quinta-feira, 20 de novembro de 2025

SOBRE A CURA - Alberes


Sobre o caminho da cura!

Sabemos como é difícil convencer um paciente a mudar os seus hábitos maléficos e deletérios, praticados por prazeres momentâneos. Muitos deles introduzidos por familiares próximos, como as práticas do tabagismo, da cultura alimentar e do alcoolismo.

Outros hábitos são aprendidos no meio social diverso, trazendo mais conforto e comodismo, como o uso de controle remoto, Ifood delivery, automotivos para pequenas distâncias, etc. Todos envolvidos com o sedentarismo. Não podemos deixar de citar a falta de incentivo daqueles que convivem no mesmo ambiente e compartilham dos mesmos hábitos e costumes!

Sair dessa zona confortável não é fácil!

Cedo ou tardiamente virão as consequências ou doenças, principalmente as crônicas.

A resistência pelos conselhos especializados para mudanças de hábitos e estilo de vida é tão forte quanto pela adesão ao tratamento proposto!

Sêneca sabiamente, fez a seguinte observação: "A parte inicial da cura é o desejo de ser curado!"

Fato também observado por Hipócrates: "Antes de curar alguém, pergunte-lhe se está disposto a desistir das coisas que o fizeram adoecer!"

Lembremos sempre que a vida oferece outros prazeres saudáveis, como fazer passeios e caminhadas em parques florestais, encontros sociais com amigos, leituras após caminhadas (sob a sombra de frondosas árvores), manusear a terra (jardinagens, hortaliças, fruticultura, etc), prática da espiritualidade, pinturas, cantos , danças e etc.

Seja feliz e procure ser saudável, mudando tudo aquilo que lhe faz mal!

José Alberes Silva

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

FASES DA VIDA - Germano

 

Já escrevi sobre algumas das fases da vida , porém ao  completar sessenta anos, aceitei o nome de SEXALESCENTE,  que nada mais é que uma mistura de sexagenário com adolescente e criei, por pura brincadeira, a denominação de ENVELHESCENTE, que podemos dizer que é a aceitação do envelhecimento propriamente dito.

No decorrer dos anos e com a idade avançada, já completando  setenta e nove anos, não resta a menor dúvida que a envelhescência  chegou e assim vou me enganando.

Os cabelos desde os quarenta e cinco anos que diminuíram, foi um dos primeiros alertas entre outras que passaram a fazer parte da lide diária.

Eis que de repente encontro esta pérola com as verdades que, muitos como eu, se veem em algumas partes, ou mesmo, na maioria, inseridas no texto. Não sei mencionar quem foi o autor, mas é uma realidade da geração a que pertenço. Por isso resolvi publicar para que outros da minha época possam se deliciar.

"Se observarmos com cuidado, podemos detectar a aparição de uma nova faixa social que não existia antes: pessoas que hoje têm entre sessenta e oitenta anos.

A esse grupo pertence uma geração que expulsou da terminologia a palavra envelhecer, porque simplesmente não tem em seus planos atuais a possibilidade de fazê-lo.

É uma verdadeira novidade demográfica, semelhante ao surgimento da adolescência; na época, que também era uma nova faixa social, que surgiu em meados do século XX para dar identidade a uma massa de crianças desabrochando, em corpos adultos, que não sabiam, até então, para onde ir ou como se vestir.

Este novo grupo humano, que hoje tem cerca de sessenta, setenta ou 80 anos, levou uma vida razoavelmente satisfatória.

São homens e mulheres independentes que trabalharam durante muito tempo e conseguiram mudar o significado sombrio que tanta literatura latino-americana deu por décadas ao conceito de trabalho.

Longe dos tristes escritórios, muitos deles procuraram e encontraram, há muito tempo, a atividade que mais gostavam e na qual ganham a vida.

Supostamente é por isso que eles se sentem plenos; alguns nem sonham em se aposentar.

