sábado, 27 de setembro de 2025

SESSENTA ANOS – Germano

 

Exatamente no dia 27.09.1965, tomei posse como Praticante de Escritório no Banco do Nordeste do Brasil, S/A., na Agência de Mata Grande em Alagoas, com apenas  dezoito anos de idade.

No ano de  1968, fui nomeado Chefe de Setor de Serviços Gerais, período em que me submeti a concurso interno e passei para Escriturário. Neste cargo passei  treze anos, gostava e amava o que fazia. Tive como é de praxe altos e baixos com a incompetência de alguns gerentes que demonstravam a força do cargo para intimidar.

Cansado de tantos transtornos resolvi concorrer para o curso de Gerente e logo em seguida, fui designado para instalar uma Agência, onde passei cinco anos.

Posteriormente, por opção, fui removido para Maceió e depois para a Gerência da Agência de Mata Grande , onde pretendia me aposentar. Entretanto, o destino não quis e terminei por me aposentar na Agência de Neópolis. Uma felicidade  e realização total após trinta anos de Banco.

No ano de 1996 , me aposentei e como achava bonito emprestar dinheiro do Banco aos clientes e vê-los progredir, resolvi tomar emprestado o dinheiro do Banco para  a área rural. Com todo orgulho continuei no Banco, desta feita como cliente.

No ano de 1997 começou os piores anos, o Presidente FHC determinou o corte de 50% do meu salário, o empréstimo triplicou de valor e fiquei sem condições de manter o patrimônio funcionando, pois,  existia a despesa fixa. Então, os meus filhos me ajudaram a superar a fase. Aqui um registro especial para a minha esposa que compreendeu e passou a trabalhar dobrado, com a venda de produtos da  nossa agricultura familiar.

Entrei na Justiça, ganhei, e daí em diante as coisas melhoraram, mesmo  arcando com a renúncia de parte do que tinha direito.

Mesmo assim, continuei defendendo o Banco. Iniciei e participei da maior manifestação pública já vista em Mata Grande em defesa da Agência local.

Hoje, relembrando estas coisas, só me resta  agradecer a Deus pelos altos e baixos que até hoje passei.

terça-feira, 23 de setembro de 2025

VERA LISBOA - Jaqueline Lisboa

 

 

16 de setembro às 20:44 Jaqueline Lisboa.

 

Hoje me bateu uma tristeza imensa e ao mesmo tempo uma reflexão.

Hoje,16/09/25 revivi momentos lindos da minha vida. Neste dia há muito tempo, durante muito tempo, minha mãe organizava o desfile cívico da sua cidade Mata Grande, roupas das balizas, fantasias, roupas de galas. Cresci nesse ambiente. Vínhamos á Maceió, comprar os acessórios para criar o que sua imaginação criativa sonhava.

Foi professora durante toda sua vida do Grupo Escolar Demócrito Gracindo. Salvo exceção quando assumiu a coordenadoria de educação, nesta época eu já era adolescente. Hoje relembrei tudo isso.

Minha mãe faleceu no dia 13/02/25. A prefeitura municipal de Mata Grande, que todos os dias, através da sua assessoria de comunicação, divulga a morte dos mata-grandenses, não emitiu se quer uma nota, uma frase sobre seu falecimento. Uma mulher que viveu toda uma vida nessa cidade e conhecida por muitos como D. Vera, minha professora. D. Vera era irreverente, Ou até mesmo como D. Vera de seu Merinho( meu pai, comerciante de Mata Grande, por mais de 60 anos).

Poucos dias após a morte de minha mãe, confesso que fiquei triste pela falta de empatia. Passei uma mensagem para @prefeituradematagrande questionando quais eram os critérios para divulgação dos falecimento dos  matagrandenses , nas redes sociais da prefeitura. Não tive resposta!  Mas cheguei a conclusão, que a política nojenta de Mata Grande continua a mesma.

