ENVELHECER NÃO É FÁCIL
Envelhecer não é fácil.
É um processo silencioso de
despedidas.
Você precisa aprender a andar
mais devagar, não apenas com os pés, mas com a alma.
É preciso dizer adeus a quem
você foi um dia, e ter coragem de olhar nos olhos da pessoa que se tornou.
Fazer aniversário nem sempre é
celebração. Às vezes é confronto. Você vê um novo rosto no espelho e tenta
reconhecê-lo. O corpo muda, o tempo desenha marcas onde antes havia pressa.
E você precisa aprender a
caminhar com dignidade, a carregar a história nas costas sem vergonha, sem medo
do que os outros vão dizer, sem pedir desculpas por ainda estar aqui.
Envelhecer exige desapego. De
ideias, de pessoas, de versões suas que já não voltam. Deixar ir quem não quer mais ficar. Deixar
ficar quem escolhe permanecer.
É aprender a não esperar dos
outros aquilo que você precisa encontrar dentro de si. É despertar sozinho, dia
após dia, e tentar se reconhecer naquele reflexo que parece mais distante a
cada manhã.
É aceitar que alguns ciclos
terminaram. Que alguns amores se foram. Que algumas dores não voltam — mas
também, não somem.
É lembrar de quem partiu, com
amor e saudade. E chorar, se for preciso, até esvaziar por dentro, até lavar a
alma por inteiro.
Porque só assim, depois do
pranto mais fundo, é que voltam os sorrisos. Voltam os pequenos encantos. Nascem
outras esperanças. E novos desejos encontram espaço no coração.
Envelhecer não é o fim. É um
outro começo, mais sereno, mais real, mais inteiro. E apesar de tudo, ainda é
vida. E onde há vida, há sempre algo por florescer.
Nota do blog:
Copiado do Facebook.
Autor desconhecido.