sexta-feira, 20 de junho de 2025

QUANDO A CASA VIRA SILÊNCIO

 

QUANDO A CASA VIRA SILÊNCIO E A GENTE VIRA CUIDADO

Chega um dia em que o tempo nos vira do avesso.

A gente, que cresceu ouvindo os passos firmes do pai chegando do trabalho… hoje escuta o arrastar do chinelo dele pelos corredores.

A gente, que sempre correu pro colo da mãe nos dias difíceis… agora segura o braço dela pra ajudá-la a levantar da poltrona.

O tempo não avisa. Só chega.

Primeiro, eles esquecem o nome de uma rua. Depois, esquecem o nome do vizinho. Depois… começam a esquecer o que acabaram de dizer.

E a gente finge que não viu. Finge que é só cansaço. Mas o coração sabe.

A casa que era cheia de conversa, vira silêncio.

A cozinha, que fervia de cheiro bom, vira chá morno e pão picado.

E a gente vira cuidado.

De repente, os papéis se invertem: damos banho, cortamos as unhas, preparamos a sopa sem sal, e contamos de novo a mesma história — só que agora somos nós que escutamos.

É duro. É cansativo. É um luto em conta-gotas.

Mas também é uma chance: de retribuir, de amar, de se despedir em vida.

Porque nada machuca mais do que olhar um retrato e pensar:

“Eu devia ter ficado mais um pouco.”

Se você ainda tem seus pais — toque neles com carinho. Olhe com atenção.

Eles não estão ficando chatos… estão ficando frágeis.

E no fim, tudo que um pai ou mãe precisa é saber que não serão deixados pra trás, como um velho sofá na garagem.

Eles só querem isso:

Que alguém diga com o coração inteiro…

“Pode descansar. Eu tô aqui.”

Quem cuida de quem cuidou está vivendo o maior ato de amor que existe.

Envelhecer ao lado dos pais é como fechar um livro segurando a mão de quem escreveu os primeiros capítulos.

Não adie gestos simples. O tempo passa, a saúde falha, e a presença vira lembrança.

A vida cobra caro de quem não amou enquanto podia.

Que saudades do meu paizinho e da minha mãezinha.

Exatamente hoje🖤 25/05/2025 faz 1 ano que a senhora  minha mãe partiu com Deus, e logo vai fazer 1 ano  do meu pai em🖤05/10/2025 ,pois também partiu com Deus logo em seguida.

Eu sabia que vocês dois jamais ficariam longe um do outro.

O amor era grande demais!!!

Foram embora no mesmo ano com poucos meses de diferença.

E Eu aqui hoje sem vocês dois  fiquei sozinha, e é só dor que me define, sei que nunca mais serei a mesma sem vocês dois aqui.

Mas tudo que eu pude fazer por vocês Pai Mãe eu fiz, não fui perfeita eu sei, porque só quem é perfeito ,é Deus!.

sábado, 14 de junho de 2025

FATOS INTERESSANTES

 

14 fatos interessantes que você talvez não saiba sobre o Brasil

1. O Brasil é o maior país da América do Sul e o quinto maior do mundo, cobrindo quase metade do continente.

2. A Floresta Amazônica, muitas vezes chamada de "pulmões da Terra", abrange mais de 60% do território brasileiro.

3. O Brasil é o único país da América do Sul onde o português é a língua oficial, devido à sua história colonial com Portugal.

4. A estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro, uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo, tem 30 metros (98 pés) de altura no topo do Monte Corcovado.

5. O Brasil abriga o maior carnaval do mundo, o Carnaval do Rio, que atrai milhões de visitantes anualmente com seus desfiles vibrantes e música do samba.

6. O país ganhou o recorde da Copa do Mundo FIFA cinco vezes e é sinônimo de cultura de futebol (futebol).

7. São Paulo é a maior cidade do Brasil e uma das áreas urbanas mais populosas do mundo, com mais de 12 milhões de moradores.

8. O Pantanal no Brasil é a maior zona úmida tropical do mundo e um refúgio para os entusiastas da vida selvagem.

9. O Brasil tem o maior número de espécies vegetais e animais na Terra, incluindo criaturas icônicas como jaguares, tucanos e capivaras.

