UMA AUTARQUIA ESTATAL – Germano

Não é de agora que o governo federal vem privatizando as estatais, algumas delas criadas no tempo do Império.

Funcionam quase como  se fossem independentes, todavia, obedecem as orientações dos gestores e seus protetores.

Temos como exemplos os Correios, a CHESF, o Banco do Nordeste, a SUDENE, o BNDES, CEF  e tantas outras estatais. Estes Órgãos, dão lucros extraordinários ao Governo Federal, salvo quando seus gestores, normalmente nomeados por apadrinhamento político, se desviam dos primordiais objetivos.

Os correios, a CEF e o Banco do Brasil foram criados pelo Imperador D. Pedro II. O Banco do Nordeste e a SUDENE, não lembro se também a CHESF, foram na época da grande seca de 1950 que assolou o Nordeste por inteiro. Mas são Órgãos que não dão prejuízos a Nação. Ao contrário dão lucros e aquelas que são de economia mista, dão lucros também aos seus acionistas.

Seus funcionários são admitidos através de concurso público e somente perdem o emprego por falta extremamente grave e podem contar com uma boa aposentadoria no porvir.

Como se tem conhecimento através da mídia, de uns anos para cá, o Governo Federal, passou a privatizar as estatais, muitas das quais por preços irrisórios, com alegações impensáveis. Estas estatais, posteriormente dão um lucro extraordinários aos adquirentes, o que prova a má administração dos gestores, nomeados pelo governo, muitas das vezes  sem observação dos critérios éticos.

Mas tem uma coisa  triste que acontece, a situação dos funcionários atuais e antigos que passam a sofrer as consequências. Já presenciei há uns anos atrás, o que aconteceu com os funcionários do PRODUBAN em Alagoas e recentemente com outras empresas privadas onde os funcionários ficam jogados as traças, muitos já com idade avançada, sem ânimo si quer para recomeçar, principalmente quando são sumariamente demitidos ou forçados a se aposentar.

Isto não é raro acontecer, pois quem adquiriu, não tem nenhum compromisso em permanecer com o quadro funcional e pode, reduzir salários ou  remanejar para outras empresas do  mesmo grupo .

Outrossim, recentemente tomei conhecimento de um funcionário aposentado cuja empresa faliu e com ela a caixa de assistência, fazendo com que aquele funcionário passasse a receber somente o fator previdenciário do INSS. Imagine o desespero  do conjunto familiar. Portanto, toda a preocupação é válida!