O Que Permanece...
Não são as viagens luxuosas,
mas a viagem em família, onde o carro avariou e todos tiveram que empurrar e,
do nada, começou a chover…
Não é a cama' king size' que
ocupa 30% do quarto e aumenta a solidão, mas o beliche, onde alguém dormia na
parte de cima, e as conversas em tom baixo para não acordar o restante do pessoal
do quarto, bem como o riso alto, que sempre tinha habilidade de escapar.
Não são os milhares de
'gostos' numa foto perfeita, tirada com um telefone perfeito, no momento
perfeito, com os filtros perfeitos, mas a foto tremida pela felicidade de um
momento único, felicidade sempre chacoalha o ser.
Não são as declarações de amor
públicas feitas para uma plateia, mas o abraço que recebes, mesmo quando falhas
e erras, quando podes ser tu, mesmo na totalidade do teu ser.
Não é voo de helicóptero, mas
voar em um balanço amarrado num galho de árvore na infância.
Não é a quantidade de pessoas
que conheces, mas uma única, que te acrescente, te faça crescer, seja pela dor,
ou seja pelo amor.
Não são os carros que
conduziste na vida, mas a primeira vez em que desceste uma ribanceira de
bicicleta.
Não são os pratos da alta
gastronomia, mas, sim, um almoço comum de domingo na casa da avó.
Não é correr 20 km em uma
estrada, mas quando os teus olhos viram os primeiros passos de alguém.
Não são os milhares de beijos
ardentes, mas o beijo na testa antes dos olhos do sono serem abertos.
Não é o guarda-roupa com o
novo casaco caríssimo, mas a camisa folgada de um amor ausente.
Não é o guarda-roupa com o
novo casaco caríssimo, mas a camisa folgada de um amor ausente.
Não são as calçadas das
viagens internacionais, mas aquela calçada em que tropeçaste e caíste,
aprendendo a importância da dor.
Só coisas grandiosas não são
levadas pelo vento do tempo... Ficam em ti, como evolução, nesses corredores do
tempo...
São tesouros mascarados!…
Nenhum comentário:
Postar um comentário