10. A bandeira brasileira simboliza seus ricos recursos naturais: o verde representa as florestas, o amarelo a riqueza mineral e o azul o céu.

11. A produção de café é uma das principais indústrias, sendo o Brasil o maior exportador de café do mundo há mais de 150 anos.

12. O rio Amazonas, o maior rio do mundo, corre principalmente pelo Brasil e descarrega mais água do que qualquer outro rio.

13. Brasília, a capital modernista, foi construída para propósito na década de 1960 e projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

14. Feijoada, feijão preto e guisado de porco, é considerado o prato nacional do Brasil e está profundamente enraizada na tradição culinária do país.

NOTA DO BLOG:

Como se trata de cultura,  achei interessante publicar para o conhecimento dos leitores e aproveito para inserir a 15.

“A buchada de bode do Alto Sertão Alagoano é a melhor do mundo”.

sexta-feira, 13 de junho de 2025

MORRO VERMELHO – Edjof Barbosa

 




Minhas Lembranças do Povoado Morro Vermelho

Cresci no povoado Morro Vermelho, e cada lembrança que carrego da infância é como uma joia guardada no coração. O açude, imenso aos meus olhos de criança, era o nosso mar particular — nos domingos, ficava lotado de gente tomando banho, rindo, vivendo.

Lembro da pequena escola, simples, mas cheia de aprendizado e histórias. À noite, nas novenas, a fé reunia todos. Dona Otília vendia cocadas deliciosas, e Seu Heloísio — o Lela — nos encantava com seus pães doces acompanhados de cajuína fresquinha, que a gente saboreava sentado nos batentes, ouvindo os fogos estourarem no céu. As crianças corriam e brincavam em frente à igreja, e a barraca de Nossa Senhora das Graças era parada obrigatória, cheia de cores, devoção e alegria.

As festas juninas eram mágicas — com fogueiras, danças e comidas típicas que até hoje posso sentir o cheiro. Na casa do meu pai, a porta estava sempre aberta. Peixe, pirão, mungunzá salgado... Era certeza de mesa farta e coração acolhedor. Os amigos estavam sempre por lá: Dionísio, Zé Menino, Geraldo Dose, Luiz Hermínio, Nena Pereira, Zezinho Curió, Zinho de Aliseu — e tantas outras figuras queridas da nossa história.

Brincávamos de chimbra, pião, rouba-bandeira... Era liberdade pura, felicidade sem medida. Viver em Morro Vermelho era crescer cercado de afeto, simplicidade e vida ao ar livre.

Hoje, o povoado cresceu. Temos um posto de saúde e uma escola grande, bonita e bem equipada — que leva com orgulho o nome do meu pai: Jeoval Barbosa dos Santos. Um homem que deixou sua marca não só com o grande açude que construiu, mas também com os valores que plantou em todos que o conheceram.

E eu sigo feliz, porque morar aqui é um privilégio. É viver num lugar onde o passado e o presente se abraçam todos os dias. E, acima de tudo, sigo carregando os ensinamentos que meu pai deixou — de amor, generosidade e respeito ao próximo — como bússola para minha vida.

sexta-feira, 6 de junho de 2025

CORREU SANGUE EM ALAGOAS

 


CORREU SANGUE EM ALAGOAS

Há 70 anos, a cidade de Mata Grande assistia a um massacre que colocou Alagoas na lista dos locais com possível intervenção federal nas eleições de outubro. Na rua Gabino Besouro (MATA GRANDE), dia 3 de outubro de 1950, uma rajada de tiros atingiu casas e matou Eustáquio Malta, seus dois filhos mais um empregado.

Um dos filhos de Eustáquio era Maria Sônia, 16 anos, que tentou socorrer o pai. E tombou, com um tiro na cabeça, ao lado dele sob a saraivada de balas que durou duas horas.

Eustáquio, presidente do PSD, era irmão de Antonino Malta, presidente do diretório da UDN.

Nas fotos de O Cruzeiro (reproduzidas pelo blog) é possível perceber o desespero da família Malta e o luto nas ruas de Mata Grande.

Antes da tragédia, porém, o Tribunal Superior Eleitoral havia autorizado o Exército nas eleições de Mata Grande. Mas, uma semana após, as tropas não haviam chegado.

