sexta-feira, 21 de março de 2025

A HISTÓRIA DA RUA DE BAIXO – Germano.

 

A HISTÓRIA DA RUA DE BAIXO – Germano.


Conforme os antigos me contaram , Mata Grande começou pela Rua da Cruz, exatamente aonde  fica hoje o prédio dos Correios.  Todavia, o desenvolvimento se deu na Rua de Baixo, atual Ubaldo Malta.  As casas residenciais e as comerciais foram surgindo ao longo de um riacho que corria pelo meio da rua.

As pessoas para atravessarem a rua, passavam em cima de paus, se equilibrando para não caírem na lama. Já os animais transitavam tranquilamente, muitos até com cargas em seus lombos.

Nos idos anos quarenta o Prefeito Moacir Cavalcante Peixoto,  mandou fazer umas galerias pluviais onde as águas passavam ao longo da rua indo para o tanque da empresa, como ocorre até os dias atuais. Foi feito um bom calçamento e também os degraus, valorizando em muito o aspecto da rua e a tornando o centro comercial do município, onde, inclusive funcionava a feira semanal, conforme se vê nas fotos.

 

 


 

 

 

 

 

Na segunda metade dos  anos sessenta, o Prefeito Cristiniano Fortes Nunes, mandou plantar umas mudas de algaroba, mudando a vista paisagística da rua com as suas enormes sombras.




 

Então, a Prefeita Nielza, mandou quebrar os degraus e erigiu umas descidas com pedras de calçamento o que tornou a Rua de Baixo, principalmente no sopé das descidas uns pontos comerciais com barracas, até de lonas, tornando a parte paisagística muito criticada pelos mata-grandenses.




 

 



 

 

Ultimamente, o Prefeito Erivaldo Mandu, mandou derrubar tudo e fazendo escavações avançadas erigiu uma  bonita praça no centro, cheia de encantamentos, que agrada a todos que por ali transitam.

 

 

 



 

 

 

 Acho que esta já é a quarta alteração na modificação na Rua de Baixo, alterando consubstancialmente  o centro de Mata Grande para melhor.

segunda-feira, 17 de março de 2025

VIVER OU DURAR - Carlos Coelho

 

𝑽𝒊𝒗𝒆𝒓 𝒐𝒖 𝑫𝒖𝒓𝒂𝒓

Outro dia, no meio de uma conversa séria sobre planos para o futuro, alguém soltou a pergunta fatal: "Você quer viver ou quer durar?" Na hora, fiquei sem resposta. Parecia uma daquelas pegadinhas existenciais que dão um nó no cérebro. Como assim, "viver ou durar"? Não é a mesma coisa? E foi aí que comecei a pensar melhor.

Durar é aquela vida meticulosamente planejada. Acordar cedo, comer aveia, fazer exames regulares, evitar frituras e álcool, usar protetor solar até dentro de casa. É pagar boletos em dia, manter um currículo atualizado e separar o lixo reciclável corretamente. É não se expor a riscos desnecessários, não gastar energia com bobagens, seguir a cartilha da longevidade. O problema é que, às vezes, quem só dura esquece de viver.

Viver, por outro lado, é sair sem rumo e descobrir um boteco com o melhor torresmo do bairro. É rir até perder o fôlego, mudar de caminho porque um cachorro simpático quis te acompanhar, aprender a tocar violão aos 60 anos só para tocar mal e sem compromisso. É dizer "sim" para convites improváveis e "não" para convenções sem sentido. Viver é tomar sorvete sem culpa, se apaixonar sem garantias, dançar sem saber os passos.

E então, veio a dúvida cruel: e se eu tentar fazer as duas coisas? E se eu quiser durar e viver? Tomar vinho, mas comer brócolis? Correr na esteira, mas também correr para pegar um pôr do sol na praia? Manter a poupança organizada, mas também viajar sem planejamento de vez em quando?

O problema é que nossa sociedade idolatra os que duram. São eles que recebem prêmios de "exemplo de disciplina" e ocupam capas de revistas de negócios. Viver, por outro lado, é visto como irresponsabilidade. Quem vive demais é chamado de impulsivo, imaturo, inconsequente. Mas e se o verdadeiro erro for passar tanto tempo tentando durar que, no final, esquece-se de viver?

