Como nordestino e sertanejo do
alto sertão alagoano, tenho tido várias experiências ao longo da minha
existência, tanto no campo da profissão de bancário como também na de
agropecuarista.
A pandemia que ora enfrentamos nos dá tempo para pensarmos
em várias fases da vida e uma reflexão
sobre as mudanças das relações de amizades levaram o meu pensamento a
devanear.
É certo que estamos
vivenciando uma época em que elas estão
mais fugazes. Antigamente as amizades tinham
outros valores. A palavra amigo era reservada para àqueles mais próximos e eram
poucos os que a mereciam, procurava-se logo se tornarem Compadres, hoje em dia todos
são amigos, e a palavra tornou-se de uma vulgaridade tamanha que substituiu naturalmente as
palavras colegas, companheiros , camaradas, o que é lamentável.
É bem verdade que o ser humano
valoriza amizades antigas pois são estáveis, entre aspas, uma vez que
as dúvidas sempre campeiam em virtude da sensibilidade que assola o ser humano
atualmente.
Quando exerci a função de
Gerente de Agência Bancária, aprendi que o cliente é amigo do gerente e quem
está ali sentado e atendendo passa a ser o amigo do período da gestão.
Como agropecuarista, até que a
coisa é mais sincera, ainda existem os amigos que exercem a consideração que
permanece ao longo dos anos.
Já os amigos de bar e outros
que surgem no decorrer da vida, estes são os mais fugazes, basta uma pequena
divergência política ou dos filhos para a briga começar e o afastamento é incontestável,
isso sem falar naqueles que se afastam e você fica sem saber a que motivo atribuir.
Portanto, neste período em que
a pandemia do Covid-19 nos obriga a se
tornar caseiros, nada melhor do que repensar as nossas atitudes tempestivas.
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