segunda-feira, 11 de março de 2024

A FELICIDADE – Germano


                 

No dicionário do alagoano Aurélio Buarque de Holanda, felicidade  é um substantivo feminino que quer dizer: Qualidade ou estado de feliz. 2. Bom êxito, sucesso.

Considerando ser um estágio de vida um tanto  difícil de ser plenamente completada,  a felicidade pode ser alcançada pelo próprio ser humano em pequenos gestos  e ações praticadas diuturnamente junto aos seus familiares, amigos que o rodeiam no trabalho ou mesmo em sua própria casa, senão vejamos alguns exemplos  fáceis de serem seguidos.

No jardim da sua casa, apreciando as belezas das rosas, o cantar feliz dos passarinhos, o verde das plantas e o azul do céu; ouvindo e cantando suas músicas preferidas e se possível até dançando.

Outra coisa positiva é  nunca perder a esperança por dias melhores, por mais que a situação momentânea esteja lhe colocando para baixo.

O bom mesmo é sempre acreditar  e ter fé na existência de um ser  superior e também procurar amar. Amar a Deus primeiramente, depois aos que lhe são caros e fazem parte da sua existência.

Muitas pessoas, passam a vida em um sofrimento árduo, economizando dinheiro. Mas o dinheiro não traz a felicidade plena, ele se torna apenas, um bom complemento.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

CAPELINHA DE SANTO ANTÔNIO - Ubireval Alencar

 




MARCO HISTÓRICO DA CAPELINHA DE SANTO ANTONIO.-Ubireval Alencar.

 

Com a primeira Missa em 07 Setembro de 2023, doravante, todas as grandes juras de enamorados, todos os pedidos e promessas de uniões futuras terão uma agenda de passagens pela subida da Serra da ONÇA.

Um segundo evento e futuro será a arquitetura da instalação de um BONDINHO DA SERRA DA ONÇA, regiamente planejado por arquitetos, engenheiros, com as seguras instalações sem danificação às condições estruturais petrificadas do ambiente.

E um terceiro evento futuro, terá que ser implantado aí O FAROL DE MATA GRANDE, marco revolucionário iluminador das fronteiras geográficas de AL, PE.

O mundo vive e cresce turisticamente com essas perspectivas que carecem antes de um bem elaborado e aprovado PROJETO JUNTO À CÂMARA MUNICIPAL, e constituição de uma equipe de abonados e sérios representantes para trabalharem as possibilidades, levantamento de quais órgãos estaduais e federais poderão integrar tamanha seriedade e responsabilidades.

Nunca deverá ter espaço para aproveitadores, sabotadores e ou rapinas do Erário Público. A cidade de Mata Grande ainda vive séculos de atrasos por incúrias de gestões passadas, desvios de verbas públicas e outros senões sabidos nas conversas de bar.

Um aplauso aos gestores mais esclarecidos e futuros.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

DIA DA SAUDADE - Walter Medeiros

 

DIA DA SAUDADE (30 DE JANEIRO)

Uma saudade a mais

--- Walter Medeiros

Há alguns anos a amiga jornalista e professora Nadja Lyra, então coordenadora pedagógica da Escola Municipal Santa Catarina, localizada no conjunto que tem este mesmo nome, convidou-me para proferir a Aula da Saudade dos alunos do 5º ano e sugeriu que falasse sobre “Saudade”.  Que coisa!

Passei uma semana refletindo sobre esse tema tão fascinante, a partir de experiências próprias, e versos dos poetas e músicos que tanto mexem com o nosso coração.

De cara fui logo aos anos 50, quando aprendia a ler no Grupo Escolar Professor Demócrito Gracindo (homenagem ao pai de Paulo Gracindo) em Mata Grande, cidade do alto sertão de Alagoas, aonde meu pai foi parar, matando mosquito da dengue, após passar pela guerra sem matar nenhum alemão.

Depois que aprendi a juntar as letras e sílabas, era belo entender o que estava escrito no pára-choque branco do caminhão de Nezinho, meu vizinho: “A saudade me fez voltar”. Ficava imaginando a saudade que ele sentia a cada viagem que fazia, com aquelas cargas altas de antigamente.

Em seguida, veio à mente um verso que não poderia deixar de citar na aula: “Itabira é apenas uma fotografia na parede / mas como dói!”, escrito por Drummond no seu poema “Confidências de Itabirano”. 