Me lembrei de um conhecido que, durante toda a vida, economizou cada centavo, sempre dizendo que ia aproveitar quando se aposentasse. Morreu um mês depois de pendurar as chuteiras, sem ter usado metade das camisas bonitas que guardava "para ocasiões especiais". Também lembrei de um amigo que vivia cada dia como se fosse o último e... bem, um dia foi mesmo. Talvez a grande sabedoria esteja em não cair em nenhum dos extremos.

Então, qual é a resposta certa? Eu decidi que não quero apenas durar. Mas também não quero viver como se não houvesse amanhã, porque, convenhamos, na maioria das vezes há. Quero equilibrar o manual da longevidade com o roteiro das boas histórias. Quero me cuidar para ter energia suficiente para as aventuras que ainda me esperam. Quero, sim, evitar os riscos idiotas, mas não me privar dos riscos emocionantes. Quero durar, mas com conteúdo.

E se um dia alguém me perguntar qual foi a minha escolha, espero poder responder com um sorriso maroto:

 "Eu escolhi viver. E durei bastante fazendo isso."

Carlos Coelho.

segunda-feira, 10 de março de 2025

ATITUDE IMPRODUTIVA - Alcides


 

Todos nós conhecemos pessoas que, mesmo tendo tantas oportunidades, não as aproveitam, não agem e, por isso, estacionam na vida, não progridem e não vencem.

Esta atitude de "contemplação improdutiva" da vida, certamente, poderá causar nestas pessoas grandes sofrimentos e desilusões. Elas sabem o que têm que fazer, mas não encontram forças e nem disposição para começar. Apresentam várias desculpas para continuar na inércia, ora por falta disso, ora por falta daquilo, e a vida vai passando e tudo continua igual.

Estas pessoas sofrem muitos danos e "atrasos de vida". Fossilizam a mente, o corpo e o coração. E, como o progresso é a lei da vida, no futuro  terão que fazer o que não fizeram e, talvez, não terão mais tempo ou mesmo saúde para tal, gerando ainda mais desânimo e sofrimento.

Então, é importante nos avaliarmos periodicamente, com honestidade para conosco mesmos e, se percebermos que estamos caminhando para esta situação, ajamos rápido para estancar esse progresso negativo, e procuremos dar outro rumo à nossa vida sem pestanejar.

Com decidido otimismo, nos fortaleçamos,  refazendo nossos planos. Não há qualquer mal em reconhecermos que estamos num caminho equivocado, pois, a sabedoria da vida está em reconhecer os nossos erros e corrigi-los com novas atitudes. Replanejemos nossas metas de acordo com a nossa realidade e, com certeza, as executaremos bem.

Não é com foco no orgulho, na vaidade ou por imposição, que se consegue uma vitória verdadeira. É pelo pensamento equilibrado, pelo estabelecimento de metas exequíveis, pela gratidão por ideias valiosas e, principalmente, pela autoconfiança na vitória, respaldada pela dedicação a um trabalho persistente e honesto.

 “Não iniciemos qualquer trabalho sem antes invocar a proteção do nosso Criador””

sexta-feira, 7 de março de 2025

CURIOSIDADES SOBRE O BRASIL

 

Aqui estão 28 fatos interessantes sobre o Brasil:

1. O Brasil é o maior país da América do Sul e o quinto maior país do mundo por área e população.

2. Brasília é a capital do Brasil, enquanto São Paulo é a maior cidade e centro econômico.

3. O português é a língua oficial do Brasil, tornando-o o maior país de língua portuguesa do mundo.

4. O Brasil conquistou a independência de Portugal em 7 de setembro de 1822, tornando-se um império e mais tarde uma república.

5. O país é conhecido por sua cultura diversificada, influenciada pela herança indígena, africana, europeia e asiática.

6. A bandeira brasileira apresenta um campo verde com forma de diamante amarelo, globo azul com estrelas, e "Ordem e Progresso" (Ordem e Progresso) escrito sobre ele.

7. A Floresta Amazônica no Brasil é a maior floresta tropical do mundo, abriga uma vasta gama de espécies vegetais e animais.

8. O Rio de Janeiro é famoso pelo seu festival de Carnaval, com desfiles de samba, música, dança e fantasias elaboradas.

9. A estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro é uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo, com vista para a cidade desde a Serra do Corcovado.

