UM BUSTO PARA
TEMISTOCLES
Temístocles e seus matizes de seresta. Boêmio das cantorias da madrugada em Mata Grande.
Passava as manhãs em vigilância ao armazém, onde Júlio Verissimo e Zequinha contabilizavam as sacas de feijão, milho, algodão e farinha.
Temístocles adormecia as tardes por sobre sacas ou onde um remanso o fizesse abastecer-se para a noite de boemia. Pinga era seu aperitivo pós janta, um cigarro de palha derreado no beiço.
E se achegavam os compadres de copo, de cantoria, um violão dava os tons da seresta interminável. Varavam a madrugada indormida. Cantigas ao sabor das dores passadas, músicas dramáticas de Vicente Celestino a Nelson Gonçalves. As madrugadas de seresta exigiram um BUSTO para Temístocles.
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