Aqueles que já se aposentaram desfrutam plenamente de seus dias, sem medo do ócio ou solidão, crescem internamente. Eles desfrutam do tempo livre, porque depois de anos de trabalho, criação dos filhos, carências, esforços e eventos fortuitos, vale bem a pena contemplar o mar, a serra e o céu.

Mas algumas coisas já sabemos que, por exemplo, não são pessoas paradas no tempo; pessoas de cinquenta, sessenta ou setenta, homens e mulheres, operam o computador como se tivessem feito isso durante toda a vida.

Eles escrevem e veem os filhos que estão longe e até esquecem o antigo telefone para entrar em contato com seus amigos para os quais escrevem e-mails ou mandam WhatsApp.

Hoje, pessoas de 60, 70 ou 80 anos, como é seu costume, estão lançando uma idade que AINDA NÃO TEM NOME. Antes, os que tinham essa idade, eram velhos e hoje não são mais... hoje estão física e intelectualmente plenos, lembram-se da sua juventude, mas sem nostalgia, porque a juventude também é cheia de quedas e nostalgias e eles bem sabem disso.

Hoje, as pessoas de 60, 70 e 80 anos celebram o Sol todas as manhãs e sorriem para si mesmas com muita frequência ... Elas fazem planos para suas próprias vidas, não com as vidas dos demais.

Talvez, por algum motivo secreto que apenas os do século XXI conheçam e saberão, a juventude é carregada internamente.

A diferença entre uma criança e um adulto é, simplesmente, o preço de seus brinquedos."

NOTA DO BLOG:

Matéria copiada do Facebook.

Desconheço o autor.

 

 




quarta-feira, 12 de novembro de 2025

VIVA A BANANA – Germano

 


Esta cantada em versos e provas nos antigos carnavais, dos quais lembro alguns trechos: “Dizem que a banana, de manhã é ouro, de tarde é prata e de noite mata”. Não obstante o verso, mais adiante a música diz assim: “Isto é mentira meu pessoal, pois a banana qualquer hora não faz mal”. Pura verdade!

A banana é rica em potássio, que reduz em muito as câimbras, principalmente durante a noite. Tem também vitamina A, C e B .

Da sua história, Florinda Zanesco conta que é uma das frutas que há mais tempo é consumida pelo ser humano no mundo inteiro, que é originária da Índia e que chegou ao Ocidente trazida por comerciantes árabes. Depois o povo árabe começou a plantá-la nas costas do Atlântico. Seu cultivo, porém teve início nas úmidas selvas da Índia e da península da Indochina.

Não sei precisar como chegou a Mata Grande, todavia desde a mais tenra idade, cultivo a banana e depois que herdei algumas partes de terras dos meus pais, mantenho um pequeno bananal o que me dá orgulho em ser também um bananicultor.

Recentemente, um incêndio provocado por um vizinho, dizimou grande parte da plantação, gastei  R$ 800,00 (oitocentos reais) para derrubar os pés queimados pelo fogo.

Agora vou ter que esperar nove meses para voltar a colher os cachos dos brotos que escaparem.

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

O TEMPO E A VIDA – José Alberes

 

O Tempo e a Vida!

Infância, estação primeira de um trem veloz que passa...

Nela, os primeiros viajantes que seguirão e aqueles que ficarão ali, no aguarde de uma volta incerta dos que partiram...

A juventude aparece como segunda estação num piscar de olhos, distante daquela que serviu de embarque há tão pouco tempo, mas com tantas recordações que parece tão longínqua... Nessa, passado, presente e futuro se emaranham e geram projetos de um passageiro misturado a tantos outros que se entreolham; muitas vezes vagamente...

Um repouso para abastecimento do corpo e da Alma... Um banho quase frio parece tirar toneladas de um corpo ágil que imediatamente reage à vida... Período oportuno para se conversar e compartilhar experiências!

Mas o trem precisa partir e não espera pelos desatentos, nem se deixa ser trapaceado pelos que imaginam espertos... Esses ficam!