10. O rio Amazonas, o segundo rio mais longo do mundo, corre pelo Brasil e desempenha um papel crucial na ecologia e biodiversidade da região.

11. A culinária brasileira varia de acordo com a região, mas muitas vezes inclui feijoada (um guisado de feijão com carne de porco), churrasco (churrasco) e brigadeiro (trufas de chocolate).

12. O futebol (futebol) é o esporte mais popular do Brasil, com a Seleção tendo vencido a Copa do Mundo FIFA um recorde cinco vezes.

13. O Carnaval no Brasil é realizado anualmente antes da Quaresma, com o Rio de Janeiro e Salvador recebendo algumas das maiores e mais famosas celebrações.

14. O Pantanal, localizado no oeste do Brasil, é a maior área úmida tropical do mundo, conhecida por sua vida selvagem e oportunidades de observação de aves.

15. São Paulo é uma das maiores cidades do mundo por população e é conhecida por sua diversidade cultural, gastronomia e vibrante cena artística.

16. Os gêneros musicais brasileiros incluem samba, bossa nova, forró e MPB (Música Popular Brasileira), influenciando as tendências musicais globais.

17. O Brasil tem uma rica história da literatura, com autores como Machado de Assis, Clarice Lispector e Jorge Amado contribuindo para o seu legado cultural.

18. As Cataratas do Iguassú, localizadas na fronteira entre Brasil e Argentina, são uma das cachoeiras mais espetaculares do mundo, cercada por exuberante floresta tropical.

19. O Carnaval brasileiro no Rio de Janeiro atrai milhões de visitantes todos os anos com seus desfiles coloridos, competições de samba e festas de rua.

20. A economia brasileira é diversificada, com setores-chave incluindo agricultura, mineração, manufatura e serviços.

21. A cidade de Salvador, no estado da Bahia, é conhecida por sua cultura afro-brasileira, arquitetura histórica e música vibrante e tradições de dança.

22. O Brasil tem uma paisagem religiosa diversificada, sendo o catolicismo romano a religião predominante, ao lado do protestantismo, do Espiritismo e das religiões afro-brasileiras como o Candomblé e a Umbanda.

23. A Floresta Amazônica Brasileira é um ecossistema vital, fornecendo um lar para cerca de 10% das espécies conhecidas no mundo e desempenhando um papel crucial na regulação climática global.

24. O Carnaval no Brasil é um grande evento cultural, celebrado com música, dança, fantasias coloridas e festas de rua em todo o país, principalmente no Rio de Janeiro, Salvador e Recife.

25. O Carnaval brasileiro é famoso por seus desfiles de samba, onde as escolas de samba competem com carros alegóricos elaborados, fantasias e coreografias no Sambódromo do Rio de Janeiro.

26. A herança cultural diversificada do Brasil reflete-se em sua música, culinária, literatura e festivais, influenciada pelas tradições indígenas, africanas, europeias e asiáticas.

27. O Carnaval brasileiro é um momento de celebração e expressão cultural, com estilos musicais como samba, axé e frevo, e atraindo turistas de todo o mundo.

28. O Carnaval brasileiro é um importante evento cultural, mostrando a rica diversidade cultural e criatividade do Brasil através de música, dança e desfiles de fantasias.

NOTA DO BLOG:

Mensagem divulgada no Facebook, não tem o nome do autor.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

ÚLTIMO CARNAVAL- Lucas Malta de Souza

 

ÚLTIMO CARNAVAL- 





Chegado fevereiro daquele ano,

jamais alguém estaria cogitando,

que justamente aquele Carnaval,

na história seria um ponto final.


Decoraram o Paz & Amor,

tudo com muito primor,

compraram confete e serpentina,

mas triste foi sua sina.


Club da Graxa também se enfeitou,

com máscaras coloridas ornou,

sem saber que aquele Carnaval,

seria o seu ponto final.

 

O Mercado da Farinha todo enfeitado,

tudo muito bem organizado,

mal sabia ele coitado,

que seu fim estaria decretado.


A Maestrina do Carnaval,

organizou a Banda Marcial.

Fleurange sem imaginar,

ouviu o último acorde a tocar.


