quarta-feira, 19 de setembro
de 2012
CANAPI E INHAPI - Germano
Maceió (Al), 19 de setembro de
2012.
Canapi e Inhapi em 22 de agosto de 1962,completaram 50
(cinquenta) anos de emancipação política
do município de Mata Grande. Tive a honra de ser o segundo secretário municipal da cidade de Canapi, onde à época juntamente
com a grande tesoureira e amiga Zefinha, administramos a construção da
Prefeitura Municipal, cujo prefeito era
o Senhor João Alvino Malta Brandão.
Já o Inhapi era administrado
pelo primo Wilson Laranjeiras Villar. Naquele tempo o que mais me chamava a
atenção era o número de escolas rurais. Canapi com trinta e cinco, somente
dezoito funcionavam e Inhapi apenas sete funcionavam normalmente, isto acarretava
índices alarmantes de analfabetismo.
Com o passar dos anos nota-se
que o Inhapi desenvolveu bastante enquanto que Canapi ainda depende do único
trecho da BR 316 que ainda não foi asfaltado.
No “Cada Minuto” (Minuto do Sertão) li a história das duas cidades as quais
transcrevo:
“Histórias:
Inhapi - Encravada no sertão
Alagoano, Inhapi um dos mais recentes municípios de Alagoas, em termos de
povoamento, teve sua 1ª residência erguida em 1902, época em que o local era
propriedade da família Moreira, que se instalou no lugarejo, erguendo uma fazenda.
Em seguida a Srª Margarida
Vieira, grande proprietária, também se instalou no lugar. Nesse mesmo período o
Sr. José Miguel passava por estas terras com sua esposa muito doente, que não
resistindo faleceu debaixo de uma árvore, onde lá mesmo a enterrou e foi
embora, voltando após algum tempo para a construção de uma capela no mesmo
local que ela foi enterrada, edificada a obra, rumou para outro lugar. Após a
construção da capela, deu início a povoação.
A cidade de Inhapi era chamada
de Sítio Roçado pertencente à cidade de Mata Grande e o seu desenvolvimento
populacional aconteceu por medo de Lampião, seu Virgulino Ferreira, rei do
Cangaço, presença maciça da ignorância para uns e para outros defensor da
população oprimida. Na época ele atacava muito Mata Grande, muitos moradores a
procura de sossego saiam de sua cidade e seguiam para o Roçado em busca de uma
nova vida e chegando lá, construíram suas casas para viver e encontrar a paz, e
assim o Roçado crescia.
Em 1917, ficaria na história
do futuro município, a primeira feira, que para sua realização teve a
influência de um dos fundadores José Florentino Vilar, conhecido como Zeca Bêe onde realizou num dia de domingo.
O sr. Zeca Bêe, foi casado com
a Srª Maria das Virgens Vilar com quem teve apenas 1 filha chamada Eva
Florentino Vilar. Dono de uma fábrica de algodão, no sítio Buenos Aires, Inhapi
Al, nela descaroçava o algodão e fazia a lã que depois era transportada a
cavalo para outra cidade para fabricar tecidos.
Ele construiu o primeiro
açougue, matadouro, 1 bodega e muitas casas, construções realizadas antes da 1ª
feira pois, o Sr. Bêe, muito rico, seu objetivo era vê o Roçado crescer e a
feira realizada, contribuiu também para a construção da 1ª igrejinha deste
lugar.
Nesse ínterim, chega ao roçado
o Coronel Ângelo da Jia, homem ambicioso, que a exemplo de Zeca Bêe e de outros
construiu um armazém onde comprava e vendia algodão, no Roçado , construindo
uma casa para a família, o Srº Ângelo era também amigo de Lampião.
Após a feira, as notícias
sobre a povoação a que se formava chamaram a atenção de moradores de regiões vizinhas,
e, em pouco tempo, muitos já estavam residindo no lugar.
