quarta-feira, 5 de outubro de 2016

POBRE DO MOTORISTA BRASILEIRO- Germano





O motorista brasileiro nos idos anos cinquenta do século passado, ganhou a condição de homem rico e não era para menos, somente pessoas da alta classe podiam possuir um automóvel. Em nossa querida Mata Grande o primeiro veículo que rodou pertencia ao industrial Delmiro Gouveia que mandou fazer uma estrada de Delmiro Gouveia até Santana do Ipanema e, por passar em nossa terra, desfilou, chamando atenção dos residentes. Era realmente uma coisa raríssima para a época.

Com o desenvolvimento as coisas foram mudando e hoje quem faz um pequeno esforço pode adquirir o seu automóvel, quer seja novo ou mesmo usado e tem realmente, uma condição diferenciada, todavia, passa a integrar o bloco dos perseguidos pela lei. Os novos veículos, atualmente, possuem muitas opções excelentes para se dirigir, o governo favoreceu a implantação de montadoras no Brasil e os carros são dotados de muitos cavalos o que gera muita potência para as velocidades.

O governo construiu boas estradas e concomitantemente, passou a explorar o motorista brasileiro em várias vertentes, atribuindo multas por tudo que possa ocorrer. Se o pedestre atravessa a rua em locais proibidos e é atropelado, a culpa é do motorista, se o ciclista anda na contramão e há uma colisão, a culpa é do motorista, ultimamente, as ruas e estradas estão infestadas de motocicletas que cometem as mais abusivas infrações, no entanto, se é atropelado em suas façanhas, a culpa é do motorista, até a justiça brasileira, normalmente, culpa o motorista com pesadas indenizações.

O governo gasta com a construção dos anéis viários nas cidades para facilitar o deslocamento dos veículos sem transitar pelo centro das cidades e justamente o governo autoriza a construção de condomínios e ruas ao longo das estradas, para depois limitar a velocidade dos veículos e passa a instalar barreiras eletrônicas e quebra-molas, visando bloquear o deslocamento do pobre motorista brasileiro.


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