Tocaram vassourinhas

e tantas outras marchinhas,

e o Trompetista mal sabia,

que estaria chegando o fim de seus dias.

 

O famoso Bloco Bacalhau do Caju,

se reuniu lá no Mandacaru,

o fundador pulou seu último Carnaval,

depois foi morar na Mansão celestial.

 

Nas ruas diversos foliões,

jovens, amores e paixões,

hoje de alguns temos saudades,

pois já estão na eternidade.

 

Salgadinho com a cara toda melada,

a camisa, aos trapos, rasgada,

entoava seus velhos jargões,

entre gritos e canções.

 

O eterno presidente do Paz & Amor,

compareceu a mais um dia de labor,

atendeu sua última freguesia,

tempo depois partiria.

 

Tia Nina empolgada,

sempre animada,

o dedo levantava

e jingle e canções entoava.

 

Quanta alegria naquele folião,

com um bode amarrado no calção.

Quanta alegria e ousadia,

naquele que de mulher se vestia.

 

A matinê alegrava a criançada,

com brincadeiras e música animada,

depois bolo, folhado e pastel,

Ó Massa Fina tu eras o céu.

 

Os ébrios conhecidos,

no próximo ano serão esquecidos,

a sua trama será findada,

se encontrarão com a hora inesperada.

 

Lá se vai Zé Pereira,

subindo as ladeiras.

Vejam ele, Juvenal,

alegrando o Carnaval.

 

Olha que gracinha,

lá vai indo Mariquinha.

Rei Momo com toda majestade,

passeia alegrando nossa cidade.

 

Guardaram os sonhos e fantasias,

viveram suas últimas alegrias.

Se despediram sem nada saber,

pois para eles chegariam o entardecer.

 

Extraviam lembranças e ornamentos,

emergem nos que ficam, sentimentos.

Doloridos, saudosos corações,

que solitários hoje entoam canções.

 

Não desperdice esse ano,

para depois não ficar lamentando,

perdoe, brinque e lembre de  Deus,

deseje bênçãos para os seus.

 

Pois talvez tu estejas vivendo...

O último abraço apertado,

o último pulo dado,

a última canção cantada,

a última música dançada.

(Lucas Malta de Sousa)

NOTA DO BLOG:

Lucas Malta de Souza é  seminarista. Filho de Everaldo Henrique de Souza (Salgadinho) a quem homenageou .



domingo, 16 de fevereiro de 2025

SOS ENGENHOS – Germano

 





SOS ENGENHOS – Germano

domingo, 28 de outubro de 2007

“S.O.S - ENGENHOS Foi com um enorme prazer que assisti pela televisão uma reportagem completa sobre o engenho de rapadura lá do Sítio Flores (Serra do Urubu) - Mata Grande -Al., é justamente o engenho de onde compro rapaduras e mel.

Pertencem aos sobrinhos de Tia Benedita. Foi com um enorme desprazer que ouvi o repórter dizer que a nossa rapadura foi patenteada pela Alemanha. Isto quer dizer que, se o Brasil for exportar rapaduras terá que pagar àquele País que nada produz.

Será que o governo brasileiro vai deixar isso à revelia? REPORTAGEM DA TV-GAZETA (Rede Globo)

Sábado tivemos oportunidade, juntamente com o meu Compadre Everaldo Gomes, de partilhar de uma reportagem para a TV-Nordeste sobre o inverno no Nordeste.

Mata Grande e Água Branca, ambas em Alagoas, foram filmadas e tiveram várias pessoas entrevistadas. Infelizmente não filmaram neblina que veio reaparecer na segunda feira, vejam fotos em meu álbum. A reportagem deverá sair a partir do dia 14, aos sábados, após o programa Jornal Hoje, a nível nacional, em nosso território no programa AL -TV e Terra e Mar.

 

Fiquem ligados e verão excelentes paisagens das nossas serras Lagoa de Santa Cruz e Sabonete (Urubú), inclusive com a filmagem da fonte que abastece o Canapi.”

 

Esta foi uma das primeiras divulgações que fiz. Existe outras sobre  os engenhos da nossa terra. Mas o motivo da repetição é que recentemente passei um final de semana na Chácara da Comadre Nélia e conversando com os nativos tive a notícia de que em Mata Grande restam somente quatro engenhos e funcionando precariamente.

