domingo, 7 de janeiro de 2024

RELEMBRANDO A MAIOR FESTA MATAGRANDENSE – Germano


 

Brasília – DF., 01 de janeiro de 2024.

Houve o encerramento de mais um ano e chegou o ano de dois mil e vinte e quatro, tudo ocorrendo de modo diferente. Então foram surgindo as lembranças das novenas, em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, nossa padroeira, cujo inicio se dá no dia 23.12 com os seus tradicionais  “noiteiros” (são as pessoas encarregadas da organização) e também dos zabumbeiros com seus pífanos afinados executando os hinos religiosos e os baiões do saudoso sanfoneiro Luiz Gonzaga.

Vale lembrar que o dia de Nossa Senhora da Conceição é no dia oito de dezembro, no entanto, os vigários da Paróquia de Água Branca e de Mata Grande, Monsenhor Sebastião Alves Bezerra e o também Monsenhor Aloysio Viana Martins, ambos nascidos em Mata Grande e primos do meu pai Balbino Alves Bezerra, fizeram um acordo, para que pudessem participar das duas festas, daí, Mata Grande ficou com o dia primeiro de janeiro de cada ano, que é o dia da grande procissão em homenagem a Santa.

Tão logo acabava a novena íamos ver os fogos de artifícios, foguetes que estouravam lá nas alturas, alguns com varias descargas menores e uma de grande porte. Ah! E os foguetes de lágrimas eram muito lindos. Existia também a solta do balão que demorava a subir e seguia deixando lágrimas e estampidos de bombas. Tudo confeccionado lá em Mata Grande sob os cuidados do saudoso Mestre  Dari.

Depois o bom era  ir visitar a Casa de Dona Guiomar Mendonça e apreciar a beleza das lapinhas (PRESÉPIO) que organizava com todo esmero e amor.

 

Por falar em festa natalina, jamais poderia deixar de lembrar da “Onda” do seu Manoel Pistola e tampouco, do carrossel de Dona Minervina e dos barcos que davam tantas alegrias aos adultos e crianças.

As novenas todas as noites, nas suas mais variadas organizações, existiam  com suas características próprias, como os leilões, onde o leiloeiro perguntava: Quanto “simidão” por esta bela galinha? E outras coisas mais, quando a frase era: Quanto  “jamidão”... e assim consecutivamente.

As únicas noites diferenciadas era a do Natal e a do Ano Novo, pois era rezada a missa do galo. Nessas noites havia o  hábito de se usar roupas novas.

Na noite do dia  trinta e um,  após as celebrações existiam os bailes do Marcado da Farinha e do Club Paz e amor e ainda as danças do Bar do Gago, do salão de seu Agnelo  etc., onde todos se divertiam. Era uma animação total  e quem não frequentava as danças permanecia na Rua de Baixo, passeando e saboreando as mais  diversas bebidas e guloseimas nas barracas. O bom era o “extrato”, um perfume vendido em pequenos  frascos de vidro, muito usados pelas moças da zona rural.

Para encerrar, no dia primeiro havia o leilão promovido pela Igreja e a tarde a tradicional procissão pelas ruas da cidade.

 

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