Será porque mamãe com 86 anos não votou no prefeito da época, @erivaldomandu e por conseguinte na sua candidata eleita @falfarias 15 !? Deve ter sido isso! Porque nada justifica, uma palavra se quer sobre minha mãe.

Hoje, senti saudades dela e passou um filme na minha cabeça. Esperei ver Mata Grande no desfile. Infelizmente Mata Grande não estava presente. Mas eu estava mamãe  e tudo certo. Mas Inhapi estava, vibrei por Inhapi, cidade de meus avós e onde minha mãe iniciou sua vida profissional como professora. Salve D. Vera! Estará sempre presente comigo!

NOTA DO BLOG:

Texto copiado do Facebook.

 

domingo, 21 de setembro de 2025

MINHAS MEMÓRIAS - Germano

 


Brasília – DF., 21 de setembro de 2025 – Hoje é o aniversário do meu amigo e colega de profissão JOSÉ AMORIM. Alagoano de Arapiraca e hoje residente em Aracaju- Se.  Sabe o que me fez lembrar dele foi a forma como ele tratou da minha aposentadoria.

No ano de 1992 fui nomeado Gerente da Agência de Mata Grande e tencionava me aposentar lá, onde comecei a minha trajetória profissional de bancário. Todavia, houve um Presidente do Banco que não queria filho da terra, gerenciando a Agência.

Acontece  que após a notícia, eu já completaria o tempo de me aposentar em dezembro de 1965. Então comecei a me preparar para a aposentadoria. Fui ao INSS de Delmiro Gouveia, tentei agregar os tempos que trabalhei antes de ingressar no Banco. Tentei até com o INSS de Salvador e políticos influentes de lá para abreviar a coisa. Tudo em vão. Então, não tive alternativas, fui removido para a Agência de Neópolis -SE.

Eis que, alguns meses depois, despretensiosamente conversando com Amorim, ele me disse: Germano, busque a sua documentação e venha até Aracaju, para que eu faça uma análise da situação. Fui, levei, ele preparou e disse: Você já está aposentado, se quiser não vá trabalhar amanhã. Fiquei surpreso,  todavia , pela responsabilidade profissional, fui a Agência, abri o expediente, comuniquei a Superintendência para mandar um substituto e a partir de 02.05.1996 virei ex-funcionário do Banco do Nordeste do Brasil, S/A a quem dediquei mais de trinta anos de minha existência.

Quanto a Amorim, continuamos amigos e quero externar os meus sinceros agradecimentos,  ao mesmo tempo desejar a ele um feliz aniversário, vida longa e muitas felicidades junto a sua maravilhosa família.

 

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

REEDITANDO - Germano

 


Brasília-DF., 25 de janeiro de 2010.

 

Estando navegando no ORKUT, eis que me deparo com as fotos do conterrâneo Renivan Freitas, que junto a outros amigos se deliciavam nos banhos da cachoeira , situada na Fazenda do Senhor João Gomes, daí o nome que conhecíamos " A Cachoeira de João Gomes". 

Diante das fotos, as recordações afluíram e passei a relembrar os bons momentos que lá tivemos junto com outros amigos, inclusive o filho do dono, o nosso amigo João Neto, que atualmente, é quem está dando as ordens por lá.

Lamentamos que, no local onde havia o poço profundo, onde nadávamos e mergulhávamos, esteja aterrado pela areia, onde a água que  nos encobria com os braços levantados, não atinge, si quer os joelhos.

Para se ter a  ideia da altura, saltávamos de cima da pedra e foi nos destes saltos que o primo da minha esposa, João Barbosa da Silva Neto (conhecido como João Tostão) chegou a falecer.

Realmente, tinha esquecido dos bons momentos ali vividos embora a água seja mais intensa nos períodos chuvosos em nossa terra (maio a setembro) ou então, nos períodos de trovoadas que , devido a força das águas , mantinha o poço com razoável profundidade, hoje, dado a raridade destas chuvas no alto sertão alagoano, acredito que, o aterramento foi inevitável.

