quinta-feira, 15 de agosto de 2019

O CARNAVAL MATAGRANDENSE – Germano






O carnaval de Mata Grande sempre foi um dos melhores do alto sertão alagoano, respeitada obviamente, as devidas proporções habitacionais. Quem residia em outras comunidades, fazia o quase impossível para marcar presença. Matagrandenses e seus familiares se deslocavam das cidades que habitavam para participar do nosso carnaval.

As festividades iniciavam no sábado à noite com  o tradicional Zé Pereira, Mariquinha e Juvenal, devidamente  fantasiados, onde a música que predominava dizia: VIVA ZÉ PEREIRA, VIVA MARIQUINHA, VIVA JUVENAL, TODOS TRÊS NO CARNAVAL.

No domingo havia o carnaval de rua com a orquestra contratada pela Prefeitura, onde o tradicional mela-mela era o divertimento maior dos foliões. À tarde havia a matiné para a criançada e alguns foliões que não respeitavam os horários também se aproveitavam.  Já a noite todo divertimento era realizado no clube Paz e  Amor e no Mercado Municipal.

Na segunda feira tudo se repetia, todavia, alguns blocos saiam independentes, com destaque especial para o bloco do URSO PRETO, do carnavalesco Joaquim de Belo, onde a música mais tocada era: MAIS COMO FOI, MAIS COMO É, O URSO PRETO ESTÁ NA BARCA DE NOÉ.

Na terça feira o bloco que mais se destacava era o do BACALHAU, do saudoso João Caju, este saía do bairro do Mandacaru  com uma quantidade enorme de foliões. Neste dia também havia o tradicional rasga-rasga de camisas e todos enfrentavam o sol que normalmente era escaldante.
Ah! E o bloco das mulheres, animadíssimo, deixava muitos maridos ciumentos irados!

Ao longo dos últimos anos as mudanças foram acontecendo o hoje não sei como brincam os foliões matagrandenses.

Mas lembro que ao amanhecer da quarta feira todos cantavam: OH! QUARTA FEIRA INGRATA CHEGA TÃO DEPRESSA SÓ P’RA CONTRARIAR!











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