Os nossos cinquenta e cinco anos de casados, que
corresponde as Bodas de Ametista, está sendo comemorado neste dia 25.12.22.
No século passado, ano de 1967 eu e Icléa casamos
na Igreja Matriz de Mata Grande, a celebração foi do saudoso Monsenhor Aloysio
Vianna Martins, meu primo por parte da família Alves.
Alguns amigos ficam admirados e perguntam: como
vocês conseguem ficar casados por tantos anos?
Logicamente, por ser com a mesma mulher. Acredito
que as amigas dela perguntam como ela conseguiu ficar casada comigo.
Existem passagens interessantes na vida a
dois. Quando tínhamos 47 anos de casados
um pastor da Igreja Batista me perguntou qual era a regra para permanecer tanto
tempo casado? Simplesmente respondi: Deixar a mulher mandar. Ele riu bastante.
Nunca me dediquei a família pensando em ser um diferencial, procurei apenas
cumprir o meu papel de pai e marido fiel tendo em vista que, os deslizes são a
causa de muitas separações, tornando o divórcio uma coisa simples e aceita pela
sociedade.
A grande maioria das pessoas não consegue conviver em harmonia. Todos
sabem que não é fácil e quem quiser conhecer melhor o outro, ‘VÁ COMER SAL
JUNTOS”, já dizia dona Luizinha a minha saudosa mãe.
Não vou dizer que tudo tem sido um mar de rosas quantas vezes nos “arranca
rabos” minha esposa, pensou em pegar as malas e voltar para a casa dos pais.
Mas, como sempre, o errado era eu e ponderava “ perdão foi feito para a gente
pedir” trecho de uma música. Ela se acalmava e partíamos juntos para uma
renovação.
Eis aí outro grande motivo para perdurar um
casamento. Renovar o seu, é tanto que já renovei três vezes, e se volta ao
início, partindo do namoro até a sedução e não procurar outra pessoa.
Pensando bem, alguns amigos que se separam, voltam a
ser jovens, usam camisas da moda, voltam a frequentar os bares da noite, coisa
que pode ser feito com a mesma mulher.
Agora leia o que uma pessoa desconhecida escreveu:
“Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse
um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares novos e
desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os
discos, o corte de cabelo, a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que
você se separe de seu cônjuge.
Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou o mesmo marido por tantos
anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas
piadas. Muitas vezes não é a sua esposa que está ficando chata e mofada, é você.
São seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração.
Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente
custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses
pequenos custos necessários para renovar um casamento.
Mas se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis,
novas roupas e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.
Não existe essa tal "estabilidade do casamento" nem ela deveria ser
almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e
seus amigos. A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma
"relação estável", mas saber
mudar juntos.
Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas
que jamais teria pensado em fazer no inicio do casamento. Você faz isso constantemente
no trabalho, porque não fazer na própria família?
Portanto descubra a nova mulher ou o novo homem que vive ao seu lado, em vez de
sair por aí tentando descobrir um novo e
interessante par.
Tenho certeza que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos
e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos, não obstante
as desavenças.
Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso de vez em quando é necessário
casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.”
Agradeço sempre ao Onipotente pela Sua
grande generosidade para conosco e peço que nos conceda saúde, paz e
tranquilidade para o enfrentamento da
lide e intranquilidades que surgem no decorrer dos dias.
E rumo as Bodas de Diamante!
Brasília (DF), 25 de dezembro de 2022.
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