Canapi e Inhapi em 22 de agosto
de 1962,completaram 50 (cinquenta) anos de emancipação política do município de Mata Grande. Tive a
honra de ser o segundo secretário municipal
da cidade de Canapi, onde à época juntamente com a grande tesoureira e
amiga Zefinha,administramos a construção da Prefeitura Municipal, cujo prefeito
era o Senhor João Alvino Malta Brandão.
Já o Inhapi era administrado pelo primo Wilson Laranjeiras Villar. Naquele
tempo o que mais me chamava a atenção era o número de escolas rurais. Canapi
com trinta e cinco, somente dezoito funcionavam e Inhapi apenas sete
funcionavam normalmente, isto acarretava índices alarmantes de analfabetismo. Com
o passar dos anos nota-se que o Inhapi desenvolveu bastante enquanto que Canapi
ainda depende do único trecho da BR 316 que ainda não foi asfaltado.
No “Cada Minuto” (Minuto do Sertão) li a
história das duas cidades as quais transcrevo:
“Histórias:
Inhapi - Encravada no sertão Alagoano, Inhapi um dos mais recentes municípios de
Alagoas, em termos de povoamento, teve sua 1ª residência erguida em 1902, época
em que o local era propriedade da família Moreira, que se instalou no lugarejo,
erguendo uma fazenda. Em seguida a Srª Margarida Vieira, grande proprietária,
também se instalou no lugar. Nesse mesmo período o Sr. José Miguel passava por
estas terras com sua esposa muito doente, que não resistindo faleceu debaixo de
uma árvore, onde lá mesmo a enterrou e foi embora, voltando após algum tempo
para a construção de uma capela no mesmo local que ela foi enterrada, edificada
a obra, rumou para outro lugar. Após a construção da capela, deu início a
povoação.
A cidade de Inhapi era chamada de Sítio Roçado pertencente à cidade de
Mata Grande e o seu desenvolvimento populacional aconteceu por medo de Lampião,
seu Virgulino Ferreira, rei do Cangaço, presença maciça da ignorância para uns
e para outros defensor da população oprimida, na época ele atacava muito Mata
Grande, muitos moradores a procura de sossego saiam de sua cidade e seguiam
para o Roçado em busca de uma nova vida e chegando lá construíram suas casas
para viver e encontrar a paz, e assim o Roçado crescia.
Em 1917, ficaria na historia do futuro município, a primeira feira, que
para sua realização teve a influência de um dos fundadores José Florentino
Vilar, conhecido como Zeca Bêe, onde realizou num dia de domingo. O sr. Zeca
Bêe, foi casado com a Srª Maria das Virgens Vilar com quem teve apenas 1 filha
chamada Eva Florentino Vilar. Dono de uma fábrica de algodão, no sítio Buenos
Aires, Inhapi Al, nela descaroçava o algodão e fazia a lã que depois era
transportada a cavalo para outra cidade para fabricar tecidos.
Ele construiu o primeiro açougue, matadouro, 1 bodega e muitas casas,
construções realizadas antes da 1ª feira pois, o Sr. Bêe, muito rico, seu
objetivo era vê o Roçado crescer e a feira realizada, contribuiu também para a
construção da 1ª igrejinha deste lugar.
Nesse ínterim, chega ao roçado o Coronel Ângelo da Jia, homem ambicioso, que a exemplo de Zeca Bêe e de outros construiu um armazém onde comprava e vendia algodão, no Roçado , construindo uma casa para a família, o Srº Ângelo era também amigo de Lampião.
Nesse ínterim, chega ao roçado o Coronel Ângelo da Jia, homem ambicioso, que a exemplo de Zeca Bêe e de outros construiu um armazém onde comprava e vendia algodão, no Roçado , construindo uma casa para a família, o Srº Ângelo era também amigo de Lampião.
Após a feira, as noticias sobre a povoação a que se formava chamaram a
atenção de moradores de regiões visinhas, e, em pouco tempo, muitos já estavam
residindo no lugar. Foram as famílias de Manoel Pereira Lima, conhecido como
Nezinho Pereira, casado com a senhora Aurora Alves Lima , com ela teve 4 filhos
legítimos uma filha de criação, construiu uma casa comercial, dono da padaria,
nomeado mais tarde subdelegado.
A família de Pedro Ferreira Vilar 1918, conhecido como seu Vida, casado com a Srª Benedita Laranjeira Vilar,
teve oito filhos, 4 homens e 4 mulheres, também comerciante, construiu a 1ª
loja de tecidos morreu em 1996 com 102 anos.
O Sr. João Martins da Silva casou 3 vezes tendo 10 filho, grande
proprietário de terras do Inhapi, considerado braço direito de Lampião, pois
escondia Lampião em suas fugas em uma de suas propriedades, morreu com 93 anos.
-Teodorico Alves Bezerra, comerciante rico.
- Anselmo Bispo onde construiu a família KOIUPANKÁ.
- Cônego Sebastião Alves Bezerra. Pároco do município de Água Branca,
família do Sr. José Florentino Vilar. (Zeca Bêe) era convidado a celebrar
missas na Igrejinha do Roçado.
- Pedro Horácio estabelecendo a ordem local e o mesmo foi o 1º
Subdelegado.
Esses foram os fundadores que contribuíram pela origem do município. Com
o passar do tempo, outros moradores foram sendo atraídos para a região e logo,
a região crescia, incrementando ainda mais a prática da agropecuária, sua maior
atividade econômica. Pode-se dizer que foi a partir de 1917, época em que
aconteceu a primeira feira-livre que a região começara a progredir ainda mais,
sobretudo, começava sua maior transformação, basicamente foi o caminho para a
povoação.