E o significado da palavra – substantivo feminino abstrato - segundo Aurélio: “Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las; nostalgia.”

Aí veio mais uma coisa interessante para aumentar a saudade, que tanto espaço ocupa nesse mundo: ela tem um dia para ser lembrada e comemorada. O Dia da Saudade – 30 de janeiro.

Vale lembrar que essa palavra não tem similar em nenhuma outra língua, e que espanhóis, ingleses, franceses, alemães e outros tentam expressar o sentimento de falta com frases inteiras, tipo “ich vermisse dish” (alemães).

Aquela platéia me reconduzia mesmo era à minha sala de aula, onde Professora Josefina Canuto me ensinava e, depois, no Externato Saturnino – já em Natal, a professora Maria das Neves trazia novidades. Coincidentemente a professora de uma das turmas se chama Neves. Impossível não lembrar de Ataulfo Alves, exclamando: “Que saudade da professorinha / que me ensinou o be-a-bá!”.

Para falar de saudade não poderia deixar de citar o Fado – gênero que tanto me toca e que tocou até Roberto Carlos, ao cantar Coimbra: “Aprende-se a dizer saudade”. Fernando Pessoa, em texto saudoso: “Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: quem são aquelas pessoas? Diremos... Que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!”

É claro que citei Casimiro de Abreu , cujos poemas eu os tinha decorados, e que versificou sua saudade da infância: "Oh! que saudades que eu tenho / Da aurora da minha vida / Da minha infância querida / Que os anos não trazem mais!".

Segui somando saudade das ruas onde morei, dos lugares por onde passei, dos amigos com quem tanto convivi, dos cafezinhos mundo afora, das paisagens memoráveis.

Dizem que saudade não deve ir para o plural. Seria mais emocionante, porém mais dolorido. Sempre usei essa palavra no singular.

Depois de tudo aquilo, fiquei, naturalmente, com muita saudade a mais.

domingo, 4 de fevereiro de 2024

ÁGUA ARDENTE – Germano

 

Segundo Augusto dos Anjos AGUARDENTE, é um substantivo feminino que significa Álcool, pinga, cachaça.

É uma bela definição a nível português. Você sabia que no Brasil, foram os escravos, trazidos  justamente pelos portugueses que, trabalhando nos engenhos se deliciavam com a água ardente dos engenhos? Pois bem, era muito forte e oriunda do caldo da cana de açúcar.

Hoje em dia existem várias aguardentes de frutas, cereais, raízes etc., porém foi em 14.11.1996 que após analises ficou evidenciada a qualidade da cachaça, com uma variação de grau até 54% de teor alcoólico.

Até hoje não se sabe a origem da água que arde, se dos gregos ou dos árabes, o que se sabe é que deste 1730 passou a ser envelhecida em toneis de madeira, melhorando suas cores e sabores.

Não resta dúvidas de que a cachaça fica mais saborosa quando originada da moagem da cana de açúcar, pois quando se trabalha com caldo de cana direto, faz-se uma correção mais cuidadosa para oferecer melhores condições de nutrição que, normalmente, não se encontram no caldo. Somente com a destilação é que se consegue um melhor teor alcóolico.

Sabe-se também que a aguardente logo depois de destilada ainda não está pronta para o consumo. Nesta fase ela tem um gosto agressivo. É a cachaça que se denomina “Cachaça de Cabeça”. Há necessidade de um período, variável de dois a três meses, de descanso para completar a sua qualidade sensorial. Em condições ambientes especiais e em repouso, as substâncias químicas da aguardente reagem entre si, formando novas substâncias químicas. Assim, outras reações químicas ocorrem até a obtenção de um equilíbrio entre as quantidades destes diversos componentes.

A aguardente envelhecida apresenta aspecto, cheiro, cor, gosto e sabor de melhor qualidade. Por isso e pelo seu maior custo de produção, seu preço no mercado também é maior. É evidente que a aguardente envelhecida será de alta qualidade se apresentar esta característica quando nova. Uma aguardente de baixa qualidade continuará ruim após o envelhecimento.

