segunda-feira, 27 de setembro de 2021

IZA ALVES MALTA GAIA - Ubireval Alencar

 




DONA IZA R. MALTA  -  Ubireval Alencar

 

UM TESTEMUNHO  DAS GRANDEZAS E TRAGÉDIAS DE MATA GRANDE

                 ERAM OS IDOS  de 1950 e a cidade de Mata Grande entrava em rebuliço de tiros, estopins de bombas para as crianças apenas habituadas a foguetório que iluminavam os céus da Praça da Matriz. Raros dias do ano, novenas de Santo Antônio, novenas festivas da padroeira ( 08 de dezembro) e transferida para o dia 01 de janeiro, coparticipação do Ano Novo.  E naquela fatídica manhã  de outubro de 1950, dia de eleição municipal, Gerusa Malta atravessava a Rua da Cruz aos gritos,  D.Iza fora atingida com bala numa coxa .

 E no calvário da subida para Rua de Cima, num mesmo calçamento eram abatidos com rifles os opositores Eustaquio Malta, seus dois filhos Sônia e Ubaldo, além de um empregado da família, Napoleão,  mais acima.    Crianças curiosas, idosos em disparada, homens do Sitio perdiam chapéus nos arames das cercas que atravessavam.      

Mas a família recém construída de Luiz Malta Gaia e Iza viveram seus louros na prole de Maria Iza, João Roberto Ângela,  Luís Antônio e José Luiz. Com eles muitos de nós pudemos  viver as melhores alegrias do Carnaval, os bailes no Clube Paz e Amor.             

E o amigo Luis Corneteiro carinhosamente chamado partiu para a eternidade mais cedo. Agora D. Iza refaz a bagagem de lutas, vitórias e  humanos tropeços. O casal manteve-se inteiro, nos altos e baixos que a árdua caminhada VIDA requer. Filhos se realizaram e a saudade familiar busca um ponto de aconchego na hora da despedida de sua matriarca.          

Matagrandenses se voltam em condolências à família enlutada, num abraço familiar. Requiescat in pace. DESCANSO ETERNO, SENHOR.  (in Memoriam de Dona IZA,  escrito por Ubireval Alencar Guimarães)


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