Maceió (AL), 04 de dezembro de 2011.
Momento em que declamei a poesia abaixo a pedido de Márcia. Imaginei naquele momento que o autor se referia a Fonte do Cumbe.
BARAÚNA DA FONTE
Poesia de Olavo de Campos
Baraúna da fonte, à vossa sombra amiga,
Eu venho repousar, enfim, mais um momento.
Fui ingrato, bem sei, vos dei o esquecimento
E fui viver distante, em meio da intriga.
Quero agora de novo escutar as cantigas
Dos pássaros daqui, na galharia ao vento;
Eu quero adormecer em pleno firmamento
À sombra do umbuzeiro e umburanas antigas.
Este será, talvez, meu derradeiro ensejo;
Por isso hei de selar com fervoroso beijo,
Aposto a vosso tronco, oh velha baraúna...
Conduzi-o, pois, convosco, à imensa profundeza,
Dessa terra que é minha e vossa com certeza,
Um dia há de chegar que ela também nos una.
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