Existe em Mata Grande um
conjunto de Serras aglutinadas com denominações locais de Sabonete, Vento,
Topete, Duro, Agreste, Angicos, Sobrado, Onça e Urubu. São extremamente férteis em olhos d’água permanentes que
abastecem aos nativos e iniciam as correntezas de riachos importantes, a
exemplo do Pitachinã, que segue em direção ao vizinho município de Canapi-AL.,
depois forma a Ribeira dos Cabaços que deságua no São Francisco na altura do
município de Porto da Folha no vizinho Estado de Sergipe, com destaque especial
para a fonte do Urubu, hoje, denominada de Xingozinho, dado a sua grande
capacidade de vazão para abastecer uma
cidade de médio porte.
Alguns engenhos de rapadura ainda teimam em funcionar nos
proporcionando uma rapadura de primeiríssima qualidade e livres de quaisquer
tipos de agrotóxicos, haja vista, os seus proprietários permanecerem com a
exploração empírica que herdaram dos seus ascendentes. Vale registrar que o
engenho de Alberico Carvalho, produzia uma cachaça de primeiríssima qualidade.
Lamentável, no entanto, a existência da dificuldade em se obter os certificados
necessários para que pudesse ser vendida em bares, mercearias ou mercadinhos.
A cana de açúcar, entretanto,
deixou de ser a cultura principal, dando lugar às pastagens para alimentação de
bovinos, proporcionando, a perda de muitos empregos para os chefes de família
da região.
As árvores frutíferas antigas ainda permanecem, sem que, entretanto, novas
mudas sejam implantadas, carecendo de maiores incentivos por parte da EMATER e
da Secretária de Agricultura que atuam na região. Um canteiro de mudas seria
uma boa alternativa, desde que, houvesse a doação por parte do Poder Municipal.
O que se lamenta é a
diminuição da capacidade produtiva da região, uma vez que passamos de
exportador para importador. Na feira semanal, nota-se muitas bancas com
rapaduras que não são da região, são oriundas do vizinho estado de Pernambuco e
também do Ceará.
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