Recentemente, li no CADA
MINUTO uma reportagem sobre a indústria da multa. Muito se ouve falar sobre o
assunto, desta feita, porém, a reportagem demonstra o que todos já sabem.
Torna-se até cômico a forma dos esconderijos que os fiscais arrumam e ficam à
espreita de um incauto motorista.
A educação é salutar e muitas
vezes um conselho na hora por uma infração cometida, faz mais efeito na
consciência do condutor do que a multa aplicada no afã de aumentar a arrecadação.
Por falar em educação, por que
não educam os motoristas de velhos caminhões e ônibus que ficam a retardar o
trânsito por quilômetros e quilômetros sem dar a devida passagem aos carros
pequenos? Por que não os paralisam por alguns instantes para que os automóveis
prossigam a viagem sem aqueles empecilhos muitos dos quais, segundo a lei, já
não teriam condições de tráfego? Ao contrário, ficam a espreita de alguém que,
com seus ágeis carros, fazem ultrapassagem na faixa dupla com toda a segurança,
pois não vem carros em sentido contrário e na maioria das vezes nos quebras
molas, sem nenhum risco.
Não dá mesmo para entender o
raciocínio dos governantes brasileiros no que concerne ao trânsito. Constroem
boas estradas, facilitaram a melhoria da potência dos automóveis com
velocidades expressivas, fazem os anéis viários para a melhoria do escoamento
do trânsito, gastando boas quantidades de recursos públicos e facilmente,
permitem a construção de enormes condomínios às margens das rodovias que, inevitavelmente,
a população que ali passa a residir exigirá a instalação de barreiras eletrônicas
e o motorista, como sempre, será o prejudicado.
Afora tudo isto, o governo na
ganância das multas ainda não instituiu um padrão de velocidade nas barreiras eletrônicas,
algumas com 30, 40, outras com 50 e outras com 60, isto na mesma estrada. Ora,
quem viaja sabe que o corpo acostuma ao deslocamento e de repente a velocidade
exigida é respeitada, todavia, a velocidade passa de 50 para 58, motivo para
uma nova multa.
Face ao exposto, temos que
lamentar sempre. Pobre do motorista brasileiro. Sempre é o culpado por tudo,
pelos erros do ciclista, do carroceiro, do moto táxi, do taxista, e até do pedestre. Ele sempre é o errado e
paga caro por isto, favorecendo a arrecadação governamental com a indústria das
multas.
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