A Fazenda daria sem sombras de dúvidas um excelente "pesque e pague"  ou mesmo uma bela pousada, haja vista, se localizar no Sítio Espanha (nome sugestivo), às margens de uma estrada asfaltada que dá acesso à Capital e à cidade de Paulo Afonso-BA., tem água em abundância, fruteiras e um clima excelente, sendo que nos períodos invernosos a neblina é intensa naquela região, obrigando os motoristas a acenderem os faróis dos carros, mesmo em pleno dia.

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

SERRA DA ONÇA – EVENTOS

 

SERRA DA ONÇA – EVENTOS

 "Shalom do Senhor. Como mata-grandense agradeço ao Daniel Malta, bisneto do Antônio  Rodriguez Albuquerque,(idealizador da igrejinha da serra da onça) e famíliares, pela iniciativa do Projeto de Lei 198/23, que se tornou  lei nesta segunda - feira (4) como o tombamento da igrejinha da serra da onça, como PATRIMÔNIO HISTÓRICO.

 Agora NÃO se pode colocar ou fazer nada, em um raio de 20 metros da igrejinha do seu cume. Também o agradeço pela bela placa em homenagem aos 100 da construção da capelinha e pelos azulejos, com a imagem de Santo Antônio. São lindos!

Também agradeço ao sr. Germano Mendonca Alves, que sempre tinha este sonho de um dia, a igrejinha ser tombada, creio que esse projeto tenha o dedo desse excelente historiador, que o admiro e tenho todo respeito!

E aos mata-grandense ausentes, por serem uma das pedras principais, para mantermos e realizarmos alguns serviços na serra! Contem sempre comigo, para com a preservação da igrejinha e da própria serra da onça!

Deus os abençoe."

 

NOTA DO BLOG.

Texto  divulgado no Facebook.

 

 

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

REVASCULARIZAÇAO CARDIACA – Germano

 

REVASCULARIZAÇÃO CARDÍACA – Germano

Início de julho de 2025, minha filha Geovanna manda as passagens aéreas para que eu e Icléa viéssemos passar uns dias com ela aqui em Brasília, com retorno previsto para o dia 11.08.2025, um dia após o  aniversário dela.

Aproveitamos bem o mês de julho,  participamos do Moto Capital, uma das melhores festas nas Américas. Vale registrar que o meu genro faz parte da Irmandade Águia Real, que tem a sua barraca particular, onde tínhamos de tudo, bebida e comida a vontade e boas acomodações.

Acontece que sempre que venho a Brasília, me submeto a  uns exames  rotineiros de saúde , tendo em vista as facilidades que encontro.

Então fui a Dr. Juliana, dermatologista. Alguns sinais foram extraídos. Ela recomendou que fosse ao Dr. João Pedro. Chegando lá, ele notou algo estranho  nos exames que trouxe de Maceió e passou uns remédios. Um deles despertou a minha filha que solicitou um exame mais detalhado.

Porém, desta feita, após um destes exames (Angio-TC de coronárias), que Geovanna resolveu despretensiosamente solicitar , resultou em alterações nas coronárias.

Isto fez com que fosse solicitado um cateterismo urgente, haja vista o nosso retorno para Maceió, que  estava  programado para um dia após o aniversário.

Então, o cateterismo foi programado para o dia seguinte 07.08.2025. Após o mesmo fui enviado direto para a UTI Cardíaca do Hospital Santa Helena,  onde permaneci internado. O Dr. Fernando Atik chegou de São Paulo no domingo e marcou a cirurgia de urgência para o dia 11.08.25, justamente o dia que estava programado para retornarmos a Maceió.

Hoje faz um mês, tenho tido uma recuperação muito boa e resta agradecer a Deus, a minha filha e também ao Doutor Fernando Atik que me operou e sua valiosa equipe cardíaca. Quero agradecer também a Doutora, Camila Junqueira, Ao Dr. Hugo e toda a equipe da UTI Cardíaca do Hospital  Santa Helena.

