segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

A INDÚSTRIA DAS MULTAS - Germano




Recentemente, li no CADA MINUTO uma reportagem sobre a indústria da multa. Muito se ouve falar sobre o assunto, desta feita, porém, a reportagem demonstra o que todos já sabem. Torna-se até cômico a forma dos esconderijos que os fiscais arrumam e ficam à espreita de um incauto motorista.

A educação é salutar e muitas vezes um conselho na hora por uma infração cometida, faz mais efeito na consciência do condutor do que a multa aplicada no afã de aumentar a arrecadação.

Por falar em educação, por que não educam os motoristas de velhos caminhões e ônibus que ficam a retardar o trânsito por quilômetros e quilômetros sem dar a devida passagem aos carros pequenos? Por que não os paralisam por alguns instantes para que os automóveis prossigam a viagem sem aqueles empecilhos muitos dos quais, segundo a lei, já não teriam condições de tráfego? Ao contrário, ficam a espreita de alguém que, com seus ágeis carros, fazem ultrapassagem na faixa dupla com toda a segurança, pois não vem carros em sentido contrário e na maioria das vezes nos quebras molas, sem nenhum risco.

Não dá mesmo para entender o raciocínio dos governantes brasileiros no que concerne ao trânsito. Constroem boas estradas, facilitaram a melhoria da potência dos automóveis com velocidades expressivas, fazem os anéis viários para a melhoria do escoamento do trânsito, gastando boas quantidades de recursos públicos e facilmente, permitem a construção de enormes condomínios às margens das rodovias que, inevitavelmente, a população que ali passa a residir exigirá a instalação de barreiras eletrônicas e o motorista, como sempre, será o prejudicado.

Afora tudo isto, o governo na ganância das multas ainda não instituiu um padrão de velocidade nas barreiras eletrônicas, algumas com 30, 40, outras com 50 e outras com 60, isto na mesma estrada. Ora, quem viaja sabe que o corpo acostuma ao deslocamento e de repente a velocidade exigida é respeitada, todavia, a velocidade passa de 50 para 58, motivo para uma nova multa.

Face ao exposto, temos que lamentar sempre. Pobre do motorista brasileiro. Sempre é o culpado por tudo, pelos erros do ciclista, do carroceiro, do moto táxi, do taxista,  e até do pedestre. Ele sempre é o errado e paga caro por isto, favorecendo a arrecadação governamental com a indústria das multas.


Nenhum comentário:

Postar um comentário