sábado, 3 de março de 2018

LUIZ NETO FILHO- Márcia Machado





Luiz Neto Filho nasceu em Mata Grande, AL, dia 16 de junho de 1932, filho de Alcides Francisco dos Santos e Maria Rosa Machado, teve apenas um irmão biológico Juca Machado dos Santos, que faleceu na mais tenra idade. E dois irmãos adotados por seus pais, Rosa Xavier e Manoel da Silva.

 Passou boa parte da vida na sua cidade natal, saindo apenas durante algum tempo para trabalhar em São Paulo e no Maranhão. Posteriormente passou a residir em Delmiro Gouveia até o dia em que veio a falecer em 21 de outubro de 2015.

Foi casado com Marinete Alves Machado e desta união nasceram 6 filhos, Márcia Maria Machado Nunes, Mário Sérgio Machado dos Santos, Margarete Lúcia Machado Lisboa e Luiz Maurício Machado dos Santos; dos quais 2, Marisa Machado dos Santos e Manoel Machado dos Santos faleceram prematuramente.

Recebeu o mesmo nome do avô materno Luiz, que lhe tinha grande apreço e começou a chama-lo Mocinho, apelido pelo qual ficou conhecido durante toda sua vida.

 Foi proprietário de alguns terrenos no município de Mata Grande como o Jacu, a Boa Sombra e a Boa Vista. Mas o que gostava mesmo de fazer era dirigir sua camionete transportando gente o que fez durante mais de 30 anos.

Foi desbravador do percurso Mata Grande – Delmiro Gouveia via Santa Cruz do Deserto e Água Branca. Fizesse um sol de rachar ou um inverno rigoroso com lama e chuva por todos os lados, ele nunca falhava, saía com sua camionete em busca dos passageiros que lhe esperavam confiantes, pois sabiam que, mesmo que não desse para nenhum outro carro passar, Mocinho chegaria e lhes transportaria ao destino desejado. E foi assim por mais de três décadas. Enquanto os outros motoristas faziam o percurso pelo Inhapí para se livrarem da lama e dos buracos na estrada sem asfalto, ele continuava no mesmo percurso, engolindo a poeira da estrada nos verões ardentes, ou atolando a camionete nos lamaçais de inverno. Sempre fiel ao horário e aos passageiros que o esperavam, por acreditar que não devia deixá-los entregues à própria sorte.

Todas as pessoas da região que lhe conheceram ou ouviram alguém contar histórias a seu respeito sabem que Mocinho ousava desafiar os limites impostos pela natureza, para ajudar as pessoas a chegarem ao seu destino, e mais do que isso, sabem que Mocinho foi um homem honesto, um homem de bem que sempre honrou seus compromissos e soube fazer amizades por onde passou.




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