Doravante, vida que segue, embora ainda vou receber as recomendações de como devo me comportar, após receber quatro pontes de safena.

Brasília - DF ., 11 de setembro de 2025.

 

 

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

DOUTOR ALBERES -

 


Médico supera doença degenerativa e se torna referência em atendimento

A distrofia muscular, uma doença degenerativa, não foi obstáculo para José Alberes Silva exercer a medicina. Ele driblou as dificuldades e se tornou uma referência no atendimento dos pacientes no Centro de Saúde nº 1 de Sobradinho

A palavra limite não se aplica à vida de José Alberes Silva, 53 anos. O alagoano de Canapi exerce a medicina com primor. Sabe humanizar na hora de lidar com os cerca de 40 pacientes que atende diariamente no Centro de Saúde n; 1 de Sobradinho. Durante a consulta, o nordestino, radicado brasiliense, segue uma espécie de ritual: conversa, olha firme nos olhos, escuta com paciência, dá conselhos, além daqueles que se referem à saúde. Prefere deixar de lado o jaleco branco, porque, segundo ele, o uniforme é um obstáculo na relação entre médico e os que são consultados.

Quem conhece Alberes assegura: Ele não é qualquer doutor. A explicação está somada à forma como ele trata os pacientes ; na doença que poderia impedí-lo de seguir em frente. O clínico geral convive, desde a infância, com a distrofia muscular. Trata-se de uma doença generativa e progressiva (leia Para saber mais) responsável por reduzir os movimentos dos membros de Alberes.

Doutor Alberes acorda cedo. Às 5:30, já está em pé. Movimenta-se com a ajuda de um andador ou de uma cadeira de rodas. Segue sozinho para o trabalho, dirigindo um carro adaptado. Ao estacionar no centro de saúde, liga para o seu fiel escudeiro, uma espécie de Sancho Pança do médico. Do outro lado da linha, o vigilante Aurélio Barreira Cirqueira, 43 anos, atende a ligação. Aurélio já está a postos para ajudar ao amigo e dá uma força na hora de tirá-lo do veículo. Segura a maleta do alagoano que guarda estetoscópio, carimbos, receituários e outros itens.

-Ele é um exemplo de pessoa e de médico;, afirma Aurélio. ;Eu sinto um amor forte por ele. Ele é muito real quando fala. Fala verdades, eu vejo nos olhos dele, mas de uma forma que não dói, acrescentou Aurélio.

Pelos corredores da unidade de saúde, todos sabem que a agenda de Alberes é uma das mais disputadas. Desde que foi transferido para o local, há cerca de 13 anos, ele atende pacientes acima do limite. E não recusa atendimento.

-Quando um médico não pode clinicar, doutor Alberes chama a pessoa no consultório; conta o vigilante. Colega de trabalho do médico, a enfermeira Auxiliadora Nantua, 56 anos, conhece a forma como o alagoano clinica desde que ele se fixou em Brasília, em 1992, ano em que ele fazia residência no Hospital Regional de Sobradinho.

-Ele cresceu como profissional e pessoa. Usa da ética e faz um trabalho de qualidade, com credibilidade e brilhantismo. É respeitado tanto pelos colegas quanto pelos usuários. Mesmo com os problemas de saúde, ele não se limita, revelou Auxiliadora.

Os pacientes que preferem se consultar com Alberes sabem da doença do médico, mas não o tratam diferente. A aposentada Francisca Ferreira Barbosa, 70 anos, perdeu as contas do tempo que conhece o trabalho do servidor público. Ontem, ela precisou da ajuda do clínico geral. Dessa vez, a moradora da Fercal não esteve lá para a consulta. Precisava de um documento que a autorizasse fazer uma cirurgia de catarata. Ele é um anjo para mim, um amor de pessoa. Recebe a gente direitinho. Não é abusado e gosta de conversar sobre a vida, disse Francisca.