Mata Grande e Água Branca, encravadas no alto sertão alagoano, foram beneficiadas com vários engenhos, alguns ainda em atividades. Albérico Carvalho, de saudosa memória, instalou um enorme engenho, dentro dos padrões normais e montou uma destilaria, fabricando cachaça de boa qualidade. No entanto, não quis progredir. Vendia em barris, sem a menor fiscalização. Já em Água  Branca existe o Engenho que fabrica de tudo, inclusive o sorvete de rapadura que é uma delícia.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

EM BUSCA DO TESOURO PERDIDO - Pe. Antônio Iraildo Alves de Brito

 

Quando nascemos nossa primeira reação foi o choro. Nem tínhamos como saber do tesouro, daquela centelha de vida contida em nosso peito.

Ao chegarmos a este mundo reagimos  ante a alteração da temperatura e a estranheza da luminosidade, que fizeram doer os olhos e o corpo todo, em contraste com a conforto antes experimentado no ventre da nossa mãe.

Existir é adaptação. Aos poucos vamos nos adaptando a temperatura aos ruídos, aos cheiros, aos movimentos, aos sabores.  

Por vezes, para driblar as dificuldades, fazemos caretas, caras e bocas e, com o tempo, aprendemos a sorrir. Que bom o riso!

Afinal, não viemos a este mundo destinados ao sofrimento. Estamos aqui para a felicidade.

Encontrar a felicidade é o tesouro escondido, o lugar do sentido. Não tem a  ver com a grandeza, e sim com a riqueza das coisas simples. O fôlego nosso de cada dia. Acordar, respirar, sentir aromas e sabores. Tocar a profundidade da alma, do ser.

O poeta Manoel de Barros soube bem dizer a vida: “Entendo bem o sotaque das águas. Dou respeito as coisas desimportantes e aos seres desimportantes. Prezo insetos  mais que aviões.  Prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis. Tenho em mim um atraso de nascença. Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos”

O tesouro escondido é feito um passarinho, tão pequeno e frágil. Mas voa “de boa”, e nem precisa de motor. A pequenina ave é nossa sede de  voar até o eterno.  Ah, se apreendêssemos, com os sotaques das águas o quanto é bonita a comunhão de toda a criação! Tudo interligado e nenhum de nós foi feito para a solidão.

Ao virmos do ventre de nossa mãe chegamos a este mundo para uma nova  gestação. O tesouro escondido é a certeza de que estamos sendo gerados para Deus; e apesar de todos saciados e entraremos em plena posse do tesouro escondido.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

ERA UMA VEZ ... - Ubireval Alencar

 




Era uma vez... Um sítio Gato, tal qual um paraíso de sonhos, pinhas, cajus, mangas, coqueiros, pequenos canaviais, e extensas plantações de algodão,  milho, mandioca... e casarões aqui, acolá,  num mundo de felicidade em meio ao gado no capim pastando. 

O estudo da alfabetização só se dava uma vez por semana, num velho casarão com a professora Socorro, filha da D. Laura   comerciante. E tomávamos palmatória dura se não acertássemos a bendita TABOADA.

Apolônio sempre à noite tocando sua corneta ou seu trompete. As filmagens do conto de fadas se davam lá das bandas do sítio do Seu Frazão, onde uma bela MOÇA atravessava à nossa frente a cavalo, a caminho de onde? Um dia se saberia que um Espião viria naquelas manhãs roubar a inocência de um menino atilado nessas coisas do coração.  

Rumei pra civilização em colégios e internatos, deixei o Gato, e retornei abismado com a bela obra produzida por Chiquinho e d. EVA - NOSSA CATHERINE DENEUVE, do sertão. Nossa confraternização, querida GIRLANE.

Feliz Aniversário. 🥂🍷🎂

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

DISCUTIR - Alcides


 

Discussões não concedem prêmios. Nós não seremos melhores ou piores se ganharmos ou perdermos uma contenda. O que vale é o nosso conhecimento e o nosso ponto de vista.

Lembremos sempre que o sábio não fala em vão e o tolo não sabe o que diz. Saber falar e saber ouvir é aconselhável, e a conjugação dessas duas qualidades é algo que nos coloca em um nível muito superior.

O ditado antigo e não menos importante, nos passa a receita da  cautela, ao nos ensinar: "Temos dois ouvidos e uma boca, para ouvir mais e falar menos". Portanto, saber ouvir é uma magnífica virtude que bem poucas pessoas sabem praticar.

Numa discussão, se tivermos convicção do que defendemos, não exageremos na defesa das nossas posições, pois, não é de bom senso tentar convencer uma mente cega a abrir os olhos que não possui.

