Mata Grande (AL), 27 de agosto de 2012.
Mata Grande sempre teve o seu conceito entre as cidades sertanejas , principalmente no nível educacional onde a educação, mesmo daquelas senhoras e senhores que não frequentaram o ginásio, era admirável e respeitável por toda a população.
O cidade já abrigou por muitos anos a Coordenadoria Regional de Ensino que infelizmente, foi relocalizada no município de Piranhas (AL) . Não resta a menor dúvida de que as exigências educacionais eram mais rígidas quando regidas por uma coordenadora residente em Mata Grande que fiscalizava frequentemente o desempenho das escolas , pois, tomava conhecimento das carências surgidas, haja vista, o convívio cotidiano com os habitantes.
Quem estudou no Grupo Escolar Demócrito Gracindo no decorrer do século passado,lembra-se das exigências das diretoras na disciplina onde, havia a formação das turmas no pátio e após as preleções de praxe, alternadamente, entoava-se o hino nacional, hino a bandeira e o hino de alagoas e também as orações religiosas. O sentimento de respeito mútuo era amplamente divulgado e exigido pelas professoras em sala de aula e quem não cumpria uma regra, levava um castigo que poderia ser dado individualmente ou mesmo coletivamente.
Após a implantação do Ginásio Felix Moreno nos idos anos sessenta,cujo primeiro Diretor foi o médico Dr. Orlando de Souza Ferraz, os alunos após se submeterem ao exame de admissão ao ginásio tinham que estudar muito e após o ingresso, as exigências dobravam, forçando o aprendizado em todos os níveis, razão pela qual, com raríssimas exceções todos galgaram posições de destaque nas profissões que escolheram.
Recentemente tivemos o desprazer de ler no “cada minuto” uma notícia entristecedora com a publicação do gráfico acima , caracterizando o desempenho negativo do município e ainda enaltecendo os municípios de Inhapi e Canapi que atingiram os índices programados. E ontem, ouvimos um depoimento de um matagrandense orgulhoso no qual dizia que muitas vezes se envergonhava de dizer o seu natural, dado os baixos índices educacionais atuais.
Ora, as verbas federais que chegam são suficientes para que os índices programados sejam devidamente alcançados. Cabe, portanto, aos gerenciadores as utilizarem com a parcimônia constante nas planilhas previamente discutidas e elaboradas em sucessivas reuniões, procurando evitar o favoritismo aos transportadores e dando condições dignas aos professores bem como aos alunos para que desempenhem as suas atividades com muito garbo o que, indiscutivelmente, fará com que os índices do IDEB sejam alcançados.
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