depois um copo de cerveja, após a terceira ou quarta dose, estava no ponto para imitar os escravos, dançar e pular sem me cansar.
A
cachaça tomou conta do mundo, hoje vemos nas prateleiras dos supermercados, garrafas bem mais
caras que determinadas marcas de uísque.
A
cidade de Salinas em Minas Gerais, tomou a dianteira em cachaças de qualidade.
Aqui em Alagoas temos boas marcas que, com tira gosto de caju, se torna
irresistível.
E para
completar que tal relembrar uma das melhores músicas carnavalescas:
“Você
pensa que cachaça é água.
Cachaça
não é água não.
Cachaça
vem do alambique
E água
vem do ribeirão...”
Maceió
(AL), 01/12/2017.
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