sábado, 1 de janeiro de 2022

PERDENDO A MEMÓRIA CULTURAL – Germano

 





 

Mata Grande paulatinamente vai perdendo a sua memória cultural. Os sobrados históricos estão desaparecendo. Neles habitavam as famílias notáveis da sociedade local. As casas residenciais e comerciais com suas estruturas  coloniais  e mandalas feitas pacientemente por pedreiros com mão de obra artística e artesanal que marcavam o período cultural da época, são destruídas.


Infelizmente os administradores municipais não se preocuparam com a memória cultural da cidade e as derrubadas das casas residenciais antigas e dos sobrados vão dando margem a novas construções erigidas ao bem prazer dos novos donos.

Sempre que transito pelas ruas da cidade que vislumbro um prédio derrubado de uma edificação histórica, sinto um pouco com a perda da memória cultural que assola a cidade e vou cada vez mais lembrando da frase que adotei:

     MATA GRANDE - A TERRA DO JÁ TEVE.

Só relembrando: 

Já teve 07 (sete) sobrados na cidade e dois na zona rural.

Coletoria Federal e Estadual.

Agências do INSS, IBGE, Banco do Brasil, Banorte.

Coordenadoria Regional de Ensino.

Estação Meteorológica.

E assim, cada vez mais vai diminuindo o acervo   histórico de uma das mais antigas cidades do torrão alagoano, pois os primeiros  registros que temos notícias datam do ano 1771, quando realmente se iniciou o seu povoamento.

Como exemplos de preservação a serem seguidos podemos citar, sem medo de errar, as cidades de Água Branca e Piranhas que hoje colhem ou louros turísticos.

Se os gestores atuais e futuros não se conscientizarem em prol da valorização do que  resta do patrimônio, resta-nos somente continuar  lamentando.

 

Brasília (DF) 01 de janeiro de 2022.

 

 

 

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