quinta-feira, 15 de junho de 2023

LUIZINHA CAVALCANTE – Germano


Hoje acordei alegre, pois pensei em uma grande professora da minha adolescência. A Professora Luizinha Cavalcante Damasceno.

De repente surgiu na minha mente os seus sábios conselhos sobre honestidade, criminalidade, religiosidade e outros mais, muitos dos quais ajudaram na  formação da minha personalidade que, juntadas a outros ensinamentos de outra Luizinha (minha mãe) me ajudaram a trilhar caminhos , os mais variados possíveis, sem que remorsos ou arrependimentos me tirassem o sono, nas caladas da noite.

Sobre honestidade, exerci alguns cargos de relevância   em alguns municípios do Estado, no Banco do Nordeste do Brasil e também em alguns órgãos públicos.

No tocante a criminalidade, ela dizia: Não existe crime perfeito e citava um caso interessante que se passou há alguns anos com dois vizinhos que brigaram. Um que ficou bastante magoado resolveu matar o outro que gostava de caçar. Em um certo domingo, quando foi  para o mato o vizinho se aproveitou e o matou. Cavou um buraco e o enterrou, porém na  hora um rebanho de periquitos passou por cima e o assustaram, isso no silêncio, em plena caatinga.

Ninguém o descobriu, todavia após mais de oito anos, o matador estava em uma bebedeira com amigos e na hora passou um rebanho de periquitos e ele  comentou que aquilo o fazia lembrar de algo. Os amigos perguntaram e ele não dizia, todavia , com mais alguns goles de cachaça, falou sobre o acontecido, então, crime descoberto.

Quanto a religiosidade ela recomendava que ao acordar e ao deitar fizéssemos o sinal da cruz e rezássemos uma Ave Maria para Nossa Senhora da Conceição, o que faço até hoje.

Dona Luizinha  como professora era muito exigente. Em suas aulas sempre  portava uma régua na mão; não titubeava quando um aluno era desobediente e a reguada nas costas era inevitável, levei algumas.

Outra coisa ela adorava chamar os alunos por apelidos, o meu era Professor, a outro chamava de herói do sertão, tinha um que chamava de cabelo de bosta de rolinha choca e outros, que não lembro.

Na casa que residia, tanto lecionava aulas particulares , como também mantinha uma escola de datilografia, que deixava os jovens mata-grandenses com capacidade suficiente para exercer  profissões, normalmente, com esmero e emprego assegurado.

Sei que muitos mata-grandenses, meus contemporâneos vão recordar e agradecer a saudosa professora, pelos êxitos que obtiveram na vida.

 

 

 

 

 

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