A dona de casa Isabel Pacheco de Souza, 77 anos, é mais uma fiel paciente do doutor Alberes. Dos conselhos dados pelo médico, ela guarda um em especial: Ele sempre fala para eu fazer atividades para não ficar com depressão.

NOTA DO BLOG:

O Dr. Alberes é filho do comerciante

Benício Silva, que tinha loja de tecidos

em Mata Grande.

 

 

 

 

VELHO TRAPIAZEIRO -Remi Bastos

 

VELHO TRAPIAZEIRO

A adolescência é um passado

Que viaja com a gente

Como pássaros providos,

Por mais que os anos passem

Mas, em nós sempre renascem,

Aqueles tempos vividos.

 

Lembro-me de um trapiazeiro

Na cidade de Mata Grande,

Em uma estrada de barro

Próximo ao Grupo Escolar

Onde a meninada a vaguear

Curtia a vida num sarro.

 

Velho trapiazeiro

Que galgamos a tua copa

Como meninos astutos,

E sem querer fazer alarde

Quase todas as tardes

Saqueávamos os teus frutos.

 

Sei que não existes mais

O progresso o tombou,

Mas, na minha sensatez

Eu confesso trapiazeiro,

Que viajaria o mundo inteiro

Para te ver outra vez.

 

Remi Bastos

Aracaju/SE, 18/10/2015.


NOTA DO BLOG:

Remi  residiu em Mata Grande na adolescência. Hoje mora em Aracaju. É filho de seu Plácido, funcionário federal que trabalhou em Mata Grande. Só que Remi diz que nunca esqueceu  Mata Grande. Veja abaixo um comentário dele no Facebook. 


Remi Bastos

Lembro-me das vezes em que subia à Serra da Onça para apreciar o belo cenário e comer manuê. Na fralda da serra , existia apenas a vegetação nativa e a neblina que se somava àquele gostoso frio com o cheirinho de Mata Grande. Mas, atualmente, o novo cenário condiz com uma realidade mais abrangente. O Rosário de construções residenciais confere à Mata Grande uma estrutura de moradia, que certamente, atrairão futuros empreendimentos, tais como hotéis e clubes recreativos e de tratamentos de saúde.

sábado, 6 de setembro de 2025

NÃO ERA UM LAR

 

NÃO ERA UM LAR

Não era um lar. Era um depósito de esquecidos.

O meu nome é Joaquim. Tenho 84 anos.

Depois de a minha esposa morrer, a solidão foi ficando cada vez mais pesada.

Os meus filhos diziam que eu não devia viver sozinho.

Um dia, trouxeram-me para um lar.

Disseram que era para o meu bem.

Eu fiquei calado. Eles foram embora.

Fiquei à espera de visitas.

Uma semana. Um mês. Dois.

Lá dentro, conheci outros como eu:

ex-professores, ex-enfermeiros, ex-pais, ex-mães.

Gente com nome, mas sem ninguém a dizer esse nome.

Um senhor chamado João dizia todos os dias:

 “A minha filha vem no domingo.”

Mas os domingos passavam. E ela nunca veio.

Percebi então que aquele lugar não era um lar.

Era um depósito silencioso de gente que deu tudo.

E agora... apenas espera.

Hoje, passo os dias a escrever cartas que nunca envio.

E a ouvir passos no corredor, imaginando que são para mim.

Não estou triste.

Mas também já não vivo como alguém que se sente lembrado.

E se estás a ler isto… lembra-te de que o tempo que não dás hoje, é o arrependimento que te espera amanhã.

Milhares de idosos estão vivos. Mas socialmente invisíveis.

Não é preciso gritos, nem escândalos.

Basta o silêncio, e ele já diz tudo.

Se tens pais, avós ou vizinhos mais velhos, não esperes datas especiais para aparecer.

Liga. Visita. Escuta.

Porque quem um dia te segurou com força, não merece ser deixado cair no esquecimento.

TEXTO Anônimo.

NOTA DO BLOG:

Copiado do Facebook.


quinta-feira, 4 de setembro de 2025

ENVELHECER NÃO É FÁCIL

 

ENVELHECER NÃO É FÁCIL

Envelhecer não é fácil.

