A palavra em si revela uma
pessoa que reconhece os favores que
recebe. No dicionário de Augusto Miranda, é um substantivo feminino que quer
dizer: Reconhecimento, Agradecimento. Não resta a menor dúvida que o ser humano
é por natureza mais ingrato do que mesmo grato, em uma grande maioria, o
cidadão pode receber noventa e nove favores, todavia se não receber o centésimo
fica desgostoso.
Li o depoimento de Filoca, um
conterrâneo que teve que se deslocar para São Paulo, em vários momentos,
agradecendo publicamente pelos favores que recebeu no passado alguns deles já
publicados neste blog em poesias. Hoje é aposentado, foi um batalhador, que
venceu sozinho as dificuldades que a vida lhe apresentou. É um gesto de
gratidão para com as pessoas e a terra natal.
Existem matagrandenses que
saíram, venceram na vida também com esforço próprio e não retornam a terra
natal, não a valorizam e hoje são desconhecidos pela comunidade residente. É um
gesto de ingratidão ou um complexo de inferioridade?
Será que a gratuidade do
gesto, da percepção, a capacidade de doar, a gratidão – se vem rareando?
Eu sempre me lembro de uma
música caipira, composta por Palmeira e Ted Vieira, chamada COURO DE BOI.
Muita gente boa no Brasil a
regravou e quem mais fez sucesso com essa música foi a dupla clássica no
gênero, Tonico e Tinoco.
Nesta Canção, há uma
introdução falada, que traz uma frase, que é do senso comum, mas é bastante proferida
pelos rabinos na cultura judaica:
“Um pai trata dez filhos, dez
filhos não tratam um pai”.
Há uma certa crueldade na
ideia, mas ela não é completamente descartável. Existe, sim, essa situação. “
(Mário Sergio Cortella).
Portanto, caro leitor, seja
sempre grato aos seus pais, que lhe deram a oportunidade de estar lendo, ame
com fé e orgulho a terra em que nasceu e principalmente a Deus que o favorece
na lide diária, assim reconhecendo, você pratica um gesto de gratidão.
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