Foram as famílias de Manoel Pereira Lima,
conhecido como Nezinho Pereira, casado com a senhora Aurora Alves Lima , com
ela teve 4 filhos legítimos uma filha de criação, construiu uma casa comercial,
dono da padaria, nomeado mais tarde subdelegado.
A família de Pedro Ferreira
Vilar 1918, conhecido como seu Vida,
casado com a Srª Benedita Laranjeira Vilar, teve oito filhos, 4 homens e
4 mulheres, também comerciante, construiu a 1ª loja de tecidos morreu em 1996
com 102 anos.
O Sr. João Martins da Silva
casou 3 vezes tendo 10 filho, grande proprietário de terras do Inhapi,
considerado braço direito de Lampião, pois escondia Lampião em suas fugas em
uma de suas propriedades, morreu com 93 anos.
-Teodorico Alves Bezerra,
comerciante rico.
- Anselmo Bispo onde construiu
a família KOIUPANKÁ.
- Cônego Sebastião Alves
Bezerra. Pároco do município de Água Branca, família do Sr. José Florentino
Vilar. (Zeca Bêe) era convidado a celebrar missas na Igrejinha do Roçado.
- Pedro Horácio estabelecendo
a ordem local e o mesmo foi o 1º Subdelegado.
Esses foram os fundadores que
contribuíram pela origem do município. Com o passar do tempo, outros moradores
foram sendo atraídos para a região e logo, a região crescia, incrementando
ainda mais a prática da agropecuária, sua maior atividade econômica. Pode-se
dizer que foi a partir de 1917, época em que aconteceu a primeira feira-livre
que a região começara a progredir ainda mais, sobretudo, começava sua maior
transformação, basicamente foi o caminho para a povoação.
Canapi - Segundo dados
oficiais do Governo do Estado de Alagoas, o atual município de Canapi teve
origem de uma propriedade denominada Cavalo Morto, pertencente a Cipriano Gomes
da Silva. A casa grande da fazenda situava-se onde hoje se encontra edificada a
sede municipal.
Datam de 1948 os primeiros
movimentos relacionados com a formação de um núcleo habitacional naquele lugar.
Quando Cipriano Gomes da Silva
chegou, já residia, um pouco mais afastado do local, um outro morador, de nome
Joaquim Tetê, considerado como o verdadeiro pioneiro na colonização de Canapí.
Tanto é que a Avenida principal da cidade leva seu nome. Também, por volta de
1948, chegou a Canapí - topônimo dado devido ao rio que passa próximo a sede -
o Sr. Luís Bastos, então funcionário do DNOCS, o qual tinha a missão de
construir uma ponte sobre aquele rio, tendo em vista que os trabalhos de
implantação da BR-316 estavam próximos.
Com ele chegaram diversos
trabalhadores e logo se formou um aglomerado urbano. Foram construídos vários
barracos e em pouco tempo o local apresentava aspecto de um próspero povoado.
Luís Bastos ficou entusiasmado com a movimentação de Canapí e implantou uma
feira aos domingos. Esta despertou a atenção de moradores da região e de
lugares vizinhos.
Mata Grande, a quem pertencia
o território, começou a olhar com ciúme o progresso vertiginoso de Canapí. Em
1956 foi edificada a primeira igreja do lugar, sendo o mesmo templo que hoje
serve como Matriz, pois, em 1976, sofreu uma remodelação e ampliação. O
movimento de emancipação política foi liderado por Eraldo Malta Brandão e
Pompilio Brandão de Alcântara.
Sua autonomia administrativa
foi alcançada pela Lei nº 2.461, de 22 de agosto de 1962, ocorrendo a
instalação oficial a 20 de novembro do mesmo ano, desmembrado do território de
Mata Grande.
Dados: Inhapi em Foco (Leia
mais aqui) e Wikialagoas (Leia mais aqui)”
Alguns esclarecimentos me
permito fazer:
ZECA BEIER – Como chamava minha mãe Luiza Villar de Mendonça ou
Zeca Beê como o denominam, era tio dela e chamava o Inhapi, jocosamente, de
TRAMBECA e dizia que ele ainda haveria
de ser maior que Mata Grande. Queira ler matéria do dia 19.05.2011.
