sábado, 5 de fevereiro de 2022

AS SERRAS DE MATA GRANDE - Germano


 

Existe em Mata Grande um conjunto de Serras aglutinadas com denominações locais de Sabonete, Vento, Topete, Duro, Agreste, Angicos, Sobrado, Onça e Urubu. São extremamente  férteis em olhos d’água permanentes que abastecem aos nativos e iniciam as correntezas de riachos importantes, a exemplo do Pitachinã, que segue em direção ao vizinho município de Canapi-AL., depois forma a Ribeira dos Cabaços que deságua no São Francisco na altura do município de Porto da Folha no vizinho Estado de Sergipe, com destaque especial para a fonte do Urubu, hoje, denominada de Xingozinho, dado a sua grande capacidade de vazão para  abastecer uma cidade de médio porte.

Alguns engenhos  de rapadura ainda teimam em funcionar nos proporcionando uma rapadura de primeiríssima qualidade e livres de quaisquer tipos de agrotóxicos, haja vista, os seus proprietários permanecerem com a exploração empírica que herdaram dos seus ascendentes. Vale registrar que o engenho de Alberico Carvalho, produzia uma cachaça de primeiríssima qualidade. Lamentável, no entanto, a existência da dificuldade em se obter os certificados necessários para que pudesse ser vendida em  bares, mercearias ou mercadinhos.

A cana de açúcar, entretanto, deixou de ser a cultura principal, dando lugar às pastagens para alimentação de bovinos, proporcionando, a perda de muitos empregos para os chefes de família da região.

As árvores frutíferas antigas   ainda permanecem, sem que, entretanto, novas mudas sejam implantadas, carecendo de maiores incentivos por parte da EMATER e da Secretária de Agricultura que atuam na região. Um canteiro de mudas seria uma boa alternativa, desde que, houvesse a doação por parte do Poder Municipal.

O que se lamenta é a diminuição da capacidade produtiva da região, uma vez que passamos de exportador para importador. Na feira semanal, nota-se muitas bancas com rapaduras que não são da região, são oriundas do vizinho estado de Pernambuco e também do Ceará.

 

 


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