Brasília – DF., 01 de janeiro de 2024.
Houve
o encerramento de mais um ano e chegou o ano de dois mil e vinte e quatro, tudo
ocorrendo de modo diferente. Então foram surgindo as lembranças das novenas, em
homenagem a Nossa Senhora da Conceição, nossa padroeira, cujo inicio se dá no
dia 23.12 com os seus tradicionais
“noiteiros” (são as pessoas encarregadas da organização) e também dos
zabumbeiros com seus pífanos afinados executando os hinos religiosos e os
baiões do saudoso sanfoneiro Luiz Gonzaga.
Vale
lembrar que o dia de Nossa Senhora da Conceição é no dia oito de dezembro, no
entanto, os vigários da Paróquia de Água Branca e de Mata Grande, Monsenhor
Sebastião Alves Bezerra e o também Monsenhor Aloysio Viana Martins, ambos
nascidos em Mata Grande e primos do meu pai Balbino Alves Bezerra, fizeram um
acordo, para que pudessem participar das duas festas, daí, Mata Grande ficou
com o dia primeiro de janeiro de cada ano, que é o dia da grande procissão em
homenagem a Santa.
Tão
logo acabava a novena íamos ver os fogos de artifícios, foguetes que estouravam
lá nas alturas, alguns com varias descargas menores e uma de grande porte. Ah!
E os foguetes de lágrimas eram muito lindos. Existia também a solta do balão
que demorava a subir e seguia deixando lágrimas e estampidos de bombas. Tudo
confeccionado lá em Mata Grande sob os cuidados do saudoso Mestre Dari.
Depois
o bom era ir visitar a Casa de Dona
Guiomar Mendonça e apreciar a beleza das lapinhas (PRESÉPIO) que organizava com
todo esmero e amor.
Por
falar em festa natalina, jamais poderia deixar de lembrar da “Onda” do seu
Manoel Pistola e tampouco, do carrossel de Dona Minervina e dos barcos que
davam tantas alegrias aos adultos e crianças.
As novenas
todas as noites, nas suas mais variadas organizações, existiam com suas características próprias, como os
leilões, onde o leiloeiro perguntava: Quanto “simidão” por esta bela galinha? E
outras coisas mais, quando a frase era: Quanto
“jamidão”... e assim consecutivamente.
As
únicas noites diferenciadas era a do Natal e a do Ano Novo, pois era rezada a
missa do galo. Nessas noites havia o
hábito de se usar roupas novas.
Na
noite do dia trinta e um, após as celebrações existiam os bailes do
Marcado da Farinha e do Club Paz e amor e ainda as danças do Bar do Gago, do
salão de seu Agnelo etc., onde todos se
divertiam. Era uma animação total e quem
não frequentava as danças permanecia na Rua de Baixo, passeando e saboreando as
mais diversas bebidas e guloseimas nas
barracas. O bom era o “extrato”, um perfume vendido em pequenos frascos de vidro, muito usados pelas moças da
zona rural.
Para
encerrar, no dia primeiro havia o leilão promovido pela Igreja e a tarde a
tradicional procissão pelas ruas da cidade.
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