domingo, 16 de abril de 2017

SÁBADO SANTO, DIA DA MALHAÇÃO DO "J U D A S " - Ubireval Alencar










SÁBADO SANTO, DIA DA MALHAÇÃO DO "J U D A S "  
                                                                                                                                       Ubireval Alencar

Ele era comentado em família e esperado de véspera. J U D A S, o traidor. Descoberto e definido na noite da Última Ceia. Jesus o identificara e conhecia das suas maquinações. Estava na índole de Judas tornar-se servil às manipulações do dinheiro.

Desde aquela época, a tal propina vinha sendo o artifício dos caracteres que negociam a própria alma em troca de benefícios financeiros. Trinta moedas de prata como oferta pela DELAÇÃO DE JESUS e sua identificação ante a tropa do Procurador Pôncio Pilatos.

Roma pouco se importava com a presença de profetas, que de tempos em tempos se insurgiam nos movimentos sociais religiosos. Toda Judeia estava sob domínio do Império Romano. O detalhe tem como agravante ser a casta sacerdotal de Judeus os principais interessados na exclusão da presença de Jesus. Milagres e episódios inéditos praticados pelo Grande Rabino da Galileia destoavam da mesmice e pasmaceira que a turma de Anás, Caifás e demais sacerdotes farisaicos conviviam. 

Na infância de Mata Grande não se compreendia toda liturgia e cerimoniais celebrados pela Igreja católica. Mas uma convicção nos asseguravam os adultos: a manhã do sábado santo se destinava à malhação do Judas. Em pontos diferentes, nas ruas de Baixo, da Cruz e de Cima haveria fantoches humanos revestidos de molambos, presos aos postes de energia, como símbolos públicos da condenação do apóstolo e traidor.

As crianças sobretudo já se imbuíam dessa tarefa na manhã do sábado: munidos de paus, cabos de vassouras, era nosso dever despedaçar a pauladas o homem que teria sido a causa imediata da futura condenação de Jesus. E o cuspíamos e depredávamos em fúria real. Alguns eram incinerados ainda inteiros.

Esse JUDAS nos dias de hoje se repetem travestidos de tantas outras facetas da TRAIÇÃO. Ora é o companheiro(a) traindo um ao outro, ora é o aparente amigo fingindo-se de parceiro de diálogos, mas como ave de rapina colhendo em tons verdes o que ele próprio irá divulgar como maduros, na disseminação da calúnia e difamação do inocente amigo. Aves de rapina. Excelência da modernidade. Num futuro breve colherão dentro da própria descendência o lodo da personalidade vil.

Esses são os tempos modernos, e a cada dia quase que somos obrigados a malhar um Judas dos nossos arredores, do nosso convívio... e que tão bem camuflados se imiscuem sutilmente num papo de net watsApp, ora FACE, quando não o fazem com o acinte do sorriso de traição.

Ontem e hoje, há sempre um Judas a ser expurgado e  distanciando-o do nosso convívio. Porque na manhã de DOMINGO DE PÁSCOA temos um túmulo vazio. ELE ressurgiu dos mortos (= sepulcro e falsidade) dos que não mereceram nossa eleição. E é nessa crença que nos firmamos, sobreviventes modernos da nossa ressurreição

2 comentários:

  1. VAVA PRIMEIRO PAR MAIS ESTA BELA MATÉRIA:
    SÓ PARA RELAXAR IMAGINE SE PARA CADA UM POLITICO DESONESTO EM NOSSO PAIS TIVÉSSEMOS QUE FAZER UM JUDAS E PRENDE-LOS NOS POSTE IA COM CERTEZA FALTAR FALTAR MUITOS POSTES NESTE BRASIL.

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  2. Só vi hj, Freitas.Basta a Lava-Jato como exposição do devido e indevido das nossas economias e politicas públicas. Um caldeirão fumegando a barbárie moderna de uma involução. Que no futuro os netos e bisnetos possam registrar melhores indices que os atuais.Ubireval


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