Exatamente no dia 27.09.1965,
tomei posse como Praticante de Escritório no Banco do Nordeste do Brasil, S/A.,
na Agência de Mata Grande em Alagoas, com apenas dezoito anos de idade.
No ano de 1968, fui nomeado Chefe de Setor de Serviços
Gerais, período em que me submeti a concurso interno e passei para
Escriturário. Neste cargo passei treze
anos, gostava e amava o que fazia. Tive como é de praxe altos e baixos com a
incompetência de alguns gerentes que demonstravam a força do cargo para
intimidar.
Cansado de tantos transtornos
resolvi concorrer para o curso de Gerente e logo em seguida, fui designado para
instalar uma Agência, onde passei cinco anos.
Posteriormente, por opção, fui
removido para Maceió e depois para a Gerência da Agência de Mata Grande , onde
pretendia me aposentar. Entretanto, o destino não quis e terminei por me
aposentar na Agência de Neópolis. Uma felicidade e realização total após trinta anos de Banco.
No ano de 1996 , me aposentei
e como achava bonito emprestar dinheiro do Banco aos clientes e vê-los
progredir, resolvi tomar emprestado o dinheiro do Banco para a área rural. Com todo orgulho continuei no
Banco, desta feita como cliente.
No ano de 1997 começou os
piores anos, o Presidente FHC determinou o corte de 50% do meu salário, o empréstimo
triplicou de valor e fiquei sem condições de manter o patrimônio funcionando,
pois, existia a despesa fixa. Então, os
meus filhos me ajudaram a superar a fase. Aqui um registro especial para a
minha esposa que compreendeu e passou a trabalhar dobrado, com a venda de
produtos da nossa agricultura familiar.
Entrei na Justiça, ganhei, e
daí em diante as coisas melhoraram, mesmo
arcando com a renúncia de parte do que tinha direito.
Mesmo assim, continuei
defendendo o Banco. Iniciei e participei da maior manifestação pública já vista
em Mata Grande em defesa da Agência local.
Hoje, relembrando estas
coisas, só me resta agradecer a Deus
pelos altos e baixos que até hoje passei.