Estamos nos aproximando de mais um período invernoso aqui
em nosso seco nordeste.
A chuva é a precipitação de água no estado líquido
com muitas gotas que resulta das gotas
líquidas ou sólidas da água das nuvens sobre a superfície da Terra.
Durante o fenômeno da
precipitação, gotas pequenas crescem por difusão de vapor de água. A seguir,
elas podem crescer por captura de gotas menores que se encontram em sua
trajetória de queda, ou por outros fenômenos. Quando duas pequenas gotas d'água
se unem e com isto formam somente uma gota, que possui dimensões maiores,
dizemos que ocorreu um fenômeno denominado coalescência.
No nordeste aguardamos a
chegada das chuvas no dia dezenove de março de cada ano para que se plante o
milho que vai estar bom de assar na fogueira do São João. Com as mudanças climáticas as chuvas passaram
a ser mais escassas, é tanto que nos últimos anos ela chega para invernar nos
meses de maio em diante.
Nem toda chuva atinge a
superfície: algumas evaporam-se enquanto ainda estão a cair, num fenômeno que
recebe o nome de virga e que acontece principalmente em locais ou períodos de
ar seco.
A chuva tem papel importante
no ciclo hidrológico, e pode alterar a sensação térmica do ambiente. A
pluviosidade é, geralmente, medida com um instrumento denominado pluviômetro. Ele
pode medir e constatar nas últimas 24
horas quantos milímetros de chuva caíram em um determinado período.
O chuvisco, também conhecido
como garoa em partes do Brasil, é um tipo de precipitação que se caracteriza
por ter um tamanho de gota de água pequeno (geralmente menor que 0,5 mm de
diâmetro), dando a impressão de que as gotas flutuam no ar em vez de caírem. O
chuvisco origina-se de nuvens relativamente baixas e de pouco desenvolvimento
vertical, como as nuvens estratiformes.
O granizo é a
precipitação sob a forma de pedras de
gelo. Conhecido em algumas regiões também como saraiva, pois as pedras são
pequenas e arredondadas.
A saraiva também é a precipitação sob a forma de pequenas pedras arredondadas. É a forma de precipitação que consiste na queda de pedaços irregulares de gelo, comumente chamados de pedras de granizo. Essas pedras, na Terra, são compostas por água no estado sólido e medem entre 5 e 200 mm de diâmetro, sendo as pedras maiores provenientes de tempestades mais severas.
É possível, dentro da maioria
das tempestades, o granizo ser produzido pelas nuvens cumulo nimbus.
Sua formação requer ambientes de forte movimento para cima da atmosfera da tempestade (semelhante aos furacões) e baixa altura do nível de congelamento. É mais frequente a formação ocorrer no interior dos continentes, dentro de latitudes médias da Terra, confinando-se a altitudes mais elevadas dentro dos trópicos.
Existem métodos para detectar
tempestades de granizo usando imagens de satélites e radares meteorológicos. O
granizo geralmente cai em maior velocidade à medida que cresce em tamanho,
embora fatores complicadores, como a fusão, o atrito com o ar, o vento e
interação com a chuva e outras pedras possam retardar sua descida pela
atmosfera da Terra. Avisos de tempo severo são emitidos quando atingem um
tamanho prejudicial, pois podem causar danos graves a construções, automóveis
e, mais comumente, à agricultura.
Qualquer tempestade que produz
granizo que atinge o solo é considerada como uma tempestade de granizo
Pedras maiores que 2 cm são
geralmente consideradas grandes o suficiente para causarem danos. Institutos
como o Serviço Meteorológico do Canadá emitem avisos de tempestade severa
quando o granizo tem um tamanho maior ou igual a esse, enquanto que o Serviço
Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos faz alertas com 2,5 cm. Outros
países têm limiares diferentes de acordo com a sensibilidade local para salvar,
por exemplo, áreas de cultivo de uva, que podem ser adversamente afetadas por
pedras menores.
