*Suzy Maurício
Uma série de respostas psicológicas e fisiológicas acompanha a timidez. O tímido ao falar em público pode suar frio, os batimentos cardíacos se aceleram, podem apresentar um branco, queda de pressão arterial, tontura, náuseas, ansiedade, medo, etc. O entendimento/enfrentamento de situações que causem algum tipo de bloqueio é o que há de assertivo a ser feito.
Se o tímido tem medo de falar em público, deverá organizar estratégias que o levem a contornar tal vivência. Evitar não é a solução, é preciso entender o motivo do bloqueio e aos poucos superar, na prática, tais situações. Mudando modos e atitudes. Mesmo o não tímido, em alguns momentos, pode apresentar um branco, um travamento na fala, nervosismos em situações públicas.
O desconhecido é algo que nos causa receio, medo, mas temos de substituir a timidez pelo enfrentamento-conhecimento. Entender a nossa dificuldade ao falar em público, sua motivação, é fundamental.
As relações sociais exigem desprendimento, grupalização, somos gregários por natureza. Na introspecção estamos sozinhos, com nossos próprios botões. Necessitamos nos relacionar com um outro para desenvolver nossas habilidades e potencialidades: família, amigos, colegas de trabalho, etc. Aprender.
O ideal é começar a não pensar sobre o que os outros vão achar de nós quando nos pronunciarmos numa sala de aula, quando defendermos nossas concepções no trabalho, quando decidimos expor nossa acepção de mundo. Pessoas muito introvertidas podem perder excelentes oportunidades, por exemplo em uma seleção de emprego. Caso elas não se pronunciam diante de uma entrevista, sobre o que sabem, muitas vezes, por receio, não poderão demonstrar que são capazes de assumir tal cargo e que são detentoras de muitas qualidades pessoais. Podem até perder um grande amor por um bloqueio em dizer: olha, eu quero estar com você, etc.
Para melhorar a timidez, é importante o esporte, teatro, envolvimento grupal, cultural e autoconhecimento. Autoconfiança é um componente importante no falar, seja em situações privadas ou públicas. Comecemos ver esta questão na infância, incentivando nossos filhos para a exposição oral, questionamentos em sala de aula, dramatizações, etc. A escola , como nós, auxilia nesta edificação. Aplaudindo, reforçando, sugerindo, motivando e propiciando que eles desenvolvam uma autoestima construtiva.
Entender e trabalhar o medo da exposição, medo da crítica, de errar, de engasgar na fala… Quando estamos seguros do que iremos falar (conteúdo) e do que pretendemos alcançar em nossos discursos, estaremos tranquilos para transmitir, defender e requisitar o que desejamos, através da linguagem: no pessoal, profissional, social, público.
Somos seres de linguagem, de emoções, de ação. A vida nos impõe a todo instante uma conduta de movimento, de pronunciamento, de interação, de atitude. Não podemos viver a vida apenas como espectadores, vendo a banda passar.
Sugestões:
- Saiba do conteúdo que vai falar;
- Respire devagar;
- Tente controlar seu nervosismo;
- Fale pausadamente;
- Observe as pessoas que te ouvem;
- Interaja com elas (ainda que com o olhar);
- Enfrente seus medos, a prática irá te dando mais confiança;
- Não desista! Cada situação é um aprendizado, a prática é a grande mestra.
Fonte: http://suzymauricio.blogsdagazetaweb
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