Para reativar a memória, leia esta sobre o mesmo assunto que publiquei em 2010.

 

“Maceió - Al., 17 de maio de 2010.

Nas comunidades do Orkut "Amo Mata Grande" e "Matagrandenses & Amigos" fizemos  alguns comentários sobre o tema, infelizmente  não consegui localiza-los.

Recentemente um conterrâneo de nome Jorginho, neto de Seu Antônio de Justo, antigo morador da rua da Matriz, criou um tópico denominado "que pena" onde lamenta alguns descasos administrativos corriqueiros dos gestores municipais. Relembrei então que tantas repartições federais e também, estaduais já tiveram os seus escritórios bem estruturados em nossa cidade, porém, por falta de interesse político elas foram relocalizadas em outras cidades circunvizinhas ou mesmo extintas.

Tentaremos, doravante, deixar alguns escritos sobre o assunto, visando informar aos mais jovens  o que Mata Grande já teve em termos de repartições, indústrias, lazer, etc., com  suas descrições , fotos, (quando possível ) e também, as finalidades para as quais foram criadas .

Iniciaremos  falando sobre os engenhos de rapadura, isto eu escrevi em 10.11.2007:

"ENGENHOS DE RAPADURA

S.O.S. - ENGENHOS DE RAPADURA

1970 - Existiam 38 engenhos funcionando normalmente.

 

1992 - Existiam 18 engenhos, alguns funcionando normalmente.

 

2007 - Existem 08 engenhos funcionando precariamente.

 

TENDÊNCIA - Mata Grande passa a ser a cidade do "já teve engenho" como tantas outras indústrias que "já teve".

 

OBSERVAÇÕES - A rapadura e o mel dos nossos engenhos têm sabor inigualáveis, se comparados com as produzidas no Ceará e Pernambuco.

No Sítio Almeida, existiam 08 engenhos, alcancei 03 funcionando e hoje existe apenas um que funciona às quintas-feiras, precariamente, utilizando até açúcar, para produzir seus produtos.

 

Desnecessário se torna informar da quantidade de mão de obra necessária para o funcionamento de um engenho, desde o preparo da terra, o plantio da cana, os tratos culturais, o corte o carregamento e por último o funcionamento de um engenho que diariamente , ocupa uma média de quinze homens. Vale frisar que estes trabalhadores passaram a exercer as suas atividades nas usinas de açúcar.

 

Um registro importante: O Senhor de Engenho Albérico Carvalho, produzia a cachaça artesanal  em larga escala, além de mel e rapadura. Foi um dos engenhos mais modernos  que conheci em nossa terra. Visitei um similar em março deste ano, visitando Juazeiro do Norte no Ceará. Lá presenciei que o uso do açúcar é uma constante. Já não se fabrica a rapadura  pura, como antigamente.

Nas feiras semanais de Mata Grande  existem duas bancas onde os donos de engenhos vendem os seus produtos. Mel e rapadura com sabores inigualáveis porque ainda não desenvolveram a técnica de usar o açúcar para a produtividade aumentar.”

 

 

sábado, 15 de fevereiro de 2025

COMPROVADO


*CIENTIFICAMENTE COMPROVADO!*

Os idosos são ridicularizados quando falam demais, mas os médicos veem isso como uma bênção, dizendo que os idosos aposentados deveriam falar mais porque atualmente não há como prevenir a perda de memória. A única maneira é falar e falar, cada vez mais. Existem pelo menos três benefícios para os idosos que falam mais...

Primeiro: Falar ativa o cérebro, pois a linguagem e os pensamentos se comunicam, principalmente quando se fala rápido, isso naturalmente acelera o pensamento e melhora a capacidade de memória. Idosos que não falam têm maior probabilidade de desenvolver perda de memória.

Dois: Falar mais previne doenças mentais e reduz o estresse. Os idosos muitas vezes guardam tudo no coração sem dizer ou desabafar nada, sentem-se sufocados e desconfortáveis. Dar aos idosos a oportunidade de falar mais e ouvir uns aos outros irá ajudá-los a sentirem-se melhor.

