sexta-feira, 15 de maio de 2020

RELAÇÕES DE AMIZADES - Germano



Como nordestino e sertanejo do alto sertão alagoano, tenho tido várias experiências ao longo da minha existência, tanto no campo da profissão de bancário como também na de agropecuarista.


A pandemia  que ora enfrentamos nos dá tempo para pensarmos em várias fases da vida e uma reflexão  sobre as mudanças das relações de amizades levaram o meu pensamento a devanear. 


É certo que estamos vivenciando uma época em que  elas estão mais  fugazes. Antigamente as amizades tinham outros valores. A palavra amigo era reservada para àqueles mais próximos e eram poucos os  que a mereciam, procurava-se  logo se tornarem Compadres, hoje em dia todos são amigos, e a palavra tornou-se de uma  vulgaridade  tamanha que substituiu naturalmente as palavras colegas, companheiros , camaradas, o que  é lamentável.


É bem verdade que o ser humano valoriza  amizades antigas  pois são estáveis, entre aspas, uma vez que as dúvidas sempre campeiam em virtude da sensibilidade que assola o ser humano atualmente.


Quando exerci a função de Gerente de Agência Bancária, aprendi que o cliente é amigo do gerente e quem está ali sentado e atendendo passa a ser o amigo do período da gestão.

Como agropecuarista, até que a coisa é mais sincera, ainda existem os amigos que exercem a consideração que permanece ao longo dos anos.


Já os amigos de bar e outros que surgem no decorrer da vida, estes são os mais fugazes, basta uma pequena divergência política ou dos filhos para a briga começar e o afastamento é incontestável, isso sem falar naqueles que se afastam e você fica  sem saber a que motivo atribuir.


Portanto, neste período em que a pandemia do Covid-19 nos obriga a  se tornar caseiros, nada melhor do que repensar as nossas atitudes tempestivas.


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