Ao evitarmos um confronto desnecessário e improdutivo, aplicando o recuo estratégico da serenidade, estaremos dando uma inequívoca demonstração de sabedoria, agregando valores à nossa vida.

Lembremos sempre, que o debate só é produtivo e tem valor quando, com sensatez, mesmo discordando, respeitamos as ideias divergentes.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

MATA GRANDE DAS SAUDADES - Ubireval Alencar

 

AH MATA DAS SAUDADES. QUANTA SAUDADE DAS TRAVESSURAS DE UM MUNDO ENCANTADOR.

A pequena mas aconchegante rua de Baixo, uma travessa da grande Rua de Baixo ( Ubaldo Malta) até hoje.

Nas casas primitivas durante o período carnavalesco aí se realizava a Festa da Criançada. Não se permitiam bebuns maduros ou decaídos, para preservação da turma animada.

E diga-se de passagem: usávamos LANÇA-PERFUME original, sem drogas quaisquer, cujo cheiro incendiava a rua e casas.

Adultos, pais e familiares ficavam vigilantes a toda batucada,  com maravilhosas marchinhas estimuladoras.

Mundo imaginário,  do faz de conta, sem assaltos, roubos ou agressões. Inexistia diferença de classe social ou econômica e o congraçamento de raças dava mais beleza  em ver jovens louros, brancos abraçados com os que chamávamos carinhosamente de " neguinhos". O riso e pulos eram nossa irmandade .

No período da manhã o grande BOLERO instrumentista com seu trompete arrastava multidão indiferenciada  num misto de  frevo em que se metiam adultos, donos de lojas, mulheres empregadas domésticas,  desocupados da vida...

Pasmem, algumas casas de animadores ou carnavalescos de tradição se davam o prazer de abrir suas portas e grande parte da " curriola" ( turma de tocadores e musicistas) se fartava de guloseimas,  bebidas, água sobretudo,  desesperados de suor e calor.

Impossível pensar tempo tão bom, e ninguém tocava em objetos do outro.

Por trás daquelas casas onde habitavam D. Benedita Brandão,  dona de engenho, havia o sítio da D  Amélia,  espécie de estuário onde maiores acorriam para o banheiro público. Matas e touceiras também acobertavam adolescentes, durante o dia, que se exercitavam nos primeiros gozos da masturbação, recanto privilegiado para os mais crescidos. (Homens casados em geral sabiam das mulheres noturnas em seus devaneios pós jogos de baralhos altas horas da noite).

E a vida seguia, uns generosos tentavam ajudar ZE GRILO a subir a ladeira do Alto, encharcado da pinga Serra Grande. Notória a vida singular do Zé Grilo, encarregado principal do BOI DA CARROÇA DO LIXO .

A turma adolescente e muitos já casados ficavam no beco da ladeira a gritar e zonar com as quedas de Zé Grilo: BOTA O CEPO,  ZÉ GRILO  !!. Interminável tarde de gozação e bagunça por qualquer remanescente da cachaçada  da MANHÃ DE CARNAVAL.

domingo, 7 de janeiro de 2024

RELEMBRANDO A MAIOR FESTA MATAGRANDENSE – Germano


 

Brasília – DF., 01 de janeiro de 2024.

Houve o encerramento de mais um ano e chegou o ano de dois mil e vinte e quatro, tudo ocorrendo de modo diferente. Então foram surgindo as lembranças das novenas, em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, nossa padroeira, cujo inicio se dá no dia 23.12 com os seus tradicionais  “noiteiros” (são as pessoas encarregadas da organização) e também dos zabumbeiros com seus pífanos afinados executando os hinos religiosos e os baiões do saudoso sanfoneiro Luiz Gonzaga.

Vale lembrar que o dia de Nossa Senhora da Conceição é no dia oito de dezembro, no entanto, os vigários da Paróquia de Água Branca e de Mata Grande, Monsenhor Sebastião Alves Bezerra e o também Monsenhor Aloysio Viana Martins, ambos nascidos em Mata Grande e primos do meu pai Balbino Alves Bezerra, fizeram um acordo, para que pudessem participar das duas festas, daí, Mata Grande ficou com o dia primeiro de janeiro de cada ano, que é o dia da grande procissão em homenagem a Santa.