Terceiro: A fala exercita os músculos ativos da face, exercita a garganta, aumenta a capacidade dos pulmões e reduz os perigos ocultos da vertigem e da surdez, que frequentemente prejudicam os olhos e os ouvidos.

Resumindo: como adulto mais velho, a única maneira de prevenir a doença de Alzheimer é conversar ativamente e interagir com o maior número de pessoas possível. Não há outro remédio para isso. Por isso, é recomendado que grupos de amigos mais velhos se reúnam em algum lugar pelo menos uma vez por semana, durante cerca de 2 ou 3 horas, para trocar opiniões e desestressar com um sorriso.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

LUIZ NETO FILHO – Márcia Machado

 




                                                              MOCINHO

Luiz Neto Filho, nasceu na cidade de Mata Grande/AL, no dia 16 de junho de 1932, filho de Alcides Francisco dos Santos e Maria Rosa Machado, teve apenas um irmão biológico chamado Juca Machado dos Santos, que faleceu na mais tenra idade. E dois irmãos adotados Rosa Xavier e Manoel da Silva.

Passou boa parte da vida na sua cidade natal, saindo apenas durante algum tempo para trabalhar em São Paulo e no Maranhão. Posteriormente passou a residir em Delmiro Gouveia até o dia em que veio a falecer em 21 de outubro de 2015.

Recebeu o mesmo nome do avô materno Luiz, que lhe tinha grande apreço e começou a chama-lo Mocinho, apelido pelo qual ficou conhecido durante toda sua vida.

Foi casado com Marinete Alves Machado e desta união nasceram 6 filhos: Márcia Maria Machado Nunes, Mário Sérgio Machado dos Santos, Margarete Lúcia Machado Lisboa, Luiz Maurício Machado dos Santos além de Marisa e Manoel que faleceram com  poucos dias de vida.

Foi proprietário de alguns terrenos no município de Mata Grande, como o Jacu, a Boa sombra e a Boa Vista. Mas o que gostava mesmo de fazer era dirigir sua caminhonete transportando pessoas, atividade que desempenhou  durante mais de 30 anos.

Foi desbravador do percurso Mata Grande - Delmiro Gouveia via Santa Cruz do Deserto e Água Branca. Fizesse um sol de rachar ou um inverno rigoroso com lama e chuva por todos os lados, ele nunca falhava, saía com sua caminhonete em busca de passageiros que lhe esperavam confiantes, pois sabiam que, mesmo que não desse para nenhum outro carro passar, Mocinho chegaria e lhes transportaria ao destino desejado. E assim foi por mais de três décadas.

Enquanto os outros motoristas faziam o percurso pelo Inhapi para se livrarem da lama e dos buracos na estrada sem asfalto, ele continuava com o mesmo percurso, engolindo a poeira da estrada nos verões ardentes, ou atolando a caminhonete nos lamaçais de inverno. Sempre fiel ao horário e aos passageiros que o esperavam, por acreditar que não devia deixa-los entregues a própria sorte.

Todas as pessoas da região que lhe conheceram ou ouviram alguém contar histórias a seu respeito sabem que Mocinho ousava desafiar os limites impostos pela natureza, para ajudar as pessoas a chegarem ao seu destino, e mais do que isso, sabem que Mocinho foi um homem honesto, um homem de bem que sempre honrou seus compromissos e soube fazer amizades por onde passou .

Em 2018,  por iniciativa do Deputado Inácio Loiola, a quem registramos nossos sinceros agradecimentos, foi homenageado tendo seu nome colocado no trecho da AL/140, entre os municípios de Inhapi a Mata Grande que passou a ser denominado “Rodovia Luiz Neto Filho.”

Márcia Maria Machado Nunes,


sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

A NOVA CASA - Carlos Eduardo Novaes

 

*A NOVA CASA*

Carlos Eduardo Novaes

Meu amigo Luiz está se mudando. Mês que vem deixa a casa dos 70 e de mala e cuia se muda para a casa dos 80. Luiz pretende viver uns bons anos na nova casa, mais próxima do fim da rua.

Ele sabe que estou morando lá há mais de dois anos e perguntou-me se gostei da mudança. Ora, não se tratou de gostar ou não. Terminou meu tempo na casa dos 70 depois de 10 anos, e saí feliz porque podia ter sido despejado antes do final do contrato.

