domingo, 16 de fevereiro de 2025

SOS ENGENHOS – Germano

 





SOS ENGENHOS – Germano

domingo, 28 de outubro de 2007

“S.O.S - ENGENHOS Foi com um enorme prazer que assisti pela televisão uma reportagem completa sobre o engenho de rapadura lá do Sítio Flores (Serra do Urubu) - Mata Grande -Al., é justamente o engenho de onde compro rapaduras e mel.

Pertencem aos sobrinhos de Tia Benedita. Foi com um enorme desprazer que ouvi o repórter dizer que a nossa rapadura foi patenteada pela Alemanha. Isto quer dizer que, se o Brasil for exportar rapaduras terá que pagar àquele País que nada produz.

Será que o governo brasileiro vai deixar isso à revelia? REPORTAGEM DA TV-GAZETA (Rede Globo)

Sábado tivemos oportunidade, juntamente com o meu Compadre Everaldo Gomes, de partilhar de uma reportagem para a TV-Nordeste sobre o inverno no Nordeste.

Mata Grande e Água Branca, ambas em Alagoas, foram filmadas e tiveram várias pessoas entrevistadas. Infelizmente não filmaram neblina que veio reaparecer na segunda feira, vejam fotos em meu álbum. A reportagem deverá sair a partir do dia 14, aos sábados, após o programa Jornal Hoje, a nível nacional, em nosso território no programa AL -TV e Terra e Mar.

 

Fiquem ligados e verão excelentes paisagens das nossas serras Lagoa de Santa Cruz e Sabonete (Urubú), inclusive com a filmagem da fonte que abastece o Canapi.”

 

Esta foi uma das primeiras divulgações que fiz. Existe outras sobre  os engenhos da nossa terra. Mas o motivo da repetição é que recentemente passei um final de semana na Chácara da Comadre Nélia e conversando com os nativos tive a notícia de que em Mata Grande restam somente quatro engenhos e funcionando precariamente.

Para reativar a memória, leia esta sobre o mesmo assunto que publiquei em 2010.

 

“Maceió - Al., 17 de maio de 2010.

Nas comunidades do Orkut "Amo Mata Grande" e "Matagrandenses & Amigos" fizemos  alguns comentários sobre o tema, infelizmente  não consegui localiza-los.

Recentemente um conterrâneo de nome Jorginho, neto de Seu Antônio de Justo, antigo morador da rua da Matriz, criou um tópico denominado "que pena" onde lamenta alguns descasos administrativos corriqueiros dos gestores municipais. Relembrei então que tantas repartições federais e também, estaduais já tiveram os seus escritórios bem estruturados em nossa cidade, porém, por falta de interesse político elas foram relocalizadas em outras cidades circunvizinhas ou mesmo extintas.

Tentaremos, doravante, deixar alguns escritos sobre o assunto, visando informar aos mais jovens  o que Mata Grande já teve em termos de repartições, indústrias, lazer, etc., com  suas descrições , fotos, (quando possível ) e também, as finalidades para as quais foram criadas .

Iniciaremos  falando sobre os engenhos de rapadura, isto eu escrevi em 10.11.2007:

"ENGENHOS DE RAPADURA

S.O.S. - ENGENHOS DE RAPADURA

1970 - Existiam 38 engenhos funcionando normalmente.

 

1992 - Existiam 18 engenhos, alguns funcionando normalmente.

 

2007 - Existem 08 engenhos funcionando precariamente.

 

TENDÊNCIA - Mata Grande passa a ser a cidade do "já teve engenho" como tantas outras indústrias que "já teve".

 

OBSERVAÇÕES - A rapadura e o mel dos nossos engenhos têm sabor inigualáveis, se comparados com as produzidas no Ceará e Pernambuco.

No Sítio Almeida, existiam 08 engenhos, alcancei 03 funcionando e hoje existe apenas um que funciona às quintas-feiras, precariamente, utilizando até açúcar, para produzir seus produtos.

 

Desnecessário se torna informar da quantidade de mão de obra necessária para o funcionamento de um engenho, desde o preparo da terra, o plantio da cana, os tratos culturais, o corte o carregamento e por último o funcionamento de um engenho que diariamente , ocupa uma média de quinze homens. Vale frisar que estes trabalhadores passaram a exercer as suas atividades nas usinas de açúcar.

 

Um registro importante: O Senhor de Engenho Albérico Carvalho, produzia a cachaça artesanal  em larga escala, além de mel e rapadura. Foi um dos engenhos mais modernos  que conheci em nossa terra. Visitei um similar em março deste ano, visitando Juazeiro do Norte no Ceará. Lá presenciei que o uso do açúcar é uma constante. Já não se fabrica a rapadura  pura, como antigamente.

Nas feiras semanais de Mata Grande  existem duas bancas onde os donos de engenhos vendem os seus produtos. Mel e rapadura com sabores inigualáveis porque ainda não desenvolveram a técnica de usar o açúcar para a produtividade aumentar.”

 

 

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