Tão logo acabava a novena íamos ver os fogos de artifícios, foguetes que estouravam lá nas alturas, alguns com varias descargas menores e uma de grande porte. Ah! E os foguetes de lágrimas eram muito lindos. Existia também a solta do balão que demorava a subir e seguia deixando lágrimas e estampidos de bombas. Tudo confeccionado lá em Mata Grande sob os cuidados do saudoso Mestre  Dari.

Depois o bom era  ir visitar a Casa de Dona Guiomar Mendonça e apreciar a beleza das lapinhas (PRESÉPIO) que organizava com todo esmero e amor.

 

Por falar em festa natalina, jamais poderia deixar de lembrar da “Onda” do seu Manoel Pistola e tampouco, do carrossel de Dona Minervina e dos barcos que davam tantas alegrias aos adultos e crianças.

As novenas todas as noites, nas suas mais variadas organizações, existiam  com suas características próprias, como os leilões, onde o leiloeiro perguntava: Quanto “simidão” por esta bela galinha? E outras coisas mais, quando a frase era: Quanto  “jamidão”... e assim consecutivamente.

As únicas noites diferenciadas era a do Natal e a do Ano Novo, pois era rezada a missa do galo. Nessas noites havia o  hábito de se usar roupas novas.

Na noite do dia  trinta e um,  após as celebrações existiam os bailes do Marcado da Farinha e do Club Paz e amor e ainda as danças do Bar do Gago, do salão de seu Agnelo  etc., onde todos se divertiam. Era uma animação total  e quem não frequentava as danças permanecia na Rua de Baixo, passeando e saboreando as mais  diversas bebidas e guloseimas nas barracas. O bom era o “extrato”, um perfume vendido em pequenos  frascos de vidro, muito usados pelas moças da zona rural.

Para encerrar, no dia primeiro havia o leilão promovido pela Igreja e a tarde a tradicional procissão pelas ruas da cidade.

 

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

DISCURSO EFETUADO NA SERRA DA ONÇA - Germano

 



DISCURSO PARA A SERRA DA ONÇA

Bom dia a todos com as bênçãos de Deus e de Santo Antônio. Como cidadão nato, quero  externar os meus agradecimentos a vocês que  estão aqui presentes e também ao Padre Marcelo que se dispôs a esta celebração, coisa inédita  neste lugar e que será gravada nos anais da nossa história.

Um agradecimento  especial aos bravos irmãos que compõem o Terço dos Homens de Mata Grande e que adotaram esta Serra para fazer parte da suas religiosidades. Agradecimento também aos familiares do  comerciante Antônio Rodrigues de Albuquerque, na pessoa do seu bisneto Daniel Malta.

Aqui, vale relembrar, tornou-se uma tradição vir nos dias Santos da Semana Santa como uma penitência . Os antigos gostavam de rolar grandes pedras. Com o passar dos anos isto foi diminuindo e a capela foi parcialmente danificada e esquecida. Eu por exemplo passei vários anos sem subir a Serra.

Há alguns anos conversando com o meu amigo Cristovam, conhecido como Muqueca, ele falou que da Serra do Angico era mais fácil  subir e acertamos para no domingo sair da casa dele, eu, Icléa e ele.

Foi muito bom, porém quando vimos o estado deplorável em que se encontrava a capela, pensei e fiz um apelo aos mata-grandenses para que cada um enviasse  R$ 50,00 reais, então, mandamos recuperar a capela e também que se construísse os degraus a fim de facilitar a subida das pessoas. Nisso contamos também com a colaboração do pedreiro Valdo.

Com a facilitação da subida, os irmãos do terço resolveram que na Semana Santa seria bom para uma  Via-Sacra. Iniciaram e continuam rezando anualmente, porém, um caso aconteceu há alguns anos.

Quando nos reuníamos para subir, eis que aparece um penitente carregando  uma cruz, pagando uma promessa que havia feito em um Hospital do Recife.

Hoje é este cruzeiro que está ao lado da capela. Quiçá , possa ser o primeiro milagre de Santo Antônio aqui registrado.

Esta missa hoje aqui celebrada, marcando os 100 anos desta Capela, queira Santo Antônio, tornar oficialmente este lugar um verdadeiro cartão postal da nossa cidade e lugar de peregrinação e visitação de turistas.

 

 NOTA DO BLOG.

Evento efetuado no dia 07.09.2023, quando a capela fez 100 anos de erigida em 07.09.1923 por Antônio Rodrigues de Albuquerque.