Canapi - Segundo dados oficiais do Governo do Estado de Alagoas, o atual
município de Canapi teve origem de uma propriedade denominada Cavalo Morto,
pertencente a Cipriano Gomes da Silva. A casa grande da fazenda situava-se onde
hoje se encontra edificada a sede municipal.
Datam de 1948 os primeiros movimentos relacionados com a formação de um
núcleo habitacional naquele lugar. Quando Cipriano Gomes da Silva chegou, já
residia, um pouco mais afastado do local, um outro morador, de nome Joaquim
Tetê, considerado como o verdadeiro pioneiro na colonização de Canapí. Tanto é
que a Avenida principal da cidade leva seu nome. Também, por volta de 1948,
chegou a Canapí - topônimo dado devido ao rio que passa próximo a sede - o Sr.
Luís Bastos, então funcionário do DNOCS, o qual tinha a missão de construir uma
ponte sobre aquele rio, tendo em vista que os trabalhos de implantação da
BR-316 estavam próximos.
Com ele chegaram diversos trabalhadores e logo se formou um aglomerado
urbano. Foram construídos vários barracos e em pouco tempo o local apresentava
aspecto de um próspero povoado. Luís Bastos ficou entusiasmado com a
movimentação de Canapí e implantou uma feira aos domingos. Esta despertou a
atenção de moradores da região e de lugares vizinhos.
Mata Grande, a quem pertencia o território, começou a olhar com ciúme o
progresso vertiginoso de Canapí. Em 1956 foi edificada a primeira igreja do
lugar, sendo o mesmo templo que hoje serve como Matriz, pois, em 1976, sofreu
uma remodelação e ampliação. O movimento de emancipação política foi liderado por
Eraldo Malta Brandão e Pompilio Brandão de Alcântara.
Sua autonomia administrativa foi alcançada pela Lei nº 2.461, de 22 de
agosto de 1962, ocorrendo a instalação oficial a 20 de novembro do mesmo ano,
desmembrado do território de Mata Grande.
Alguns
esclarecimentos me permito fazer:
ZECA BEIER – Como chamava minha mãe Luiza Villar de Mendonça ou
Zeca Beê como o denominam, era tio dela e chamava o Inhapi, jocosamente, de
TRAMBECA e dizia que ele ainda haveria
de ser maior que Mata Grande. Queira ler matéria do dia 19.05.2011.
PEDRO FERREIRA VILLAR
– Seu Vida – era primo de mamãe e pai do primeiro prefeito de Inhapi Wilson
Laranjeira Villar, este, pai de Denilma Mendonça Villar conhecida nacionalmente como Denilma
Bulhões. Queira ler neste blog, reportagem sobre seu Vida no dia 02.06.12.
TEODORO ALVES BEZERRA
– Pai do Cônego Sebastião Alves Bezerra
e tio de meu pai Balbino Alves Bezerra – era casado com Zelina Mendonça . Sobre
o Cônego Sebastião tem uma matéria no
dia 25.05.2011.
ERALDO MALTA BANDÃO –
Foi prefeito de Mata Grande e Deputado Estadual por diversas legislaturas –
Casado com Esmeralda Alves Malta –
Eraldo Malta foi o deputado estadual mais atuante que Mata Grande já
teve. Ainda vou procurar a prima Esmeralda para juntos divulgarmos a
biografia e os fatos positivos deste
grande conterrâneo.
Clara Luiza Lisboa Anache LÁ
FALA QUE JOÃO MARTINS DA SILVA,TEVE 10 FILHOS E QUE CASOU-SE 3 VEZES.ESTE JOÃO
MARTINS ERA O PADRASTRO DE MEU PAI,E PELO QUE SEI ELE TEVE MUITOS E MUITOS
FILHOS,MAS SÓ CASOU-SE UMA VEZ COM MINHA AVÓ,SUA TIA ANNA ROSA VIEIRA DE
SANDES.QUEM CASOU-SE 3 VEZES FOI NOSSO TIO THEODORO ALVES BEZERRA,IRMÃO DE
"MÃE ROZA".LÁ FALA QUE O MOSENHOR SEBASTIÃO ALVES BEZERRA (NOSSO
PRIMO)ERA PARENTE DOS VILLAR.BOM A MÃE DELE PRIMEIRA MULHER DE TIO
´"DÓRIO",ERA MARIA FLORENTINA VILLAR.SEBASTIÃO ERA FILHO ÚNICO.A
SEGUNDA MULHER FOI HILDA MACÊDO,MÃE DE JOSÉ,PAI DO TONHO E MARIDO DE DJANIR
RIBEIRO..A TERCEIRA E ULTIMA MULHER DE TIO DÓRIO FOI TIA ZELINA MENDONÇA
VILLAR,E MÃE DE ===EVA--LUIZ--ADÃO--E TEREZINHA.DEPOIS DOU MAIS UMA OLHADINHA E
QUALQUER COISA EU FALO.DESCULPE ESTÁ ME METENDO,ONDE NÃO FUI
CHAMADA...ABRAÇO...
Clarinha, obrigado pelos esclarecimentos, não precisa se desculpar, o blog tem a finalidade de aumentar a cultura dos nossos conterrâneos. Queira sempre participar, mesmo em matérias anteriores, dando palpites, corrigindo as falhas que cometemos, visando sempre o aprimoramento.
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