O granizo se forma em grandes
nuvens de tempestade, particularmente naquelas com correntes ascendentes e
intensas, com alto conteúdo de água líquida, grande extensão vertical, gotas de
água de grande porte e onde uma boa parte da camada de nuvem tenha temperatura
abaixo de 0 °C. Estes tipos de fortes correntes de ar ascendente podem também
indicar a presença de um tornado.
Tempestades severas com
granizo podem apresentar uma coloração verde.
Como ocorre em uma
precipitação de qualquer nuvem cumulo imbus, o granizo começa como gotas de
água. Com a ascensão dessas gotas e a temperatura abaixo de zero, a água se
congela quando entra em contato com os chamados núcleos de condensação. A parte
transversal de uma pedra de grande dimensão tem uma estrutura parecida com uma
cebola. Isso significa que o granizo é feito de camadas espessas e
translúcidas, alternadas com camadas mais finas, brancas e opacas. Ele é
submetido a múltiplas descidas e subidas, caindo em uma zona de umidade e re-congelando
quando é elevado. Pensava-se que este movimento para cima e para baixo era o
responsável pelas camadas sucessivas da pedra, mas uma nova pesquisa, feita com
base na teoria e estudo de campo, mostrou que isso nem sempre ocorre.
O vento das tempestades, oriundo do movimento vertical do ar, cuja velocidade pode chegar aos 180 km/h, sopra o granizo na nuvem, onde ele sobe em áreas onde a concentração de umidade e de gotículas de água super-resfriadas é bastante variada. A taxa de crescimento do granizo muda de acordo com a variação da umidade e da quantidade de gotículas resfriadas que ele encontra. A taxa de acréscimo dessas gotículas é outro fator que interfere no desenvolvimento da pedra. Quando o granizo se move para uma área com alta concentração de gotículas de água, ele adquire uma camada translúcida. Caso o movimento do granizo ocorra em uma área onde haja mais vapor de água disponível, a pedra adquire uma camada de gelo branco e opaco.
Além disso, a velocidade da queda do granizo depende de sua massa e da posição na corrente ascendente da nuvem. Isso é o que determina as diferentes espessuras das camadas da pedra. A taxa de acumulação de gotículas de água super-resfriada depende das velocidades relativas entre essas gotículas e o granizo em si. Isto implica que, geralmente, as pedras maiores do granizo se formam a alguma distância do movimento ascendente mais forte do ar, onde podem passar mais tempo crescendo. À medida que o granizo cresce, libera calor latente, que mantém o seu exterior em uma fase líquida. Como ele passa por um crescimento úmido, a camada externa torna-se pegajosa, ou mais adesiva, de modo que uma pedra pode crescer pela colisão com outras pedras menores, formando uma ainda maior, com uma forma irregular.
O granizo continuará subindo na tempestade até a sua massa não poder mais ser suportada pelo movimento ascendente do ar. Isso pode levar pelo menos 30 minutos, dependendo da força desse movimento na tempestade, cujo topo está geralmente acima de 10 km de altura. Em seguida, a pedra cai em direção ao chão, continuando a crescer, com base nesses mesmos processos, até que ela deixa a nuvem. A partir daí o granizo começa a derreter, uma vez que passa por uma região da atmosfera onde a temperatura está acima da de congelamento.
Assim, uma trajetória única na tempestade já é suficiente para explicar a estrutura das camadas do granizo. O único caso em que podem existir trajetórias múltiplas é em tempestades multicelulares, onde o granizo pode ser expulso do topo de uma nuvem "mãe" e ser capturado pela corrente ascendente de uma "filha" mais intensa. Este, porém, é um caso excepcional.
Todas são tipos de chuva, que
contribuem para abastecer os aquíferos, os lençóis freáticos, os rios e até os
oceanos.
NOTA DO BLOG:
Textos copiados da internet.
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