Somente poucos chegarão à terceira estação convictos de sua viagem... Menos ainda são os que se encontram munidos de bagagens necessárias e preciosas; sem excessos ou faltas... Muitos estarão ali, mas continuarão nas estações anteriores... Não amadureceram e não se tornaram adultos... Mas será cobrado bilhete de adulto!

A estação derradeira chega com avisos de cansaços e de fadigas, carecendo das vivencias de cada estação passada, pois agora se abrirão as bagagens e os conteúdos servirão para a sobrevivência de quem ali chegou e daqueles que se encontram no lugar como primeira estação, no vai e vem do trem do tempo!

Cada período é uma estação que liga infância, juventude, fase adulta e a velhice... Todos aprendem com todos!

E o trem da vida segue, sem buzinar, sem parar por muito tempo e sem esperar por ninguém...

Vivamos o agora, recordando apenas o que valha a pena... Vez em quando visito as estações que deram início a partida, sem nelas me prender, apenas buscar elementos grandiosos para uso continuado...Sempre em harmonia e com muito Amor!

José Alberes Silva

ZEZÉ SULINO - Ubireval Alencar

 

ZEZÉ SULINO. 

Barbeiro em Mata Grande.

Ele - José Rijo de Moraes, tinha um avô de nome Ursulino, lá pras bandas da Encruzilhada, que é a chegada a Mata Grande via Canapi. Daí o apelidaram carinhosamente de Zezé Sulino.

Mérito que lhe deu fama pela beleza do rapaz jovem. E estreando na barbearia de Zé Sabino, famoso na cidade.

Logo aos dezesseis anos dá seus primeiros passos e os repete em alguns pontos da cidade nos sábados.

Durante a semana cultiva a agricultura e pecuária, e a essa altura a bela Antenora Alencar lhe cai nas graças e com ela casa-se, vindo a ter oito filhos: José Carlos, João Jorge, Lourenço, Ediesval, Rosa Maria, Rosilda, Renilse e Quitéria Rejane.

ZEZE era filho de João Sulino e d. Olímpia. Montaria por toda vida seu abrigo no sítio Santa Lúcia onde filhos e netos ouviriam proezas de viagem e acolhimento paternal.

Na viuvez, alongou suas reminiscências da bela Antenora e as dividia com os netos como capítulos de uma novela .

Um dia, aquele belo Zezé se despede dos filhos e netos, deixando consumada sua trajetória, lutas e realizações.

A filha Rosilda junto com o marido, mantém um Buffet de buchada e outros aperitivos em fins de semana, lá na Serra. A filha Rosa Maria é dedicada à Educação e esmerada professora no município.

(dados históricos coligidos junto à filha Rosa Maria Alencar).

 

sábado, 25 de outubro de 2025

O MATAGRANDENSE – Germano

 O MATAGRANDENSE – Germano

Como já noticiei neste blog, ele surgiu por acaso. Na realidade eu tinha a pretensão de registrar, para as futuras gerações, fatos e fotos da história da Mata Grande.

A minha iniciação na computação propriamente dita eu devo ao meu genro Cesar Pessoa de Melo que reside aqui em Brasília. Até computador ele me presenteou para que pudesse desenvolver o aprendizado.

Estava em Brasília quando o blog alcançou a marca de cem mil acessos de páginas e hoje para minha surpresa ultrapassamos os duzentos mil acessos e por coincidência estou novamente aqui em Brasília, daí a vontade de registrar o feito.

Aproveito a oportunidade para agradecer aos leitores do blog e alguns dos comentários que fazem. Uma curiosidade, no entanto, me chamou a atenção, entre os vários países no qual tem leitores, Singapura ultrapassa em muito aos outros que leem.

Tenho consciência que não agrada a todos e que muitas das divulgações nada tem a ver com Mata Grande, todavia, busco deixar para reflexões de vida ou mesmo como aprendizado.

sábado, 11 de outubro de 2025

O SAFENADO – Germano

 

O SAFENADO – Germano

As fases da vida de  todos os seres humanos têm as suas variadas alterações e para se acostumar a elas, torna-se necessário, ter bastante equilíbrio mental a fim de evitar uma possível depressão.

