VELHO TRAPIAZEIRO
A adolescência é um passado
Que viaja com a gente
Como pássaros providos,
Por mais que os anos passem
Mas, em nós sempre renascem,
Aqueles tempos vividos.
Lembro-me de um trapiazeiro
Na cidade de Mata Grande,
Em uma estrada de barro
Próximo ao Grupo Escolar
Onde a meninada a vaguear
Curtia a vida num sarro.
Velho trapiazeiro
Que galgamos a tua copa
Como meninos astutos,
E sem querer fazer alarde
Quase todas as tardes
Saqueávamos os teus frutos.
Sei que não existes mais
O progresso o tombou,
Mas, na minha sensatez
Eu confesso trapiazeiro,
Que viajaria o mundo inteiro
Para te ver outra vez.
Remi Bastos
Aracaju/SE, 18/10/2015.
NOTA DO BLOG:
Remi residiu em Mata Grande na adolescência. Hoje mora em Aracaju. É filho de seu Plácido, funcionário federal que trabalhou em Mata Grande. Só que Remi diz que nunca esqueceu Mata Grande. Veja abaixo um comentário dele no Facebook.
Remi Bastos
Lembro-me das vezes em que
subia à Serra da Onça para apreciar o belo cenário e comer manuê. Na fralda da
serra , existia apenas a vegetação nativa e a neblina que se somava àquele
gostoso frio com o cheirinho de Mata Grande. Mas, atualmente, o novo cenário
condiz com uma realidade mais abrangente. O Rosário de construções residenciais
confere à Mata Grande uma estrutura de moradia, que certamente, atrairão
futuros empreendimentos, tais como hotéis e clubes recreativos e de tratamentos
de saúde.
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