SÁBADO SANTO, DIA DA MALHAÇÃO
DO "J U D A S "
Ubireval Alencar
Ele era comentado em família e
esperado de véspera. J U D A S, o traidor. Descoberto e definido na noite da
Última Ceia. Jesus o identificara e conhecia das suas maquinações. Estava na
índole de Judas tornar-se servil às manipulações do dinheiro.
Desde aquela época, a tal
propina vinha sendo o artifício dos caracteres que negociam a própria alma em
troca de benefícios financeiros. Trinta moedas de prata como oferta pela
DELAÇÃO DE JESUS e sua identificação ante a tropa do Procurador Pôncio Pilatos.
Roma pouco se importava com a
presença de profetas, que de tempos em tempos se insurgiam nos movimentos
sociais religiosos. Toda Judeia estava sob domínio do Império Romano. O
detalhe tem como agravante ser a casta sacerdotal de Judeus os principais
interessados na exclusão da presença de Jesus. Milagres e episódios inéditos
praticados pelo Grande Rabino da Galileia destoavam da mesmice e pasmaceira que
a turma de Anás, Caifás e demais sacerdotes farisaicos conviviam.
Na infância de Mata Grande não
se compreendia toda liturgia e cerimoniais celebrados pela Igreja católica. Mas
uma convicção nos asseguravam os adultos: a manhã do sábado santo se destinava
à malhação do Judas. Em pontos diferentes, nas ruas de Baixo, da Cruz e de Cima
haveria fantoches humanos revestidos de molambos, presos aos postes de energia,
como símbolos públicos da condenação do apóstolo e traidor.
As crianças sobretudo já se
imbuíam dessa tarefa na manhã do sábado: munidos de paus, cabos de vassouras,
era nosso dever despedaçar a pauladas o homem que teria sido a causa imediata
da futura condenação de Jesus. E o cuspíamos e depredávamos em fúria real.
Alguns eram incinerados ainda inteiros.
Esse JUDAS nos dias de hoje se
repetem travestidos de tantas outras facetas da TRAIÇÃO. Ora é o companheiro(a)
traindo um ao outro, ora é o aparente amigo fingindo-se de parceiro de
diálogos, mas como ave de rapina colhendo em tons verdes o que ele próprio irá
divulgar como maduros, na disseminação da calúnia e difamação do inocente
amigo. Aves de rapina. Excelência da modernidade. Num futuro breve colherão
dentro da própria descendência o lodo da personalidade vil.
Esses são os tempos modernos,
e a cada dia quase que somos obrigados a malhar um Judas dos nossos arredores,
do nosso convívio... e que tão bem camuflados se imiscuem sutilmente num papo
de net watsApp, ora FACE, quando não o fazem com o acinte do sorriso de
traição.
VAVA PRIMEIRO PAR MAIS ESTA BELA MATÉRIA:
ResponderExcluirSÓ PARA RELAXAR IMAGINE SE PARA CADA UM POLITICO DESONESTO EM NOSSO PAIS TIVÉSSEMOS QUE FAZER UM JUDAS E PRENDE-LOS NOS POSTE IA COM CERTEZA FALTAR FALTAR MUITOS POSTES NESTE BRASIL.
Só vi hj, Freitas.Basta a Lava-Jato como exposição do devido e indevido das nossas economias e politicas públicas. Um caldeirão fumegando a barbárie moderna de uma involução. Que no futuro os netos e bisnetos possam registrar melhores indices que os atuais.Ubireval
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