Hoje, 11.10.25, estarei com sessenta dias de uma cirurgia coronária. Sei que o médico vai me liberar para ter uma vida normal, todavia, haja preocupações com as barreiras que, doravante,  haverei de enfrentar.

Dar conselhos aos outros é muito fácil, porém quando a coisa é pessoal, surgem as dúvidas. Como tenho a mania de aconselhar os outros, para o bem é claro, recomendo que, façam o exame Angiotomografia Computadorizada de Artérias Coronárias.

Todos são sabedores de que eu nunca senti nada no coração. Nos exames os médicos diziam: o seu coração é de menino. Todavia, após a minha filha solicitar este exame, as minhas coronárias estavam obstruídas em mais de noventa por cento e o resultado foi a cirurgia inesperada, da qual fiquei com quatro pontes de safena. Agora, safenado, tenho que agradecer a Deus, pois caso tivesse um ataque cardíaco não teria tempo si quer de chegar a um pronto socorro. Seria fulminante, conforme os médicos.

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

CORREU SANGUE EM ALAGOAS- Daniel Malta

 

Daniel Malta

12 h  · 

CORREU SANGUE EM ALAGOAS

Há 70 anos, a cidade de Mata Grande assistia a um massacre que colocou Alagoas na lista dos locais com possível intervenção federal nas eleições de outubro.

Na rua Gabino Besouro (MATA GRANDE), dia 3 de outubro de 1950, uma rajada de tiros atingiu casas e matou Eustáquio Malta, seus dois filhos mais um empregado.

Um dos filhos de Eustáquio era Maria Sônia, 16 anos, que tentou socorrer o pai. E tombou, com um tiro na cabeça, ao lado dele sob a saraivada de balas que durou duas horas.

Eustáquio, presidente do PSD, era irmão de Antonino Malta, presidente do diretório da UDN.

Nas fotos de O Cruzeiro (reproduzidas pelo blog) é possível perceber o desespero da família Malta e o luto nas ruas de Mata Grande.

Antes da tragédia, porém, o Tribunal Superior Eleitoral havia autorizado o Exército nas eleições de Mata Grande. Mas, uma semana após, as tropas não haviam chegado.

O juiz de União dos Palmares, Miguel Batista, fugiu da cidade com medo de morrer. Veio para Maceió e, em O Cruzeiro, estava escrito que não faria eleições na comarca. Batista refugiu-se em Maceió.

O senador Ismar de Góis Monteiro escapou de uma rajada de metralhadora: 11 tiros nas nádegas. No carro dele havia fotos de Arnon de Mello- pai do senador Fernando Collor. Silvestre e Arnon eram inimigos fidagais; Arnon era candidato a governador.

Era o pedaço de uma briga histórica envolvendo três irmãos que se odiavam: general Góis; Edgard e Silvestre Péricles.

Silvestre, chamado de “leão de Alagoas” era o governador. Era chamado por Edgard de um “governador demente, desonesto e assassino”; o general Góis acusava os dois irmãos no massacre de Mata Grande.

No meio, a matriarca dos Góis Monteiro, dona Constância (o busto dela está em frente à igreja Nosso Senhor do Bomfim, na praça Bomfim, bairro do Poço):

– É o desgosto da minha velhice a briga de meus filhos, disse àquela edição da revista O Cruzeiro, de 21 de outubro de 1950. Ela prometia não dar aos filhos Ismar e Edgard nem sua bênção nem seu perdão. A matriarca escolheu o lado de Silvestre.

Silvestre tentou impedir a cobertura do caso pela revista. Primeiro: suspendeu todas as decolagens do aeroclube (o repórter Luciano Cordeiro tentou, sem sucesso, voar para Mata Grande para cobrir os funerais); depois, mandou que o repórter saísse do Palácio Floriano Peixoto, sem falar do massacre em Mata Grande).