PEDRO FERREIRA VILLAR – Seu
Vida – era primo de mamãe e pai do primeiro prefeito de Inhapi Wilson
Laranjeira Villar, este, pai de Denilma Mendonça Villar conhecida nacionalmente como Denilma
Bulhões. Queira ler neste blog, reportagem sobre seu Vida no dia 02.06.12.
TEODORO ALVES BEZERRA – Pai
do Cônego Sebastião Alves Bezerra e tio
de meu pai Balbino Alves Bezerra – era casado com Zelina Mendonça . Sobre
o Cônego Sebastião tem uma matéria no
dia 25.05.2011.
ERALDO MALTA BANDÃO – Foi
prefeito de Mata Grande e Deputado Estadual por diversas legislaturas – Casado
com Esmeralda Alves Malta – Eraldo Malta
foi o deputado estadual mais atuante que Mata Grande já teve. Ainda vou procurar
a prima Esmeralda para juntos divulgarmos a biografia e os fatos positivos deste grande
conterrâneo.
OBS.: A prima Clarinha , conterrânea
residente no Rio de Janeiro enviouo
seguinte comentário:
Clara Luiza Lisboa Anache LÁ
FALA QUE JOÃO MARTINS DA SILVA,TEVE 10 FILHOS E QUE CASOU-SE 3 VEZES.ESTE JOÃO
MARTINS ERA O PADRASTRO DE MEU PAI,E PELO QUE SEI ELE TEVE MUITOS E MUITOS
FILHOS,MAS SÓ CASOU-SE UMA VEZ COM MINHA AVÓ,SUA TIA ANNA ROSA VIEIRA DE
SANDES.QUEM CASOU-SE 3 VEZES FOI NOSSO TIO THEODORO ALVES BEZERRA,IRMÃO DE
"MÃE ROZA".LÁ FALA QUE O MOSENHOR SEBASTIÃO ALVES BEZERRA (NOSSO
PRIMO)ERA PARENTE DOS VILLAR.BOM A MÃE DELE PRIMEIRA MULHER DE TIO
´"DÓRIO",ERA MARIA FLORENTINA VILLAR.SEBASTIÃO ERA FILHO ÚNICO.A
SEGUNDA MULHER FOI HILDA MACÊDO,MÃE DE JOSÉ,PAI DO TONHO E MARIDO DE DJANIR
RIBEIRO..A TERCEIRA E ULTIMA MULHER DE TIO DÓRIO FOI TIA ZELINA MENDONÇA
VILLAR,E MÃE DE ===EVA--LUIZ--ADÃO--E TEREZINHA.DEPOIS DOU MAIS UMA OLHADINHA E
QUALQUER COISA EU FALO.DESCULPE ESTÁ ME METENDO,ONDE NÃO FUI
CHAMADA...ABRAÇO...
Postado por GERMANO MENDONÇA
ALVES às 17:48
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2 comentários:
GERMANO MENDONÇA ALVES21/9/12
6:55 AM
Clarinha, obrigado pelos
esclarecimentos, não precisa se desculpar, o blog tem a finalidade de aumentar
a cultura dos nossos conterrâneos. Queira sempre participar, mesmo em matérias
anteriores, dando palpites, corrigindo as falhas que cometemos, visando sempre
o aprimoramento.
ResponderExcluir
Anônimo20/4/25 4:30 PM
Manuel Pereira de Lima era meu
avô pai da minha mãe Izaltina Pereira de Lima filha adotiva de Nezinho Pereira
hoje dia 20 de abril de 2025 .Minha mãe está viva com 95 anos de idade
.moradora em Londrina Paraná.
NOTA DO BLOG:
Reeditando por ser uma matéria
bastante interessante, despertada por este último comentário.
Mata Grande-Al., 21 de abril
de 2025.