Assim como a casa dos 20 lembra uma universidade, a casa dos 60, um posto do INSS, a casa dos 80 lembra uma clínica geriátrica. Lembrava! Quando entrei na casa a primeira surpresa foi vê-la cheia de “cabeças brancas”. Na época da minha avó alcançar a casa dos 80 era uma façanha olímpica, para poucos. A segunda e maior surpresa foi ver a “rapaziada”, pulando, malhando, correndo, namorando, como se não houvesse amanhã.

De uns anos para cá a casa dos 80 foi aumentada com vários puxadinhos, para abrigar tanta gente. E não é só! Da minha janela vejo que estão reformando a casa vizinha que estava caindo aos pedaços, a casa dos 90.

Disse ao meu amigo que a casa dos 80 tem um estilo anos 40, estilo vintage, pé direito alto, esquadrias em arco, piso de tacos de madeira, cadeiras de palha e uma imponente cristaleira. Claro que precisa de cuidados e manutenção constante, muito mais do que a casa dos 30, para evitar rachaduras e infiltrações.  Em compensação, amigos, tem a mais bela vista do Passado.👏🏻👏🏻

Aproveite bem a casa que habita, hoje.🌹🌷

UMA SAUDADE A MAIS – Walter Medeiros

 

Uma saudade a mais - Uma crônica para o Dia da Saudade – 30 de Janeiro

--- Walter Medeiros

A jornalista e professora Nadja Lyra, quando era coordenadora pedagógica da Escola Municipal Santa Catarina, localizada no conjunto que tem este mesmo nome, convidou-me para proferir a Aula da Saudade dos alunos do 5º ano e sugeriu que falasse sobre “Saudade”. Que coisa! Passei uma semana refletindo sobre esse tema tão fascinante, a partir de experiências próprias e versos dos poetas e músicos que tanto mexem com o nosso coração.

De cara fui logo aos anos 50, quando aprendia a ler no Grupo Escolar Professor Demócrito Gracindo (homenagem ao pai de Paulo Gracindo) em Mata Grande, cidade do alto sertão de Alagoas aonde meu pai foi parar matando mosquito da dengue, após passar pela guerra sem matar nenhum alemão. Depois que aprendi a juntar as letras e sílabas, era belo entender o que estava escrito no pára-choque branco do caminhão de Nezinho, meu vizinho: “A saudade me fez voltar”. Ficava imaginando a saudade que ele sentia a cada viagem que fazia com aquelas cargas altas de antigamente.

Em seguida, veio à mente um verso que não poderia deixar de citar na aula: “Itabira é apenas uma fotografia na parede / mas como dói!”, escrito por Drummond no seu poema “Confidências de Itabirano”. E o significado da palavra – substantivo feminino abstrato - segundo Aurélio: “Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las; nostalgia.”

Aí veio mais uma coisa interessante para aumentar a saudade, que tanto espaço ocupa nesse mundo: ela tem um dia para ser lembrada e comemorada. O Dia da Saudade – 30 de janeiro. Para lembrar que essa palavra não tem similar em nenhuma outra língua e que espanhóis, ingleses, franceses, alemães e outros tentam expressar o sentimento de falta com frases inteiras, tipo “ich vermisse dish” (alemães).

Aquela plateia me reconduzia mesmo era à minha sala de aula, onde Professora Josefina Canuto me ensinava e, depois, no Externato Saturnino – já em Natal, a professora Maria das Neves trazia novidades. Coincidentemente a professora de uma das turmas se chama Neves. Impossível não lembrar de Ataulfo Alves, exclamando: “Que saudade da professorinha / que me ensinou o be-a-bá!”.

Para falar de saudade não poderia deixar de citar o Fado – gênero que tanto me toca e que tocou até Roberto Carlos, ao cantar Coimbra: “Aprende-se a dizer saudade”. Fernando Pessoa, em texto saudoso: “Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: quem são aquelas pessoas? Diremos... Que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!” E é claro que citei Casimiro de Abreu , cujos poemas eu os tinha decorados, e que versificou sua saudade da infância: "Oh! que saudades que eu tenho / Da aurora da minha vida / Da minha infância querida / Que os anos não trazem mais!".

Saí dali, sem dúvida, com uma saudade a mais.