O juiz de União dos Palmares, Miguel Batista, fugiu da cidade com medo de morrer. Veio para Maceió e, em O Cruzeiro, estava escrito que não faria eleições na comarca. Batista refugiou-se em Maceió.

O senador Ismar de Góis Monteiro escapou de uma rajada de metralhadora: 11 tiros nas nádegas. No carro dele havia fotos de Arnon de Mello- pai do senador Fernando Collor. Silvestre e Arnon eram inimigos fidagais; Arnon era candidato a governador.

Era o pedaço de uma briga histórica envolvendo três irmãos que se odiavam: general Góis; Edgard e Silvestre Péricles.

Silvestre, chamado de “leão de Alagoas” era o governador. Era chamado por Edgard de um “governador demente, desonesto e assassino”; o general Góis acusava os dois irmãos no massacre de Mata Grande.

No meio, a matriarca dos Góis Monteiro, dona Constância (o busto dela está em frente à igreja Nosso Senhor do Bomfim, na praça Bomfim, bairro do Poço):

– É o desgosto da minha velhice a briga de meus filhos, disse àquela edição da revista O Cruzeiro, de 21 de outubro de 1950. Ela prometia não dar aos filhos Ismar e Edgard nem sua bênção nem seu perdão. A matriarca escolheu o lado de Silvestre.

Silvestre tentou impedir a cobertura do caso pela revista. Primeiro: suspendeu todas as decolagens do aeroclube (o repórter Luciano Cordeiro tentou, sem sucesso, voar para Mata Grande para cobrir os funerais); depois, mandou que o repórter saísse do Palácio Floriano Peixoto, sem falar do massacre em Mata Grande).

Ao chegar de carro na cidade, o repórter registrou: Mata Grande “dava a impressão de um cemitério”, um “quadro triste: na casa onde jaziam ao quatro esquifes, o velório estava sendo feito apenas por uma pessoa- um soldado do Exército, representante da Nação”.

“A cidade foi abandonada por muita gente e os demais não tinha coragem de sair às escuras para fazer quarto a defunto nenhum”.

Nesta data fatídica é importante relembrar aos mais jovens, que o Torrão de Mata Grande, teve essa tragédia por política e o futuro da cidade depende sempre do povo, somente o povo para decidir por seus destinos.

Fica nossas lembranças que desde menino já ouvia falar do acontecido e ficar a imaginar como foi cruel a força do Estado.

Nossas Orações aos falecidos e que Mata Grande tenha dias melhores, pois a máxima que diz que cada povo só tem o governante que merece.

Por Daniel Malta

Fonte: Blog do Odilon com 




terça-feira, 3 de junho de 2025

AMIGOS

 

AMIGOS

AMIGOS, FAÇO MINHAS, ESTAS PALAVRAS DESTE TEXTO LINDO, VERDADEIRO E REAL !

"Com o tempo, a gente vai se afastando das festas, dos eventos, das multidões barulhentas…

E quem olha de fora, às vezes pensa: "Perdeu o brilho, perdeu a vontade."

Mas não é isso.

É que a gente aprendeu a escolher.

Aprendeu que não precisa mais estar em todo lugar, sorrir o tempo todo, se encaixar onde não cabe.

A gente aprende a não forçar presença onde o coração já não pulsa.

E então, com uma leveza que antes parecia impossível, a gente diz:

“Isso não é mais pra mim.”

E quem ouve, às vezes sente pena…

Mas só quem chegou até aqui entende: não é tristeza. É alívio.

É a paz de quem não precisa mais provar nada.

É a beleza de dizer com firmeza e serenidade:

“Isso eu quero. Isso eu não quero.”

Isso, meu amigo… isso é liberdade.

E liberdade de verdade, aquela que abraça a alma e não tem idade.

Ela chega quando a gente para de correr atrás de tudo e começa a correr só atrás do que faz sentido.

Se há um lamento, é só esse:

Por que a gente não aprendeu isso antes?

Mas tudo bem…

Porque quando ela chega, mesmo tarde, a gente entende:

Nunca foi sobre desistir.

Sempre foi sobre voltar pra casa".

  (Autor desconhecido)