quinta-feira, 4 de setembro de 2025

ENVELHECER NÃO É FÁCIL

 

ENVELHECER NÃO É FÁCIL

Envelhecer não é fácil.

É um processo silencioso de despedidas.

Você precisa aprender a andar mais devagar, não apenas com os pés, mas com a alma.

É preciso dizer adeus a quem você foi um dia, e ter coragem de olhar nos olhos da pessoa que se tornou.

Fazer aniversário nem sempre é celebração. Às vezes é confronto. Você vê um novo rosto no espelho e tenta reconhecê-lo. O corpo muda, o tempo desenha marcas onde antes havia pressa.

E você precisa aprender a caminhar com dignidade, a carregar a história nas costas sem vergonha, sem medo do que os outros vão dizer, sem pedir desculpas por ainda estar aqui.

Envelhecer exige desapego. De ideias, de pessoas, de versões suas que já não voltam.  Deixar ir quem não quer mais ficar. Deixar ficar quem escolhe permanecer.

É aprender a não esperar dos outros aquilo que você precisa encontrar dentro de si. É despertar sozinho, dia após dia, e tentar se reconhecer naquele reflexo que parece mais distante a cada manhã.

É aceitar que alguns ciclos terminaram. Que alguns amores se foram. Que algumas dores não voltam — mas também, não somem.

É lembrar de quem partiu, com amor e saudade. E chorar, se for preciso, até esvaziar por dentro, até lavar a alma por inteiro.

Porque só assim, depois do pranto mais fundo, é que voltam os sorrisos. Voltam os pequenos encantos. Nascem outras esperanças. E novos desejos encontram espaço no coração.

Envelhecer não é o fim. É um outro começo, mais sereno, mais real, mais inteiro. E apesar de tudo, ainda é vida. E onde há vida, há sempre algo por florescer.

Nota do blog:

Copiado do Facebook.

Autor desconhecido.

 

terça-feira, 2 de setembro de 2025

TESOUROS MASCARADOS

 

O Que Permanece...

Não são as viagens luxuosas, mas a viagem em família, onde o carro avariou e todos tiveram que empurrar e, do nada, começou a chover…

 

Não é a cama' king size' que ocupa 30% do quarto e aumenta a solidão, mas o beliche, onde alguém dormia na parte de cima, e as conversas em tom baixo para não acordar o restante do pessoal do quarto, bem como o riso alto, que sempre tinha habilidade de escapar.

 

Não são os milhares de 'gostos' numa foto perfeita, tirada com um telefone perfeito, no momento perfeito, com os filtros perfeitos, mas a foto tremida pela felicidade de um momento único, felicidade sempre chacoalha o ser.

 

Não são as declarações de amor públicas feitas para uma plateia, mas o abraço que recebes, mesmo quando falhas e erras, quando podes ser tu, mesmo na totalidade do teu ser.

 

Não é voo de helicóptero, mas voar em um balanço amarrado num galho de árvore na infância.

 

Não é a quantidade de pessoas que conheces, mas uma única, que te acrescente, te faça crescer, seja pela dor, ou seja pelo amor.

Não são os carros que conduziste na vida, mas a primeira vez em que desceste uma ribanceira de bicicleta.

 

Não são os pratos da alta gastronomia, mas, sim, um almoço comum de domingo na casa da avó.

 

Não é correr 20 km em uma estrada, mas quando os teus olhos viram os primeiros passos de alguém.

 

Não são os milhares de beijos ardentes, mas o beijo na testa antes dos olhos do sono serem abertos.

 

Não é o guarda-roupa com o novo casaco caríssimo, mas a camisa folgada de um amor ausente.

Não é o guarda-roupa com o novo casaco caríssimo, mas a camisa folgada de um amor ausente.

 

Não são as calçadas das viagens internacionais, mas aquela calçada em que tropeçaste e caíste, aprendendo a importância da dor.

 

Só coisas grandiosas não são levadas pelo vento do tempo... Ficam em ti, como evolução, nesses corredores do tempo...

São tesouros mascarados!