Hoje acordei alegre, pois
pensei em uma grande professora da minha adolescência. A Professora Luizinha
Cavalcante Damasceno.
De repente surgiu na minha
mente os seus sábios conselhos sobre honestidade, criminalidade, religiosidade
e outros mais, muitos dos quais ajudaram na
formação da minha personalidade que, juntadas a outros ensinamentos de
outra Luizinha (minha mãe) me ajudaram a trilhar caminhos , os mais variados
possíveis, sem que remorsos ou arrependimentos me tirassem o sono, nas caladas da noite.
Sobre honestidade, exerci
alguns cargos de relevância em alguns
municípios do Estado, no Banco do Nordeste do Brasil e também em alguns órgãos
públicos.
No tocante a criminalidade, ela dizia: Não existe crime perfeito e citava um caso interessante que se passou há alguns anos com dois vizinhos que brigaram. Um que ficou bastante magoado resolveu matar o outro que gostava de caçar. Em um certo domingo, quando foi para o mato o vizinho se aproveitou e o matou. Cavou um buraco e o enterrou, porém na hora um rebanho de periquitos passou por cima e o assustaram, isso no silêncio, em plena caatinga.
Ninguém o descobriu, todavia
após mais de oito anos, o matador estava em uma bebedeira com amigos e na hora
passou um rebanho de periquitos e ele
comentou que aquilo o fazia lembrar de algo. Os amigos perguntaram e ele
não dizia, todavia , com mais alguns goles de cachaça, falou sobre o
acontecido, então, crime descoberto.
Quanto a religiosidade ela
recomendava que ao acordar e ao deitar fizéssemos o sinal da cruz e rezássemos uma Ave
Maria para Nossa Senhora da Conceição, o que faço até hoje.
Dona Luizinha como professora era muito exigente. Em suas
aulas sempre portava uma régua na mão;
não titubeava quando um aluno era desobediente e a reguada nas costas era
inevitável, levei algumas.
Outra coisa ela adorava chamar
os alunos por apelidos, o meu era Professor, a outro chamava de herói do
sertão, tinha um que chamava de cabelo de bosta de rolinha choca e outros, que
não lembro.
Na casa que residia, tanto
lecionava aulas particulares , como também mantinha uma escola de datilografia,
que deixava os jovens mata-grandenses com capacidade suficiente para
exercer profissões, normalmente, com
esmero e emprego assegurado.
Sei que muitos mata-grandenses,
meus contemporâneos vão recordar e agradecer a saudosa professora, pelos êxitos
que obtiveram na vida.
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