Ao chegar de carro na cidade, o repórter registrou: Mata Grande “dava a impressão de um cemitério”, um “quadro triste: na casa onde jaziam ao quatro esquifes, o velório estava sendo feito apenas por uma pessoa- um soldado do Exército, representante da Nação”.

“A cidade foi abandonada por muita gente e os demais não tinha coragem de sair às escuras para fazer quarto a defunto nenhum”.

Nesta data fatídica é importante relembrar aos mais jovens, que o Torrão de Mata Grande, teve essa tragédia por política e o futuro da cidade depende sempre do povo, somente o povo para decidir por seus destinos.

Fica nossas lembranças que desde menino já ouvia falar do acontecido e ficar a imaginar como foi cruel a força do Estado.

Nossas Orações aos falecidos e que Mata Grande tenha dias melhores, pois a máxima que diz que cada povo só tem o governante que merece.

Por Daniel Malta

Fonte: Blog do Odilon com adaptações

 

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

VENERANDA - FEITIÇO DE UMA NOITE- Ubireval Alencar

 

VENERANDA - FEITIÇO DE UMA NOITE.

Conhecida devotada serviçal da casa de seu Odilon e d. Elza. Pós período longo da padaria de seu Panta (Pantaleão), seu Odilon dominaria por anos o monopólio de pães, bolachas. A essa altura, as belas moças de d.Elza já começavam estudos em Maceió, com a construção da casa lá na praça das Graças, no Prado.

 

VENERANDA se tornara pau pra toda obra em Mata Grande: cozinhar, lavar e passar. Mas a beleza lhe tinha faltado na face nesses anos todos. Só era avistada em passagens rápidas pelas calçadas, sempre correndo com afazeres domésticos. Mas a fertilidade da mente adulta é descomunal. Não se sabe se a ideia partiu da turma de Luiz Dentista, se do grupo viciado nas calçada da Prefeitura. O certo ou a conversa se espalhou que aconselharam Veneranda a tomar banho à noite e usar bastante pó.

 

Seu Odilon ficava solitário à noite, e a tão dedicada secretária deveria cativar o patrão. Até então ninguém conhecia ou se falava de um namoro, casamento ou filhos da Veneranda. Abelhudos eram demasiados e com certeza acompanharam esta evolução. Tal não foi o espanto quando seu Odilon ao sair à noite da padaria e já encontra sua cuidadora esbranquiçada de pó. Aturdido com toda aquela pantomina, retruca o patrão: - Que é que é isso Veneranda? E a ingênua e pura senhora de quase sessenta anos lhe diz: "Na rua mandaram pra eu ficar cheirosa e bonita". Não é crendice nem imaginação popular.

 

Na terra onde surgiram Pereirinha, Zé Grilo, Zé Doidinho, tudo é possível e memorável. Ainda vejo a Madrinha Raquel, assim chamada, tão pequena e encurvada, subindo a rua de Cima com a trouxa de roupas pra passar. Dona Dolorosa e suas filhas carregadas de costuras na Rua da Cruz. Na Rua de Cima, Janjão debruçado à janela, e as bonitas moças de Feitosa e d. Nazaré Macedo enfeitavam as manhãs, e às noites havia o estridente toque das zabumbas.

Eram novenas em dezembro. O som dos tecladistas já afinava no clube Paz e Amor. Era um Natal. Era um Ano Novo.

 

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

TÔ IDOSO!

 

TÔ IDOSO!

Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa.

Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítico de mim mesmo. Eu me tornei meu próprio amigo. .. Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio.

Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante.Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.

Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia? Eu Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 &70, e se eu, ao mesmo tempo, desejo chorar por um amor perdido ... Eu vou.

Vou andar na praia em um calção excessivamente largo sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.

Eles, também, vão envelhecer. Eu sei que às vezes esqueço algumas coisas. Mas há mais algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.

Eu sou tão abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.
Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata. Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais.

Eu ganhei o direito de estar errado. Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser idoso.A idade me libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer). Que nossa amizade nunca se separe porque é direto do coração!

 

NOTA DO BLOG;

Enviado pelo Compadre José Márcio.