É um processo silencioso de despedidas.

Você precisa aprender a andar mais devagar, não apenas com os pés, mas com a alma.

É preciso dizer adeus a quem você foi um dia, e ter coragem de olhar nos olhos da pessoa que se tornou.

Fazer aniversário nem sempre é celebração. Às vezes é confronto. Você vê um novo rosto no espelho e tenta reconhecê-lo. O corpo muda, o tempo desenha marcas onde antes havia pressa.

E você precisa aprender a caminhar com dignidade, a carregar a história nas costas sem vergonha, sem medo do que os outros vão dizer, sem pedir desculpas por ainda estar aqui.

Envelhecer exige desapego. De ideias, de pessoas, de versões suas que já não voltam.  Deixar ir quem não quer mais ficar. Deixar ficar quem escolhe permanecer.

É aprender a não esperar dos outros aquilo que você precisa encontrar dentro de si. É despertar sozinho, dia após dia, e tentar se reconhecer naquele reflexo que parece mais distante a cada manhã.

É aceitar que alguns ciclos terminaram. Que alguns amores se foram. Que algumas dores não voltam — mas também, não somem.

É lembrar de quem partiu, com amor e saudade. E chorar, se for preciso, até esvaziar por dentro, até lavar a alma por inteiro.

Porque só assim, depois do pranto mais fundo, é que voltam os sorrisos. Voltam os pequenos encantos. Nascem outras esperanças. E novos desejos encontram espaço no coração.

Envelhecer não é o fim. É um outro começo, mais sereno, mais real, mais inteiro. E apesar de tudo, ainda é vida. E onde há vida, há sempre algo por florescer.

Nota do blog:

Copiado do Facebook.

Autor desconhecido.

 

terça-feira, 2 de setembro de 2025

TESOUROS MASCARADOS

 

O Que Permanece...

Não são as viagens luxuosas, mas a viagem em família, onde o carro avariou e todos tiveram que empurrar e, do nada, começou a chover…

 

Não é a cama' king size' que ocupa 30% do quarto e aumenta a solidão, mas o beliche, onde alguém dormia na parte de cima, e as conversas em tom baixo para não acordar o restante do pessoal do quarto, bem como o riso alto, que sempre tinha habilidade de escapar.

 

Não são os milhares de 'gostos' numa foto perfeita, tirada com um telefone perfeito, no momento perfeito, com os filtros perfeitos, mas a foto tremida pela felicidade de um momento único, felicidade sempre chacoalha o ser.

 

Não são as declarações de amor públicas feitas para uma plateia, mas o abraço que recebes, mesmo quando falhas e erras, quando podes ser tu, mesmo na totalidade do teu ser.

 

Não é voo de helicóptero, mas voar em um balanço amarrado num galho de árvore na infância.

 

Não é a quantidade de pessoas que conheces, mas uma única, que te acrescente, te faça crescer, seja pela dor, ou seja pelo amor.

Não são os carros que conduziste na vida, mas a primeira vez em que desceste uma ribanceira de bicicleta.

 

Não são os pratos da alta gastronomia, mas, sim, um almoço comum de domingo na casa da avó.

 

Não é correr 20 km em uma estrada, mas quando os teus olhos viram os primeiros passos de alguém.

 

Não são os milhares de beijos ardentes, mas o beijo na testa antes dos olhos do sono serem abertos.

 

Não é o guarda-roupa com o novo casaco caríssimo, mas a camisa folgada de um amor ausente.

Não é o guarda-roupa com o novo casaco caríssimo, mas a camisa folgada de um amor ausente.

 

Não são as calçadas das viagens internacionais, mas aquela calçada em que tropeçaste e caíste, aprendendo a importância da dor.

 

Só coisas grandiosas não são levadas pelo vento do tempo... Ficam em ti, como evolução, nesses corredores do tempo...

São tesouros mascarados!